PRÓLOGO

Euphemia

Lily Evans era uma mulher de negócios. Bem sucedida, bem resolvida e bem amada. Não tinha nada que valesse a pena no mundo inteiro que ela não tivesse.

“Você é inteligente” Ela começou o mantra que repetia todos os dias pela manhã. “Você é esforçada”. O painel digital do elevador da casa de seu namorado marcava o número três. “E você esqueceu de pegar a gravata do Amos!”.

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Batendo a mão em todos os botões que podia, Lily conseguiu parar o elevador e fazer com que ele voltasse a subir até o décimo terceiro andar. Seu trabalho não tinha muitos horários fixos, o que a permitia sair horas depois de seu namorado, no entanto, nesse dia especial, Lily tinha uma reunião com clientes importantes – e ela não podia dar-se ao luxo de se atrasar (nem mesmo um minuto!). O relógio de pulso marcava nove e meia da manhã, dando a ela uma folga de trinta minutos até a reunião, algo que não a deixava muito empolgada já que ainda teria algumas quadras para dirigir até o escritório.

Contrariando as estatísticas, Lily havia se mudado de uma cidadezinha do interior, chamada Godric’s Hollow, se formado em Publicidade e Propaganda na Universidade de Manchester, a apenas algumas horas de trem de Londres, e hoje em dia era uma das melhores publicitárias de uma conceituada empresa de marketing de Londres. Sua vida ia a um ritmo tão rápido e inesperado que todo dia ela se via cada vez mais perdida em seus planos – ela planejava o que da vida dela?

Acabou empurrando a porta do apartamento de Amos e seguindo direto para o quarto dele – quarto este onde ela passava mais tempo do que alguém com seu próprio apartamento deveria passar. Tentando não pensar em seu atraso já dado como certo, ela começou a procurar pela gravata azul que Amos havia pedido alguns minutos antes, pois tinha sujado a gravata com a qual ele saíra de casa com café.

Merda” Rosnou, quando bateu a cabeça na prateleira em cima da gaveta de gravatas, derrubando uma dezena de caixas no chão do closet. “Era tudo o que me-”

Lily não terminou a série de xingamentos que ela tinha na ponta língua. Bem em seus pés, estava aberta a caixa de anel de noivado mais enfeitada que ela já havia visto em sua vida e dentro dela estava o maior brilhante de toda Londres. Brilhante este que só poderia ter um destino: o dedo de Lily.

O problema?

Lily Evans já era casada.

Ou melhor, Lily Evans na verdade era Lily Evans-Potter.