Capítulo Dezessete: DR do Casal! #Chocada

— O plano de juntar Marcy e David parece muito estúpido. – Logan me diz.

— Nossa. Você está sendo muito duro.

— Pare de se intrometer, Dani. Você tem essa mania de ficar querendo resolver os problemas dos outros, mas deixe ele em paz. Ia apenas machucá-lo, fazendo isso.

— Tem razão, mas cuidado ao falar comigo, não se acostume.

— Hehe, tá bem. – Ele sorri pra mim – Então, que tal dar uma volta comigo, pra que eu esqueça essa sua asneira?

— Ei! – coloco as mãos na cintura – Por acaso o senhor está incomodado com isso? Por acaso gosta da Marcy te paquerando?!

— Ei, ei! Calma! Não é como se você não gostasse quando o David fica te cantando! – Ele coloca as mãos em defesa. Não acredito no que estou ouvindo.

— Ah, é?! Você sabe que não é nada disso, além disso, acabou de confessar que está gostando da Marcy no seu pé, Logan!

— Ah, não é nada disso! É só...! – Ele tenta desviar o olhar.

— Ser sincero demais pode dificultar pro seu lado, não é mesmo? Então ótimo, senhor! Por que não liga pra Marcy e fala pra ela que você NÃO TEM MAIS NAMORADA!

Saio correndo e continuo gritando.

— Aposto que ela vai ficar feliz!

— Dani! Espera, linda! Amor, não é nada disso!

(Duas horas depois)

Com os olhos vermelhos, meu travesseiro me consola, junto a um pote de brigadeiro. Sou clichê, eu sei. Sou a garota boneca de plástico, que sempre chora em filmes tristes e come brigadeiro na TPM.

A propósito, estou na TPM, mas isto ainda não apaga o fato de que ele não negou minha acusação, mesmo que eu tenha exagerado um pouquinho.

Mandei uma mensagem pra Liana a trinta minutos atrás, mas ela visualizou e não respondeu, o que não ajudou no meu choro. Voltei por clássico “ninguém me ama!”. O que não é verdade, Deus me ama.

— Danielle! – Liana entra no quarto desesperada – Ai, credo! O que houve com tua cara, mulher! Sangue de Jesus!

— Sincera como sempre! Odeio isso! – rio fraco, e volto a chorar.

— Então é verdade? Acabou tudo mesmo? Tipo, de vez?— Ela me olha preocupada.

— Sim. – Olho pro chão.

— Não, ele te disse algo?!

— Não, ainda não é oficial. Mas se ele realmente gostar da Marcy então já era pra mim!

— Ah, até parece que ele gosta da Marcy, de onde você tirou essa ideia? – Ela me olha torto.

— Mas ele...

— Você também gosta do David um pouquinho, mas isso nunca atrapalhou você, que eu sei. – engulo seco, ela está certa – Mas eu duvido que o Logan goste um mínimo dela, ele só não odeia totalmente ela gostar dele. Homens se sentem valorizados quando alguém corre atrás, é totalmente normal, Dani.

— Liaaaa...!— corro pro abraço dela – Obriiigaaaadaaaa!

— Tá, tá... – Ela sorri.

(No dia seguinte)

— Realmente, me perdoe! – Logan junta as mãos, meio que orando pra que o perdoe – Eu sinto muito por não ter negado, mas não me sinto assim. Eu amo você, não a Marcy.

— Ora, isso é uma pena. – Marcy aparece, com Larissa e Matheus ao lado dela.

— Marcelly Meiriane! – Larissa briga.

— Não me chame assim! – solto uma risada leve.

— Eu não me conformo de você gostar dessa boba, meu Logan lindo! Sei que vocês estão... “namorando”, - suspira – Mas isto não muda o fato de que devíamos estar juntos.

— Por que você não procura alguém livre tipo o David e nos deixa em paz, pessoinha?! – confronto – Eu e o Logan estamos juntos – seguro a mão dele e o olho sorrindo – e vamos continuar assim.

Ele me beija lindamente ali, na porta da escola.

— Isso é proibido. – David aparece.

— Desculpa. – Logan pede perdão.

— Tudo bem. – David sorri. Ai, que lindo. Fico babando por um minuto nos olhos verdes e no cabelo alaranjado dele.

— Ei, Dani? Dani?— Logan passa a mão na minha frente, mas continuo sorrindo e o David fica envergonhado. Que fofoooo!

— Não adianta. – Marcy balança as mãos – Ela está viajando no David. Me dê atenção também, Logan!

— Ei!— grito, saindo de transe – Solte o braço do meu namorado!— grito.

E assim continua mais um dia turbulento de aula na minha vida de aluna do segundo ano!

(Uma semana depois)

— Liz, já é o terceiro encontro! Vocês já estão praticamente namorando!— brigo.

— Eu sei, mas não estamos. Toda vez que ele tenta me beijar eu deixo pra depois, e não deixo ele beijar.

— Mas por que? Você gosta dele! – bato na carteira.

— Mas ele pode estar fingindo. E se depois disso me deixar pra trás?

— Você só vai descobrir quando deixar acontecer... – respondo.

— Okay, vou pensar nisso. – Ela diz.