Only You

Storm Aprroaching


Nossa pequena Primrose crescia e engordava a cada dia que passava. Depois que nossos familiares partiram Delly, minha cunhada permaneceu conosco.

— Como estou feliz em ser tia de uma garotinha tão linda. – ela continuava encantada pela nossa pequena.

— Irmãzinha, vai ver quando tiver os seus, é uma experiência única e encantadora. – nunca tinha visto Peeta tão feliz desde o nascimento de nossa filha.

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— Ah, Peeta não sei se quero me apaixonar novamente, dói tanto. – Delly pronuncia com lamento na voz, o que é estranho, já que sempre é tão animada.

— Ele foi um idiota em não ter se casado com você, mas de repente não era para ser, o que significa que o destino está preparando algo melhor. – disse meu marido tentando animar a irmã.

— Sim, verdade. – ela sorri com indiferença a tristeza de poucos minutos atrás.

Primrose iniciou seu lamento e logo imaginei o que poderia ser.

— Com licença, sei muito bem o que essa mocinha quer. – me aproximei de Delly que tinha a sobrinha bem aconchegada ao seu corpo e a tomei em meus braços para amamentar.

— Nossa essa menininha só pensa em mamar. – brincou minha cunhada.

— Claro, o que mais ela iria querer se não isso? – Peeta disse no mesmo tom que a irmã.

O jantar estava servido e assim que terminei de alimentar Primrose deixei ela com Rue e fomos para a sala de jantar.

— Hum... adoro pato assado, acho que vou passar mais temporadas por aqui. – Delly comentou e não pude deixar de sorrir.

— Pode ficar aqui o tempo que quiser Delly, será sempre bem-vinda aqui. – assim que disse, ela alargou mais ainda o típico sorriso que sempre estampava seu rosto.

— Muito obrigada, eu sinto falta desses momentos sabe... antes meu irmão só viajava e eu nunca fui de ter muitas amizades.

— Sei bem como é Delly, sempre senti muita falta do seu irmão quando ele estava viajando. – comentei olhando para ele que tinha um brilho diferente nos olhos.

— E, falando nisso o Almirante Abernathy enviou-me uma carta ainda esta tarde e já me dispensou, agora sou inteiramente devoto a minha amada esposa e filha. – senti minha face aquecer, sim eu ainda me sentia envergonhada com certos comentários que fazia.

— Podíamos convidar ele para passar o dia conosco. – comentei.

— Já fiz isso. Escrevi uma carta agradecendo pela ajuda com minha renúncia e acabei convidando-o para vir nos visitar.

(...)

— Rue se quiser ir amanhã para Meadow e passar o fim de semana por lá, pode ir. Pedirei para alguém preparar uma carruagem para te levar, sua mãe deve estar com saudades. – ela sempre via a mãe nesses dois meses que estava morando conosco, mas fazia dias que as duas não se viam.

— Mas, não precisará de mim, Katniss?

— Claro que não, querida. Pode ir, minha cunhada e Dulce Maria pode me ajudar.

— Então eu irei, muito obrigada. – disse ela me abraçando.

— Não tem de que.

Dei mais um beijinho em Prim e a coloquei em seu berço. Dei boa noite a Rue e fui para meu quarto, onde encontrei meu marido sentado em sua poltrona lendo um livro. Me aproximei e logo ele voltou sua atenção a mim.

— Nossa Primrose já dormiu? – pergunta ele colocando o livro sobre a mesinha ao lado e aproveito para me sentar em seu colo.

— Sim, ela já dormiu. O que acha de aproveitarmos esse momento? – Peeta sorri maliciosamente e me beija com fervor.

— Eu te amo demais, meu amor. – fala com nossas testa juntas.

— Eu também amo muito você.

Ele se levanta me erguendo em seus braços e nos guia até a cama. Depois de me deitar com todo o cuidado Peeta se despe e deita sobre meu corpo.

— Quero amar cada parte do seu corpo...

— Ah, pare com isso eu nem estou mais bonita como antes. – lamento e logo seus lábios me silenciam.

— Não diga mais isso. Para mim, você é a mulher mais linda e perfeita... não existe outra igual. – ele suspira enquanto enterra seu rosto na lateral do meu pescoço.

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— Acho que meu marido está iludido.

— Isso aqui não é ilusão, querida... – suas mãos desatam o laço do meu robe e depois exploram minhas pernas por baixo da camisola – Isso daqui é o mais puro e sincero amor. – acabo por arquejar quando ele sobe o tecido até meus seios, ergo meu tronco só para terminar de tirar a peça e assim que o faz inverto nossas posições.

— Acho que agora é minha vez de provocar você, não acha? – pelo seu sorriso sei que está rendido a mim e com todo o amor que sinto por ele demonstro através do nosso ato o quanto necessito dele para sempre.

(...)

Mais alguns dias se passam, minha cunhada retorna para a Capital e recebemos em nossa casa a visita do Almirante Abernathy.

— É, um prazer revê-los casal Mellark.

— Almirante, o prazer é nosso em recebe-lo em nossa casa mais uma vez. – meu marido o cumprimenta.

— Vejo que o bebê se encontra saudável. – ele se aproxima de mim que tenho a pequena Prim acordada em meus braços.

— Ela se chama, Primrose. – digo e ele vinca a testa ao observa-la.

— É muito parecida com o pai, pobre garotinha. – o Almirante ri descaradamente.

— Mas, fico feliz por ela ter os mesmos olhos que ele. – falo convicta.

— Pelo menos quando ela te fazer algum pedido mirabolante e olhar com esses mesmos olhos, você não negará. Não é? – fala em um tom de brincadeira.

— Aí depende, pois quando meu marido quer algo é mais fácil eu persuadi-lo do contrário. – sua risada acaba me fazendo rir.

— Vamos entrar, almirante antes que minha esposa o persuadi a retornar para casa. – Peeta continua com o momento descontraído. Dulce Maria nos avisa sobre o jantar estar servido e meu marido a apresenta para o almirante que parece ficar encantado por ela.

Após o jantar vamos para a sala de estar e enquanto os dois bebem vinho peço para prepararem um chá para mim.

— Estive por esses dias no condado Thirteen. – nosso convidado inicia o assunto com meu marido.

— Se importam se eu subir e colocar essa mocinha para dormir? – depois de tomar o chá me senti com mais sono do que o habitual.

— Claro que não querida, vá descansar e logo já subo. – Peeta se levanta e me acompanha até as escadas – Boa noite princesinha do papai. – ele beija levemente a testa de nossa filha e depois sela seus lábios nos meus. – Depois instalarei nosso convidado num dos quartos, se quiser não precisa me esperar acordada.

— Acho que não conseguirei mesmo, mas obrigada por me compreender. Eu te amo. – beijo mais uma vez seus lábios.

— Eu amo você ainda mais querida e tenha uma boa noite.

Subo as escadas lentamente e assim que entro no quarto de Primrose vejo Rue lendo um livro.

— O que está lendo agora?

— As Dunas de Anicha.

— Esse conto é muito bom, mas não fique forçando sua vista ao anoitecer menina.

— Está parecendo minha mãe, sabia?

— Bem, agora sou mãe acho que tenho o direito de advertir.

— Observando por esse lado devo concordar.

Conversamos um pouco mais enquanto amamento Prim e assim que a coloco no berço dou boa noite a Rue e vou para o quarto.

(...)

Na manhã seguinte enquanto tomamos café noto algo diferente entre meu marido e nosso convidado.

— Está tudo bem?

— Está querida, não se preocupe. – Peeta sorri de um jeito estranho.

— Quando você diz para eu não me preocupar, é aí que fico.

Antes do meu marido falar o almirante intervê. Ele conta que em sua visita a duquesa Coin ele mostrou-lhe alguns documentos que comprovam as pretensões de lorde Snow contra o governador.

— Ela diz que há muito tempo seu pai, Benjamin Everdeen já investigava o lorde, mas pelo visto não pôde concluir a tarefa. – o almirante diz em um suspiro.

— Meu pai foi um mero peão nisso tudo? – pergunto sentindo as lágrimas em meus olhos.

— Seu pai estava tentando apaziguar a situação, mas lorde Snow não queria isto pelo visto.

— E, por que a duquesa não vai até o governador e conta tudo a ele? – minhas mãos ficam trêmulas de repente.

— Ela disse que nada pode ser feito ainda, mas que uma tempestade se aproxima isso é certeza.

— O que? – levanto e saio a passos largos indo em direção ao jardim.

Encosto em uma das árvores e abraço meu próprio corpo e sem perceber já estou chorando.

— Acalme-se querida, daremos um jeito. – Peeta me abraça e começa a afagar meu cabelo.

— Por que isso tudo parece não ter um fim, Peeta? Por que?

— Haymitch nos ajudará, ele procurará saber mais.

— Como ele fará isso?

— Ele contratou um espião que vai investigar cada passo do lorde e o sobrinho.

— Mas isso não é perigoso?

Um temor começa a invadir meu peito.

— Ele disse que é uma pessoa de confiança. É arriscado, mas disse que tem que tentar pelo menos para nos assegurar. – me afasto de seus braços somente para encarar seus olhos.

— Nos assegurar de quê?

— Katniss, ficou claro que o lorde não gosta de mim, ele queria que o sobrinho se casasse com você e não comigo. – sua fala me assusta de diversas maneiras.

— O que isso significa? – ele suspira e olha para um outro ponto – Eu perguntei o que isso significa? Peeta, pelo o amor, me diz alguma coisa. Nós temos uma filha para proteger.

— Isso significa que Gale não irá sossegar até ter você, ele deixou isso bem claro. A partir de agora não quero ver você e nem a Prim sozinhas, está me entendendo? – ele segura firme em meu queixo e sustem seu olhar ao meu.

— Contanto que você fique seguro conosco. – seguro sua mão e a levo até meus lábios e deposito um beijo – Ela e eu precisamos de você mais do que nunca.

— Não deixarei vocês duas por nada. – ele beija meus lábios lentamente e sinto um frio na boca do meu estômago e uma fisgada na espinha como se algo ruim estivesse se aproximando.