The Marauder's Map

O Patrono


Eu estava com a Dorcas quando James passou correndo por nós, e Dorcas por alguns minutos o fez algumas perguntas e assim que ele respondeu (mesmo que entre os dentes) ele saiu correndo o mais rápido possível. Assim que ele saiu, Sirius e Lene apareceram apreensivos.

— Plano: Lene e eu vamos seguir o James, e vocês vão procurar a Lily – disse Sirius – Não pergunte apenas faça, depois explico. Vamos Lene!

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Ele mal fechou a boca e saiu correndo atrás do James, Dorcas puxou meu braço e me fez descer rumo a Floresta pelo caminho ao contrario de Sirius.

— Sei onde a Lily está – ela falou – Ela me disse que iria pra orla da Floresta. Não sei o que Lene e Sirius estão tramando, mas pelo menos sei onde encontrar o nosso alvo.

— Está bem – falei. Continuamos descendo até que vi Pedro. – Pedro você está com o mapa?

— Não, o James pegou comigo hoje cedo – ele respondeu – Aconteceu algo?

— Vem com a gente – chamei e ele nos seguiu.

Andamos até onde Dorcas disse que Lily estaria, e vimos Sirius e Lene.

— Gente, eu acho melhor irmos juntos – disse Lene – Porque se eu não estou enganada, o James entrou pro mato com uma ruiva, a minha ruiva.

— O que? – gritei

— Psiu! – pediu Sirius – Por favor, vamos presenciar algo histórico.

Andamos cuidadosamente atrás deles, até que eles pararam de frente para um pequeno lago no meio da Floresta, eles ficaram parados conversando, e Lily o abraçou. Ficamos lá parados olhando um momento que deveria ser intimo dos dois. Dorcas me puxou pelo ombro e disse baixinho para todos nós.

— Isso é invasão de privacidade – ela falou e Lene com os olhos cheios de lagrimas concordou – Vamos embora, pelo menos agora sabemos que não estamos sendo trocados em vão.

...

— Bom dia, marotos – desejou James na manhã do dia seguinte – Remo como está? Fiquei olhando seu rosto antes de você levantar e vi que está mais abatido que o normal.

— Estou bem – respondi – A Lua só está próxima.

— Porque está tão feliz veado? – perguntou Sirius

— É cervo – ele retrucou – E só estou de bom humor.

— Onde foi ontem? – perguntei e ele arregalou os olhos – Depois do quadribol?

— Ah, eu estava na biblioteca.

— Não estava não – disse Pedro – Fui lá te procurar e você não estava.

— Deve ter ido depois que eu saí – ele respondeu dando um meio sorriso

— Acho que foi mesmo Pedro – disse Sirius no famoso tom de “eu sei o seu segredo” – Vi que assim que você entrou na biblioteca ele saiu com a Evans de lá.

— Com a Evans? – ele gritou

— Verdade Sirius, depois eles desceram lá pro Hagrid – falei sorrindo e Sirius caiu na gargalhada.

— O que querem dizer com isso? – ele perguntou

— Até quando achou que seu segredo ia ficar escondido? – perguntou Sirius zombando.

— Isso é invasão de privacidade – ele falou fechando a cara – Eu ia contar, mas estava pensando em contar quando eu tivesse certeza de que ficaria mais serio.

— Para de graça, Pontas! – gritei

— A Lily vai surtar comigo por causa disso – ele falou saindo para o banheiro.

POV REMO OFF*

Assim que eu desci para o Salão Principal Lily estava encostada na mesa da Grifinória, e assim que seus olhos encontraram os meus eu fui até ela. Quando me sentei vi as meninas rirem.

— Não liga não, só estão assim porque já sabem – ela falou me empurrando um prato de ovos mexidos e torrada. – Seus preferidos não são?

— Exatamente – respondi e ela sorriu.

Ficamos sentados lado a lado, tomando o café da manhã, até que no segundo seguinte os rapazes chegaram.

— Então Pontas, seu “surto” melhorou com a presença da Lily? – perguntou Sirius.

— Com certeza – respondeu Lily antes que eu pudesse pensar em algo – Está com inveja?

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— Não, mas lembre-se que se vocês casarem, eu vou morar nem que seja embaixo da escada. – ele falou e ela sorriu.

— O James vai ter que escolher entre você e eu, se for assim – ela falou e todos me encararam.

— Sinto muito, Sirius! – falei e todos caíram na gargalhada

— Filho da mãe. - ele xingou ainda sorrindo – Que bom que eu ainda posso ir pra casa da Marlene.

— Minha casa não é abrigo de animais – ela retrucou e ele fechou a cara enquanto todos riam – Ai gente, isso não é bom?

— O quê? – perguntou Dorcas

— Todos os casais passam bem – ela falou abraçando Sirius.

— Não queima meu filme – ele falou tentando se separar das garras de Lene.

— Vou queimar a sua cara, se eu souber que está se esfregando com alguma cadela por ai – ela respondeu – Então que tal irmos para a aula?

Quando chegamos à aula de Defesa Contra as Artes o professor nos mandou formar um circulo, no qual ele ficou ao centro.

— Bom pessoal hoje nós vamos aprender o feitiço do patrono – ele falou – Ou seja, a aula de hoje será pratica.

—_... É um feitiço defensivo que conjura um patrono, um ser mágico feito de energia positiva que toma a forma de um animal prateado, único para cada bruxo. É a única defesa conhecida contra Dementadores e também para as Mortalhas-Vivas. Para conjurá-lo, é preciso concentrar-se em um pensamento positivo. – ele explicou e Lily levantou a mão pedindo para falar – Sim, senhorita Evans?

— Gostaria apenas de acrescentar que muitos bruxos, inclusive os adultos não conseguem produzir um verdadeiro patrono, muito só produzem um escudo ou um fio de luz prateado. – ela falou e ele sorriu em aprovação – E existe um bruxo chamado Andros, que consegue produzir seu patrono em forma gigante.

— Correto, senhorita Evans – ele falou – Então eu quero que vocês se concentrem e depois digam Expecto Patronum em alto e bom som sem suas varinhas, daqui alguns minutos vocês poderão tentar com as varinhas. Estamos entendidos?

Todos nós ficamos treinando a entonação correta para o conjuramento, depois de alguns minutos, o professor voltou ao centro e conjurou o feitiço. Uma rajada de luz prateada se lançou pela sala e depois tomou forma de um cavalo.

— Isso é um patrono corpóreo – ele falou – Ele é a personificação do seu eu interior, a sua alma e a sua essência, por isso cada patrono tem uma forma para cada bruxo. E com isso, quem conseguir produzir um patrono corpóreo premiara sua casa com 50 pontos, se não conseguirem tenham calma, com o tempo vocês conseguiram. Sem neura e vamos lá!

Todos nós tentamos firmemente conjurar o feitiço, e eu estava focando em varias memorias ao mesmo tempo e nenhuma parecia funcionar. Até que institivamente me lembrei do dia em que eu finalmente pude estar em paz com Lily e o mesmo instante um feixe prateado saiu da minha varinha e aos poucos foi tomando forma e se transformou em minha forma animaga: um cervo grande e com galhadas longas. Fiquei paralisado o encarando e ele me olhava fixamente.

Outro jato prateado se lançou pela sala e um grande cão tinha invadido a sala. Olhei para Sirius e ele ria com um olhar de orgulho no rosto. Lily até então parecia atordoada e desinquieta ao meu lado.

— Vamos, tente Lírio – falei e ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas e repetiu a tentativa. E no segundo seguinte um jato saiu da ponta de sua varinha no qual tomou forma de uma corsa. Lene deu um gritinho e Remo olhou assustado.

— Minha nossa, meus parabéns aos três – disse o professor aplaudindo e encarando meu patrono e o de Lily que estavam próximos, como se acolhessem um ao outro – Se as pessoas não soubessem que vocês dois se odeiam, poderíamos levantar uma hipótese de que vocês são complementares.

— Complementares? – perguntei

— Sim, especificamente dizendo vocês poderiam ser almas gêmeas – ele falou ainda encarando – Mas, vocês são James Potter e Lily Evans, então deveria dizer que é mera coincidência. Cinquenta pontos para cada um de vocês, Potter e Black devo acrescentar que me espanta saber que os piores alunos em questão disciplinar são os melhores em feitiços.

— Somos homens de vários talentos, professor – disse Sirius sorrindo, guardado a varinha no bolso fazendo com que assim seu patrono sumisse – Inclusive para confusões.

— Ótimo, vocês estão liberados – disse o professor – Daremos sequência na próxima aula.

Assim que ele falou Lily pegou sua bolsa e saiu correndo sem falar com ninguém. Nem eu e muito menos o restante do pessoal conseguiram entender o que aconteceu.

Não a vi o resto do dia, e a noite eu fui até o dormitório feminino, porém não obtive resposta. Logo depois, Lene me chamou no dormitório masculino e disse que ela estava falando algo sobre o cervo. Antes de dormir Remo me entregou um papel e disse que era uma carta de Lily. E ao ler o papel eu desesperei e vi que nessa noite eu mal conseguiria dormir. Reli diversas vezes para ver se meus olhos não me enganavam, mas todas as vezes que eu o lia continuava escrito com sua caligrafia fina e delicada:

Se quiser que fiquemos juntos, me conte exatamente tudo sem mentiras.