Fire meet Gasoline

Por um fio


P.O.V Ares

Continuei observando o griffo carregar minha Victória pelos Ares. Victória no exterior parecia a mesma, mas o olhar opaca que ela tinha me fez perceber que havia algo de errado. Eu preciso descobri á tempo para nada de ruim acontecer. Eu tentei sair,atrás dela,mas estou rodeado do exercito olimpiano. Fiquei com aflição e isso eu não podia negar. Queria ir até Victoria, descobrir se está tudo bem com ela, beija-lá e poder dizer á ela o quanto eu a amo, que perdoo qualquer coisa que ela tenha feito e leva-lá para perto da nossa filha. Era a única coisa que eu quero nesse momento.

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Me chamem de egoísta, pois sei que isso foi o que eu sempre fui. A guerra é egoísta. Por mais que eu tivesse que lutar ao lado deles, meu desejo era encontrar a única mulher que de fato me fez ver o que era o amor. Eu queria reunir novamente nossa família e não me importava com mais nada.

Entretanto, eu passei a pensar no que Victória faria em meu lugar e não demorei a chegar uma conclusão. Ela ficaria e lutaria, pois aquela batalha tinha mais garantia de que Hope ficasse a salvo. Ela diria que se fosse me procurar ,desviaria do foco principal que é deter Gaia e garantir a segurança de Hope.

Eu havia prometido a ela que Hope viria sempre em primeiro lugar,não importa quem eu tenha que deixar de lado. Eu a amo,mas não posso ir até ela, não agora. Preciso ficar e lutar pela segurança de Hope.

Tenho que admitir que me sinto entre a cruz e a espada,mas minha escolha já foi feita e ela é irredutível. Luto por Hope. Victória teria que esperar.

P.O.V Autora

Alice estava com Hope em seu colo. Ela olhava pela janela do templo de Ares . Só de olhar para seu rosto se notava a preocupação que ela sentia. Além, da preocupação o luto ainda se fazia presente, perderá Victória sua grande amiga. Ela sentiu a presença dele de imediato.

Não tinha como não perceber como tudo ficou mais quente quando ele chegou. Ela se virou e viu o loiro que ela tanto amava. Não pode deixar de sorrir, vê-lo parecia diminuir toda a tensão que ela sentia.

— O que faz aqui,Apolo? - Alice perguntou.

— Eu precisava te ver,antes de lutar com os demais. - Apolo disse se aproximando.

Alice e seu amado deram um pequeno selinho, que apesar curto transmitiu paz para ambos,eles sorriram um para outro ao se separarem.

— E como está nossa sobrinha? - Apolo perguntou, fazendo carinho na pequena Hope.

Alice encarou a pequena embrulhada na manta que ela e Victória haviam comprado. Ela deu u m sorriso triste ao se lembrar da amiga falecida.

— Ela está bem! - Alice respondeu. - Pelo menos por enquanto... – Completou temendo pela pequena.

— Hey! - Apolo diz seguranço seu rosto. – Vai dar tudo certo, meu amor. Eu estou aqui com você e vou ficar aqui para defender o templo. - Apolo diz tentanto conforta-lá.

— Mas os deuses podem brigar com você! - Alice aponta preocupada.

— Eu não me importo, eles vão entender. –Apolo dá de ombros. - Proteção extra para as duas ,com certeza é algo bom, querida. - Apolo explicou.

— Está certo! - Alice concorda,mais aliviada.

A jovem coloca Hope em seu berço, quando nota que a mesma adormeceu. Depois, ela se senta ao lado de Apolo.

— Sabe Alice, eu queria que Gaia nunca tivesse aparecido novamente! - Disse Apolo cabisbaixo. -Nossas vidas seriam tão diferente e Victória estaria viva com Ares e Hope. Isso é tão injusto! - Apolo diz inconformada.

— Apolo depois dessa merda toda, eu aprendi que a vida não se chamaria vida,se não fosse injusta! - Alice diz olhando para janela.

— O que quer dizer? - Indaga Apolo distraído.

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— Que a vida sempre é injusta! - Exclama Alice.

— Nem sempre... - Apolo retruca.

— Mas, se nos tivermos qualquer ligações com vocês ela fica dificil,complicada e injusta! - Alice diz sem pensar.

Apolo se sobresaltou.

— Quer dizer que a vida de vocês são injusta,por vocês serem semideuses? - Apolo pergunta sem compreender direito.

— Não literalmente,mas nós ficamos mais expostos a injustiças. - Alice tenta se explicar. – O que eu quero dizer é que a vida de um mortal parece ser mais, segura ,mais fácil e menos injusta do que a nossa!

— Eu sei disso. – Apolo sorri de lado. – Mas há tantos mortais com vidas injustas no mundo, que parece ser balela o que você disse! - Apolo diz sem ligar.

— Está sugerindo que eu seja uma estúpida? - Alice indaga com raiva.

— Não Alice! - Apolo nega sério. – Só estou dizendo que não é nossa culpa se sua vida tem problemas! - Apolo diz.

— Pois eu digo que vocês contribuem bastante para eles! - Alice alfineta.

— Alice não quero brigar,logo agora! - Apolo diz após um suspiro cansado. – Estamos no meio de uma guerra, não podemos nos dar ao luxo de ficarmos discutindo se nós deuses ferramos a vida de vocês! A vida de uma criança que tem meses de vida, está em jogo. - Apolo diz se levantando.

— Tem razão,desculpa! - Alice murmura envergonhada.

— Vou ficar de guarda juntos com Eros e os outros. – Apolo informa e Alice assente com a cabeça.

Alice deixou uma lágrima solitária cair,ela tomou uma decisão. Não queria mais aquilo. Ela não podia negar quem era, ela continuaria sendo uma meio-sangue até sua morte,mas ela não quer mais essa vida de aventuras. Isso é uma coisa que ela queria faz tempo e com tudo o que ocorreu com essa guerra que Gaia proporcionou, ela iria embora do acampamento.

Deixaria seus amigos,Apolo e sua antiga vida para trás. Iria para outro lugar recomeçar do zero e esquecer o passado. Quem descobrisse seu planos, certamente a julgaria como mal agradecida ou uma mulher cruel por deixar seu amado,mesmo o amando ,mas como diria sua mãe, não se pode ter tudo.

E se ela pudesse escolher entre uma vida sossegada e Apolo, ela escolheria uma vida sossegada. Alice não soube explicar como tirou coragem para se decidiu. Talvez,seu amor não tenha sido forte o suficiente. Só o amor não bastava! Ela queria uma vida calma, finita e feliz. Não desejava viver para sempre igual a Apolo e também não desejava ter mais aquela rotina de semideusa.

Ela queria ser como uma mortal qualquer e ela seria se Gaia for derrotada.

Alice é desperta de seus pensamentos, quando ouve um griffo se aproximar e a pessoa que entra pela janela fez Alice ficar estática no lugar. Foi como ver um fantasma ou ter um sonho realista com alguém que já se foi ,mas ali estava Victória viva a sua frente.

P.O.V Victória Stewart

Tentei esboçar alguma reação para Alice. Tentei contar o que Gaia fez. Eu gritei e tentei com todas as forças assumir o controle de meu corpo e minhas emoções, mas não consegui nada. Não quero fazer mal a ela e nem a Hope.

Mas não consigo me controlar. Quando dou por mim já caminhava até Alice.

— Victória,você é real? - Pergunta Alice espantada.

Eu não a respondi. Alice me olhou com desconfiança.

—Seus olhos estão opaca,sem brilho algum! - Aponta Alice. - O que Gaia fez com você? - Pergunta preocupada.

Não a respondo e puxo minha adaga. A pego pelo braço rapidamente e corto a palma de sua . Ela tenta lutar comigo, mas faço minha mão se aquecer e queimo seu braço. Ouço ela gemer de dor,mas não paro, não consigo parar. Aperto sua mão e faço seu sangue pingar em um pequeno frasco. Depois de fazer a empurro para ou outro lado do quarto. Faço um rastro de fogo dividir o quarto. Alice não conseguiria impedir minha versão marionete

Caminhei com calma até o berço e fitei Hope dormindo. A peguei e senti uma sensação estranha, foi como se por alguns segudos eu conseguisse recuperar o controle,mas a marionete voltou. Caminhei até a janela e subi no parapeito.

— VICTÓRIA, O QUE ESTÁ FAZENDO???? - Berra Alice nervosa.

Eu senti aquela sensação novamente e antes que a marionete voltasse eu consegui dizer:

— Eu não posso controlar! - Digo e depois volto a ficar impotente.

Subo em cima do griffo e o mesmo volta a cortar os céus. Ouço gritos abaixo de pessoas . Certamente, já sabem que Hope foi raptada e estão atrás de mim.

P.O.V Alice Gilbert

Começei a gritar por ajuda,antes que o fogo se alastrasse. Apolo veio com Eros e conseguiram conter o fogo. Eu ainda estava chocada com o acontecido. Victória viva e enfeitiçada. Podia ficar pior? Sim! Ela pegou a filha e agora Hope corria risco de vida.

— Ela pegou Hope! - Foi tudo que consegui dizer por hora.

— Eros, avise a todos! - Apolo ordenou.

Dito e feito,Eros não estava mais ali e sim ir falar com todos para dete-la.

— Quem foi? - Perguntou Apolo.

Eu ignorei a pergunta . - Apolo preciso que venha comigo, se ela conseguir , ela não irá se perdoar. - Digo nervosa.

— Quem? - Perguntou novamente.

— Victória! - Respondo. – Não sei como,mas ela ainda vive, está sendo controlada e está com Hope, juntamente com meus sangue! Agora venha me ajudar!

P.O.V Ares

Perdi as contas de quanto soldados inimigos esmaguei com minha fúria. Fatiava eles com um enorme sorriso no rosto. Não me sentia nem um pouco cansado, pelo contrário a cada morte era um novo gás para mim.

Até que um griffo corta o céu novamente. Não lhe dei importância e continuei a fatiar e pulverizar meus inimigos. Isso foi até Gaia aparecer e gritar em alto e bom som.

— A criança está comigo? - Berrou alegre.

Todos os seu exercito comemorou e eu estava entre a surpresa e a raiva. Como aqueles parvos podiam ser tão incopententes para deixar aquela maluca pegar minha filha. Foi então que para meu desespero Victória aparece segurando Hope.

— Não... – Digo num sussurro.

— Tragam as outras duas! - Berrou Gaia para quatro nascidos na guerra.

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Logo,jogaram Emily e Diana no chão. Vi Gaia fazer cortes em suas mãos e coletar seu sangue. Eu não acredito! Não vou deixar Gaia destruir minha vida! Eu não vou!!!

P.O.V Victória Stewart

Observei sem fazer nada Gaia cortar Diana e Emily,logo após coletando seu sangue. Depois ela veio até mim.

— Frasco! - Pediu séria.

Eu a entreguei prontamente a Gaia, que pegou de minhas mãos de imediato.

— Suas mãos! - Ordenou.

Eu lhe mostrei as palmãos de minhas mãos. Gaia escolheu uma e fez o corte. Depois apertou minha mão para o sangue sair. Vi meu sangue pingar na bacia do feitiço.

— Agora , mate a fedelha! - Gaia ordena.

Não posso deixar. Eu vou lutar. Nem que para isso eu morra, eu não posso deixar ela no controle! Eu peguei a faca da mão de Gaia e botei minha filha em uma espécie de altar. Eu estou lutando para não deixar. Começo a sentir o suour pingar da minha testa. Minha mão treme sem parar. Sinto que assumo o controle por alguns segundos e logo perco. Gaia também está lutando para manter o feitiço.

— Não... - Consegui dizer com muito custo.

Eu usava todas as minhas forças naquela guerra interna,entre mim e Gaia pelo controle de meu próprio corpo. Entrei em pânico,quando ergui a faca em direção ao coração de Hope. Eu tenho que lutar contra ela, não posso fazer isso.