A voz de um Amor

Uma Novidade


Naruto jamais poderia imaginar em toda sua vida que ficaria em um lugar tão grande e luxuoso como aquele algum dia. Assim que desembarcaram, Minato o levou a um enorme prédio do centro da cidade, e surpreendeu-se com o lugar se sentindo até um pouco envergonhado de certa forma. Ficou ainda mais impressionado quando entraram dentro do enorme apartamento, parecia tudo muito sofisticado pra alguém simples como ele. Só o quarto era umas seis vezes maior do que o seu de Konoha.

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— E então Naruto, esse é o apartamento que reservei pra você. O que achou? — Perguntou Minato.

— Bom, é muito bonito sr. Namikaze mas... Achei um pouco grande demais só para mim.

— Bobagem! Faço questão que fique nele, achei que você gostaria de mais espaço, de privacidade! Não se preocupe com os custos! Disse que custearia toda a sua estadia aqui e seus estudos.

— Com todo o respeito sr. Namikaze, eu quero pagar o lugar que vou ficar! Não acho justo que pague tudo assim, vou trabalhar com o sr. então, poderei arcar com essa despesa.

— Eu não me referia ao apartamento Naruto, não há aluguel, eu o comprei. É seu.

— Senhor? — Disse Naruto sem entender direito.

— Bom.. Eu... Já o tinha comprado antes, e como não há ninguém nele você pode morar aqui. — Respondeu com certo nervosismo, o que deixou Naruto pouco desconfiado.

— Mesmo assim quero pagar!

— Naruto, por favor não é necessário!

— Desculpe mas... Não vou me sentir bem se não for assim, o senhor já está fazendo muito por mim. Não posso aceitar!

— Tudo bem, depois nós vemos isso! — Respondeu um pouco contrariado — você deve estar cansado da viagem não é?

— Um pouco.

— Vou deixar que descanse então, amanhã vou te levar para conhecer a empresa. — Respondeu já se afastando — Pode me ligar a qualquer hora.

— Obrigado senhor!

— Senhor?

Naruto sorriu e se corrigiu logo depois.

— Minato.

— Agora melhorou! — respondeu com um sorriso — Descanse bem.

Depois que Minato saiu, Naruto sentou-se no sofá da sala e ficou olhando a sua volta, sentiu-se mais solitário do que nunca pois o que não faltava naquele apartamento era espaço. Mas seus pensamentos não ficaram muito tempo nisso, logo viu-se pensando naquele par de olhos perolados outra vez e repreendeu-se internamente por isso, tinha prometido a si mesmo que esqueceria hinata, precisava fazer isso, afinal logo ela seria uma mulher casada. O silêncio que se instalava foi quebrado pelo toque de seu celular, naruto o retirou do bolso e olhou e lá estava o número que conhecia muito bem, hinata estava ligando pra ele de novo, e como todas as outras vezes ele desligou sem atender. Não queria mais ouvir desculpas ou ser enganado com meras palavras de um amor que julgava ser falso, queria simplesmente esquecê-la de uma vez por todas, e era isso que faria.

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Sua vida estava destinada a infelicidade, era o que sua mente lhe dizia, e de nada adiantava as palavras de conforto da amiga. Seu casamento estava a cada dia mais próximo, e sua última tentativa de ser feliz fora completamente estragada pela ambição de seu pai, Hinata estava sentada na cama de Ino, e por mais que tentasse não conseguia evitar as lágrimas. Depois de explicar tudo que tinha acontecido a amiga, decidiu ir para casa dela e ficar o mais longe possível de Hiashi, pelo menos por um momento. Sofria só de imaginar o que Naruto estaria pensando dela, não suportava a ideia de ele pensar que ela não o amava e que apenas brincou com ele mais uma vez, porque por mais que doesse tinha a certeza de que era nisso que ele estava acreditando.

— Obrigada por me deixar ficar aqui na sua casa por esses dias. — Disse para Ino, que estava sentada ao lado dela.

— que isso amiga, sabe que minha casa é sua! Pode ficar o quanto quiser! — respondeu com sinceridade.

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Ino olhou para hinata e viu o quanto seus olhos estavam vermelhos pelas lágrimas e o quanto estava abatida, sentiu-se uma péssima amiga por não poder fazer nada por ela.

— Queria tanto poder te ajudar de alguma forma.

— Ninguém pode me ajudar a essa altura Ino.

— Nunca imaginei que seu pai faria algo assim... Ele realmente seria capaz de fazer a hanabi se casar com Yahiko se você não o fizesse?

— Ele é capaz de qualquer coisa por causa dessa fortuna maldita. Desculpe ter feito você perder aula.

— Isso é o de menos Hina, minha melhor amiga está aqui sofrendo e você acha que eu a deixaria sozinha? Claro que não!

— Obrigada!

— Já tentou explicar tudo ao Naruto? Tentou ligar pra ele?

— Sim eu tentei, mas ele não atendeu! . — respondeu enxugando os olhos com as mãos. — E mesmo que tivesse atendido, duvido muito que ele me ouviria.

— Naruto precisa entender sua situação! Mesmo que ele não queira escutar faça-o saber o que seu pai ameaçou, faça ele ver que você não tem culpa.

— E como eu poderia fazer isso se ele se quer me atende?

Ino pareceu pensar um pouco antes de responder em meio a um sorriso.

— Faça a moda antiga... Mande uma carta!

O rosto de hinata pareceu se iluminar por alguns instantes.

— Carta?

— Sim!

— mas...também não sei o endereço que ele vai ficar.

— Você não sabe onde ele estará morando, mas sabe onde ele estará todos os dias. Como é mesmo o nome do empresário?!

— Claro! Ele vai trabalhar na Namikaze... Mas, Será que se eu mandasse a carta ele leria?

— Bom, acho que uma carta é mais difícil de se ignorar do que uma ligação! Ele vai ficar tentado o tempo todo a ler, tenho certeza que vai acabar lendo. — Disse Ino sorrindo — Estou com fome hina, Vou até a cozinha buscar alguma coisa pra gente comer e já volto!

Hinata concordou e viu Ino sair do quarto. Avistou papel e caneta perto do computador e um pouco receosa se levantou com o intuito de escrever a carta, mas ao ficar de pé sentiu-se tonta e tudo a sua frente girou, sentou-se de novo na cama e apertou o lençol com as mãos esperando que passasse, ultimamente andava se sentindo estranha e não conseguia entender o que eram aquelas tonturas que estavam a cada dia mais presentes. Quando Ino voltou para o quarto trazia consigo uma bandeja com dois sanduíches de atum e dois copos de suco de laranja. Hinata permanecia de cabeça baixa.

— Pronto! Está com fome hina? — Perguntou colocando a bandeja no criado mudo ao lado dela — seu favorito, sanduíche de atum. — Sorriu Ino, mas o sorriso desapareceu assim que viu Hinata olhar para a bandeja e correr como uma louca para o banheiro do quarto com a mão na boca. Ino preocupada, sentou-se e esperou alguns minutos, assim que Hinata abriu a porta do banheiro ficou espantada com a palidez da amiga, a viu se escorar na porta.

— Hina, o que foi isso? Você está pálida! — Disse Ino a puxando para que ela se sentasse na cama.

— Não sei, eu... Fiquei enjoada de repente quando vi a bandeja e senti o cheiro do atum.

— Só por causa de um sanduíche?

— Sim, ultimamente não ando me sentindo bem com comida.

— Sei... — Disse desconfiada, já pegando o celular de cima do criado — Eu,.. Vou ligar para o meu pai.

— Ino não, não é necessário. Não quero atrapalhar o Dr. Inoichi. Ele deve estar ocupado no hospital.

— Bobagem hina, se você está se sentindo mal é melhor que ele te examine não acha?! Além disso, papai disse que está tudo calmo no hospital ultimamente, ele pode muito bem vir até aqui rapidinho — Disse já fazendo a ligação.

Hinata observou Ino falar com o pai, e escorou a cabeça no travesseiro afinal ainda se sentia um pouco tonta.
Depois de alguns minutos as duas ouviram batidas na porta do quarto. Ino se encaminhou até lá e a abriu.

— Papai, que bom que chegou!

— Oi filha — Disse entrando no quarto — Hinata o que está sentindo? — parou em frente a ela e Inoichi ficou visivelmente preocupado com seu tom de pele.

— A Ino está se preocupando à toa sr. Inoichi eu estou bem. Só um pouco tonta.

— Está muito pálida pra uma pessoa que diz estar bem senhorita Hyuuga. — Respondeu sentando-se ao lado dela. — Diga o que esta sentindo quem sabe eu possa ajudar?

Hinata suspirou fundo, de tantas garotas no mundo tinha logo que ser amiga de filha de médico... Pensava.

— Só ando com algumas tonturas, estão a cada dia mais presentes. E enjoos repentinos com cheiros um pouco mais fortes, principalmente de comida.

— sente Enjoos?

— Sim!

Inoichi ficou em silêncio e a encarou por alguns instantes, retirou da sua maleta o estetoscópio e o direcionou em direção ao coração de hinata, descendo ate a barriga dela. Depois, disso mediu sua pressão e surpreendeu-se pois estava muito baixa. Ino observava tudo com atenção e pela cara que seu pai estava fazendo imaginava ser realmente o que ela estava pensando, mas seria possível isso? Hinata nunca tinha contado nada sobre algum tipo de relação mais profunda entre ela e o Naruto. Observou seu pai olhar para Hinata seriamente.

— Hinata, seu ciclo está normal?

Hinata corou um pouco antes de responder.

— Bom... Não! Está atrasado a pouco mais de um mês, mas o que isso tem haver?

— Não sabe mesmo?

— Não senhor, está me assustando sr. Inoichi, o que eu tenho?

— Acredito que ... Você possa estar grávida senhorita Hyuuga.

Continua.....