Sweet Dreams Club

Capítulo 16


– Jace, eu tenho que ir, Alec já está me esperando lá em baixo. - mas o loiro não a soltava.
– Ok, Ok, - ele deu mais um beijo nela e a liberou do seu abraço. - até mais tarde então.
– Até.
Ela se despediu e desceu as escadas, encontrou Alec procurando alguma música boa no rádio do carro.
– Bom dia, Clary.
– Bom dia Alec. Não pensei que fosse estar animado depois de passar metade da noite bebendo.
– Eu dormi pouco, muito pouco, mas foi gratificante. - ele sorriu, aquele sorriso que Clary iria se arrepender se perguntasse o porque. Ela sorriu e eles foram para a aula juntos.
No intervalo, Alec recebeu um telefonema e disse à Clary que não poderia almoçar com ela; sentindo uma pontada, ela assentiu e deixou o rapaz seguir o seu caminho enquanto ela ia ao refeitório. A moça almoçou sem maiores problemas, mas, quando ela voltava para a sala de aula, ela sentiu o aperto no braço e alguém a puxando com violência.
– Sebastian.
– Andando sem escolta, ruivinha? - ele riu sarcasticamente.
– Me solta, me deixa ir embora.
– Não, nós temos umas contas a acertar e você vem comigo.
Ela não tinha forças para se livrar do aperto do rapaz; aos trancos, ela o seguiu, imaginando o que viria depois. Ah, Alec, onde você estava?
*
Do outro lado da cidade, Alec olhava novamente para o celular; havia recebido um sms de um número estranho para se encontrar com ele ali. Seria o Magnus? Ele havia almoçado e, se não se apressasse, ele iria perder a primeira aula. Ligou para Jace.
– Não, não é o número do Magnus. Aonde você está, Alec?
– Do outro lado da cidade.
A espinha de Jace congelou. - Eu acho que eu sei o que aconteceu. Aquele cara, o Sebastian, ele deve ter conseguido seu número, mandado o sms pra te deixar longe da Clary e agora...
– O que aconteceu entre aqueles dois, Jace? - ele perguntou, a voz se alarmando.
– Ele tentou estuprar ela, Alec, e eu impedi.
– Ótimo, você vai fazer exatamente o que eu disser, ouça com atenção.
*
Simon olhava atentamente a tela do computador, Izzy pendurada em seu ombro.
– Achei, ela está em um beco da Quinta, eu vou mandar as coordenadas.
– Estamos indo pra lá. - Jace desligou o telefone e acelerou o máximo que podia.
*
"Meu Deus, não, meu Deus, não." - era o que Clary recitava enquanto era arrastada por Sebastian pelos cantos da cidade.
– Você vai ser minha, não importa o preço. - ele disse para ela, a voz um pouco insana.
Sebastian a jogou contra a parede de um beco escuro e fedorento; o chão estava meio molhado e ela tinha medo de olhar para saber o que era. O homem a agarrou pelos cabelos e lhe roubou um beijo que ela não correspondeu; naquele momento ela podia vomitar. Seu joelho não alcançava o corpo dele e as mãos estavam presas; ele rasgou a sua blusa, foi quando as lágrimas começaram a rolar pelo rosto dela. Ninguém a acharia ali. Era o fim.
– Olha o que eu achei... - disse um homem alto no começo do corredor; ele vestia uma touca de motoqueiro que não permitia ver seu rosto, as roupas eram pretas e a jaqueta de couro era lisa e sem marcas que pudessem identificar o rapaz. Nas mãos, luvas pretas.
– O que você quer?
– Eu? Nada e aposto que a ruiva aí também não quer.
– Não se meta. Estou discutindo com a minha namorada.
– E as suas namoradas choram em becos escuros quando conversam com você? Eu acho que não.
Ele se aproximou de Sebastian e o loiro soltou Clary, porém, ela ainda não tinha espaço para correr, nem forças, apenas escorregou para o chão, chorando.
– Por que não tenta estuprar alguém do seu tamanho?
– Está se oferecendo?
– Claro.
Sebastian deu um passo em direção ao rapaz e, quando o loiro colocou a mão no braço dele, o encapuzado reagiu. Ele acertou um soco muito forte no queixo do loiro e dois seguidos na barriga. Quando Sebastian caiu de joelhos, o homem chutou seu peito e o fez cair de costas no chão sujo.
– É interessante bater em pessoas, covarde? É bom bater em mulheres? - ele quase gritou e chutou o loiro novamente, e mais uma, e mais uma.
Quando Sebastian não se mexeu mais, ele soube que a dor havia apagado o filho da mãe. O encapuzado foi até Clary e a puxou para cima, recebendo resistência dela.
– Calma, Clary, calma. - o encapuzado tentou tranquilizá-la.
Ele jogou um papel com colagem de jornal em cima de Sebastian onde podia-se ler "o estuprador teve o que mereceu" e segurou firme a cintura de Clary, caminhou com ela até um carro preto que havia acabado de estacionar ali e a ajudou a entrar. Logo ela reconheceu a viz de Jace.
– Clary, tá tudo bem? Ele fez alguma coisa com você?
– Não... aquele... cara chegou... a tempo.
Jace colocou uma jaqueta de moleton e o cinto de segurança em Clary e a levou para casa onde Izzy esperava ansiosa. Ela abraçou a amiga com força.
– Ele armou pra te pegar sozinha, Clary, o Alec não sabia.
– Tudo bem, eu estou bem. Cadê o Alec?
Um homem entrou no apartamento com um capacete negro na cabeça, assim como as roupas; Clary reconheceu as manchas de sangue.
– Aqui. E eu acho que ele não vai mais incomodar.
– Ele já tomou uma surra outro dia, ele não vai parar. - ela quase se desesperou.
– Chamamos a polícia, Simon enviou o vídeo de segurança da rua e de uma lanchonete ali perto. Ele foi preso há... - ele olhou o relógio da parede e calculou o tempo que demorou para chegar até ali. - dez minutos. - ele sorriu e Clary respirou aliviada.
– Mas e você, espancou um homem.
– Ninguém vai perseguir um motociclista todo de preto andando no centro de NY, Clary. Tinha pelo menos mais trinta vestidos assim na rua hoje.
– Eu não sei como eu posso agradecer.
– Eu te deixei sozinha, a culpa foi minha. Não precisa agradecer, foi um trabalho de equipe; Jace emprestou a moto, Simon rastreou seu celular, Izzy deu a ideia das câmeras e chamou a polícia. Simon não ficou porque ele tinha reunião no clube, mas...
– Ele já me mandou 500 mensagens perguntando de você. - ela sorriu.
Como era bom estar segura de novo.

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