La Petite Princesse Argent

A morte de Almofadinhas


Sirius não tinha sido pego, ele estava a salvo em casa. Monstro tinha enganado a todos e agora Harry e os outros estão correndo perigo no ministério. O pessoal da Ordem tinha acabado de sair para resgatar os outros, eu tentei impedir Sirius de ir, mas ele fará de tudo por aqueles que ama e a filha dele e seu afilhado estão em perigo, nada que eu falasse mudaria sua opinião.

É tão estranho saber quando alguém está preste a morrer, ainda mais alguém que amo. É claro que saber que o meu pai foi um Comensal que torturou e matou diversas pessoas é mais estranho ainda, acho o fato de que eu o admirava tanto sem nem saber direito sobre ele contribui bastante. Quando eu perguntava sobre o meu pai as pessoas apenas diziam que ele me amava mais do que a si mesmo e que se sacrificou para criar um mundo melhor para mim, então eu sempre o vi como um herói e sempre o admirei por seu sacrifício, mas a verdade é que ele era um Comensal que tentou pular fora e acabou sendo morto por isso. Mas eu não posso deixar isso me afetar, não agora.

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Eu estou na Sede esperando Dumbledore, para que monstro pudesse contar a sua história e então pudéssemos partir para o ministério ajudar os outros. Embora eu saiba que todos irão me odiar pelas mentiras que contei, pelo jeito que o enganei e os iludi, provavelmente perderei o namorado. Mas nada disso importa, nada disso importa se não impedirmos Voldemort de assumir o poder e dominar o mundo bruxo, se ele chegar ao poder, não haverá mais nada para ninguém.

Dumbledore chegou depois de um tempo, parecia transtornado. Monstro explicou toda a sua doentia história e eu já sabia o que estava por vir. Olhei para o homem a minha frente, que parecia calmo e perguntei:

— Está na hora, não está?

— Creio que sim – ele fala – Você sabia que esse dia iria chegar

— Isso foi antes de tudo ter acontecido – falo – Eles irão me odiar

— Uma hora eles entenderão, precisamos ir – ele fala me estendendo o braço – Eles precisam da gente

— Depois teremos uma conversa – falo pegando em seu braço estendido – Sobre o meu pai

Então aparatamos. Acabamos em uma sala cheia de cérebros (nojento, eu sei), Dumbledore segue porta a fora e eu vou atrás. Encontro Neville e Harry na escada e estes gritam o nome de diretor, que os ignora. Descemos depressa os degraus passando pelos dois garotos e os ignorando completamente, não era hora de desviar a atenção do principal objetivo. Já estávamos no final da escada quando um dos Comensais percebeu a presença do diretor e gritou para os outros. Um dos Comensais da Morte correu o mais que pôde, trepando como um macaco pelos degraus de pedra do lado oposto. Um feitiço de Dumbledore o trouxe de volta com a maior facilidade, como se o tivesse fisgado com uma linha invisível...

Foi então que eu vi. Lá estavam eles, lutando até a morte, sem notar nossa presença. Vi Sirius se desviar de um raio vermelho de Belatriz: ria dela.

— Vamos, você sabe fazer melhor que isso! – berrou ele, sua voz ecoando pela sala cavernosa.

O segundo jato de luz o atingiu bem no peito.

O riso ainda não desaparecera do seu rosto, mas seus olhos se arregalaram de choque. De repente o mundo parou, eu perdi a forças e cai de joelhos, as vozes pareciam aumentar ainda mais e o mundo ficou silencioso.

Sirius pareceu levar uma eternidade para cair: seu corpo descreveu um arco gracioso e ele mergulhou de costas no véu esfarrapado que pendia do arco. Eu vi a expressão de medo e surpresa no rosto devastado e outrora bonito de Almofadinhas quando ele atravessou o arco e desapareceu além do véu, que esvoaçou por um momento como se soprado por um vento forte, depois retomou a posição inicial.

Ao longe pude ouvir o grito triunfante de Belatriz Lestrange. Mas estava tudo, estava tudo bem. Sirius está agora junto com James e Lily, ele agora está com o meu pai e talvez eles finalmente se acertem. Tudo iria ficar bem.

Harry parecia esperar o padrinho reaparecer e rir, dizendo que era tudo uma brincadeira.

Mas Sirius não reapareceu. Ele não iria reaparecer.

— SIRIUS! – berrou Harry. – SIRIUS!

Eu queria gritar. Queria matar Belatriz, matar Voldemort e, acima de tudo, eu queria me matar. Foi a minha culpa, eu deveria ter tentado mais, ter dito o que iria acontecer, eu deveria... Então eu gritei, gritei liberando toda a raiva e pesar dentro de mim. Gritei por Sirius, pelas coisas que me trouxeram até aqui, pelo fato de que nada que eu fizesse o traria de volta. Eu tento dizer que está tudo bem, mas não está, não está nada bem.

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Eu estava em transe, apenas acordei quando vi Bella fugir. Eu não posso deixá-la fugir, ela em que pagar pelo que ela fez, tem que morrer perlas minhas mãos ou ao menos ser torturada. Tentei correr atrás dela, mas Tonks me impediu, me debati e gritei tentando me soltar, mas ela se recusou. Mas então Dumbledore apareceu e pediu que eu o seguisse, e assim o fiz.

Não cheguei a falar nada enquanto íamos atrás de Harry, eu não tinha o que falar. Eu queria perguntar sobre o meu pai e sobre Sirius, queria saber se era tudo culpa minha, se eu devia ter me esforçado mais para manter Sirius em casa. Mas esse não o momento para perguntas, nem para culpa ou raiva, eu preciso me concentrar e focar no meu dever, meu mundo pode terminar de desabar mais tarde.

Quando chegamos Harry estava sendo atacado por Voldemort, mas o diretor conseguiu proteger o moreno, fazendo com que a estátua da fonte ganhasse vida, saltando do pedestal e se pondo entre Voldemort e o garoto. Assim, o feitiço apenas ricocheteou no peito da estátua quando ela abriu os braços para proteger o garoto.

— Quê...?! – exclamou Voldemort, olhando para os lados. E então sussurrou: – Dumbledore!

Voldemort ergueu a varinha e um jato de luz verde coriscou no ar contra Dumbledore, que se virou e desapareceu com um rodopio da capa... No segundo seguinte, ele reapareceu atrás de Voldemort e acenou a varinha em direção ao que restara da fonte. As outras estátuas ganharam vida. A da bruxa correu para Belatriz, que gritou e lançou feitiços, mas estes deslizaram inutilmente pelo peito da estátua, que se atirou sobre a bruxa e a pregou no chão. Entrementes, o duende e o elfo doméstico correram para as lareiras ao longo da parede e o centauro sem braço galopou de encontro a Voldemort, que desapareceu e reapareceu ao lado da fonte. A estátua decapitada empurrou Harry para trás, afastando-o da luta, quando Dumbledore avançou para Voldemort, e o centauro dourado iniciou um meio galope em torno dos dois.

Eu apenas observava tudo de longe, não há nada que eu possa fazer a não ser observar e manter Harry a salvo. Corri até o moreno e me coloquei em sua frente, eu iria protegê-lo até a morte se preciso. Harry Potter é o futuro do mundo bruxo, sua morte precoce significaria a ascensão de Voldemort.

— Foi uma tolice vir aqui hoje à noite, Tom – disse Dumbledore calmamente. – Os aurores estão a caminho...

— Altura em que estarei longe e você morto! – vociferou Voldemort. Ele lançou outra maldição letal contra Dumbledore, mas errou o alvo atingindo a mesa do guarda de segurança, que incendiou. Dumbledore agitou sua varinha: a força do feitiço que dela emanou foi tal que, embora estejamos escudados por um guarda dourado, podemos sentir o feitiço, quando o raio passou, e desta vez Voldemort foi forçado a conjurar do nada um reluzente escudo de prata para desviá-lo. O feitiço, qualquer que fosse, não causou nenhum dano visível ao escudo, embora produzisse uma nota grave como a de um gongo – um som estranhamente enregelante.

— Você não está procurando me matar, Dumbledore? – gritou Voldemort, seus olhos vermelhos apertados e visíveis por cima do escudo. – Está acima de tal brutalidade?

— Ambos sabemos que há outras maneiras de destruir um homem, Tom – disse Dumbledore calmamente, continuando a andar em direção a Voldemort como se nada temesse no mundo, como se nada tivesse acontecido para interromper o seu passeio pelo saguão. – Admito que meramente tirar sua vida não me satisfaria...

— Não há nada pior do que a morte, Dumbledore! – rosnou Voldemort.

— Você está muito enganado – disse Dumbledore, ainda avançando para Voldemort e falando naturalmente como se estivessem discutindo a questão enquanto tomavam um drinque. Era incrível a calma que emanava dele, ele não tinha o que temer e isso era o que irritava Voldemort, e Dumbledore sabia disso. – Na verdade, sua incapacidade de compreender que há coisas muito piores do que a morte sempre foi sua maior fraqueza...

Mais um jato de luz verde voou de trás do escudo de prata. Desta vez foi o centauro de um só braço, galopando na frente de Dumbledore, quem recebeu o impacto e se partiu em mil pedaços, mas, antes mesmo que os fragmentos batessem no chão, Dumbledore recuara a varinha e a vibrara como se brandisse um chicote. De sua ponta voou uma chama longa e fina que se enrolou em Voldemort, com escudo e tudo. Por um momento, pareceu que Dumbledore vencera, mas então a corda de fogo se transformou em uma serpente, que se desprendeu de Voldemort na mesma hora e se virou, sibilando furiosamente para enfrentar Dumbledore. Voldemort desapareceu; a serpente se empinou no soalho, pronta para atacar... Surgiu uma labareda no ar acima de Dumbledore ao mesmo tempo que Voldemort reaparecia sobre o pedestal no meio da fonte, onde até recentemente havia cinco estátuas.

Cuidado! — berrou Harry.

Mas, enquanto o garoto gritava, outro jato de luz verde voou da varinha de Voldemort contra Dumbledore e a serpente deu o bote...

Fawkes mergulhou à frente de Dumbledore, abriu o bico e engoliu o jato de luz verde inteiro: então rompeu em chamas e tombou no chão, pequena, enrugada e incapaz de voar. No mesmo instante, Dumbledore brandiu a varinha em um movimento fluido e longo – a serpente, que estava prestes a enterrar as presas nele, voou muito alto e desapareceu em um fiapo de fumaça negra: e a água na fonte subiu e cobriu Voldemort como um casulo de vidro derretido.

Durante alguns segundos, Voldemort continuou visível apenas como uma figura ondeada, escura e sem rosto, tremeluzente e difusa sobre o pedestal, tentando visivelmente se livrar da massa sufocante...

Então desapareceu e a água caiu com estrondo na fonte, extravasando impetuosamente pelas bordas, encharcando o chão encerado.

— MILORDE! – gritou Belatriz.

Com certeza terminara, com certeza Voldemort batera em retirada, Harry fez menção de correr de trás da estátua-guarda, mas Dumbledore bradou:

— Fique onde está, Harry! – então eu segurei seu braço e o joguei para trás, me posicionando novamente em sua frente

— Daqui você não sai – falei

Então algo aconteceu. Harry começou a gritar de dor e então caiu no chão. Ele se contorcia. Me ajoelhei ao seu lado juntamente ao diretor, então Harry olhou para o homem grisalho e disse:

Você perdeu, meu velho— mas aquela não era voz dele, não era a voz do meu Harry, era uma voz oca e vazia. Voldemort

O garoto se contorcia e gritava, mas não havia nada que pudéssemos fazer para ajuda-lo, agora dependia dele. Dumbledore parecia chocado ao meu lado, acho que nem ele esperava por isso, a ligação entre os dois é mais forte do que imaginávamos.

— Harry – eu disse pondo a mão na boca, o moreno precisa lutar, ele não pode se render.

— Harry – disse Dumbledore – Não são as semelhanças entre vocês, são as diferenças

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— Vamos Harry, eu sei que você consegue

Então o garoto olhou para mim e em seguida olhou para algo atrás de mim. Hermione, Rony e Malia, junto com os demais, tinham chegados, eles pareciam mais assustados do que eu.

— Você é o fraco – disse o moreno com sua verdadeira voz – E nunca vai ter amor ou amizade, eu tenho pena de você

Ele estava conseguindo, ele estava lutando contra Voldemort. Ele finalmente percebeu que o que realmente importa são as diferenças. Sei que ele e Tom tem certas coisas em comum, mas Harry é amado, pelos pais, pelos amigos, pela sua família, e isso é algo que Voldemort nunca foi e nunca será. Então, não sei como, Voldemort saiu de dentro do garoto.

— Você é um tolo Harry Potter – ele disse – E irá perder, tudo

Então o ministro e os Aurores chegaram, Voldemort olhou para eles e então aparatou. Fudge parecia chocado, a ficha tinha finalmente caído para ele. Enquanto o diretor e o ministro conversavam e eu apenas fiquei quieta ao lado de Harry, ele parecia bravo comigo, com razão, e eu tenho medo de falar algo que o faça surtar.

— Pegue esta Chave de Portal, Harry – falou Dumbledore – Você também Charlote

Ele estendeu a cabeça dourada da estátua e pousei a mão nela, já sabendo para onde iriamos e o que aconteceria. Estava na hora de revelar tudo.

— Verei vocês em meia hora – disse Dumbledore brandamente. – Um... dois... três...

E então tudo sumiu.