Tooru não planejou fugir daquele jeito, mas também não imaginou que esse dia aproximar-se-ia tão cedo, embora soubesse que ele chegaria inexoravelmente. A verdade é que fora apanhado de guarda baixa, esperando Iwaizumi chegar enquanto conversava com a mãe dele, como já fizera tantas vezes, para então, recepcioná-lo na entrada. Como poderia esperar ver a garota que se apoiava no braço dele com tanta intimidade, que o chamava de ‘Hajime-kun’, que falava com naturalidade enquanto ajeitava uma mecha de cabelo atrás da orelha, e que estava prestes a se apresentar, provavelmente, como sua namorada.

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Oikawa não estava preparado, mas talvez nunca estivesse, porém, quando percebeu já estava do lado de fora, voltando para casa, trancando-se no quarto, onde a voz dela não poderia alcançá-lo.

Aquilo não era o fim, mas era como se fosse.

Tooru respirou fundo.

Nem ele mesmo havia chegado a levar uma de suas namoradas para casa. Aquilo era sério. Por que Iwaizumi nunca tinha falado nada?

O chão sob seus pés desaparecia. Como poderia sentir que perdia algo que nunca teve? Talvez fosse pela última e ínfima esperança que ele se agarrava tão obstinadamente e que agonizava e morria, que suas lágrimas escapavam silenciosas e dolentes.