— O quê diabos faz aqui, Katniss? Como veio parar aqui?- pergunta Peeta observando a sua futura noiva se encostar na árvore, em busca de ar para encher os pulmões.

— Senhorita Everdeen para você, Mellark. A resposta da sua perguntas, a primeira: preciso urgentemente falar com o senhor, segunda: vim como minhas pernas – responde enquanto tenta normalizar sua respiração.

— Você se machucou sua desmiolada?

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— Não, estou perfeitamente bem. Não sou uma boneca para me quebrar tão facilmente.

— Como saiu sem ser notada?

— A janela não tem uma altura muito grande, Mellark – ele arregalou ambos os olhos ao ouvir tal frase. Quando viu Katniss se levantar e ficar em sua frente, com uma postura rígida como se soubesse que o que fez era louco, mas também não daria o braço a torcer.

— Você pulou uma janela! Senhor, que noiva foi me arrumar! – ela revirou os olhos com tal frase. Ela também não o queria de noivo, também não estava satisfeita com isso.

— Então o senhor sabe? Digo do acordo absurdo entre nossas famílias.

— Infelizmente estou ciente deste acordo. Era por esse motivo que estava pensando em visitá-la o mais rápido possível, para pensarmos em uma maneira de quebrar esse acordo sem ser prejudicial para ambos os lados.

A morena levou a mão ao queixo, pensando nas palavras do rapaz a sua frente. Ela por mais que tentasse não conseguia pensar em uma maneira de fazer isso, talvez ela acreditasse que fosse a falta de sorte ou até mesmo o destino estivesse pregando mais uma de suas diversas peças. Ela sentia o qual frustante era não saber o que fazer, não ter direção nem mesmo um caminho concreto para seguir.

— Eu não consigo pensar em nada, parece que o destino quis nos pregar uma complicada peça – fala Katniss andando mais uma vez de um lado para o outro. O som dos galhos caídos e delgados se quebrando a cada pisar da moça.

— Vamos achar uma solução, eu vou conseguir pensar em algo. Quero apenas que volte para casa e verifique se nada está quebrado – manda Peeta recolhendo seus pertences e pegando Thor.

— Você não tem nenhum poder sobre mim, Mellark. Voltarei apenas para evitar uma futura confusão, com licença – fala montando em Linda, que até o momento não fora vista pelo cavalheiro a frente.

— Até mais Senhorita Everden.

— Até mais senhor Mellark.

Cada um seguiu para lados opostos, em direção a suas casa. Peeta chegou depois de alguns em sua residência, por mais que tentasse evitar estava preocupado. Ainda estava tentando acreditar que aquela desmiolada pulou a janela e fugiu em seu encontro, definitivamente Katniss Everdeen não parava de lhe surpreender. Também havia de pensar uma maneira em que o casamento fosse cancelado...ele tinha muito que pensar.

Depois de alguns minutos em uma bom velocidade, Katniss e Linda chegaram ao casarão. Tentando ser o mais discreta possível, guardou Linda e se retirou do estábulo. A menina olhou a janela e pensou em que maneira entraria, já que o parapeito batia em seu pescoço. A única solução era entrar pela porta da frente ou pela porta localizada na cozinha, que sempre está cheia. Engolindo o medo, abriu as portas de madeira e quase correndo andou para o corredor que ficava seu quarto, fechado a porta em seguida. Ainda de costas para as mobílias sorriu, ela havia conseguido.

— Quero saber onde estava, Kat – falou Annie, que observou a irmã virar em sua direção com os olhos cinzentos levemente arregalados. Parecia uma criança sendo pega após uma travessura.

— Eu estava caminhando pelo jardim, papai não disse que mal ia nele, então aproveitei e fui – respondeu tão normalmente que qualquer um acreditaria em sua resposta, qualquer um menos Annie.

— Por que ainda tenta mentir para mim? Sou sua irmã Katniss, a conheço mais do que você mesmo.

— Então fique acreditando que estou mentindo, pois o que lhe disse era a única verdade.

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— Vou fingir que acreditei nessa mentira. Como você está com o casamento?

— Péssima, parece eu que fui condenada pelos meus próprios pais.

— Como eu disse, dramática como sempre. Katniss, não é ruim um casamento, ainda mais com a família Mellark que são amigos antigos e não são nada estranhos.

— Estou casando com um estranho de qualquer maneira, Peeta e eu não somos amigos.

— Não agora, mas era. Não sei se lembra-se que quando pequena somente queria fica junto a Peeta quando íamos lhes visitar. Inclusive compartilhavam as travessuras, era como um só de tão amigos.

— Não me lembro, acho que sonhou, Annie.

— Ainda tento saber o motivo por qual se separaram de repente é simplesmente se desgostaram de tal forma. É algo que ainda não consegui entender...

— Talvez você deve estar confundindo as coisas, é bem provável que nunca fomos amigos e você achou que éramos. A questão é que não estou feliz com essa notícia, na verdade estou me sentindo da pior forma possível.

— Tente dar uma chance a esse casamento, Katniss. Às vezes o amor nasce de primeira vista, outras vezes da convivência, porém você tem de permitir que isso aconteça.

— Não iremos nem ao menos chegar a nos casar, Annie. Eu, tenho certeza de que Peeta conseguirá resolver isto.

— O que quer dizer com isso, Katniss?

— Nada, apenas esqueça do que falei agora. Está tudo bem, mas diga-me o motivo de sua visita?

— Eu estava aflita com sua reação sobre o casamento, mamãe me confidenciou a notícia na noite do jantar.

Katniss olhou para a irmã, sua preocupação ainda estava visível. Parecia que Annie conhecia Katniss mais do que a própria, previu sua reação antes mesmo dos próprios pais, veio amparar e demonstrar o carinho que a mãe até agora não havia se preocupado. A garota apenas pensou na sorte que os filhos de Annie teriam, de como ela iria ser carinhosa e compreensiva.

Quando de repente Katniss viu a irmã ficar pálida, branca como porcelana, e correu para socorrê-la. A mão de Annie estava gelada como mármore, seu peito subia e descia rapidamente buscando ar. Annie via pequenos buracos negros em sua visão, estava sentindo uma imensa tontura e a sensação de que logo iria desmaiar. Apertou a mão de Katniss antes de cair sobre a cama, desmaiada. Desesperada a garota apenas gritou por ajuda.

— Annie acorde. Alguém me ajude! Mags – gritou o mais alto que pode.