La Petite Princesse Argent

A princesa é expulsa


Acordei no dia seguinte no meu dormitório, com as mesmas roupas de antes. Não sei como cheguei aqui, só sei que essa foi a melhor noite de sono da minha vida, sem pesadelos e sem visões, nunca dormi tão bem. Vejo que as meninas ainda estão dormindo, parece que acordei muito cedo, e então decido ir no banheiro me arrumar. Quando encaro o espelho vejo que minha maquiagem estava toda borrada e que tinha olheiras enormes, tomo um banho e passou uma maquiagem para melhorar a minha aparência. Saio do quarto e elas ainda dormem, decido ir comer algo, até porque não jantei.

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Encontro uma Salão Principal praticamente vazio. Sento em qualquer lugar da mesa e começo a me servi. Decido aproveitar o silencio para ler as cartas de recebi, que trouxe comigo. A primeira carta é da minha mãe.

Querida Lotte,

Estou preocupada com você, sei que tudo isso está sendo difícil para você. Mas ontem, quanto te vi embarcando naquele trem, não pude deixar de imaginar como seria se fosse o seu pai que estivesse ali, te deixando ir. Ele estaria tão orgulhoso da pessoa que se tornou, ele iria amar te ver crescer. Sua mãe também estaria orgulhosa de você, mesmo que eu nunca a tenha conhecido. Você é a melhor parte deles, sei disso.

Eu sei que existem pessoas que dizem que você não vai conseguir alcançar o seu objetivo e sei que pensa o mesmo. Sei que as vezes cada movimento que você faz parecer que está perdida e que sua fé está abalada, mas tem que continuar tentando e manter a sua cabeça erguida. Vai sempre haver algo que tente te impedir de chegar à onde deseja, sempre será difícil e as vezes possa ser que não dê certo, mas precisa continuar lutando. Isso não é sobre o quão rápido você chegara ao seu destino ou sobre o que te espera quando você chegar, é sobre o que você irá fazer para alcançá-lo.

Confio em você, sei que vai fazer o que seu coração mandar. Já estamos morrendo de saudades. Nós te amamos.

Com amor,

Andy

Sem que eu percebesse, uma lagrima solitária escapou. Sorri guardando a carta, Andy sempre sabia o que dizer e sempre fazia com que me sentisse melhor. De repente percebi que tudo o que estou fazendo vai valer a pena no final e que, as vezes, sofrer é necessário. Decido ler a carta de Julie, já que eu sempre me animo lendo as cartas dela.

Mon bleu dame (Minha dama de azul),

Estou morrendo de saudades, Beauxbatons está très ennuyeux (muito chata) sem você. Sinto-me só sem você e Fleur por perto, fazem muita falta aqui. Jean não parou de me perguntar por que você não estava aqui com a gente, ele praticamente jantamos com o pessoal da Paxlitté, nós não somos muito fãs do pessoal da Noble. Não sei como conseguiu namorar com ele.

Estamos todos bem, é claro que Nicole continua me atormentado e que Michel ainda insiste em dizer que me ama, mas está tudo bem. Não se preocupe, não vou cair no papo do Michel. Heloísa mandou um beijo enorme e Jean quer saber quando vão se ver de novo.

Espero que esteja tudo bem aí e que estejam te tratando com o respeito que merece. Quero que me conte todos os detalhes sobre o seu primeiro dia e que diga o que mais sente falta daqui. Espero que esteja se divertido com o seu bien-aimé (amado) e que tenha feito bons amis.

Je t'aime ami (Eu te amo amiga),

Julie

Deixo a terceira carta para ler mais tarde. Vejo que as pessoas começaram a chegar para tomar o café e logo vejo Harry vindo em minha direção, sozinho, com um lindo sorriso. Ele se senta do meu lado e começa a pôr a comida no prato, ele para e me olha preocupado.

— Como está? – ele pergunta me olhando nos olhos, desvio meu olhar antes de responder.

— Sim, não precisa se preocupar comigo – digo encarando o meu prato.

— Se quiser falar sobre isso... – ele fala – Estou aqui – diz pegando a minha mão e fazendo com que olhe para ele e quando o faço ele sorri

— Obrigada – digo simplesmente

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— Oi gente – fala Malia sentando ao meu lado

Logo depois Rony e Hermione aparecem e se sentam conosco. Estavam todos com uma cara de sono, pelo visto a noite não foi boa, acho que sou a única na mesa um pouco mais disposta. Hermione parecia bem satisfeita com algo, mas não perguntei com medo de sua resposta, ela ainda não vai com a minha cara. Mas quando Rony perguntou o porquê ela pareceu bem feliz ao responder:

— Os gorros desapareceram. Parece que os Elfos Domésticos afinal querem ser libertados – ela diz sorrindo satisfeita com sigo mesma

— Eu não contaria com isso – falo chamando sua atenção – É da natureza do Elfo servir a um bruxo – eu explico – Alguns seriam capazes de se suicidar se forem libertos, não se pode ir contra a natureza – falo tomando o meu suco de morango.

— Como pode ter certeza disso? – ela pergunta com um ar de superior

— Tenho um Elfo Domestico – digo como se não fosse nada de mais – Angel seria capaz de se suicidar se um dia eu a libertasse – explico – Desista – falo simplesmente e me levanto, indo em direção à saída

Sai em direção à sala de Feitiços, a primeira aula do dia. Ninguém tinha chegado ainda, então fiquei desenhado em um pedaço de pergaminho. Toda vez que desenho me sinto bem, Dumbledore diz que isso ajuda a me controlar e o ajuda a entender o que irá acontecer, mas eu acho que dessa vez não será possível. Eu desenhei três pessoas, uma mulher e dois meninos, que pareciam ser uma família. A mulher não tinha um rosto definido, só tinha desenhado metade, e os meninos pareciam ser irmãos, o mais velho com vestes das Grifinória e o mais novo com as vestes da Sonserina, e ambos os irmãos pareciam infelizes. Soube imediatamente de quem se tratava, era os irmãos Black e sua mãe, e sabia que algo muito ruim iria acontecer. Das três pessoas do desenho, apenas uma continuava viva e o meu medo é que seja por pouco tempo, preciso falar com Dumbledore.

Os alunos começaram a chegar e depois de um tempo a aula começou. Aos dois tempos de Feitiços, seguiram-se outros dois de Transfiguração. O Prof. Flitwick e a Professora McGonagall passaram os primeiros quinze minutos de suas aulas falando à turma sobre a importância dos N.O.M.s. Depois que a aula de Transfiguração acabou a professora McGonagall prediu para falar a sós comigo, dei graças a Merlin por isso.

— O que a senhora quer falar comigo? – perguntei educadamente

— Hoje à noite, às cinco horas, a senhorita deverá se dirigir para a sala do diretor – ela avisa me olhando severamente.

— Isso tem algo haver com a aula de ontem? – pergunto preocupada

— Delicias gasosas – ela diz encerrando a nossa conversa

Saio da sala e vou para a próxima aula do dia, contando os segundos para que chegasse a hora da minha pequena reunião com o diretor. O dia demora bastante para passar e, por estar muito ansiosa, acabo não prestando atenção em nenhuma aula e acabo me isolando do pessoal, o meu desenho ainda me incomodava. Ás cinco para cinco eu decido acompanhar Harry até a sua detenção e de lá ir para a sala de Dumbledore.

Passamos o caminho em silencio e, por incrível que pareça, não foi nada desconfortável. Estávamos de mãos dadas e aproveitando a companhia um do outro. Quando chegamos na sala da megera eu lhe dou um beijo na bochecha e dou um sorriso confiantes, ele sorri de volta e bate na porta e então decido ir para a sala do diretor. Digo a senha e entro como de costume ele já estava me esperando.

— Senhor - digo entrando na sala

— Charlote - ele fala - Sente-se - ele fala apontando para a cadeira em sua frente - Antes de tudo, gostaria de saber como anda a sua situação com o senhor Potter - ele fala depois que me sento.

— Ele ainda não chegou na parte em que confia totalmente em mim - eu falo - Mas já conquistei a maioria dos seus amigos, menos a Hermione, mas acho que isso é questão de tempo - falo de modo confiante

— Soube que fez amigos de outras casas também - ele diz sorrindo

— Bom... É sempre bom fazer amigos - falo simplesmente

— Sei que é uma amiga leal e corajosa - ele começa - Mas o que você fez... Passou dos limites Lotte - ele repreende

— Sei disso senhor - falo com a cabeça baixa - Eu explodi, o senhor sabe que eu odeio aquela mulher.

— Ela solicitou sua expulsão imediata - ele avisa - Mas consegui convencer o Ministro de que você tinha motivos para tal ato e que o melhor seria expulsar você das aulas dela.

— Então não poderei ter aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, é isso? - pergunto feliz - Não é como se eu fosse aprender algo naquelas aulas - falo dando de ombros

— Mas Harry ainda participará das aulas, era para você ficar de olho nele - ele repreende.

— Isso não é o fim - falo - Temos algo mais sério para tratar - falo preocupada

— E qual assunto seria esse? - ele pergunto curioso

— Esse - falo entregando a ele o meu desenho.

Ele passa algum tempo analisando meu desenho, o que me deixa nervosa, e depois me olha preocupado. Sei o que vai perguntar, vai perguntar se eu sonhei com algo ou se eu sonhei com a imagem do desenho. Mas eu não sonhei com nada disso, a imagem só me veio a mente e então comecei a desenhar e isso me deixou mais preocupada que o normal. No final da reunião meu tutor diz que vai analisar melhor a minha situação e que qualquer desenho que eu fizesse era para entregar a ele, concordei e sai da sala. Estou morta de sono. Pensei em esperar por Harry, mas algo me diz que é melhor ir dormir e é isso que eu vou fazer, amanhã descubro qual foi seu castigo, ou tortura.

***

No dia seguinte acordo cedo mas decido pular o café, acordei sem fome alguma. Decidi aproveitar e escrever no diário de Adivinhação, eu tinha tido um sonho muito estranho. Sonhei com o meu pai, ele estava chorando e então uma mulher aparecia e manda-o parar com aquilo, ela dizia que ele não devia sentir e que não devia chorar por um traidor, mas ele continuava chorando. Ele chorava porque estava só, ele não tinha mais ninguém e isso o deixava mal.

Esse sonho foi terrível, acordei chorando desesperadamente e com um enorme medo de ser abandonada como o meu pai. Eu não sei como ele arranjou forças para seguir em frente e só pelo fato dele ter feito isso eu o admiro muito.

Foi mais um dia péssimo, assim como o meu humor; um dos piores tempos foi Transfiguração, pois eu não havia praticado nenhum dos Feitiços de Desaparição.Pulei o almoço porque ainda não tinha fome e isso já tinha começado a preocupar os meus amigos, no meio da aula da professora Grubbly-Plank acabei desmaiando pela falta de comida e passei o resto do dia na Ala Hospitalar.

A quinta-feira transcorreu em um atordoamento de cansaço. Rony parecia muito sonolento também, embora eu não conseguisse imaginar o porquê. Eu estava muito quieta esses dias, os sonhos eram cada vez piores e o meu emocional estava desestabilizado por causa deles. A sexta-feira amanheceu sombria e encharcada como o resto da semana. Duas coisas me sustentaram naquele dia. Uma foi o pensamento de que já era quase o fim de semana; a outra era que eu finalmente não tinha tido nenhum pesadelo. Na sexta o salão comunal estava em festa e eu aproveitei para me distrair. Vi Harry e Hermione conversando e decidi ir falar com eles, e sem querer acabei pegando uma parte da conversa.

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— Ela é horrorosa, concordo, mas... Harry, acho que você devia dizer a Dumbledore que sua cicatriz doeu – dizia Hermione

— Sua cicatriz doeu? – pergunta a Harry assustada

— Bem... Sim – ele fala sem jeito

— Hermione está certa – falo para ele – Deveria falar com o diretor

— Não vou incomodá-lo com isso. Como você acabou de dizer, não é nada muito importante. Tem doído intermitentemente o verão inteiro... foi um pouco pior hoje à noite, só isso...

— Harry, eu tenho certeza de que Dumbledore iria querer ser incomodado com isso... – diz Hermione

— É – respondeu antes que pudesse se controlar –, é a única parte minha com que Dumbledore se importa, a minha cicatriz, não é mesmo?

— Isso não é verdade – afirmo – Ele se preocupa com você

— Harry, você não pode mencionar uma coisa dessas numa carta! – disse Hermione alarmada. – Não lembra que Moody falou para termos cuidado com o que escrevemos? Não podemos garantir que as corujas não sejam mais interceptadas!

— A sapa rosa está de olho na gente - falo

— Tudo bem, tudo bem, então não vou contar a ele, tampouco! – disse Harry irritado. E se levantou. – Vou me deitar. Por favor, avise ao Rony para mim, sim?

— Bom... Eu também já vou – falo

— Ah, não – disse Hermione, parecendo aliviada –, se vocês estão indo, então quer dizer que também posso ir, sem ser mal-educada. Estou absolutamente exausta e quero fazer mais gorros amanhã. Escutem, vocês podem me ajudar se quiser, é bem divertido, e estou pegando prática, já sei fazer desenhos e pompons e todo o tipo de enfeites agora.

— Obrigada, mas não – falo imediatamente

Harry ainda para um pouco para pensar, mas depois nega o convite alegando está ocupado. Subo para o meu quarto, tomo um banho e deito, esperando que os sonhos não apareçam essa noite.