Impossível

Capítulo Único


Eu sempre me senti completo. Eu tinha tudo que eu podia querer; uma família extremamente bondosa e amigos que realmente me amavam. Não importava se eu estava triste ou feliz, meus amigos sempre estariam lá para me confortar e me animar ainda mais, mesmo que isso fosse impossível.

Mas nunca foi impossível deixar de me apaixonar. Me apaixonei por inúmeros caras e todos pareciam casos errados, peças que simplesmente não se encaixavam de maneira alguma no final do quebra-cabeça. Havia sempre o impossível para que continuássemos juntos.

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E então eu me recuperava. Com todo o apoio dos meus amigos, com toda aquela filosofia de viver o presente e esquecer o passado. E isso parecia impossível, até que meus amigos chegavam e me colocavam — devagar— no topo novamente.

Entretanto, você chegou.

Céus, você era impossível! Não sei como eu realmente me senti atraído por você — não era só sua beleza que me deixava estonteado, mas sim, também, sua simpatia. E eu descobri que você era um quebra-cabeça com inúmeras partes rasgadas e incompletas.

Você tinha todos os problemas do mundo, e todas as palavras que eu falava pareciam simplesmente não surgir efeito.

E, mesmo assim, eu continuei conversando e conversando. Continuei tentando. Continuei insistindo. E continuei dizendo a mim mesmo que “pra mim tanto faz, os problemas são dele, se ele nunca está bem, o problema não é meu”, continuei afirmando para mim mesmo que se um dia ele “sumisse”, não faria falta. Mas, por dentro, doía-me. Por dentro, eu me importava. Eu convivi um longo tempo com ele, afinal. Mesmo que fosse só por mensagens e inúmeras ligações longas. Eu me apaguei a ele, não importa como.

Marcamos um encontro. Ele desmarcou no mesmo dia.

E então marcamos outro encontro. Ele estava com gripe. Mais um desmarque.

Tentamos uma terceira vez. Dessa vez ele foi. E estava tão animado! Tanto quanto eu.

Conversamos a tarde toda. Ele fazia moda; ensinou-me a desenhar (ou, ao menos, tentou). Ensinou-me inúmeras coisas de seu curso.

Beijou-me em público; sem medo algum dos olhares e da reação alheia. Abraçou-me o tempo todo. Fora carinhoso e atencioso, como nunca pensei que ele realmente pudesse ser.

E, no final desse curto encontro, cada um seguiu para um lado. Eu para a esquerda e ele para a direita. O ônibus havia chegado, olhei para trás por uma última vez e encontrei seus olhos extremamente perto de mim. Perguntei o que ele estava fazendo ali e porquê não havia ido embora, e ele disse que estava se certificando de que eu pagaria o ônibus certo.

Fora incrível.

Ele ensinou-me o mais importante naquela tarde; eu nunca pensei que ele poderia me completar de tal maneira, pois eu já me sentia completo. E, mesmo assim, ele preencheu-me de maneira espantosa. Mostrou-me que era possível e que ao seu lado, nada seria impossível, não se nós dois tentássemos de novo e de novo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.