The Biggest Challenge
Enemies: Part 2 - GunZ
—--- Em algum lugar em Paris ---
— Deixe isso pra lá! — Um homem de aparência madura, pele morena de sol, cabelos e olhos negros, barba serrada e roupas casuais (calça jeans e camisa) falava. — Vamos logo embora!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Espera um pouco, estou terminando aqui! — Um rapaz de aparência mais jovem, cabelos negros e olhos azuis, falava enquanto digitava algumas coisas em um notebook.
— Maurice! — Esbravejou o mais velho.
— Terminei! — Falou enquanto levantava-se e pegava o casaco. — Podemos ir. — Pegava o notebook, fechava-o e seguia para fora do local.
Ambos estavam em uma casa de padrão simples. Dois andares, 3 quartos, banheiro, sala, cozinha. Toda de madeira e branca, aconchegante. Desceram as escadas e dirigiam-se para a porta, quando ouviram o som de uma sirene.
— Vocês estão cercados! Saiam com as mãos para o alto. — A voz amplificada pelo megafone deixava o aviso no ar.
— Tsc… Você está com tudo o que precisamos? — O mais velho questionou.
— Sim. — Respondeu seco.
— Vá para o carro. — Falou em tom calmo.— Me espere no carona, vou arrumar algumas coisas antes…
— Está certo. — O jovem sorriu divertido, caminhando em direção à garagem.
—--- ♘ ----
Não levou mais do que 5 minutos para que o mais velho adentrasse o carro. Do lado de fora, ainda era possível ouvi o som das sirenas e o policial que começava a dar avisos pelo megafone, encurtando o prazo para que a dupla se entregasse.
— Se segura firme, porque vamos arrasar agora. — O mais velho falava, ligando o carro e pisando fundo no acelerador, enquanto a porta automática começava a abrir.
Os policiais de frente para a garagem, olhavam apreensivos a porta que se abria e revelava dois carros, ambos Panamera pretos, da Porsche, vazios. Cada oficial mantinha a mesma postura apreensiva, esperando pelo pior, claro. E não demorou muito. Em questão de segundos, o carro do lado esquerdo fez um barulho estranho, antes de explodir e lançar destroços pelo ar. Os policiais abaixavam-se e protegiam-se atrás de suas viaturas e, enquanto isso, o outro porsche acelerava com tudo, saindo da garagem segundos antes da explosão. O carro em movimento abrira espaço arrastando duas viaturas, que logo foram deixadas de lado. A simultaneidade dos acontecimentos deixou os policiais sem ação, já que não esperavam por uma explosão e uma fuga, ao menos não tão descaradamente.
— EEEHOW! — O de aparência mais jovial gritou, assim que avançaram com o carro.— Aqueles idiotas não esperavam mesmo por isso! Hahahaha — Comentava de modo animado. — Mas foi uma pena você ter explodido seu carro.
— Meu carro? — O mais velho olhou-o de canto, brevemente, com um sorriso que o rapaz conhecia bem.
— Ah não! Não, não, não! Isso não é justo! — Retrucava.
— Eles nos alcançaram porque você demorou demais. — Comentou com um ar vitorioso. — Então agora, esse é meu.
— Ahn?! Mas isso não pod… — Ele não teve tempo de retrucar mais, visto que foram interrompidos pelo som da lataria do carro. — O que foi isso? Você passou por cima de alguma coisa?
— Claro que não! — Respondeu exaltado, encarando o rapaz com certo desdém.
— O-Olha pra frente! — Gritou. — Tem certeza que não passou por cima de nada? Você nem está olhando por onde anda!
— O quê? Você está brincando comigo? — Esbravejou. — É obvio que estou vendo para onde dirijo! Caso contrário… — Sem terminar a frase, ele freou bruscamente, fazendo com que os pneus do carro soltassem uma melodia aguda, até que o veiculo parasse de vez. E, por consequência do freio, a figura de Chat Noir fora arremessado para longe, caindo no meio do cruzamento. — De onde ele saiu!? — Falou confuso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Viu? Isso é porque não olha por onde anda! — O mais novo o repreendeu.
— Cale a boca! — Falou alto. — Deixa ele pra lá. O barulho que ouvimos deve ter sido ele pulando na lataria. Heh.
— Vamos só passar por cima. — O mais novo comentou, mostrando um sorriso sádico.
— Com certeza…
—--- ♘ ----
Chat Noir rolara o corpo, mudando para uma posição que facilitasse-o a ficar de pé. A freada o pegara de surpresa, não esperava mesmo por aqui, tampouco por ser lançado metros do carro. Levou a mão à cabeça, balançando-a de leve, tentando afastar a confusão do momento. Quando voltou a sua total lucidez, deparou-se com o porsche preto que acelerava em sua direção, e o mesmo estava tão perto que Chat sequer teve tempo de desviar. Por sorte, no entanto, ele não estava sozinho. Sentiu seu corpo ser agarrado, erguido e “arremessado”. Nada que o machucasse, de fato. Deu algumas cambalhotas, e já estava de pé, sem qualquer arranhão, ao lado de sua adorada parceira.
— Bem na hora! — Ladybug falava entre sorrisos.
— Uh! My lady, my heroin. — Ele sorriu, aproximando-se e tentando pegar em sua mão. Mas como sempre, rejeitado.
— Não temos tempo pra isso agora, Chat Noir. — Falou em tom autoritário.
— Estão dando um certo trabalho à polícia, mas são só humanos comuns. — Ele suspirou, derrotado.
— Não é só à polícia que estão dando trabalho, não é? — Ela sorriu cínica, encarando o gato.
— O quê? — Ele a encarou desconcertado e virou o rosto, já corado. — Aquilo não foi nada. Eles só me pegaram desprevenido.
— Sei, sei. — Ria. — Vamos lá! Temos alguns bandidões para pegar! — Ela piscava e corria na direção seguida pelo automóvel, usando seu iô-iô para balançar-se entre os prédios até um ponto alto.
Chat Noir sorriu abobalhado com a piscada de Ladybug, mas não demorou para se recompor e saltar, com a ajuda de seu bastão, para seguir os bandidos.
—--- ♘ ----
— Hahahaha — O rapaz mais jovem sorria. — Você viu aquilo, Jean? Aqueles policiais precisaram de ajuda. Hahahaha. E nem aquele gato imbecil é páreo para nós dois. Heh.
Novamente o barulho de batida no carro lhes chamara a atenção, mas antes que pudessem reagir, um bastão atravessou a janela ao lado do motorista, passando por dentro do volante e pisando diretamente no freio.
— Mas que diabos! — Jean bufou, pisando fundo no acelerador, fazendo com que os pneus cantassem novamente.
—--- ♘ ----
— Tsc… Esse cheiro horrível! — Chat reclamava, gesticulando, com a cabeça, para que Ladybug agisse.
A fumaça que saía do atrito entre os pneus e o chão começava a incomodar Chat, fora o forte e enjoativo cheiro de borracha queimada.
Ladybug passava a mão facilmente pela janela aberta do carona, abrindo a porta.
— Vamos fazer um passeio! — Falava, puxando, então, o mais novo para fora do carro e entrando em seu lugar.
As ruas estavam limpas à esta altura, e viaturas policiais começavam a surgir de cada rua que cruzava com a via principal, aonde estavam atualmente.
Confiando em Ladybug, Chat diminui o bastão, saltando do carro.
—--- ♘ ----
— Aonde pensa que vai? — O jovem vestido de gato preto, parava a frente do rapaz que fora jogado para fora do carro, com um sorriso confiante.
— Tsc… A curiosidade matou o gato, sabia? — Junto ao final de sua pergunta, Maurice avança contra Noir, desferindo um soco de direita, direto na face de Chat. Este, porém, desviou com graciosidade.
— Lento. — Sorriu vitorioso. — Minha vez! — Aumentou o tamanho de seu bastão e agachou-se, preparando a investida, mas não atacou. — Lady? — Olhou assustado na direção do carro. O que fez com que Maurice também olhasse.
Deixando o bandido de lado, Chat avançou rapidamente na direção do veículo.
—--- ♘ ----
— Eu não dou carona para estranhos. — Jean falou enquanto encarava, de cato, Ladybug.
— Que pena! Eu esperava chegar no centro. — Ela sorriu, cínica. — Pare o carro agora!
— Haha! — Ele riu, vendo que agora seu volante e pedais estavam liberados. — Não devia estar caçando monstros, garotinha?
— Pois hoje estou caçando outros tipos de bandidos. — Ela levou a mão ao volante, na tentativa vã de pegar o controle.
— Heh. — Jean apenas sorriu e piscou para ele, com um ar de vitória, o que a fez ficar confusa.
Ladybug não teve tempo de reagir, visto que não havia entendido o que foi que aconteceu. Jean acelerou o carro e virou, com força, o volante para o lado, Fazendo apenas a dupla de rodas do lado direito subir em uma rampa que havia. Em velocidade alta, o carro simplesmente girou no ar. Antes disso, porém, o homem abriu a porta, saltando, com um sorriso malicioso, para fora do carro.
—--- ♘ ----
As viaturas já haviam cercado praticamente toda a rodovia, de modo que não havia mais para onde fugir. Mas os policiais ficaram sem ação diante da cena vista.
— Atenção homens! Atenção! — Um policial, provavelmente oficial, gritava, para que os homens mantivessem a atenção nos bandidos. Não poderiam perdê-los agora, e não havia como fugirem. — Vocês estão cercados, rendam-se pacificamente! — Comunicou.
—--- ♘ ----
— Jean! — O rapaz mais novo olhava, assustado, para o carro que capotava a poucos metros à sua frente. Chegou a correr alguns passos na direção do veículo, mas logo viu o corpo do homem se levantar do chão, o que o fez respirar aliviado. — Está afim de destruir as coisas hoje, é? — Falava com um sorriso estampado na face, enquanto se aproximava do mesmo.
— Você me conhece… — Sorria de modo tranquilo, apesar da situação ser obviamente contrária ao que demonstravam. Ele suspirou em descontento ao ouvir o primeiro dado pelo policial. — Algum plano? — Perguntava, ainda tranquilo.
— Tenho um… — Ele sorriu.
—--- ♘ ----
— Ladybug?! — Chat Noir aproximava-se do carro, que já estava caído no chão, virado com as rodas para cima.
O carro estava bem amassado, e a porta do motorista, que fora aberta, estava solta, ha poucos metros do automóvel. Chat se aproximou rápido e olhou apreensivo para o estado do carro. Olhando em volta, Ladybug não estava em nenhum local, então com certeza, era dentro do carro. Ele respirou fundo, temendo o que veria ao olhar pela janela do carona.
— Lady? — Olhou confuso, vendo o carro vazio.
— Aqui em cima. — Respondia com uma voz ofegante.
— My lady! — Olhou sorridente e aliviado, vendo a garota sentada no poste de iluminação.
— Eu consegui sair no último segundo… — Falava, descendo ao chão. Apesar de estar bem, ainda parecia assustada. — Haha! Não me olhe com essa cara.— Ela falava, percebendo a expressão de preocupação que ainda pairava no semblante de Chat. Embora, no fundo, ela sentia-se feliz ao ver aquela feição.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ladybug… — Ele aproximava-se um pouco e esticava os braços em direção à ela, mas retornava-os, hesitante. Queria abraçá-la, mas temia que ela fugisse, como sempre.
— Hn? — Ela o olhou com um sorriso simples.
Ele corou e suspirou, derrotado novamente. Estava decidido, iria abraçá-la. Mas foi interrompido pelo som de tiro.
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— Maurice! — Jean gritou, correndo até o corpo caído do rapaz mais novo. — Maurice! Seu grande idiota. — Cerrava os punhos, pegando o corpo no colo.
— J-Jean… — Falava com dificuldade.
Maurice fora baleado na altura do pulmão, e sabia que não duraria muito mais. Jean segurou com cuidado, o corpo fraco do rapaz. O chão já encontrava-se quase que completamente tingido de rubro, no local aonde se encontravam. Suas roupas estavam embebidas em sangue, e o rapaz respirava devagar e com dificuldades, engasgando com o próprio sangue.
— J-Jean… M-Me prometa… N-Não deixe… que… te… peguem… — Falava com dificuldade, entre tossidas e engasgos. — E-Eu… te… — Antes que fosse capaz de concluir a frase, sua respiração sessou. Jean encarou os olhos fixos de Maurice, que apesar da situação, ainda possuíam o mesmo brilho de sempre. Com a mão direita, fechou os olhos do jovem desfalecido, e então encostou a testa na dele, deixando uma única lágrima escorrer.
— Descanse em paz, meu irmão. — Deitou o corpo de Maurice no chão e ficou de pé, encarando os policiais.
— Não se mova! — O policial ordenava. — Coloque os braços à mostra!
Jean, no entanto, não parecia disposto à obedecer qualquer ordem dada pelo assassino de seu irmão.
—--- Em algum lugar ----
— Sim… eu posso sentir sua dor. Perder o único membro de família. Sua dupla, seu amigo. Ele foi morto por pessoas ignorantes que não conhecem a força dos laços que os une. — Hawkmoth observava tudo de algum ponto, estendendo a mão para que sua nova borboleta pousasse na mesma. — Eu vou ajudá-lo a vingar a morte de seu irmão! — Falava enquanto libertava a borboleta, agora totalmente negra. — Vá e cumpra seu propósito, meu pequeno akuma. — Sorria maléfico.
—--- Em algum lugar de Paris ----
— Catclysm! — Chat Noir gritava, anunciando o seu “Ás”.
Diante dos olhos de todos a li, o corpo de Jean havia se modificado por completo. Seu corpo ganhara uma estrutura de metal, cobrindo sua forma humana, parcialmente. Suas mãos alternavam entre as formas de arma e mãos comuns. E inúmeros cabos de força se entreligavam em suas costas. E mesmo não parecendo possuir muito poder, já estava dando trabalho à dupla de heróis.
— Luck Charm! — Ladybug anunciava, também, sua carta na manga. O objeto da sorte lhe fora revelado, uma chave inglesa. Ela olhou em volta, e logo começou a correr. — Chat Noir! Segure ele um pouco!
— Estou tentando! — Chat respondia, demonstrando clara dificuldade em conseguir acertar Jean. — Está um pouco difícil aqui! — Na tentativa de atrasar o akuma, Chat usara seu catclysm no sustento de um outdoor que havia por perto.
O grande anuncio despencava com certa velocidade, as Jean apenas disparou um projétil contra o outdoor, fazendo um buraco grande o suficiente para que, na queda, ele não fosse atingido pelo objeto.
— Quando quiser, Ladyb… — Chat só teve tempo de saltar, com a ajuda de seu bastão, quando viu um bruto jato de água partir em sua direção.
A água saía com força, de um hidrante que havia por perto, e ia direto em Jean, que encontrava, agora, dificuldades em avançar.
— O akuma! Pegue! — Chat falava.
— E-Eu não sei onde está… — Ladybug respondia, confusa.
— Como vamos? — Ele parava, encarando-a por um momento. — Eu preciso recarregar…
— Eu vou tentar segurar… ué. — Ela olhava confusa, vendo que a água do hidrante não acertava mais ninguém. Jean e o corpo de Maurice, não estavam mais lá. — Chat Noir, você… — Seu parceiro também não estava mais. Mas ela não ficou muito mais, pois logo ouviu o “bipe”, que avisava-a que logo a transformação cessaria.
—--- ♘ ----
— Tikki… aonde acha que ele foi parar? — Marinette perguntava, confusa, enquanto saía do local da confusão.
— Eu não sei. — Uma criatura minúscula e cabeçuda, de cor rosa e com uma mancha negra na cabeça, respondia.
— Foi assim também com aquela outra… — Falava desanimada.
— Marinette? — Uma voz familiar chamava pela garota.
— Uh?! — Ela olhava surpresa, escondendo Tikki na bolsa. — A-Adrien! O-O que faz aqui? — Ela corou, tentando não demonstrar o nervosismo que sentia.
— Ah! Eu estava… numa sessão de fotos não muito longe. Tudo ficou agitado e bem… vim parar aqui. — Ele coçava a nuca, explicando-se. — E você? Não devia estar descansando? Está melhor da cabeça? — Ele perguntava, preocupado, enquanto se aproximava. Adrien olhava, apreensivo, para todos os lados.
— E-Estou bem… não se preocupe. — Ela sorria boba.
— Vamos então. — Ele segurava na mão dela, puxando-a para fora dali. — Aqui não parece seguro, não acha? — Falava.
— É verdade… — Ela recobrava a consciência, finalmente tendo ciência de onde estavam.
Não demoraram para sair do local, e, eventualmente, se separarem.
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