Alexander
Capitulo Dez — A mente domina a matéria
— Clarke Port, Suíça —
Capitulo Dez — A mente domina a matéria
— Você tem certeza?
Alec afagava minhas cosas enquanto eu não conseguia respirar direito. Minha mente trabalhava a um milhão por hora, tentando relacionar o que eu tinha acabado de ouvir. Cullen. O sobrenome do meu pai era Cullen. Edward Cullen.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Tenho Alec, tenho. — virei-me para ele, acomodando-me em seu peito. Minha respiração ainda estava desregular. Alec me abraçou, beijando minha testa. — me tira daqui, Alec.
— Vamos para minha casa— Alec pegou na minha mão e me guiou para fora do meu quarto. Nós passamos pelo quarto de Charlie, onde minha mãe ainda estava. Eu parei para tentar ouvir mais, mas Alec me puxou para o primeiro andar — você já ouviu demais, Ness. — justificou-se.
Não precisamos andar muito para chegar à casa de Alec. Eu nunca tinha andado na casa dele, então não sabia como os pais deles reagiriam a isso, ainda mais agora, que estávamos namorando.
A casa dos Volturi era tão grande quando a de Charlie, o que não me deixou surpresa. A única diferença era que a casa de Alec tinha sete carros ao redor da casa.
— Por que tanto carro? — perguntei assim que cruzamos o portão. Alec riu.
— Apenas três são nossos. — respondeu — meus tios devem está aqui — revirou os olhos. Ele me guiou para os fundos, onde ninguém nós veria chegando. Passamos pela cozinha, onde as cozinheiras (por que eles tinham cozinheiras? Sulpicia não sabia cozinhar? ) cumprimentaram o filho do patrão. Quando chegamos nas escadas, um relance da sala onde Sulpicia e Aro estavam, mas o choque ficou para quem estava lá; Os cabelos negros podiam ser vistos de onde estávamos e, sua postura era rígida e nervosa — o que Heidi está fazendo aqui?
— Não sei — murmurei.
— Vem, vamos lá para cima — ele me puxou rapidamente pelas escadas. Parecíamos dois espiões invadindo uma casa. Alec se permitiu rir quando chegamos à porta do seu quarto. — não diga nada — advertiu, quando arqueei a sobrancelha para seu nome entalhado em mogno na porta do quarto. Levantei as mãos.
O quarto de Alec era até arrumado considerando o dono. Ele tinha duas paredes inteiras coberta por livros, o que foi a minha visão inicial. As outras paredes eram pitadas em um tom leve de cinza e preto. Ao norte, um banheiro e no centro do quarto estava sua cama, e foi lá que sentamos.
Alec pegou seu notebook em cima da escrivaninha atrás da cama e trouxe para perto de mim. Ele arrumou um travesseiro, de modo que eu pudesse ficar deitada e ainda sim pudesse ver o que ele estava fazendo no notebook. Ele digitava apenas com uma mão, já que a outra estava engessada.
— Você disse que o nome do seu pai é Edward Cullen, certo?
— É — respondi — o que vai fazer?
— Pesquisar sobre. — ele sorriu e eu fiz uma careta — qual é, Ness, até parece que você não quer saber sobre seu pai.
Dei de ombro.
— Achei um — disse depois de um tempo de pesquisa — Edward Anthony Cullen, formou-se em medicina na Flórida há cinco anos e agora atua como cirurgião em um hospital na capital da Suíça. Tem 30 anos e uma noiva — ele falou a ultima parte em um sussurro.
— Continue Alec.
— Irina Denali e ele pretendem se casar em Janeiro do próximo ano — falou — eles tem um filho juntos. — Meus olhos se arregalaram. Eu tinha um irmão? Deitei-me de costas na cama, olhando para o teto do quarto de Alec — Ness?
— Estou bem — murmurei, era óbvio que eu não estava — acha que foi por essa Irina que ele deixou Bella?
— Não sei — ele falou, inclinando-se para ficar em cima de mim. Ele me beijou, afagando meus cabelos — tem outra coisa — disse — a família dele mora aqui.
Tirei Alec de cima de mim, encarando ele.
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— Não vê o sobrenome? Ele é filho de Carlisle, nosso professor de Historia.
Minha cabeça parou por um minuto, voltando para o dia em que passei mal na escola. Carlisle tinha me oferecido a ajuda de seu filho médico. Então Edward estava aqui?
— Então...
— Você é neta de Carlisle, seu professor favorito.
— Como você sabe que ele é meu favorito? — acusei, cruzando os braços e ficando de joelhos na cama.
— Ness, eu reparo as coisas. Principalmente se for às coisas da garota que agora é minha namorada.
— Idiota — joguei um travesseiro nele, que gargalhou.
Ele me beijou me colocando de costas na cama. Os olhos de Alec brilhavam. Um brilho doce e sincero. Ele tocou meu rosto com os dedos, como se gravasse cada pedacinho do meu rosto. Ele mordeu o lábio.
— Quero lhe mostrar uma coisa. — disse, levantando da cama e indo para o armário — não está pronto, mas...
Ele tinha um desenho meu. Bem, era meio meu, pois apenas tinha um lado, mas era eu.
— Você desenha?
— Tem algumas coisas que você ainda não sabe a meu respeito, Srta. Swan.
Ele colocou o desenho em cima da cama e me abraçou. Ficamos assim, abraçados até que ouvimos batidas na portar e depois a voz de Heidi.
— Alec? Você está ai?
Alec me encarou, seus olhos arregalados. Ele levou um dedo aos lábios, indicando para ficamos em silencio. E assim ficamos até a voz de Aro aparecer.
— Alec, eu sei que você está ai, Lucia me disse que você tinha chegado. Abra a porta.
Alec suspirou, me beijando na testa e seguindo a contra gosto para abri-la. Sentei-me na cama, pegando o notebook no colo, encarando a foto de Edward Cullen, possivelmente meu pai.
— Oi pai. — ouvi Alec falar — Heidi.
Suspirei.
— Por que não foi até a sala quando... Renesmee?
— Olá, Aro. — cumprimentei, envergonhada por tudo aquilo. — Como vai?
— O que está fazendo aqui? — foi Heidi quem perguntou, encarando-me com aqueles olhos azuis firmes.
— Estava ajudando a Ness com uma coisa — Alec falou, indicando o notebook em meu colo.
Heidi cerrou os olhos. Aro olhou para o filho, como se dissesse “Eu sei que não é apenas isso” e Alec deu de ombros. Desliguei o notebook, seguindo para a sala com os outros, mas antes Alec sussurrou em meu ouvido.
— Desculpe por isso. — Eu dei de ombros.
Quando chegamos à sala, tinha um casal que eu não conhecia. Eu sabia que não eram os pais de Heidi, eu os tinha conhecido. A mulher era baixinha e tinha cabelos negros que iam até seus ombros em ondas. O homem era alto e também tinha cabelos compridos, só que loiro, como a mãe de Alec, ambos tinham uma pele alva.
— Tio Caius— Alec abraçou o homem e depois a mulher — tia Athenodora.
— Você cresceu — comentou a mulher.
Eu me encolhi, me sentindo uma invasora.
— Heidi — chamei por ela, que estava do outro lado da sala. Ela veio até mim de contra gosto — conhece um medico chamado Edward Cullen? — eu sabia que os pais de Heidi tinham influencia na capital, ela deveria saber.
— Sim, conheço, por quê?
— Por nada importante — disse, olhando para Alec do outro lado da sala. Mordi o lábio, como ele tinha feito minutos atrás.
Quando todos foram embora – incluído Heidi – Alec me levou para a casa segurando minha mão. Ele parecia pensativo. Encostei minha cabeça em seu ombro – o que já estava virando um hábito. Porém, paramos quando vimos um carro estranho parar enfrente a casa de Charlie. De lá saiu um cara alto, com cabelos ruivos iguais aos meus.
— É ele... — sussurrei — Edward está aqui.
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