Sweet Dreams Club

Capítulo 15


Recusando algumas vezes o barzinho depois do show com a desculpa de acordar cedo para ir à faculdade, Clary conseguiu escapar com Jace de volta ao seu apartamento.
– Você ficou um pouco quieta depois do show, o que aconteceu?
Ele pousou a mão sobre a coxa da ruiva e apertou suavemente; como ela podia contar que a dança dos rapazes ainda causava arrepios nela? Que ver Jace dançar e saber que ele dançava para ela, o que ele faria com ela ainda a deixava zonza e o corpo não respondia como ela queria? O riso baixo de Jace ao parar em um semáforo atraiu a atenção dela.
– Isso - ele deu um selinho rápido e roçou seus lábios dos dela enquanto falava. - se chama desejo, Clarissa. Vamos resolver isso.
Ele dirigiu lentamente de volta ao Brook.
*
Clary abriu a porta e jogou as chaves no aparador, esticando os braços para cima. Jace abraçou a sua cintura e sorriu em seu ouvido.
– Então, o que você quer fazer?
– Ah, eu tenho uma boa ideia. - ela sorriu e se virou, beijando Jace de forma lenta e apaixonada.
– Eu também tenho. - ele sorriu e prendeu suas mãos com as dela, atrás de suas costas. - Pode me esperar no quarto? Eu tenho uma surpresa pra você.
– Ok...
– Não vou demorar, mas só tire os sapatos, certo?
Ela concordou e caminhou até o quarto, sentou-se na cama e retirou os saltos, sentindo-se aliviada. O que Jace estava aprontando? Pouco tempo depois ele entrou no quarto com um copo de vidro na mão com algo que Clary não conseguiu ver porque ele o escondeu. Ele o colocou na mesinha ao lado da cama e virou Clary para ele.
– Confia em mim, Clarissa Fray?
Como dizer não com aqueles olhos dourados nos dela, aquela voz baixa e rouca, aquele sorriso no canto dos lábios.
– Confio.
– O que eu vou fazer é pra você, então... tente me tocar o menos que conseguir.
O coração de Clary acelerou e ela concordou com a cabeça uma vez. Jace levou as duas mãos ao rosto de Clary e a beijou, afastando seus cabelos ruivos do pescoço; ele desceu as mãos pelos ombros e retirou a jaqueta que a moça usava, logo depois as mão desceram e ele retirou a blusa dela, jogando-a em algum lugar junto com a jaqueta. Ele se ajoelhou e abriu os botões da calça dela enquanto dava suaves beijos na barriga e logo ela escorregou pelas pernas de Clary; segurando sua cintura, ele ajudou a moça a se deitar na cama e retirou a sua camisa.
– Vou vendar os seus olhos, Clarissa. Tudo bem com isso?
– Uhum. - ela concordou, mas não tinha tanta certeza.
Ele prendeu a camisa nos olhos da ruiva e ela sorriu com o cheiro dele; ela ouviu alguma coisa tilintar, como um copo de água e logo depois a boca de Jace gelada no seu pescoço provocou um gemido baixo involuntário. A sensação gelada desceu pela sua garganta e parou entre os seios, foi então que ela percebeu o que estava acontecendo: Jace tinha cubos de gelo dentro do copo. Enquanto o que estava em seus seios derretia e escorria água, ela sentiu novamente a boca de Jace passeando pela sua barriga; ele mordeu uma vez, fraco, depois outra, um pouco mais forte e outra que ela imaginou que deixaria uma marca. Ele deixou o gelo escorregar pela barriga dela e começou a distribuir beijos gelados em suas coxas.
– Jace... - Clary gemeu baixinho.
– Relaxa, Clarissa, eu estou só começando.

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***
Todo o corpo de Clary doía, mas ela se sentia melhor do que nunca. Jace dormia tranquilo ao lado dela, os braços com pequenos arranhões vermelhos que ela havia feito estavam presos a ela e o cabelo lhe caía no rosto. Ela suspirou e sorriu involuntariamente.
– Dá pra ser meu todos os dias? - ela sussurrou, tão baixo que nem ela conseguiu ouvir todas as palavras.
Jace se espreguiçou e num reflexo abraçou Clary com força contra si, logo depois relaxando os braços.
– De janeiro a janeiro, até o mundo acabar. - ele disse, a voz sonolenta de quem havia acabado de acordar; era muito cedo então Clary o abraçou e dormiu com aquele sorriso ainda nos lábios.

******
– E aonde vamos? - perguntou Izzy assim que saiu do Club com Simon, Magnus e seu irmão.
– Depende, vamos comer ou vamos beber?
– Os dois? - Simon deu de ombros. - Eu tô com fome.
– Tem uma pizzaria no final da rua, mas eles não vendem bebidas alcoolicas.
– Mas no Pandemônio vende. - Magnus sorriu e eles entraram no carro de Magnus, a caminho de uma das boates mais lotadas de NY.
Quando eles chegaram, a fila virava o quarteirão.
– E vamos conseguir entrar?
– Estão comigo, meus queridos, é claro que vão. - Magnus sorriu de lado para Alec e passou pelo segurança da entrada.
– Bane.
– Querido, eles estão comigo.
– Bem-vindos ao Pandemônio.
Eles entraram e caminharam com Magnus até uma sala reservada no segundo andar; a parede de acrílico deixava ver todos os corpos se contorcendo lá em baixo e a música ficava bem mais baixa, permitindo a conversa.
– O que vão querer? Magnus, querido! - a moça loira cumprimentou o dono do Club.
– Querida, faz algum tempo que não te vejo aqui.
– Férias. - ela sorriu. - Veio no dia certo, aquele Sushi man está aqui hoje.
– Não me diga! Se os meus convidados não tiverem objeção, nos traga a maior barca que você tiver. - ele olhou para Simon e viu a expressão séria no rosto dele. - E um X-bacon com batata fritas e refrigerante pro Lewis. - ele rolou os olhos.
– Agora sim, Magnus! - Lewis exclamou.
Depois de vários sakês e cervejas, os quatro estavam animados, até demais.
– Por que eu não te conhecia, Alec? - Magnus perguntou. - Eu conheço Izzy há uns quatro anos, ou mais.
– Eu passei um tempo fora, foi muito... difícil pra algumas pessoas aceitarem que eu sou gay.
– Difícil? - Izzy sorriu e virou o copo de sakê. - Quanta bondade.
– Enfim, nem eu me aceitei, então eu fugi. Dos meus amigos, da minha família, da minha vida.
– Se sente bem agora? Digo com você mesmo.
– Sim. - ele sorriu para Magnus e o rapaz se esqueceu de respirar novamente.
– Vai, se beijem logo. - Lewis quase gritou e Magnus abaixou a cabeça, desviando o olhar.
– Não é assim que funciona, Simon. - ele riu. - Eu preciso saber se ele quer primeiro.
– Olha a cara dele, Alec. - e ele explodiu em uma gargalhada e foi acompanhado por Isabelle.
– É certo o que dizem? - ele perguntou à Bane.
– Ah, com certeza.
– Certo. - e Alec colou seus lábios nos de Magnus.
Ah, se Alec soubesse que Magnus havia esperado esse momento desde quando se viram no clube, ele não teria demorado tanto.