The Marauder's Map

Uma decisão!


Acordei no dia seguinte com um peso a menos no ombro, assim que em levantei encontrei Sirius já arrumado e Remo ainda deitado.

— Invertemos os papeis? – perguntei e peguei uma almofada a jogando em Remo – Acorda Aluado, pelo que eu sei lobisomens não dormem eternamente.

— Vá à merda – ele respondeu tacando a almofada em mim de novo – Sirius que horas você entrou?

— Acho que um tempo depois do Pontas – ele respondeu

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— Como não te vi?

— Você não anda nas masmorras, e quando eu cheguei você já estava dormindo – ele falou dando um sorrisinho e depois ficou serio – Alias, você brigou com a Evans ontem?

— Não, tudo o que eu fiz foi não brigar com ela ontem – falei e me lembrei da sensação de ontem. – Por quê?

— Bem, quando Lene e eu chegamos ela estava com o rosto bastante vermelho, como se estivesse chorando e estava agindo de forma estranha – ele falou – Depois disse que hoje no intervalo conversaria com você, e depois subiu correndo.

— Estranho – disse Remo – E Jay o que você fez com ela que não é brigar?

— Bem, a gente... – comecei a dizer, mas pensei se ela realmente acharia certo eu dizer – Mais tarde eu conto.

— Caralho, que suspense – gritou Sirius – Agora vão se arrumar porque eu estou com fome.

Assim que terminamos de nos arrumar descemos para o café da manhã, quando chegamos Pedro não estava lá, e depois de algum tempo ele apareceu, como se tivesse brotado do esgoto.

— De que pandemônio você saiu diabo? – comentou Sirius e ele apenas sorriu em resposta.

— Bom dia amorzinhos – alertou Emmeline – Sirius, eu fico feliz m você ter feito as pazes com a Lene.

— Eu pedi desculpas, mas isso não significa que estamos em paz – ele falou e Lene sorriu.

— Afinal das contas, o Sirius não gosta da calmaria – ela falou e ele a encarou .

— Bom dia pessoal – disse Lily que acabara de chegar. Ela se sentou do lado oposto, porem de frente para mim – Bom dia James.

— Bom dia lírio – respondi de volta e ela sorriu – Dormiu bem?

— Não muito – ela falou ficando com o rosto completamente vermelho.

— Pelas sungas de Merlin, vocês estão conversando como um casal! – berrou Lene – O que aconteceu entre vocês?

— Nada, não aconteceu nada – disparou Lily demonstrando todo o seu nervosismo – Só estamos conversando porque somos amigos, e ao contrario de você e Sirius nós gostamos de paz.

— James? – disse Lene com um olhar acusador

— A Lily respondeu exatamente o que aconteceu. – respondi.

Continuamos conversando, e percebi que Lily nem sequer tocou nas torradas que estava a sua frente. Eu me levantei, fui até o pessoal da frente e peguei uma tigela de morangos com amoras e entreguei para ela.

— Obrigado – ela falou com um sorriso de orelha a orelha – Não sei como agradecer.

— Simples – falei e ela arregalou os olhos – Você já disse obrigado. – ela sorriu e foi um sorriso devastador. Eu não estava conseguindo lidar com essa proximidade, ainda mais depois de ontem.

— James, vamos? – chamou Sirius – A não ser que você queira ficar aqui bajulando sua namoradinha “pimentinha”.

— Pimentinha? – ela perguntou

— Sim – ele falou com a maior cara de pau – Vermelha, arde, e dependendo do tempo de contado pode ser perigosa – ele disse sorrindo e todos caíram na gargalhada, inclusive Lily.

— Até que faz sentido – ela respondeu meio às gargalhadas.

— Vamos – falei me levantando e Lily subiu sobre a mesa e segurou meu braço assim que eu dei as costas – Pois não, senhorita?

— É que eu preciso conversar com você – ela falou – No intervalo me encontre na arvore do lago. Onde você e os meninos sempre ficam.

— Está bem – falei e ela sorriu.

Antes de sair, lembro-me de ouvir Lene, bater palmas enquanto Emmeline cantarolava “Tá namorando, tá namorando”. Estava tão distraído, que nem percebi que Remo falava comigo, até que ele me deu um soco no braço.

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— Ai! – resmunguei

— O que tá rolando entre vocês? – ele falou – James, somos seus melhores amigos, e estamos te acompanhando nessa relação a séculos. Então não minta pra nós.

— Calminho Aluado! – falei levantando as mãos em sinal de rendição – Só estamos nos dando bem, apenas isso. Trabalhamos juntos na monitoria, e assim estamos nos dando bem.

— Você é frouxo – disse Sirius ficando de frente pra mim – Lene disse que a Lily só precisa de que puxem a alavanca, e você passa a noite inteira ao lado dela sem ao menos pressionar ela contra a parede e beija-la. Isso não é agir errado, e demonstrar sentimento. Ainda mais quando a Pimentinha é indecisa.

— Mas isso é errado... – começou Remo

— Vá se fuder Aluado, você só pegou as meninas que ficou porque chegou junto e lascou um beijo nelas. – respondeu Sirius – E Pontas, você sempre fazia isso, e não é porque você quer se casar com a Evans que esse método não pode ser usado.

— Casar? – perguntei – De onde tirou essa ideia?

— James Potter não me faça socar sua cara! – ele gritou e umas pessoas no corredor olharam assustadas – Você rabisca J&L em todas as mesas, pergaminhos, provas, paredes e cadernos. Então não me venha com esse papo furado. Você mesmo disse que a Lily será a futura e nova senhora Potter.

— Eu a beijei ontem – falei e ele calou a boca no mesmo instante – Estão felizes? Agora eu vou ir pra aula, passar bem e bom dia.

Assim que eu entrei na sala Sirius veio correndo e se sentou ao meu lado, e os outros se sentaram na carteira da frente e se viraram pra trás.

— Quando pretendia nos contar? – perguntou Pedro

— Depois que eu conversasse com ela – respondi – Mas e você Pedro, já beijou alguma menina?

— Quem ia querer beijar uma coisa dessas – zombou Sirius – Acho que nem a mãe dele o dá beijinhos de boa noite.

— A sua mãe também não faz isso com você Sirius – retrucou Pedro

— Não por eu ser feio, e sim por ser diferente – ele respondeu dando um meio sorriso.

— Voltando ao assunto Jily – disse Remo

— Sem chances, ela acabou de chegar – disse Sirius apontando pra porta.

Assim que olhamos elas passaram sorrindo, e Lene apontou dedo pro Siirus.

— Quero nem saber o que vocês estavam planejando. – disse Dorcas sorrindo

...

Eu desci imediatamente para sombra da arvore próximo ao lago. Aquele lugar era importante na minha vida estudantil, meu primeiro beijo foi ali, o único dia em que Lily fora gentil comigo no terceiro ano também, e principalmente o dia em que eu humilhei o Ranhoso também fora ali. Mas esse último dia não era muito bom, foi confuso, uma amizade que parecia “inabalada” havia se corrompido e se Remo não tivesse me impedido todos teriam visto a bunda do Ranhoso.

Assim que me aproximei vi que Lily estava sentada de costas para onde eu estava e estava completamente aérea olhando fixamente para o lago. Dei a volta sobre a árvore, e quando me aproximei a dei um susto.

— Buu! – falei e ela estremeceu.

— Idiota – ela falou sorrindo de volta, e pegou sua capa e a colocou sobre os ombros.

— Está com frio? – perguntei me sentando ao seu lado

— O vento bate no lago e assopra frio aqui por perto – ela explicou e eu sorri.

—Bem, do que vamos conversar?

— Sobre ontem – ela falou se virando para o lago novamente – Jay, eu devia ter correspondido.

— Por que não? – perguntei – Lírio, se você me dissesse o que sente seria mais fácil.

— O que eu sinto? – ela perguntou parecendo perplexa – Eu não sei o que sentir em relação a você. James eu te odiava pelo que fazia, mas ao mesmo tempo eu gostava do modo no qual leva sua vida, sem se importar com o que os outros achavam e sempre tento resposta pra tudo. Você sempre teve um péssimo comportamento, mas sempre teve as melhores notas. Eu não entendo você, e ainda menos entendo o que eu sinto por você.

— Lily...

— Você sempre esteve em foco e eu nunca imaginei que um dia na minha vida eu ficaria em duvida sobre o como agir estando perto de você. Já tem um tempo que eu estou te analisando e desde então mal durmo por sua causa – ela falou parecendo estar zangada – Eu gostei de você quando te conheci, mas então você começou a sacanear com o Sev, e eu não conseguia me permitir gostar de você, eu não podia! Eu estava sempre um passo a frente, tomando decisões pra me livrar desse medo, só que hoje eu acordei e sentir algo diferente...

— Eu queria saber se você conseguiu dormir pensando no nosso beijo, eu queria saber se você tinha gostado e principalmente eu tentei afastar de mim a sensação de que quando eu o visse você já estaria nos braços de outra. – ela falou abaixando a cabeça e eu percebi que ela estava a ponto de chorar – Me desculpa por ter te chamado aqui pra ficar falando disso mais James, eu não consigo demonstrar meus sentimentos a você tento medo.

— Medo de quê Lily? – perguntei me aproximando

— De ser só mais uma – ela falou me encarando, e eu senti uma dor no peito quando vi que ela estava chorando.

— Lily não chora, e me desculpa se eu não deixei explicito o suficiente de que eu amo você, amo seu jeito, seu estilo. Penso em você antes de dormir, e meu coração bate mais forte toda vez que você chega perto. Quando você vai conseguir perceber isso?

— James...

— E se for preciso eu desenho; que eu amo você, que eu quero só você – falei – Lily jamais você será só mais uma, porque você é única! – E depois de ontem, bem isso só me fez me sentir renovado, e acendeu novamente a esperança que eu tinha em te mostrar que é você que eu quero.

Assim que fechei a boca ela me abraçou, logo levantou o olhar e ficou me encarando, tomei a liberdade de me aproximar e beijar o seu rosto, e quando eu estava a caminho de sua boca, ouvi um barulho e ela rapidamente se separou. Assim que me levantei vi que mais a frente Snape subia correndo rumo ao castelo.

— Será que ele ouviu? – ela perguntou

— Acho que não – respondi sorrindo ao me virar pra ela – E se tiver ouvido quem se importa? – brinquei e ela ficou séria. – Desculpa.

— Tudo bem – ela falou sorrindo

— Lily posso te fazer outra pergunta? – falei e ela assentiu – Você quer ir a Hogsmeade comigo novamente?

— Quer mesmo que eu responda?

— Sim.

— É claro que sim – ela falou dando um baita sorriso – Acho que será nosso compromisso dos fins de semana.