Fire meet Gasoline

Não posso controlar


P.O.V Victória Stewart

Quando meus sentidos voltaram, a dor me atingiu com tudo. Me sentia fraca e estranhamente quente, como se tivesse acabado de tomar uma banho quente. A dor que eu sentia estava na região do meu peito, especificadamente falando no meu coração. As lembranças da minha briga com Gaia cortam minha mente como navalhas afiadas.

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Olhei para mim mesma,tentando descobrir que tipo de coisa eu havia me transformado. Eu sabia que Leo podia controlar o fogo e que alguns filhos de Hefesto antes dele também. Contudo,saber sobre essa maldição me deixa aflita. E se eu não conseguir me controlar e machucar alguém que eu amo? Caso isso acontecesse eu jamais iria me perdoar.

Olho em volta, numa tentativa de me situar e percebo que já não estou naquele quarto confortável e sim dentro de uma cela. As paredes era grossas e não estavam pintadas,deixando aquilo com arde masmorra. Tentei forçar as grades,que em momento algum pareciam ceder. Me jogo no chão completamente exausta.

Espero que Ares esteja cuidando bem da nossa filha. Algo me diz, que agora com essa maldição, eu não poderei ficar perto de Hope tão cedo.

Ouço passos do lado de fora da cela e isso me faz entrar em estado de alerta. Quando isso acontece,sinto minha mão se esquentar de uma forma intensa, olho para a mesma e vejo minhas veias num vermelho vibrante e sinto um pouco de fumaça sair da minhas mãos. Continuo encarando as palmas de minha mão,completamente desnorteada. Eu não faço ideia do que fazer e nem do que está prestes a acontecer. Uma força começou a aflorar dentro de mim antes de qualquer coisa grande pudesse acontecer, me forcei a parar. Eu tenho medo do que era e não queria descobrir. Tenho medo das consequencias de usar os meus poderes,sem nem um pingo de controle

A porta da cela se abre, porém não posso tentar fugir pois as correntes me prendiam a cama velha em que eu estava sentada. Gaia entrou com um sorriso de vitória antecipada. Ela dessa vez não vestia roupas comuns e nem um de seus vestidos, ela usava uma armadura mais escura que a noite. Seus cabelos pretos estavam presos em um rabo de cavalo. Ela usava um elmo completamente escuro com um pena vermelha sangue.

— Minha querida,está na hora... - Gaia anunciou de bom humor,pude notar.

— Hora de que? - Perguntei temendo o pior.

— Da batalha final. - Respondeu.

— Tão rápido! - Estranhei e Gaia revirou os olhos. – Pensei que para uma grande batalha exigisse tempo para uma estratégia. - Comentei.

Viver com o Deus da Guerra tinha seus privilégios. Às vezes quando eu e Ares não ficamos brigados e odiando um ao outros, quando nós dois só tinhamos o amor, ele me contava histórias e coisas relacionadas a guerras e batalhas. Se Gaia estivesse muito ansiosa para batalhar, talvez sua estratégia não seja uma das melhores, por causa da pressa.

— Você dormiu por uma semana, ou melhor esteve morta por uma semana. - Gaia revelou e eu não me preocupei em disfarça minha surpresa. – Todos acham que você está morta, mas como você despertou,logo saberão que está viva. - Gaia diz. –Estou contando com isso, para Ares e os outros abaixarem a guarda quando verem a precisosa Victória Stewart mais viva do que nunca. - Gaia diz e pega uma mecha do meu cabelo que por sinal,está um caos. - Seu cabelo está horrível.

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— Sabe não tenho tido muito tempo para ir no salão de beleza. Sabe como é né, uma doida me sequestrou e me matou. - Digo irônica.

— E agora você queridinha vai ser minha arma principal, durante essa batalha definitiva. – Gaia diz com uma assustadora convicção.

Eu ri pelo nariz. - Acha mesmo que despois de tudo,eu vou te ajudar nesse planinho doentio? - Pergunto incrédula. - Eu poderia te dizer todos os motivos para mim não te ajudar,mas acho que todos são meio óbvios. Nunca! Nem em um milhão de anos, eu irei mover um dedo por você Gaia, pois eu prefiro morrer novamente, do que ajudar uma psicopata! - A firmeza em meu tom de voz, me surpreendeu, tenho que confessar e também a Gaia.

— Sabia que diria algo desse gênero e é por isso, que fiz um feitiço com a magia que provem da Terra. - Gaia diz sorridente. – Essa magia fará de você minha marionete pelo tempo necessário. Vou fazer vocês matar sua querida Hope e depois farei um banho de sangue com todos os seus amigos! - Gaia ri da minha cara que com toda a certeza não estava nem um pouco boa.

— Não faz isso, por favor! - Praticamente implorei.

— Aonde está toda a sua arrogância agora, queridinha? - Gaia pergunta debochada.

— Não pode fazer isto comigo! - Negou com raiva.

— Posso e vou fazer, meu bem. - Gaia retruca,ignorando meu desespero.

— Vou matar você! - Rosno.

— Tenta a sorte! - Gaia sai e me deixa sozinha.

Não posso deixar ela fazer isso, mas o que posso fazer?!

Não consigo conter minha frustação e dou um grito do mais profundo ódio.

P.O. V Ares

Sempre amei os campos de batalha. Sempre amei guerras. Amei lutar e fatiar meus inimigos. Sempre amei sentir o frenesi de violência prorporcionado por um bom combate. Eu era o Deus da Guerra, das estratégias, das lutas. Mas, aquela guerra. Aquela guerra! Aquela guerra tinha um significado muito mais intenso.

Era retaliação. Proteger o Olimpo e todos nós. Proteger minha Hope, mas principalmente vingar a morte de minha amada,Victória. Ela morreu sem saber que eu estava dispostos a entender os motivos para ela ter feito aquele bendito acordo e iria a perdoar. Eu só queria mais tempo...

Entrentanto, por seu quem eu sou, Ares o Deus da Guerra. Eu deveria saber que em uma guerra o tempo é curto. Eu sempre fiquei pensando pior dela, depois de Gaia ter levado nossa filha por meio do acordo. Cheguei a acusa-lá de traição quando ela partiu numa missão secreta para tentar resgartar nossa Hope.Mas, ai veio aquela mensagem de íris e eu fiquei sabendo que ela conseguir libertar Hope e Alice. Me senti orgulhoso da minha mulher, ela foi forte e inteligente e passou Gaia para trás.

Como eu havia prometido me empenhei a proteger Hope e Alice. Convoquei uma reunião as pressas com o conselho olimpiano e quando eu finalente pensei que tudo podia ficar mais fácil nessa guerra, eis que Hefesto diz que Victória morreu.

Uma semana. Uma maldita semana se passou. Durante esse tempo a batalha final iria acontecer nessa madrugada. Alice e Hope estavam no Olimpo protegidas e eu na linha de frente juntos aos deuses. Olhei meu relógio e faltavam um minuto para meia-noite. Um mísero minutos para a batalha começar.

Peguei uma foto de Victória. Ela estava tão linda segurando Hope nos braços e sorrindo para a câmera. Eu estava ao lado dela, com meu braço entrelaçado a sua cintura.

— Isso é por você meu amor. – Digo em um susurro.

Ouço trombetas tocarem e assim sei que a batalha se iniciou. Gaia subiu em uma grande pedra e eu senti uma grande ansiedade por arrancar a cabeça dela com uma espadada. Mas, uma coisa me chama atenção. Ao seu lado,como se estivesse em um transe, estava ninguém mais e ninguém menos que Victória.

P.O.V Victória Stewart

Era como se outra pessoa estivesse sobre o controle de meu corpo. Eu podia ver,ouvir e sentir tudo ao meu redor, mas não tinha controle alguns sobre minhas ações. Meu olhar se cruzou com do de Ares, ele me olhou surpreso e bastante afetada e eu quis demonstrar algum sentimento por vê-lo,mas não consegui.

— Rendam-se e me entreguem a criança! - Gaia exigiu. – E quem sabe não deixo alguns de vocês viverem.

— Nunca Gaia! - Zeus negou com frieza.

— Tudo bem! - Gaia sorri. –Então vai ser da maneira difícil. Victória, faça! - Ordenou Gaia.

De minha mão uma bola de fogo do tamanho de um sofá se formou e eu arremessei em cima deles. Ares me olhou espantado e tentou me fazer parar.

— Victória o que está fazendo? - Perguntou o mais alto que eu posso.

—Desculpe Ares, mas eu não posso controlar. - Foi tudo o que eu disse,antes de um griffo me pegar e me carregar pelo céu de Manhattan.