The Kingdom: Os Sete Pecados Capitais

Capítulo 23 - Uma notícia desesperadora


LOCAL NÃO INDENTIFICADO

Os gritos de dor eram emitidos por toda casa. A voz do homem já estava esgotada, tal tortura parecia não ter fim. Mesmo com o corpo todo coberto de sangue, sem seu membro superior e mais algumas partes mutiladas, Minato continuava vivo.

— Eu amo ver as pessoas sofrerem, mas isso já está saindo do controle — comentou Hidan, enquanto jogava cartas contra Deidara.

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— Eu já não aguento nem mais ver o rosto de Minato, está uma imagem assustadora — o loiro falava e ao mesmo tempo tentava não se desconcentrar do jogo — Temo que quando Obito tomar consciência disso as coisas irão esquentar para o lado de Nagato.

Uma mão gelada tocou nos ombros de Deidara, deixando-o assustado.

— Por que diabos as coisas podem esquentar para o meu lado? — uma voz trêmula perguntou, com sua boca perto da orelha do Neido.

— Primeiramente, retire sua mão imunda de mim — Deidara retirou brutalmente a mão do homem de seu corpo, levantando-se rapidamente e se virando a ele — Segundamente, o motivo está ali — disse, apontando para o rei Luxúria — Obito, ao nos abrigar, deixou claro que poderíamos ter nossa vingança, mas que ela fosse rápida e continuasse a deixar a organização em segredo. Sabe quantos dias irá fazer que você está brincando? — O Neido aproximava-se mais ainda de Nagato — Seis dias. O braço dele já chegou em seu reino. Já devem ter colocado tropas a procura de seu corpo. O que está esperando para matá-lo? Isso coloca a gente em um perigo mortal.

Nagato abaixou sua cabeça, respirou profundamente antes de falar qualquer palavra.

— Nós não seremos pegos, confie em mim — o ruivo garantiu — E sobre o Minato, eu só vou matá-lo quando conseguir faze-lo sofrer o suficiente, e depois quero transferir a dor que ele está sentindo para alguém bem especial — ele terminou, sorrindo de forma intrigante e voltando-se a sala que estava a tortura o rei Luxúria.

Deidara ficou observando Nagato caminhar, sussurrou algo quase inaudível, deu os ombros para a situação e voltou-se ao jogo de cartas contra Hidan.

— Acho que não percebeu, mas eu lhe venci. Finalmente o mestre ganhou do trapaceiro — Hidan gabou-se da vitória, após trapacear enquanto Deidara e Nagato debatiam.

— Agora está 100 a 1 — brincou o loiro, enquanto pegava as cartas para embaralhar. Hidan somente rugia de raiva.

[...]

— Olá, Kisame — Itachi entrou no local, saudando seu amigo.

— Olá — o outro também saudou — Deseja algo? Vocês só veem até a mim quando querem alguma coisa.

— Que nada — o Uchiha respondeu entre risos — Faz tempo que não converso contigo, precisamos conversar, não é mesmo?!

— Sasuke — o Hoshigaki disse — Você quer saber dele, não é?!

— Não — respondeu monossilábico — Não me importa o que ele faz de sua vida, não temos mais nenhum laço simbólico, apenas nosso sangue, mas é algo que com o tempo esquecerei — Itachi se fez de desinteressado sobre o que seu irmão estava fazendo — Quero saber sobre Shisui. Não o vejo desde quando fui embora de meu reino.

— Obito não me disse nada sobre Shisui, creio que deve está tudo bem com ele. Aliás, quem seria mais extraordinário quanto esse moleque talentoso? — Kisame enalteceu toda habilidade do Uchiha — Até mesmo Madara via talento nesse menino. E sinceramente, onde Madara viu talento...

— É porque era realmente talentoso — continuou Itachi, com seu pensamento indo adiante — Graças a ele continuei vivo, é triste relembrar que mesmo após ele apostar todas suas fichas em mim, eu o decepcionei... — os olhos do rapaz começaram a criar poças de lágrimas, que desciam de sua face em formato de pingos de chuva.

Konan, que estava encostada na parede do lado de fora esperando o fim da conversa entre os dois para poder conversar com Kisame, pode ver tudo. Viu pela primeira vez uma sensibilidade jamais vista em Sasuke. Ficou abismada, nunca poderia ter imaginado que o Uchiha pudesse ter um coração tão puro.

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— Vou ir até Hidan e Kakuzu, tenho tarefa a eles. Enquanto isso você pode ficar aqui se recuperando para que ninguém te veja em lágrimas — avisou Kisame, andando em direção a saída — E ah, esqueci de lhe contar — o Hoshigaki deu meia volta para contar a notícia a Itachi — Seu irmão irá se casar com Sakura Haruno.

Em meio de tantas lembranças tristes que se passava na cabeça de Itachi, aquela notícia acabara sendo gratificante, seu pequeno irmãozinho estava seguindo suas dicas, pelo menos era o que achava.

A feição abatida do Uchiha havia dado forma a uma expressão de felicidade.

REINO IRA.

— Reunião importante no reino Luxúria? Mas você nem faz parte do Tridente... — a mulher via o homem arrumar sua mala para partir — Sem contar que eu acabei de chegar de viagem para vim te visitar...

— Um bilhete da Capital chegou até aqui e nele continha justamente isso que lhe disse. Soube que diversos lordes e reis comparecerão, provavelmente aconteceu algo que é do interesse de todos — Sasuke comentou, não dando muito atenção a Sakura.

A mulher cruzou seus braços, vidrou seu olhar em Sasuke, começando a bater o pé ao chão. De início, o Uchiha não notou qualquer diferença, mas com a frequência das batidas aumentando, lembrou-se que havia esquecido de comentar algo.

— Eu sei que você acabou de chegar, meu amor. Mas não há nada que eu possa fazer a não ser ir até lá, foi um chamado real — Sasuke sentou-se na cama, segurando a mão de sua esposa— Sei que não estamos casados ainda, mas nós podemos ir juntos até aquele maldito local. O que acha? — ele sugeriu, com um semblante sereno.

— Não sei... É que... — Sakura balançava seu corpo de forma sensual, apenas para fazer uma negação, talvez fosse isso que fizesse a moça ser tão cobiçada.

Sasuke puxou ligeiramente sua esposa contra seu corpo, fazendo-a cair sobre si, na cama.

— Vou considerar isso como um sim — disse o Uchiha, beijando sua esposa em seguida, enquanto admirava toda beleza existente na Haruno.

REINO LUXÚRIA

CASA YAMANAKA

O rapaz observava calmamente o bando de pássaros que se aproximava do local onde estava. Calculou mentalmente a força do vento. Puxou a corda do arco, mirou perfeitamente em um pássaro específico, soltou a flecha. O alvo havia sido acertado.

— Matar animais inofensivos não irá torna-lo melhor — alguém falou, depois de ter presenciado toda cena.

— O pássaro estava em movimento, atirei a flecha antes mesmo dele chegar ao local que eu queria — Sai explicou, enquanto pegava seus acessórios — Ao contrário do que você acha, isso ajuda a me tornar melhor sim.

— Conheci pessoas extraordinárias na época que elas tinham sua idade. E muitos, simplesmente por serem incríveis com o que faziam, nunca tentavam melhorar — Sai colocou suas coisas nas costas, virando-se para o homem pela primeira vez — Mas você é diferente, é considerado o melhor arqueiro dos sete reinos e mesmo assim continua treinando, tentando sempre melhorar. Nem mesmo os melhores da história faziam isso, e olha que eu acompanhei vários.

— Inoichi, diferente deles, eu sou um bastardo. Bastardos não têm chances na sociedade. Somos tratados como lixos. Um nobre jamais precisa ter tanta preocupação com isso — o garoto falava naturalmente, já estava acostumado a escutar aquelas palavras de diversas pessoas — Sem contar que essa geração que está dando a cara é talentosa, vimos isso no torneio. Vi flechas serem atiradas com a mão em uma velocidade tão rápida quanto quando usamos o arco; um estrategista nato prevendo os ataques com uma antecedência incrível; guerreiros considerados incríveis caírem para os menos favoritos; um sanguinário em busca de tortura de seus rivais; vi olhos vermelhos clamando por vingança — ele relembrou dos momentos presenciados durante o torneio — Não tem como não temer algumas coisas, e sempre estar a um passo deles, é extremamente fundamental. E Inoichi, é isso que eu faço — terminou, retirando-se do local e deixando o lorde Yamanaka sozinho.

Inoichi ficou observando seu filho bastardo se retirar do local. A admiração que ele estava adquirindo por Sai era algo que jamais imaginou que poderia ocorrer. Talvez o jovem só estivesse ocupando o vazio deixado por Ino.

REINO INVEJA.

— E por que eu tenho que ir também? Você sabe que quero evitar pisar naquele reino novamente! — Ino berrou, indignada pelo fato de ter que ir até o reino Luxúria.

— O Rei Hiruzen solicitou que todos os reis fossem até aquele reino, levando consigo seus braços direitos. No meu caso, eu teria que levar meu irmão — Kankuro explicou, Ino preparou-se para pronunciar algo — E antes que fale qualquer coisa, pretendo levar você e Danzou Shimura porque da última vez que ficaram aqui os resultados não foram tão positivos.

— Se é pra levar somente o seu conselheiro principal. Por que não leva apenas o lorde Danzou Shimura? — ela sugeriu, tentando fazer com que Kankuro mudasse sua ideia inicial — Ele é o guarda real. Não sabemos o que esperar, deixar o reino sozinho pode ser ruim. Os quatro principais não estarão aqui, sabe-se lá o que pode vir a ocorrer.

— Não, vocês três virão comigo — ele respondeu decidido — Não há como deixar um de vocês cuidando do meu reino. Danzou perdeu minha confiança após fazer aquela palhaçada, tu mostrou que não tem qualquer liderança para cuidar deles, e o Gaara... Ele é um monstro, totalmente brutal, não quero sequer imaginar que coisas ele faria se houvesse mais uma rebelião — Kankuro olhava fixamente para os olhos azuis de Ino, que até agora discordava com a ideia de seu rei, mas havia percebido que não adiantava usar qualquer artefato para que o homem mudasse de opinião.

REINO AVAREZA.

O homem finalmente havia aberto seus olhos, tinha permanecido inconsciente desde quando sofrera os ataques. Olhou para o lugar onde estava, logo reconheceu que era seu quarto. Ao tentar se mexer sentiu uma dor na barriga, o mesmo local que sofrera o ataque de Shisui.

— Os médicos aconselharam que você não fizesse movimentos bruscos — avisou Hashirama, que estava sentado ao lado da cama de seu irmão — Provavelmente irá arrebentar os pontos que recebeu na região da lesão.

— Como me encontraram? — perguntou Tobirama, sua voz havia saído bastante fraca, estava sem força alguma.

— Na estrada que liga os reinos — o rei respondeu ironizando, causando uma leve irritação em seu irmão — Os guardas lhe encontraram e o trouxeram para o reino, você estava apenas a algumas milhas daqui, foi fácil traze-lo.

— Eu cheguei aqui vivo? Pelo o que me lembro o golpe de Shisui foi bastante profundo, só me restou forças para cortar sua garganta — o Senju ainda soltava leves gemidos de dor — Depois só me lembro de ver uma vaga escuridão, somente o preto e o eco da minha voz.

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Hashirama engoliu seco, dando a entender que ele poderia saber de algo mais trágico que vira a ocorrer. Tobirama, esperto como era, percebeu de imediato.

— Tobirama, terei que ir até o reino Luxúria — o rei Avareza trocou de assunto — Você ficará sobre os cuidados dos nossos servos. Não tente fazer algo que possa lhe prejudicar, dentro de alguns dias estarei de volta.

— Quando você irá partir? — questionou Tobirama, curioso.

— Amanhã pelo amanhecer — respondeu rapidamente Hashirama, saindo do quarto em seguida.

Tobirama ficou sozinho deitado em sua cama, pouco se importou com a ida de seu irmão ao reino Luxúria, se importava com outra coisa, a sensação que havia sentido não era das melhores, e Hashirama poderia estar escondendo algo.

— Não acredito que isso possa ter ocorrido... — o Senju sussurrou para si mesmo, enquanto tentava se lembrar de mais algum detalhe.

DOIS DIAS DEPOIS

REINO LUXÚRIA.

— Rei Hiruzen Sarutobi, é uma honra recebe-lo aqui — Jiraiya curvou-se ao ver a chegada do rei principal.

— A honra é todo minha — O velho rebateu, entre tossidos — Quem mais está aqui?

— Está faltando apenas alguns membros do reino Orgulho, Avareza, Ira e Preguiça — respondeu Jiraiya, dando passagem ao rei — Mas acredito que em breve eles chegarão, pelo menos é o que esperamos.

— E qual o motivo dessa reunião convocada pelo filho de Minato? — Asuma questionou, enquanto adentrava no palácio.

— Isso é somente ele que poderá respondê-lo, mas uma coisa lhe garanto, Asuma — Jiraiya deu uma longa pausa em sua voz — Se o motivo for o que eu acho, veremos um iniciar de uma enorme guerra.

Asuma e Hiruzen se entreolharam curiosos, nenhum dos dois imaginavam o que poderia vir a acontecer.

[...]

— Rei Hiashi — Temari abordou o homem enquanto o mesmo caminhava apressadamente — Sei que está ocupado, mas queria saber uma coisa.

— Diga — ele autorizou, parando de andar.

— Sei que essa reunião é de extrema importância para o fins de nossos reinos, e até mesmo podemos dizer do continente. Com tudo que poderá vir a ocorrer, gostaria de saber se eu poderia participar dessa reuni... — Temari fora interrompida por um terceiro.

— Acredito que sim, pois sua opinião irá ser bem vinda — o homem falou, chamando a atenção dos outros.

— Neji? — Hiashi e Temari indagaram ao mesmo tempo ao avistar o garoto.

— O que faz aqui? E cadê Hizashi? — O rei Orgulho continuou interrogando-o.

— Bom, papai mandou eu vir em seu lugar. Eu serei seu conselho tio, sei que não sou excelente em escolhas, mas andei escutando algumas baboseiras nos corredores e espero que não seja verdade — Neji disse, continuando em seguida a falar com os outros dois.

[...]

A sala de reunião já estava cheia, havia representante de todos os reinos, menos do Ira. Mas isso não parecia ser um empecilho para o iniciar da reunião, todos já estavam ansiosos para saber o que o garoto Uzumaki iria abordar.

— Achei que só veríamos os reis — desabafou Hinata, após ver diversas pessoas que não estavam perto desse patamar.

— Infelizmente se fosse apenas reis você sequer estaria aqui — retrucou Ino, que estava se servindo de vinho, a única coisa que sentia falta daquele reino — Pelo o que vejo aqui todos estão com pessoas que podem ajudar nisso, sequer sabemos o motivo para Minato nos chamar até aqui.

— Sim, Minato apenas mandou a carta para o rei Sarutobi pedindo nossa convocação — continuou Chouza.

— Mas não foi Minato que convocou essa reunião, e sim seu filho Naruto — Hiashi, sem saber o que estavam falando, revelou.

— Não, foi Minato — interrompeu Kankuro — Na carta que recebi havia dizendo que o rei Luxúria tinha nos convocado a uma reunião. Ou seja, o rei daqui é ele, não Naruto.

Ele já está se proclamando rei — pensou Jiraiya, entristecido — Será que essa reunião é para anunciar isso?

— Hiruzen, acho melhor explicar a merda que você fez — provocou Gaara.

— Na carta Naruto se identificou como rei Luxúria, eu apenas repassei a mensagem como deveria ser repassada — Sarutobi se pronunciou — Agora permaneçam calados, vamos esperar Naruto em silêncio. E ah, cada um dos reis deve esperar apenas uma companhia para ficar aqui, não queremos ver uma bagunça descon...

Hiruzen foi interrompido pelas portas sendo abertas, o convidado mais esperado da reunião havia chegado. Naruto Uzumaki adentrou no local apressadamente, sentou ao centro da mesa, olhou para todos presentes, percebeu a ausência de Sasuke.

— Acho que faltou aplausos para a entrada fabulosa dele — Ino provocou, estava de frente de uma das pessoas que mais odiava naquele mundo.

— Ino... — Naruto disse, reconhecendo a mulher somente após ela falar — É muito bom revê-la, espero que estejamos com a mesma ideologia nesse dia de hoje — o Uzumaki sorriu, deixando todos que estavam com ele nos últimos dias confusos.

Ino sentiu-se ofendida com a forma que Naruto lhe tratou, esperava uma resposta grosseira, era tudo que queria. Mas recebeu totalmente o contrário, a forma que o jovem lhe tratou acabara lhe deixando com uma sensação estranha.

— Bom, acho que todos já devem estar se questionando o motivo de sua presença aqui. Não é mesmo?! — Naruto levantou-se de sua cadeira — Antes de tudo...

As portas do salão novamente haviam se aberto, dessa vez quem entrara por ela era Sasuke Uchiha, acompanhado de sua noiva. Os dois receberam olhares de todos, Hiashi estava confuso, olhou para Neji, que com a mão mandou o homem ter calma.

— Como sempre os Uchiha chegando atrasado nas reuniões — brincou Chouza, olhando para Shikamaru, que apenas sorriu amarelo.

O Akamura, por um instante, achou que estava falando com Shikaku, ao ver a cara de seu filho e não a dele, uma sensação horrível tomou posse de si. Pela primeira vez havia sentido falta de seu companheiro.

— Vamos, Naruto, revele o motivo para estarmos aqui — pediu Sasuke, já acomodado — Acho que ninguém aqui deve saber, não é mesmo?! Todos estão com feições normais. Não vejo surpresa em seus olhos.

Todos os olhos foram voltados ao jovem Uzumaki, que encarava o sorriso sarcástico de Sasuke Uchiha.

— O rei Minato foi sequestrado, preciso da ajuda de vocês para encontra-lo — o jovem Uzumaki falou sem delongas, causando surpresa em todos que estavam naquela mesa.