Chapter 10 – Girls Just Wanna To Have Fun

O sol estava se pondo dando lugar a grande lua, e o que antes era claro virou escuridão. Mas eles estavam em Manhattan, a cidade foi iluminada pelas luzas dos prédios e dos postes, a Time Square continuavam rodeada de pessoas, e alguns casais andavam de mãos dadas pelo parque depois de um encontro. As pessoas estavam saindo de seus trabalhos, outras estavam indo para começar, policiais fardados em seus turnos para manter a cidade segura, e turistas, muitos turistas.

Stella estava chegando em sua casa depois que seu turno no laboratório terminara, ela não deixara sua filha sozinha em casa, contratou uma “babá”, era uma senhora já que estava ajudando Stella. Quando ela entrou em sua casa só queria uma coisa: descansar. Tirou seus sapatos alto e os jogo-os perto da porta, jogou desajeitadamente seu casaco no cabide e sua bolsa estava em uma mesinha perto da porta onde também deixara a chave. Com os pés descalços, a morena caminhou até a cozinha e foi direto a geladeira, retirou um suco de caixa e colocou um pouco do líquido dentro de um copo que estava em cima da bancada da cozinha americana. Tomou o líquido do copo, seu suco de frutas vermelhas que sua filha odiava, tinha uma mão na cintura e seu quadril encostava na bancada de mármore. Bebeu todo o líquido do copo e colocou o suco de volta a geladeira, antes de fechar percebeu que tinha que fazer compras, sua geladeira precisava ser abastecida. Após fecha a porta da geladeira deu um giro de 180° e tomou um susto quando viu uma senhora em pé olhando para ela em sua sala.

Stella B. – Jesus!-Ela gritou e a senhora riu.

Carol M. – Não. Apenas eu.-Brincou ela, o que fez Stella sorrir.

Stella B. – Carol, eu tenho uma arma.-Repreendeu mas em seu modo de aviso, ela não queria apontar uma arma para uma senhora de idade, ela se sentiria péssima se fizesse isso. Ela até foi com sua mão até o seu quadril onde ficava sua arma, que por obra do destino não estava lá.

Carol M. – Desculpe.-Se desculpou-se ela. – Não queria causar acidentes, só estava te observando.-Riu ela.

Stella B. – Não se preocupe.-Acalmou ela mesmo sabendo que a senhora estava bem com isso. Ela caminhou até a sala para ficar mais próxima de Carol e tinha um sorriso no rosto. – Onde estar a Esther?-Perguntou sentindo falta de sua filha lá.

Carol M. – A juventude de hoje está cada vez mais enterrado em cadeira em frente ao computador.-Seu tom foi de inconformada, mas respondendo a pergunta de Stella. Era verdade que as crianças de hoje não era como antigamente, mal vimos uma criança brincando na rua ou em um parque com outros coleguinhas, e era verdade que as crianças de hoje ficavam doentes mais facilmente do antigamente. Carol lembrava de seu tempo de juventude, quando ela só queria se divertir com suas amigas curtindo a liberdade e fazendo protestos nas ruas, se misturando com hippies e namorando caras que nem era seu estilo. E em comparação com os tempos de hoje... Ela nem queria comparar mesmo. Como disse um velho amigo sábio: As pessoas estão cada vez ficando mais burras.

Stella sorriu com a resposta da senhora e pediu-lha um minuto para ir falar com a filha no quarto. Depois que Stella buscou a menina na escola e levou para falar com o juiz, ela a deixou em casa sob os cuidados de Carol e voltou para o trabalho, e agora estava com saudades de sua filha. Chegando em frente a porta do quarto da filha que não estava fechada, estava entreaberta, ela deu duas batidas suave com a mão e entrou no quarto vendo sua filha em sua atenção ao computador, mas quando ouvira a batida em sua porta ela virou-se para ver quem estava lhe perturbando e sorriu ao ver que quem era é sua mãe.

Esther B. – Mãe!-Exclamou levantando-se da cadeira que estava sentada e indo abraçar sua mãe que estava dentro do seu quarto com um sorriso. O abraço foi correspondido e durou alguns segundos.

Stella B. – Espero que não tenha dado trabalho para a Carol.-Brincou passando o dedo na pontinha do nariz da filha rapidamente. A menina riu. – Venha já para a sala, traga o computador, sua tia Jessica vem para cá.-Avisou recebendo um abraço acolhedor, e um gritinho da filha que estava empolgada com a ideia de sua tia vir visita-las. Depois do recado a filha, a grega saiu de seu quarto sem tocar na porta a deixando-a aberta e andou até a sala onde deixou Carol esperando. – Muito obrigado por ter vindo hoje, Carol!-Agradeceu indo em sua direção, lhe deu um abraço apertado que lhe foi correspondido e durou 3 segundos.

Carol M. – Quando quiser me chamar!-Falou carinhosa. Carol era uma boa pessoa, ela é vizinha de Stella e as vezes lhe trazia alguma comida diferente que Stella nunca tinha provado antes, seu marido, Ottis, era ex militar, era um bom homem também, e os dois formavam um lindo casal. Um dia quando Stella jantou na casa deles ela até disse-lhos que quando encontrasse o amor de sua vida queria ficar com ele assim como eles, envelhecer juntos e vencer todas as barreiras do amor com ele, assim como aconteceu com o casal. Uma história longa que não vai ser contada agora.

Stella B. – Pode deixar.-Respondeu caminhando com ela até a porta. Stella pagou (depois de um trilhão de argumentos da morena para a senhora que não quis aceitar o dinheiro) a Carol, abriu a porta deixando a senhora passar e ir embora, quando ela se foi, Stella fechou a porta e a trancou, voltou para sala no mesmo tempo que sua filha estava vindo com o seu computador. Ela riu. – Eu vou tomar banho, se Jess chegar antes, diga para esperar.-Pediu ela. – Mas se não for a Jess, não abra!-Gritou do corredor.

Esther revirou os olhos para a mãe e voltou para o que estava fazendo em seu computador.

*****

Mac chegou em casa exausto, depois da conversa que teve com usa irmã ele acabou ficando atrasado em seu trabalho e foram acumulando os relatórios, quando Sheldon foi até ele para dizer o que tinha encontrado, ou melhor, o que não tinha encontrado na casa do suspeito ele o mandou ir embora, assim que Sheldon saiu, Mac teve que ir até o escritório de Sinclair para ouvir o seu discurso que demorou horas e horas, e a demora toda era só para falar que teriam cortes de orçamentos. Como se ele não soubesse disso. E então, quando voltou para o laboratório não viu mais ninguém, só alguns técnicos começando seus turnos e faxineiro da noite, ele foi em seu escritório e trouxe o trabalho para fazer em casa. Seu corpo precisava de um descanso e de alimento para se sustentar, por isso, antes de começar a fazer o trabalho que tinha que fazer no lab ele foi tomar uma bela ducha. Subiu as escadas até o seu quarto e entrou no banheiro, tirou a roupa ficando só com sua cueca boxe, deixou a toalha onde ele pudesse pegar, e entrou no chuveiro, claro, sem a sua cueca boxe.

Um banho relaxante. Era tudo o que ele precisava, e merecia depois de um dia tão exaustivo. Assim que terminou o banho, enrolou-se na toalha e foi até o seu closet, ele tinha uma pequena toalha que enxugou o cabelo depois deixou em volta do seu pescoço. Chegou no closet e tirou uma camisa cinza e uma calça de ginástica da mesma cor, e como estava frio ele pegou um par de meias brancas para esquentar seus pés. Secou-se e vestiu a roupa escolhida, ajeitou o cabelo ([a/i-homem parece que só passa o pente assim e diz: to pronto, com o cabelo todo lambido]) e já pronto saiu do quarto e desceu as escadas, chegou até o telefone para pedir comida, ligou para um restaurante chinês e pediu seu jantar no restaurante que ele mais gostava. Se jogou no sofá já com um relatório em mãos, e começou a fazer o seu trabalho em casa.

*****

Acabado de tomar banho e ter passado seu hidratante de morango pelo corpo, Stella foi até seu closet pegar uma roupa. Logo viu uma camisola bem composta, era rosa e ia até metade de suas coxas, tinha um caimento atrás e dois lacinhos em cada alça, tinha uma rendinha na parte de cima logo na frente, e foi esse que ela vestiu. O robe que era da camisola foi mais diferente, era rosa também só que tinha uma estampa floral, ela o colocou e o fechou. Jogou seus cabelos molhados para trás e foi até o banheiro, pegou uma escova e penteou seus cachos, quando terminou, colocou um creme na pele e saiu do quarto. Assim que sentou-se no sofá e ligou a tv, a campainha dá sinal de vida, e logo ela sabe que é Jess quando ouve um gritinho vindo de fora.

Rindo, Stella vai abrir a porta para sua amiga. Quando abriu nem deu tempo de falar com Jessica que já foi logo pulando no colo da amiga para um abraço apertado. Stella gargalhou e correspondeu ao abraço apertado que durou bastante tempo por sinal e só foi interrompido por uma torce falsa de Esther que havia se aproximado para falar com a tia. Jessica soltou Stella de seus braços jogando o que havia trazido nos braços da amiga e foi abraçar a sobrinha.

Jessica A. – Own, minha lindinha!-Gritou com a menina mais nova nos braços. O abraço foi bem apertado e durou muito. Stella fechou a porta atrás delas rindo da louquinha da Jessica. O abraço só acabou quando Esther não estava mais aguentando e pediu para que sua tia a soltasse.

Esther B. – Já chega, por favor...-Disse como se estivesse implorando por ar.

Stella B. – Você já tem a noite planejada.-Falou Stella vendo as coias que sua amiga trouxera, totalmente exagerada como sempre.

A morena finalmente soltou a sobrinha e riu para a amiga que estava parada em frente à porta olhando ainda as coisas que ela trouxera para se divertirem à noite.

Jessica A. – Trouxe alguns clássicos para nos divertimos e...-Fez uma pausa dramática com um sorriso empolgado. – Karaokê!-Gritou tirando um microfone de uma das bolsas e olhando em direção a sua sobrinha que estava parada em pé ao lado dos sofás.

Esther B. – Espero que tenha trazido Just Dance também!-Comentou rindo e virando-se de costas para elas.

Quando Stella pegou o olhar de Jessica descobriu que a amiga tinha trazido o que sua filha acabara de dizer em forma irônica. A grega revirou os olhos de forma divertida e andou até a sala sendo acompanhada por Jessica, jogou as bolsas que sua amiga trouxe no sofá e foi até a cozinha. Lá, ela tirou algumas frutas e frituras, jogou as frituras em uma tigela e cortou as frutas colocando-as em diferentes tigelas. Levou a comiga para a sala e colocou na mesa de café que estava agora mais perto do sofá e não no centro da sala onde deveria estar.

Esther B. – Ela trouxe mesmo!-Disse a menina em um tom divertido referindo-se ao Just Dance que sua tia estava colocando onde estava a mesa de café.

Stella riu sem surpresa e voltou na cozinha para pegar as bebidas. Nada alcoólico por causa da filha, ela levou para a sala três copos, dois tipos de suco e um refrigerante. E como esperava, as meninas foram no refrigerante e nas frituras. E ela pensando que Jessica Angell estava de dieta... Stella riu com a imagem de Esther e Jess lambendo os dedos depois de terem pegado um pouco de batatinha, depois fez uma careta de nojo.

Jessica A. – Vocês sabem as regras!-Gritou animada já com o jogo pronto para elas se divertirem e, dançarem como era o objetivo. – Apenas dancem!-Gritou novamente já dançando no ritmo da música que começou a soar pelo apartamento.

E claro, Esther entrou na brincadeira e foi dançar com a tia ao ritmo da música e como os bonequinhos estavam dançando. A primeira música foi da Lady Gaga, “Born This Way”. Stella não dançou, apenas ficou observando as duas garotas se divertindo. Mas, como era para todas se divertirem e, Jessica não podia deixar Stella de fora, então ao fim da música ela puxou a amiga para dançar com elas, e claro, ela foi. Lá estavam, as três dançando a segunda música ao som de Meghan Trainor.

Foi assim, dançando, que as três passaram quase todo o tempo delas. Mas então veio o cansaço forçando-as parar. Elas se jogaram no sofá literalmente, acabadas. Stella foi até a mesa de café e pegou uma fruta para ela saborear, Esther escolheu o líquido, pegou um copo de refrigerante e tomou, logo em seguida voltou para o sofá deitando no colo da mãe, Jess também foi até a mesa de café e fez o mesmo que Stella. Respirando fundo, Jessica permaneceu em pé já planejando o karaokê.

Jessica A. – Quem vai começar?-Pediu colocando a playlist de músicas que escolhera para cantarem essa noite. Ninguém respondeu, então só restou para ela mesma começar. – Tudo bem, eu já sei.-Foi em frente a tv e pegou o microfone. – Então, qual música você vai cantar Jessica?-Perguntou para ela mesma em tom divertido o que fez as meninas rirem. A música escolhida foi uma antiga das Spice Girls, “Wannabe”.

Logo Jessica começou a cantar.

Jessica A. – Yo I'll tell you what I want, what I really really want,
So tell me what you want, what you really really want,
I'll tell you what I want, what I really really want,
So tell me what you want, what you really really want,
I wanna, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna really
Really really wanna zigazig ha.- Cantava no ritmo do toque e bem afinada por sinal. Stella se divertia observando ela do sofá. – If you want my future forget my past, If you wanna get with me better make it fast, now don't go wasting my precious time, get your act together we could be just fine.- Cantou ela, e nessa parte virou-se para Stella. – Vem!-Puxou a amiga sem dar opção para ela.

Stella foi até Jessica e as duas cantaram no mesmo microfone, uma imagem que Esther precisava gravar, então pegou seu celular e gravou a mãe e a tia cantando.

— I'll tell you what I want, what I really really want, So tell me what you want, what you really really want, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna really. Really really wanna zigazig ha.-Cantaram as duas.

Estava sendo uma noite muito divertida para Esther junto com a mãe e a tia, agora ainda mais vendo as duas voltarem a adolescência cantando essa música. Ela ria bastante enquanto gravava o vídeo delas cantando, esse vídeo que enviaria para Mac e logo depois para o resto da equipe.

As duas mulheres mais velhas (que pareciam mais duas adolescentes) finalizaram a música com muita risada.

— Slam your body down zigazig ah.If you wanna be my lover.-Cantaram no final e se jogaram no sofá explodindo em gargalhada.

Esther ainda gravava, só parou quando as duas mulheres tinham se recomposto. Com todo o “show” gravado, a menina enviou-o para Mac. Claro, sem o consentimento das duas mulheres mais velhas. Após o seu ato, ela se juntou as duas que estavam mais calmas agora.

Esther B. – Mandaram bem!-Gritou ela em um tom de ironia.

Stella B. – Para quem você enviou o vídeo?-Questionou já sabendo bem quem tinha sido, ela conhecia muito bem sua filha. A menina soltou uma risada sapeca que fez as duas mulheres rirem.

Esther B. – Hey, agora é minha vez.-Disse pegando o microfone da mão de Jessica e indo até a frente da tv esperando a música escolhida aparecer. Ela confiava na tia, então não escolheu suas próprias músicas, ela ainda tinha que criar uma playlist para ela saber quais músicas realmente lhe agradava.

A música que Jessica escolheu para sua sobrinha foi uma da Meghan Trainor, All About That Bass, que Esther cantou muito bem a propósito. Quando a menina terminou de cantar, sentou-se no meio da tia e da mãe com um enorme sorriso no rosto. A campinha tocou antes mesmo que pronunciasse alguma palavra.

Stella B. – Deve ser o nosso jantar.-Falou levando e indo até a porta para pegar o jantar, que, realmente era o entregador com a comida delas. Stella tinha pedido o jantar antes de Jessica chegar, não sabia o porquê a demora toda. De qualquer forma, ela tinha esquecido mesmo, então, com demora ou sem demora não fez diferença, elas iriam jantar do mesmo jeito.

Após ter pago ao entregador, Stella voltou para sala onde deixara as meninas, sua filha e Jessica estavam sentadas no tapete e a mesa de café tinha voltado par o lugar onde estava antes, elas conversavam sobre Stella, mas quando a viram mudaram de assunto para o primeiro dia de aula da menina. E claro, Stella percebeu, mas apenas sorriu e deixou a comida em cima da mesa de café e foi pegar os copos e as bebidas para por lá junto com a comida, depois disso foi na cozinha também pegar pratos e talheres, mas quando chegou na sala viu as duas meninas já comendo suas comidas com os pauzinhos.

Stella B. – Pra quê prato?-Brincou ela.

As duas sentadas no tapete riram e Stella se juntou a elas para comer também, deixou os pratos de lado já que não seria necessário mais.

Esther B. – Hmm, tá muito bom isso aqui.-Elogiou com a boca cheia. Stella riu.

Jessica A. – Está mesmo!-Concordou Jessica.Olhou para Stella para perguntar a origem da comida. – É mexicano?

*****

Mac estava em sua sala em silêncio quando ouviu o bip de seu celular, quando o pegou viu que era uma mensagem de Esther e foi abrir pra ver o que era. Na mesma hora ele riu quando abriu o vídeo que a menina lhe enviara. Era Jessica e Stella cantando a música de Space Girls. Foi hilário, e pela primeira vez depois do dia longo e chegar em casa e não ter ninguém lhe esperando a não ser trabalho, um reflexo de um sorriso ilumina o rosto do homem.

Mac T. – Essas garotas...-Falou para si mesmo.

Resolveu não responder nada já que, tinha certeza que elas estavam se divertindo e ele gostava disso. Em toda manhã e o resto da tarde, Mac percebeu que não tinha falado muito com Stella. Na verdade, ele não tinha falado nada mais com Stella depois do caso a não ser para falar sobre o mesmo. Foi o primeiro dia de aula para a filha de sua melhor amiga e ele nem se quer tinha perguntado como tinha sido para ela. E o pior! Ele sabia que hoje foi o dia em que Stella tinha levado a filha para uma reunião com o juiz, mas para esse acontecimento ele já tinha uma desculpa, não encontrou com Stella a tarde toda, e tinha ficado ocupado com o caso, sua irmã e o trabalho. Foi tanta coisa nesse dia que ele nem tinha almoçado. Pelo menos jantou.

Mas, ele deixaria uma mensagem para Stella na hora que, ele tinha certeza que ela estaria dormindo, pelo menos era o que ele esperava. Isso seria mais tarde, agora ele iria finalizar seu último relatório, dá uma geral na sala e fazer um telefonema para alguém que a muito tempo ele não ouvia a voz.

Assinou os últimos papéis e reorganizou todos os relatórios que tinha que levar de volta para o lab, guardou tudo em uma pasta e colocou essa pasta em uma cadeira onde ele podia encontrar facilmente pela manhã e não esquecer. Tirou o resto de comida da sala e limpou toda, quando estava tudo limpo ele foi em direção ao telefone que ficava em uma mesinha ao lado de uma cadeira na sala. Sentou-se na cadeira, pegou o telefone e discou o número desejado, esperou na linha até alguém atender, o que não demorou tanto.

— Alô!-Uma voz de mulher anunciou atendendo a chamada. Ele ouviu a voz que tanto queria.

Mac T. – Hey, mãe, sou eu.-Respondeu ele. Pôde ouvir um grito de alegria e emoção do outro lado da linha.

— Querido! Senti sua falta!-Disse a mulher. – Quando vêm visitar sua mãe?-Perguntou autoritária, sem esconder a emoção presente em sua voz.

Mac T. – Também sinto sua falta.-Ele riu. – Logo irei lhe ver, mãe, eu juro.-Sua mãe tinha escutando tanto isso que já estava ficando nervosa, capaz de, ela mesma ir buscar o seu filho puxando pela orelha até Chicago.

— Você está bem?-Pediu logo percebendo a voz cansada do filho. Mães, nunca deixam passar nada despercebido.

Mac T. – Eu estou bem, só um pouco cansado.-Disse ele. – Falei com Ale hoje, ela parece...-Ele não conseguia formar as palavras em sua boca para completar isso. Era da sua irmã que eles estavam falando agora. Seria insensível demais da sua parte dizer, ou julga-la de qualquer forma? Ele com certeza não tinha nada para julga-la, mas não queria parecer frio em relação a ela.

— Infeliz?-O que Mac não conseguia dizer, sua mãe dissera para ele.

Era assim que Alexandra estava para ele, foi assim que ela falou com ele. Parecendo totalmente infeliz onde estava, quando era para estar feliz. Mas ela não estava.

— Querido, foi bom vocês terem falado, a Alex precisava do apoio do irmão mais velho.-Disse a mulher. – Sim, eu já sabia que ela te ligou. Lídia me contou.-Falou para surpresa de seu filho. Mac ouviu-a suspirar. — Alex está com problemas, e -suspirou novamente-, eu realmente não sei como ajudar a minha filha.-Podia-se notar a dor em suas palavras. – Eu fico tentando entender, porquê ela nos deixou? Não já estava ruim o suficiente para todos nós e, ela simplesmente larga tudo. Agora eu nem posso abraçar minha filha em seus aniversários e, eu nem estava lá quando ela precisou de mim quando esperava por minha neta. Eu não posso abraçar a minha neta, eu nunca a segurei e, nem sei se vou.-Declarou ela. Mac ficou calado ouvindo o desabafo de sua mãe. — Mac, meu filho, não tome as dores de sua irmã, ela já é bem grandinha para decidir o que quer da vida e você filho, tem a sua vida. Encontre seu verdadeiro amor e faça valer à pena cada esforço que você deu, encontre o seu amor e lute por ele. Lute com ele, mas nunca contra ele. Filho, você merece ser feliz.-Falava verdadeiramente. – Eu sei que você passou por muita coisa, seu casamento, a perda de sua mulher. Mas você está vivo! E por favor, continue assim, eu quero poder abraçar o meu filho e minha nora, quem sabe lá na frente meus netinhos?-Ela riu parecendo que estava lutando contra as lágrimas. – Não estou dizendo para largar a sua irmã, ela sempre vai te amar, assim como você. Mas nós não podemos fazer nada daqui. Alexandra sabe o que faz da vida, assim como na da Sky, se ela quiser voltar receberemos elas de braços abertos, mas se ela não quiser voltar, não podemos fazer nada. Aceite!-Finalizou com isso. – Como está a sua vida, a propósito?-Quis saber ela.

Mac T. – Bem, mãe. Não estou com ninguém, se for isso que você quer saber.-Falou rindo, mas ainda muito tocado pelas palavras de sua mãe a ele.

— E como está a sua amiga? Stella?

Mac T. – Está ótima. Ela adotou uma menina há poucos dias.-Contou com um sorriso no rosto e um olhar diferente agora que sua mãe tinha tocado no nome de Stella.

— Que novidade boa meu filho, fico feliz por ela e pela menina. Mande um beijo para as duas!-Pediu ela.

Mac sorrir.

Mac T. – Sim senhora.-Respondeu com um pouco de ironia. – Ela vai ficar feliz se a senhora mesmo falar com ela.-Disse ele e ouviu sua mãe rir. – Imagino que esteja cansada, porque eu estou. Boa noite, mãe!-Se despediu ele já bocejando.

— Boa noite, filho!-Se despediu ela.

Apesar da distância, os dois sempre foram próximos. Para ambos, foi bom ouvirem suas vozes e conversarem sobre coisas aleatórias ou mesmo sobre sua irmã problemática.

*****

As meninas estavam de volta ao karaokê, dessa vez eram as três juntas, as duas mais velhas ensinavam como cantar para a mais nova. Se divertiram o resto da noite ao som de Cyndi Lauper, digo, cantando Girls Just Want To Have Fun. Esther adorou ouvir essa música, e claro, gravou para enviar para Mac depois.

— Oh girls. Girls just want to have fun!- Elas cantavam divertidamente.

Stella abraçou a filha de lado e sorriu voltando a cantar. Agora elas estavam no final da música.

— They just wanna... (girls)They just wanna... (girls just wanna have fun)!-Cantaram.

Jessica A. – They just wanna have fun!-E o final ficou para Jessica, claro. Que aliás mandou muito bem.

Percebendo que a filha já estava cansada, e também já estava na hora dela dormir para acordar cedo de manhã, Stella a levou para o quarto e ficou lá até a menina dormir. Quando Esther se entregou ao sono, Stella puxou seu edredom mais para ela e depositou um beijo em sua testa, sorriu e desligou a luz, após isso saiu do quarto deixando a porta entreaberta e foi se encontrar com Jessica que estava dando uma geral na sala que estava uma bagunça. Stella suspirou e se jogou literalmente no sofá, Jessica olhou pra ela e sorriu sentando no sofá também junto com a amiga.

Jessica A. – Então, o que está te incomodando?-Perguntou ela. Sabendo que não conseguia esconder nada da amiga, Stella entregou os pontos e resolveu falar.

Stella B. – Estou me sentindo meio estúpida em relação a Mac.-Admitiu ela. Fez beicinho e deitou a cabeça no ombro de Jessica que deixou de bom grado. – Ele tem sido maravilhoso comigo e com a Esther, mas...-Suspirou sem ter palavras para formar sua frase.

Jessica A. – Mas, você está apaixonada por ele.-Completou Jessica. – Stell, vamos admitir aqui entre nós. Você ama o Mac!-Recebeu um olhar de incrédula de Stella. – Não. Não venha me dizer que é mentira, pois sei que é a mais pura verdade da face da Terra. Anda acontecendo muita coisa entre vocês, a vida se intrometendo no meio do amor de vocês e vocês não fazem nada para isso. Olha, seja sincera com você. Com tudo que vem acontecendo o amor dos dois vêm fortalecendo mais ainda e, só cabe a um dos dois para parar de se esconder do orgulho e abrir o coração.-Falou a mulher. – O quê? Eu estou mentindo?-Disse ao ver a cara de incrédula de Stella que suavizou com o que disse agora.

Que droga! Jessica tinha razão. Stella pensou. E tinha mesmo, em parte. Para ela podia ser bem fácil, mas para Stella, ela que não conseguia ser feliz, quem diria mais ser feliz ao lado do homem que ama. É por esse medo que ela nunca tentou.

Stella B. – Nada é tão fácil, Jess. O amor é incompreensível.-Foi a resposta de Stella.

A mulher riu.

Jessica A. – Você é bem mais louquinha do que eu, sabia?-Brincou ela, o que fez Stella sorrir.

Pelo o menos elas tinham mudado de assunto.

Stella B. – Vai dormir, sua vaca louca.-Jogou o travesseiro na amiga e teve volta...

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Jessica Angel – “Quero representar uma diversão inocente. Há poucos divertimentos que não sejam culpáveis!”— Charles Baudelaire.