La Petite Princesse Argent

Não aprendi dizer adeus


Pov Autora

Logo depois do pedido de namoro, Harry foi fazer uma entrevista para o Pasquim, causando uma grande repercussão no colégio e enlouquecendo uma certa professora. As semanas passavam e todos começaram a se preocupar, não com Voldemort e seus seguidores ou com a tirania de Dolores (que se achava diretora), mas sim com os N.O.M.s, alguns alunis chegaram até a precisar de uma poção calmante.

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Constantemente se podia ver Charlote estudando, seja com seus amigos sonserinos, covirnos ou grifinorios, era quase raro ver a ruiva se divertindo ou passando um tempo com o namorado, ela precisava recuperar as aulas perdidas e as aulas de DCAT que não frequentava (não que isso fosse um verdadeiro problema).

Se não fosse a A.D a maioria dos alunos estariam perdidos. Era Harry e suas aula que, de certo modo, deixava os alunos seguros. Era inevitável deixar de pensar na reação de Umbridge quando ver que a maioria de seus alunos tinham sido excelentes nos N.O.M.s, ela provavelmente ficaria surpresa e, talvez, indignada.

Os alunos da A.D tinham finalmente começado a trabalhar no feitiço do patrono, todos queriam saber qual seria a forma de seu patrono e que Charlote cumprisse sua promessa. A ruiva, ao ser questionada sobre o seu patrono, tinha prometido ao demais revelar o seu patrono quando todos já estivessem produzido um patrono corpóreo. Harry constantemente lembrava aos alunos que conjurar um patrono em um ambiente iluminado quando ninguém ameaça a sua vida é muito diferente quando estiver enfrentando um dementador.

— Ah, não seja desmancha-prazeres! – exclamou Cho, animada, apreciando o seu Patrono em forma de cisne prateado voar pela Sala Precisa durante a última aula antes da Páscoa. – Eles são tão bonitos!

— Eles não têm de ser bonitos, têm é que proteger você – disse Harry, paciente. – O que realmente precisamos é de um bicho-papão ou coisa parecida; foi assim que aprendi, tinha de conjurar o Patrono enquanto o bicho-papão fingia ser um Dementador...

— Mas isso seria realmente apavorante! – exclamou Lilá, que soltava baforadas de vapor prateado pela ponta da varinha. – E ainda não... consigo... fazer! – completou ela com raiva.

Neville estava encontrando dificuldade também. Seu rosto se contraía ao se concentrar, mas apenas tênues fiapinhos de fumaça prateada saíam da ponta de sua varinha.

— Você tem de pensar em alguma coisa feliz – Harry lembrava ao garoto.

— Estou tentando – disse Neville, infeliz, cujo empenho era tanto que seu rosto redondo chegava a brilhar de suor.

Mas para Neville era difícil se concentrar em uma memória realmente feliz. Seus pais não sabiam que ele era direito e as pessoas constantemente o lembravam que ele era um fracasso, ele gostaria de produzir o patrono mais do que qualquer um naquela sala, mas é difícil o conjurar se ficar pensando constantemente que é um fracassado infeliz.

— Harry, acho que estou conseguindo! – berrou Simas, que fora trazido por Dino à sua primeira reunião da AD. – Olha... ah... desapareceu... mas era decididamente alguma coisa peluda, Harry!

O Patrono de Hermione, uma reluzente lontra prateada, brincava à sua volta.

— Eles são bonitinhos, não são? – comentou ela, olhando-o com carinho.

Charlote, que observava tudo de longe, ria da cara dos amigos, que pareciam cada vez mais encantados com patronos. Mas essa alegria sumiu tão rápido quanto chegou.

A porta da Sala Precisa se abriu e fechou. Harry se virou para ver quem entrara, mas não parecia haver ninguém. Passou-se um momento até ele perceber que as pessoas próximas à porta haviam se calado. No instante seguinte, alguma coisa puxava suas vestes na altura do joelho. Ele olhou e viu, para seu grande espanto, Dobby, o elfo doméstico, mirando-o por baixo dos seus oito gorros de lã habituais.

— Oi, Dobby! Que é que você... Que aconteceu?

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Os olhos do elfo se arregalavam de terror e ele tremia. Os participantes da AD mais próximos de Harry tinham se calado; todos observavam Dobby. Os poucos Patronos que as pessoas tinham conseguido conjurar desapareceram em fumaça prateada, deixando a sala bem mais escura do que antes.

— Harry Potter, meu senhor... – esganiçou-se o elfo, tremendo da cabeça aos pés. – Harry Potter, meu senhor... Dobby veio avisar... mas os elfos foram avisados para não contar...

Ele correu a bater a cabeça na parede. Harry, que tinha alguma experiência com os hábitos de se castigar de Dobby, fez menção de agarrá-lo, mas o elfo meramente quicou na pedra graças aos seus oito gorros. Hermione e algumas outras garotas soltaram gritinhos de medo e pena.

— Que aconteceu, Dobby? – perguntou Harry, agarrando o bracinho do elfo e mantendo-o afastado de qualquer coisa que ele pudesse encontrar para se machucar.

— Harry Potter... ela... ela... Dobby deu um forte soco no nariz com o punho livre. Harry agarrou-o também.

— Quem é “ela”, Dobby?

Mas Dobby não precisava falar mais nada naquele momento. Todos já sabiam que era, a situação poderia ser até divertida se não fosse tão caótica. Os alunos da A.D achavam que isso nunca aconteceria, que tudo acabaria bem, eles se iludiram com essa ideia e agora a ilusão acabou, porque eles acabam de ser descobertos e a punição será mias que severa.

— É a Umbridge, não é? – perguntou Malia ao elfo – Ela está a caminho, não está?

O pequeno e apavorado elfo assentiu nervoso. Então o desespero começou a tomar conta de todos, eles precisavam sair dali o mais rápido possível, mas eles pareciam incapazes de se mover.

— QUE É QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO! – berrou Harry. – CORRAM!

Todos se arremessaram para a saída na mesma hora, embolando na porta, então passaram num ímpeto. Harry ouviu-os correndo pelos corredores e desejou que tivessem o bom-senso de não tentar ir direto para os dormitórios. Eram apenas dez para as nove; se ao menos se refugiassem na biblioteca ou no corujal, que eram mais próximos...

— Harry, anda logo! – gritou Hermione em meio ao bolo de gente que se empurrava para sair.

Ele pegou Dobby, que tentando se machucar seriamente, e correu com o elfo nos braços para o fim da fila.

— Dobby, isto é uma ordem, volte para a cozinha com os outros elfos e, se ela perguntar se você me avisou, minta e diga que não! E proíbo você de se machucar! – acrescentou, largando o elfo no chão quando finalmente cruzou o portal e bateu a porta.

O caos reinava por todos os lados. Charlote tentava ajudar os amigos a fugir, nem que para isso ela tenha que ser pega, e quando teve certeza de que eles não seriam pegos correu atrás do namorado, não o deixaria para trás, ele era sua responsabilidade. Viu o namorado ser acertado por uma azaração e correu ao seu encontro, se ele iria ser pego, então ela iria junto. Ela se agachou ao lado do moreno de olhos verdes e sorriu.

— Não vou te deixar – falou a ruiva

Alguém atrás deles gargalhou. Eles se viraram de frente e viram Malfoy escondido em um nicho atrás de um feio vaso em forma de dragão.

— Azaração do Tropeço, Potter! Eh, Professora... PROFESSORA! Peguei dois!

Umbridge surgiu depressa em uma extremidade, ofegante, mas sorrindo satisfeita.

— São eles! – exclamou jubilante ao ver Harry no chão. – Excelente, Draco, excelente, ah, muito bom: cinquenta pontos para Sonserina! Eu me encarrego dele a partir daqui... levante-se, Potter!

Ninguém nunca tinha visto Umbridge tão feliz. Mas não é pra menos, ela tinha finalmente tinha pego Potter e Argent, não tinha como não ficar feliz. Ela os odiava com toda a sua força, Argent com sua beleza rara e sua autoconfiança, menina arrogante e arruaceira, e Potter se achando o dono da razão, moleque mentiroso. Mas agora ele tinha os pego, eles iriam se arrepender de ir contra ela.

Chegaram à gárgula de pedra em minutos. Harry ficou imaginando quantos dos outros teriam sido apanhados. Pensou em Rony, a Sra. Weasley o mataria, e como se sentiria Hermione se fosse expulsa antes de prestar os N.O.M.s. E fora a primeira reunião do Simas... e Neville estava progredindo tanto...

Charlote pensando nos amigos. Estavam de olho em Malia por causa de seu pai, a garota não podia ser pega, provavelmente iriam expulsa-la. Maya era uma boa menina, não merecia ser pega. Stiles receberia uma bronca tão grande de seu pai... A garota tinha um plano. Ela iria assumir toda a culpa, garantindo a proteção do namorado e do diretor, ela iria dizer que queria tirar Umbridge e provar que ela era melhor que a professora. Ela tinha motivos para isso, Dolores caçou as Veela e as metade Veela, queriam expulsar ela e seu povo do mundo bruxo, ela tinha motivos suficientes para querer tira-la do poder.

— Delícia Gasosa – entoou Umbridge; a gárgula de pedra saltou para o lado, a parede se abriu em duas metades e eles subiram a escada rolante de pedra. Chegaram à porta polida com a aldrava de grifo, mas Umbridge não se deu ao trabalho de bater, entrou direto, segurando Harry e Charlote com firmeza.

A sala estava cheia de gente. Dumbledore encontrava-se à escrivaninha, a expressão serena, as pontas dos longos dedos juntas. A Profa McGonagall empertigada ao seu lado, o rosto extremamente tenso. Cornélio Fudge, ministro da Magia, se balançava para a frente e para trás sem sair do lugar, ao lado da lareira, pelo visto imensamente satisfeito com a situação; Quim Shacklebolt e um bruxo com uma carranca e cabelos muito curtos e crespos, estavam postados de cada lado da porta como guardas, e a figura de sardas e óculos de Percy Weasley pairava excitada junto à parede, uma pena e um pesado rolo de pergaminho nas mãos, aparentemente preparado para tomar notas.

Tudo tinha sido perfeitamente bem arquitetado. As acusações cairiam em cima de Dumbledore e o diretor provavelmente aceitaria todas as acusações, mas Charlote iria fazer o possível para evitar uma grande desgraça, ela iria para o fundo do poço se necessário, mas tentaria evitar o pior ao máximo. A ruiva pôs sua melhor cara de arrogante e tentou sorrir debochada, pronta para tudo.

Os retratos dos velhos diretores e diretoras não estavam fingindo dormir esta noite. Estavam atentos e sérios, observando o que acontecia embaixo. Quando o casal entrou, alguns fugiram para quadros vizinhos e cochicharam com urgência aos ouvidos dos colegas. Eles se desvencilharam do aperto de Umbridge quando a porta se fechou. Cornélio Fudge o olhou com uma espécie de maligna satisfação no rosto.

— Ora! – exclamou. – Ora, ora, ora...

Pov Lotte

Eu tentava mostrar segurança e confiança. Mas estou desesperada, isso não devia ter acontecido, eu nunca devia ter encorajado a Harry a fazer isso ou então deveria ter mandando Dobby levá-lo para o seu dormitório. Estávamos condenados e a minha ideia poderia me expulsar.

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— Espero que saibam porque estão aqui – falou o paspalho do ministro

— Não – disse Harry ao mesmo tempo que eu respondia

— Sim

— Como disse? – perguntou o idiota do Fudge

— Não / Sim – falamos ao mesmo tempo

— Você não sabe porque está aqui? – perguntou Fudge confuso a Harry

— Não, senhor, não sei – o meu namorado falou confiante

Fudge olhou incrédulo de Harry para a Profa Umbridge. Aproveitei sua distração para olhar para Dombledore, que parecia se divertir com a confusão que estávamos armando, ele sorriu e piscou para mim, o que quer dizer que tenho carta branca para fazer o que tinha planejado.

— Então você não faz ideia – disse o ministro com a voz positivamente pesada de sarcasmo – por que a Profa Umbridge o trouxe a esta sala? Você não sabe que infringiu o regulamento da escola?

— Regulamento da escola? Não.

— Nem os decretos do Ministério? – acrescentou Fudge, irritado.

— Não que eu tenha consciência – respondeu Harry brandamente.

— Eu tenho – falo como quem não quer nada, fazendo Harry me olhar com raiva

Quase valia a pena mentir descaradamente, ver a cara de Fudge era um tanto quanto hilário. Mas alguém provavelmente nos dedurou, então a mentira não duraria por muito tempo, era melhor começar a arrumar as malas.

— Então, é novidade para você – disse Fudge, sua voz agora pastosa de raiva – que foi descoberta uma organização estudantil ilegal nesta escola?

— É, sim senhor – disse Harry, exibindo um olhar de inocência e de surpresa pouco convincente.

— Acho, ministro – disse Umbridge atrás do garoto com a voz sedosa –, que faríamos maior progresso se eu trouxesse a nossa informante.

— Garanto que ela não dirá nada que eu não sabia – falo com tom de deboche – Mas vai lá Umbri, traga a sua informante – dou de ombros – Se isso fará você se sentir melhor

— CALADA! – grita a sapa com raiva

— Ou o quê? – pergunto – Irá me bater, me torturar? – a desafio – Vocês estão tão focado em Harry Potter que ninguém percebeu que, durante esse tempo todo, eu afirmei saber de tudo – falo irritada – Estão tão cegos que não percebem a Veela aqui, o que é novidade para mim

— O que a senhorita quer dizer? – pergunta o tapado do Fudge

— A ideia foi minha – falo – Desde o princípio, o plano é meu e eu enganei a todos – falo convincente – Umbridge é uma péssima professora e me expulsou das aulas dela, quis provar que, além de ser mais bonita e gostosa do que ela, sou melhor professora e assim tiraria ela daqui, provando que sempre terei mais sucesso que ela

— Por quê? – Fudge pergunta

— Ela tentou convencer as pessoas de que Veelas e seus descendentes não mereciam fazer parte da comunidade bruxa – falo – Ela me perseguiu por um ano até provarem a ela o contrário, eu queria me vingar, por isso usei o meu charme e convenci uns alunos a tomarem aula comigo e tirar ela do poder

— Não é o que a testemunha afirma – fala a sapa

— Então vá em frente, traga a sua testemunha, sabemos que no final você falhará – falo a irritando

— É, faça isso – disse Fudge com um aceno, e olhou maliciosamente para Dumbledore quando Umbridge saiu. – Nada como uma boa testemunha, não é, Dumbledore?

— Nada mesmo, Cornélio – concordou Dumbledore gravemente, inclinando a cabeça.

Houve uma espera de vários minutos, em que ninguém se entreolhou, ouvi a porta se abrir. Umbridge entrou e passou por mim segurando pelo ombro a amiga de cabelos crespos de Cho, Marieta, que escondia o rosto nas mãos.

— Não se apavore, querida, não tema – disse Umbridge com suavidade, dando-lhe palmadinhas nas costas –, está tudo bem agora. Você agiu certo. O ministro está muito satisfeito com você. Dirá à sua mãe que boa menina você foi. A mãe de Marieta, ministro – acrescentou, erguendo os olhos para Fudge –, é Madame Edgecombe, do Departamento de Transportes Mágicos, seção da Rede de Flu, tem nos ajudado a policiar as lareiras de Hogwarts, sabe.

Olhei para Harry nervosa. Maldita Marieta, merece estar passar passando por isso. Agora toda a minha história iria por agua a baixo e eu provavelmente serei expulsa ou mandada de volta, maravilhoso!

— Muito bom, muito bom! – disse Fudge cordialmente. – Tal mãe, tal filha, eh? Bom, vamos então, querida, erga a cabeça, não seja tímida, vamos ver o que você tem a... gárgulas galopantes!

Quando Marieta ergueu a cabeça, Fudge deu um salto para trás chocado, quase se estatelando na lareira. Em seguida praguejou e sapateou na bainha da capa que começara a fumegar. Marieta deu um guincho e puxou o decote das vestes até os olhos, mas não antes de todos verem que seu rosto estava terrivelmente desfigurado por uma quantidade de pústulas roxas muito juntas que cobriam seu nariz e suas faces formando a palavra “DEDO-DURO”.

Comecei a rir. Hermione era uma gênia, esse é o melhor feitiço de todos e quase, eu disse quase, faz com que eu não queira estuporar essa vadia.

— Não se incomode com as marcas agora, querida – disse Umbridge, impaciente –, tire as vestes de cima da boca e conte ao ministro.

Mas Marieta soltou outro guincho abafado e sacudiu a cabeça freneticamente.

— Ah, muito bem, sua tolinha, eu contarei – disse Umbridge com rispidez. Tornando a refazer o sorriso doentio no rosto, disse: – Bom, ministro, a Srta. Edgecombe aqui veio à minha sala pouco depois do jantar hoje à noite e me disse que queria me contar uma coisa. Contou que se eu fosse a uma sala secreta no sétimo andar, às vezes conhecida como Sala Precisa, eu descobriria algo que me interessaria. Fiz-lhe mais algumas perguntas, e ela admitiu que haveria uma reunião ali. Infelizmente, naquela altura, a azaração – ela acenou impaciente para o rosto escondido de Marieta – produziu efeito, e, ao ver seu rosto no meu espelho, a menina ficou aflita demais para me fornecer maiores detalhes.

— Bom, agora – disse Fudge –, é muita coragem sua, querida, ir contar à Professora Umbridge. Você agiu certo. Agora, pode me dizer o que aconteceu na reunião? Qual era a finalidade? Quem mais estava presente?

Mas Marieta não quis falar; meramente tornou a sacudir a cabeça, os olhos muito abertos e receosos.

Eu tinha que agradecer a Hermione depois por esse feitiço. Mas claro que os olhares que eu lançava para a garota também ajudavam a mantê-la calada, se ela fosse esperta continuaria calada. Eles continuaram a discutir, sempre focando em Harry, e eu já estava cansada de ficar em pé, se eles queriam discutir por tanto tempo era só ter avisado e eu providenciaria cadeiras. Idiotas, não sabem nem resolver as coisas rapidamente. Eu já estava ficando impaciente quando Dumbledore falou:

— Bom, o plano fracassou – disse com simplicidade. – Quer que eu escreva uma confissão, Cornélio, ou basta uma declaração diante dessas testemunhas?

E lá estava, a confissão que mudaria tudo. É claro que Dumbledore assumiria a culpa e é claro que eu embarcaria nessa história e tentaria não ser expulsa, tão obvio que chegava a ser besteira.

— Declaração? – perguntou o ministro lentamente. – Que... eu não...?

— Idiota – sussurrei alto

— Como disse senhorita? – pergunta o ministro

— É Armada de Dumbledore, não Armada de Potter – falo impaciente

— Exatamente senhorita Argent – concordou o homem grisalho

A compreensão iluminou subitamente o rosto de Fudge. Ele recuou um passo, horrorizado, soltou um ganido e pulou outra vez para longe da lareira.

— Você? – sussurrou, sapateando na capa em chamas.

— Isso mesmo – confirmou Dumbledore em tom agradável.

— Você organizou isso?

— Organizei.

— Você recrutou esses estudantes para... para uma armada?

— Hoje à noite seria a primeira reunião – disse Dumbledore, acenando com a cabeça. – Somente para saber se eles estariam interessados em se unir a mim. Vejo agora que obviamente foi um erro convidar a Srta. Edgecombe

Marieta confirmou com a cabeça. Fudge olhou da garota para Dumbledore, seu peito inchando.

— Então você tem conspirado contra mim! – berrou.

— Isto mesmo – respondeu Dumbledore alegremente.

— NÃO! – gritou Harry.

Quim lançou um olhar de advertência a ele, McGonagall arregalou os olhos ameaçadoramente, repreendi o meu namorado com o olhar e falei, sem emitir um único som, “Não faça isso”, mas ele não me ouviu e tentou impedir Dumbledore de levar a culpa. Ficaram discutindo até que a Sapa falou:

— E o que faremos com a garota? Ela tem que ser expulsa

— Expulsa? – perguntou Harry indignado

— A senhorita Argent não será expulsa – fala o ministro – E nem será mandada de volta a sua antiga escola, ela será suspensa e só poderá voltar para fazer o N.O.M.s, não posso deixa-la impune por sua arrogância – ele decide por fim

Ser suspensa é melhor do que ser expulsa. Não poderei ficar de olho em Harry e nem ter as aulas para me preparar para os testes, mas é melhor do que perder a minha varinha e ter que viver ao modo trouxa.

— Muito bem, então – disse o ministro, agora irradiando felicidade – reproduza suas notas, Weasley, e mande uma cópia para o Profeta Diário imediatamente. Se despacharmos uma coruja veloz chegará em tempo para a edição matutina! – Percy saiu correndo da sala, batendo a porta ao passar, e Fudge voltou sua atenção para Dumbledore. – Você será agora escoltado ao Ministério, onde será formalmente acusado, e escoltado a Azkaban para aguardar julgamento!

Mas é claro que Alvo Dumbledore não iria para Azkaban, ele é muito importante para tal feito. Fudge e Umbridge são dois idiotas se acham que irão prender um dos maiores bruxos de todos os tempos, a burrice deles é quase admirável.

— Bom... parece que você tem a ilusão de que irei... como é mesmo a expressão? Que irei sem fazer barulho. Receio dizer que não vou sem fazer barulho, Cornélio. Não tenho absolutamente a intenção de ser mandado para Azkaban. Eu poderia fugir, é claro, mas que perda de tempo, e francamente, posso pensar em inúmeras coisas que prefiro fazer.

— Então – caçoou Fudge recuperando-se –, você pretende enfrentar Dawlish, Shacklebolt, Dolores e a mim sozinho, é, Dumbledore?

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— Pelas barbas de Merlim, não! – disse Dumbledore sorrindo. – Não, a não ser que vocês sejam suficientemente insensatos de me obrigar a isso.

— Ele não estará sozinho! – exclamou a Profa McGonagall em voz alta, metendo a mão nas vestes.

— Ah, estará sim, Minerva – tornou Dumbledore rápido. – Hogwarts precisa de você!

— Chega de disparates! – disse Fudge, puxando a própria varinha. – Dawlish! Shacklebolt! Prendam-no!

Um raio prateado lampejou pela sala; ouviu-se um estrondo como o de um tiro e o chão tremeu; agarrei Harry pelo cangote e forcei-o a se deitar no chão quando o segundo raio disparou; vários retratos berraram, Fawkes guinchou e uma nuvem de fumaça encheu o ar.

Tossindo por causa da poeira, vi um vulto escuro desabar com estrépito no chão na minha frente; ouviu-se um grito agudo e um baque e alguém exclamando: “Não!”; seguiu-se o ruído de vidro quebrando, de pés se arrastando freneticamente, um gemido... e silêncio.

McGonagall estava encolhida ao nosso lado; ela livrara a Marieta, afastando-a do perigo, assim como fiz com Harry. A poeira ainda caía devagarinho do alto em cima deles. Então uma figura veio em nossa direção.

— Vocês estão bem? – perguntou Dumbledore.

— Já estive melhor – falo sorrindo, falo levantando junto com Harry

— Estamos! – respondeu McGonagall, erguendo-se e arrastando com ela Marieta.

A poeira foi se dissipando. A destruição no escritório tornou-se visível: a escrivaninha de Dumbledore fora virada, todas as mesinhas de pernas finas tinham tombado no chão, os instrumentos de prata estavam partidos. Fudge, Umbridge, Quim e Dawlish estavam imóveis, caídos no chão. Fawkes, a fênix, sobrevoava-os em círculos amplos, cantando baixinho.

— Infelizmente, tive de azarar Quim também ou teria parecido muito suspeito – disse o diretor em voz baixa. – Ele entendeu extraordinariamente rápido, modificando a memória da Srta. Edgecombe quando os outros não estavam olhando; agradeça a ele por mim, por favor, Minerva. Agora, eles não tardarão a acordar e será melhor que não saibam que tivemos tempo de nos comunicar; vocês devem agir como se o tempo não tivesse passado, como se eles tivessem apenas sido derrubados, eles não se lembrarão...

— Aonde é que você vai, Dumbledore? – sussurrou Minerva – Largo Grimmauld?

— Ah, não – respondeu com um sorriso triste. – Não vou sair para me esconder. Fudge logo irá desejar nunca ter me tirado de Hogwarts, prometo. – então ele se voltou para mim – Sinto muito por isso minha cara

— É melhor do que ser expulsa – falo dando de ombros

— De fato é – ele fala sorrindo – Quim a levará para casa e explicará a situação aos seus pais, não há com o que se preocupar.

— Prof. Dumbledore... – começou Harry.

Mas o diretor interrompeu-o antes que pudesse continuar.

— Escute, Harry – disse com urgência. – Você precisa estudar Oclumência o máximo que puder, está me entendendo? Faça tudo que o Prof. Snape mandar e pratique particularmente toda noite antes de dormir para poder fechar sua mente aos pesadelos: você vai entender a razão muito em breve, mas precisa me prometer...

Então as pessoas desacordadas começaram a se mexer.

Dumbledore agarrou o pulso de Harry.

— Lembre-se... feche sua mente... você vai compreender – sussurrou Dumbledore ao garoto

Fawkes deu uma volta na sala e mergulhou em direção ao diretor. Dumbledore soltou Harry, ergueu a mão e segurou a longa cauda dourada da fênix. Houve uma labareda e os dois desapareceram. Depois de uma pequena discussão sobre o sumiço do diretor, Quim disse ao ministro que assumiria a reponsabilidade de me levar para casa e explicar a minha situação.

Sai da sala o mais rápido possível e fui direto para o meu dormitório, ignorando o pessoal da Grifinoria que nos esperava, escrevi um rápido bilhete para os meus pais e mandei junto com a minha coruja. Em um passe de mágica o meu malão já estava todo arrumado, diminui o seu tamanho e desci para o salão comunal para me despedir.

— Não acredito que foi suspensa – fala Malia me abraçando

— A sapa já estava de olho em mim – falo – Isso é melhor que ser expulsa, não acha?

— Muito melhor – falaram os gêmeos vindo me abraçar – E não se preocupe – continuou Fred – A faremos pagar por isso

— Sentirei falta de vocês garotos – falo os abraçando e então me viro para Rony – E de você também ruivinho

— Nos vemos em breve – ele fala

Então Mione vem me abraçar, ela estava chorando.

— Era para eu ter sido suspensa – ela fala – A ideia foi minha

— Você sabe que não estou sendo suspensa por isso – falo sorrindo – Se cuida

Então finalmente chega a hora de me despedir de Harry, ele está quieto em um canto, provavelmente se culpando. Eu não quero que ele diga algo para me confortar, eu só quero que ele me abrace, apenas isso. Então, antes que ele tenha a chance de falar algo, me jogo em seus braços o abraçando o mais forte que consigo.

— Nos vemos em breve – falo o beijando

— Nos vemos em breve – ele repete

E então saio do salão comunal e vou em direção a Quim, que me espera nos portes, e em nenhum momento olho para trás.