Fire meet Gasoline

A profecia da semente


P. O. V Victória Stewart

- Preciso de ajuda – Digo desesperada.

— Vick o que houve? - Pergunta Emily assustada.

— Eu acho que estou grávida! - Eu a encaro, entrando em pânico.

— Como você Sabe disso? - Ela aponta para o espaço de sua cama desocupado e eu me sento ali. – Por que no acampamento não tem muitas farmácias. Portanto não há muitos teste de gravidez. – Emily me olha preocupada.

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— Gaia me disse num sonho! - Falo alisando meu ventre. Franzo o cenho me lembrando de algo. – Pensando bem...Eu estou com muitos enjoos e minha menstruação tinha que descer ontem! - Eu agarro as mãos de Emily desesperada. – Preciso saber se isso é verdade... – Eu abraço Emily e ela retribui e fica dizendo que “vai ficar tudo bem”. Tento acreditar no que ela diz, mas é difícil Muito difícil! Ainda mais com o que Gaia me disse a respeito de meu filho ou filha.


— Alice me contou sobre eu ser uma das escolhidas... - Emily olha para mim com os olhos marejados. – Quem sabe assim, Hera não se preocupa comigo – Uma lágrima escorre pela sua face. Eu a abraço de novo e ela afunda a cabeça no meu ombro e chora.


Nesse momento Alice entra com olhos vermelhos de tanto chorar. Ao seu lado vinha Diana que não conseguia conter seu choro. Eu levantei e a abracei. Nossas vidas são um caos. Quando achamos que podemos ser felizes, algo acontece. Sempre acontece. Eu acho que é o destino da maioria dos semideuses serem infelizes a maior parte do tempo.
De repente sinto Diana por as mãos no meu ventre. Ela deu um pulo e me encarou sorrindo.

— Você tá grávida! - Diana afirma, me deixando desnorteada.


— Como pode ter certeza?! - Eu não podia engravidar não agora. Só tenho dezessete anos, não posso ser mãe ainda.


— É um dos meus dons – Deu de ombros. – Parabéns! - Ela me abraça.


— Nossa! - Alice diz surpresa. – Você e o Ares são muito rápidos. Eu e Apolo ainda estamos nos conhecendo melhor! - Ela me dá um abraço. – Parabéns!


Eu não conseguia nem colocar um sorriso amarelo em meus lábios. Eu estava em pânico. Como eu cuidaria de um filho, sendo tão jovem e às vezes imatura. O pior de tudo é que meu bebê além de estar em perigo, estaria destinado a carregar um fardo grande demais para ele. O fardo de destruição do Olimpo. Por que O meu filho?! Não pude mais segurar o choro. Meu choro sofrido ecoava por todo o chalé. As meninas tentavam me passar conforto. Porém naquele momento eu só queria me aliviar. Parei de chorar anos poucos e fiquei em silêncio.


— Você contará ao Ares? - Diana pergunta quebrando o silêncio.


— Sim! - Falo firme. – Vamos proteger nosso filho juntos! - Coloco a mão no meu ventre. – Ele não pode me abandonar! Não agora! - Minha voz sai temerosa.


Eu e as meninas disfarçamos nossas caras de choros e fomos para o refeitório jantar. Algo me dizia que mais uma bomba iria estourar. Naquele dia os meios-sangues foram autorizados a se sentarem misturados. Mais eu e as meninas, não sentamos com nossos amigos. Ares me chamou pra jantar com ele, mas eu recusei. Nós quatros sentamos numa mesa afastada e comemos em silêncio. Por sorte ninguém, além de Ares ninguém sabia que éramos as escolhidas de Gaia.

Então Rachel dê repente se levanta e anuncia uma profecia.


— “A semente germina no ventre dá nascida das forjas”
“ A semente poderá ser a destruição do Olimpo “
“Ou sua salvação “
“ Poderosa e forte esse legado será”

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Depois de falar a profecia ela volta ao normal. Logo todos olham para mim. Afinal a “nascida das forjas” só poderia ser eu. Como eu já disse antes, sou a única filha de Hefesto. Eu me levanto e corro e Diana me segue. Vou para a gruta aonde estávamos construindo nossas armas. Pego a minha lanterna escondida perto da entrada e entro. Diana faz o mesmo.

— Cadê as outras? - Pergunto olhando ao redor.


— Eu não sei! - Ela diz nervosa. – Talvez foram Barradas pelos outros! - Nos abraçamos.

De repente sentimos um tremor, já conhecido. A barreira.


P. O. V Emily Smith


Tentamos seguir Victória e Diana, mais ou outros Nos abordaram. Os deuses também vieram nos fazer perguntas. O primeiro foi Ares.


— Por que ela não me contou? - Sua voz saiu magoada. – Por que ela não disse sobre a gravidez? - Ele pergunta com raiva.

— Ela descobriu ainda pouco! - Respondi estranhando sua reação. Ele estava magoado?


— Eu fui até a mesa de vocês! - Ele gritou. – Ela ao menos podia ter tido a decência de me contar! - Seus olhos vermelhos ardiam em fúria.


— Você é retardado? - Pergunta Alice sem paciência. – Qual foi a parte de que ela descobriu ainda a pouco, você não entendeu? - Disse ríspida.


— Ares, ela estava assustada! - Berrei incrédula.

— Ares está certo! - se intromete Hera. - Temos o direito de saber que vamos ter um neto, pela boca dela e não por uma profecia! - Hera diz raivosa.


— Aposto que planejam Nos trair e levar a criança para o mal! - Zeus diz com nojo na voz.


Agora eles passaram dos limites
— Vão se ferrar! - Berrei incrédula. – Eu nunca ouvi tanta merda na minha vida! - Lancei um olhar de desprezo para todos.

— Nunca! NUNCA trairíamos vocês!! - Gritou Alice com raiva.

Eu olhei em volta e todos. Todos! Nos olhavam com certa desconfiança. Até nossos amigos!. Meus olhos marejaram. Eu encarei Hera e pude notar que estava arrependida. Deixei uma lágrima escorrer. De repente tenho um mal pressentindo ruim, olhei para Alice e ela parecia sentir o mesmo. Logo um tremor é sentido por todos!

— Vick e Dih! - Murmuro para mim e Alice. Ela arregala os olhos.


— Sai da frente! - Gritei tentando ultrapassar os semideuses, mais eles continuaram no caminho.

— Para vocês fugirem? - Indaga Thalia. – Nunca!


— Será que não percebem? - Perguntei incrédula.


— Gaia não veio agora Por nós duas! - Alice diz nervosa.


— Ela primeiro vai pegar os mais vulneráveis! - Digo pensativa.


— Ou seja... – Alice diz com pesar.


— Victória e Diana! - Exclamamos juntas.


P. O. V Victória Stewart


Ouvimos sons dentro da gruta.

— Vamos ir para o fundo! - Sugere Diana e eu concordo.


Corremos o mais rápido que podíamos até chegar no final. Os sons vinham de todos os lados. Eu estava com muito medo. Nossas lanternas começaram a falhar.

— Aí não! - Falo em desespero.


— Não! - Diz Diana. Logo Elas se apagam.

Ficamos em um silêncio sepulcral. Nenhuma de nós ousávamos falar uma única palavra. Diminuímos nossas respirações. Nossas mãos estavam entrelaçadas e o medo a flor da pele. Por um momento achei que a coisa tinha ido embora. Porém, algo agarra minha perna e me puxa. Eu e Diana gritamos e depois eu senti a inconsciência me tomar.