La Petite Princesse Argent

Um natal para recordar


POV Harry

Depois que o jogo acabou, trazendo a minha expulsão do time, sai correndo a procura de Charlote, estava preocupado com a ruiva. Ela tinha me dito que não se sentia bem, mas algo me dizia que ela estava mentindo. Então assim que que aquele pesadelo do jogo acabou e depois da minha visita a Hegrid, sai correndo para a Ala Hospitalar, mas, segundo Madame Pomfrey, ela nem chegou a pôs os pés no local. Procurei em todos os lugares e nada da ruiva.

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Pode ser besteira minha, mas as vezes parece que ela esconde mais coisas do que aparenta esconder. Esse ar misterioso em volta dela foi o que me chamou atenção no ano anterior, foi o que me fez criar coragem e convida-la para o baile de inverno. Ela consegue ter um temperamento forte e ser fofa, ela sabe ser divertida e seria, são as coisas que mais admiro nela. Sei que estou parecendo um bobo apaixonado, e talvez eu realmente seja, mas eu não consigo não agir assim quando se trata dela.

Depois de muito procurar, Hermione veio me dizer que a ruiva já estava em seu dormitório e que estava dormindo.

— Ela não parecia nada bem – fala a minha amiga – Parecia ter chorado

— E por que ela choraria? – perguntou Rony curioso

— Não sei – fala a morena – Não é como se ela me contasse tudo o que acontece na vida dela

— Pensei que fossem amigas – falo

— Eu também pensei – fala a morena dando de ombros

A noite Lotte não desceu para jantar, Malia disse que os elfos levaram o jantar da menina. Segundo a mesma, Charlote disse estar seguindo ordem medicas e descansando, mas claro que não acreditei já que a ruiva não tinha ido para a Ala Hospitalar.

Depois de tentar dormir e ter mais um pesadelo decido ir para o salão comunal, que estaria vazio a essa hora. Desço e encontro o salão vazio com apenas a luz que vinha da lareira. Sento em frente a lareira e fico pensando no dia do baile de inverno.

Flashback on

A valsa já tinha acabado, estávamos dançando junto com Hermione e Krum. Ao longe se podia ver Rony sentado, sozinho, com a cara emburrada.

Lotte estava deslumbrante. Ela usava um vestido rosinha, seu cabelo estava meio preso com uma linda trança que continha algumas flores. Para mim ela era a mulher mais linda do salão, não apenas por sua beleza, mas ela parecia estar feliz e se divertindo muito. E vê-la assim me fazia sorrir.

— O que foi Potter? – ela pergunta divertida me olhando

— Já disse o quão incrível você está? – pergunto a fazendo rir

— Só umas 20 vezes – diz como se não fosse nada de mais – Vamos sair daqui – ela propõe – Dar uma volta, está uma noite tão linda

Então ela sai da pista de dança e a sigo, a ajudo a pôr seu casaco e saímos do castelo. A noite estava maravilhosa, a neve caia aos poucos e o chão quase não era visto por conta da neve. A ruiva a minha frente parecia encantada com a paisagem, seu rosto estava meio corado por conta do frio.

Então ela segura a minha mão e se vira para mim, seus olhos verdes me encarando de forma curiosa. E então ela sorri e algo dentro de mim se aquece.

— Então... – ela começa – O que fez o grande Harry Potter me convidar para o baile? – pergunta ainda sorrindo – Pela beleza não é, já que foi o único que pareceu não se encantar com minhas características Veela

— Talvez porque você seja divertida – digo como quem não quer nada

— Minhas piadas são péssimas – ela diz

— Certo, você venceu – falo levantando as mãos em sinal de rendição – Eu te convidei porquê você me deixa curioso – falo simplesmente

— Curioso? – ela questiona curiosa

— Quando olho em seus olhos é como se estivesse observando o mais belo verde de uma floresta ou a mais linda esmeralda – digo a deixando vermelha – Eles carregam tantos mistérios que as vezes me pego pensando o quão antiga deve ser sua alma

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— Nem queira saber – ela brinca

— Algo em você me encanta, não sei dizer ao certo mas sei que vai muito além da sua beleza

— Você fala de mais Potter – ela fala fazendo com que nossos rostos ficassem apenas a milímetros de distância.

Então a beijo. Um beijo calmo e doce, o meu primeiro beijo. Ela não parece se surpreender com a minha atitude pois retribui o beijo quase que imediatamente. Minhas mãos se encontram em sua cintura, a puxando para mais perto, e as delas estão em meu cabelo. Não sei quanto tempo durou o beijo, talvez minutos ou apenas segundos, mas assim que o beijo acabou nos separamos ofegantes.

Ela sorri para mim e voltamos a nos beijar. Eu gostaria de poder beijá-la para sempre, gostaria que o tempo congelasse para que eu possa aproveitar mais tempo ao seu lado. Nós provavelmente continuaríamos a nos beijar se uma voz não nos interrompesse:

— Charlote – alguém gritou, fazendo com que a ruiva se afastasse rapidamente, assustada – Finalmente de achei – fala a voz com um sotaque francês – Temos que ir

— Nós precisamos realmente ir Alisson? – pergunta Charlote olhando para a francesa

Então eu finalmente reparo na menina. Ela tem uma pele branquinha, cabelos pretos e olhos castanhos, ela também usa um belo vestido lilás. A francesa para notar a minha presença porque sorri culpada para mim.

— Pardon (Perdão) – ela fala em tom culpado - Nous devons aller (Precisamos ir) – fala para a amiga, me deixando confuso

— Vous fait sauter (Você estragou tudo) – fala a ruiva revoltada e então se volta para mim – Obrigada pela noite fantástica – ela agradece sorrindo

— Nos vemos por ai Argent – falo sorrindo para ela

Então ela me dá um selinho e vai embora com a amiga.

Flashback off

Eu não sei o que realmente está acontecendo comigo, minha vida parece um caos. Voldemort está de volta querendo algum tipo de arma, Dumbledore está me ignorando, Umbrigde está quase assumindo o poder sobre Hogwarts, fui expulso do quadribol e mesmo com tudo isso acontecendo eu só consigo pensar na ruiva.

— O que está acontecendo comigo? – pergunto frustrado com as mãos na cabeça

— Fala sozinho é primeiro sinal de loucura – fala uma voz atrás de mim, não preciso nem virar para saber que é ela, a ruiva que não sai da minha cabeça – Alucinações veem em seguida – ela fala se sentando ao meu lado – Soube o que aconteceu no jogo, sinto muito – fala pegando em minha mão.

— Nós já sabíamos que Umbrigde estava decidia a pegar no meu pé – falo – Ela só tirou a minha paixão por jogar, só isso.

— Bom... Uma hora ela iria agir contra você – ela fala dando de ombros – Ela só estava esperando um bom motivo

— E ela conseguiu – falo chateado – Mas então... Não conseguiu dormir? Ainda de sentindo mal?

— Um pouco – ela mente

— Engraçado – digo – Porque eu fui na enfermaria e me disseram que você nunca esteve lá

Ela levanta se abraçando, como se sentisse culpada por algo. Em nenhum momento olha em meus olhos. Eu levanto e vou até ela, a abraçando por trás. Eu quereria que ela soubesse que, não importa o que esteja acontecendo, eu estava ali para ela e que ela podia confiar em mim.

— Não precisa me contar se não quiser – falo em seu ouvido – Mas saiba que pode sempre contar comigo para o que precisar

— Eu sei – ela me olhando nos olhos e sorrindo – Mas então... quer ajuda para dormir? – ela pergunta de um jeito meigo

— Eu adoraria – falo

Então ela senta no sofá e eu deito em seu colo. Logo ela começa a fazer um cafuné gostoso. Não falamos nada, ficamos apenas curtindo o silêncio, talvez o melhor a se fazer naquele momento era não fala nada, não quero que ela se afaste.

Então antes mesmo que eu perceba, acabo caindo no sono.