— Para de reclamar Almofadinhas! – guinchei e ele me mostrou dedo. Já tinha meia hora que ele estava reclamando sobre dores no corpo.

— Você só diz isso porque não foi você que levou umas mordidas e muito menos foi lançado nas pedras – ele reclamou de novo – E tudo isso por quê? Porque sua namoradinha é curiosa e sabe- se lá o que ela estava fazendo fora da cama.

— Ela deve ter bons motivos Sirius! – disse Remo, finamente despertado de sua forma lupina – James você tem certeza que eu não a machuquei?

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— Sim eu conferi cada milímetro dela – respondi pegando minha mochila – Pelo menos ela não estava com nenhum ferimento visível.

— Que bom que nada de ruim a aconteceu! – respondeu Remo sorrindo

— Mais aconteceu comigo e nenhuns de vocês estão preocupados! – gritou Sirius – Eu sou mal compreendido, ignorado, violentado, excomungado e ninguém se importa.

— Tadinho do pobre Almofadinhas – zombei e ele fechou a cara – Chega de palhaçada, mas temos que arrumar uma maneira de não sermos ‘seguidos’ ou incomodados mais.

— Verdade, já é a segunda Lua cheia seguida que temos companhias desagradáveis – disse Sirius.

— Desagradáveis? – gritei – Lily não é nada desagradável.

— Mais é inconveniente! – ele respondeu – Se ela ao menos estivesse indo pra Floresta pra liberar geral pra você eu não me importava, agora se colocar em risco? Eu sinto muito mais isso é desagradável sim.

— Não vamos brigar por isso né? – disse Remo – Concordo com o James, precisamos criar algo para não sermos incomodados.

— Tipo o que? Um mapa? Um feitiço? – perguntou Pedro

— Mapa? – gritou Remo

— Não é uma má ideia! – respondi – E se criarmos um mapa que mostra todos em Hogwarts e todos os meios de sair e entrar no castelo?

— Assim saberíamos qual lado à barra tá limpa e poderemos desviar o caminho caso alguém queira nos seguir novamente. – canalizou Sirius. – Perfeito!

— E quando poderemos começar a fazer isso? – perguntou Remo

— Hoje depois das aulas – falei

— Tem como ser lá pras 23hrs? – perguntou Sirius – Eu tenho uns assuntos pra resolver depois do jantar.

— Tudo bem, nós começaremos sem você e depois daremos continuidade. – falei.

— Vamos temos algumas aulas pra seguir hoje. – disse Remo sorrindo

— Vai ir mesmo pras aulas hoje? – perguntei e ele assentiu

— Quero me certificar que a Lily realmente está bem. – ele falou sorrindo fraco.

— Caraca, tô achando que você tá a fim de furar os quatro olhos do James, Remo! – disse Sirius sorrindo

— Não, não, não! Jamais faria isso! – explicou Remo – Gosto dela com certeza, mas é como amiga. E sou completamente a favor do relacionamento “impossível” entre ela e o James.

— Vou calar suas bocas um dia, quando ela estiver encima do altar dizendo sim pra mim. – falei

— No dia que você sonhar isso de novo nos conte – disse Remo rindo

Fomos para aula de Transfiguração e a Professora McGonagall estava falando alguma coisa sobre bruxos que se transformam em objetos. Lily estava de cabeça baixa, praticamente em outro mundo e Lene que estava sentada ao seu lado parecia inquieta. Lily respirou fundo e levantou a mão.

— Senhorita Evans, qual a duvida? – perguntou a professora

— Professora fugindo um pouco do tema tratado eu tinha uma coisa simples para perguntá-la – ela fez uma leve pausa e a professora a ordenou que seguisse com sua pergunta – Existe alguma chance de animais criarem uma conexão um com o outro? Digo animais de naturezas distintas terem um comportamento dócil um com o outro.

— Até onde eu sei não minha querida – respondeu a professora – Acho que sua duvida será melhor esclarecida com o professor Kettleburn, isso se os animais forem de mundo mágicos, como lobisomens, dragões.

— Sim senhora, muito obrigado! – ela respondeu – E se no caso fossem animagos?

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Meu santo Merlin lança um raio na minha cabeça, por favor! Porque diabos ela tinha que dizer sobre animagos. Meu coração parou rapidamente de bater quando ela disse isso e a julgar pela cara do Sirius ele também estava quase em colapso.

— Ai sim, eu poderia ajuda-la. – respondeu a professora sorrindo – Mas essa opção pode ser vetada, pois não existem outros animagos em Hogwarts.

— E se eles entrarem nos domínios pela Floresta? – falei

— Seriamos avisados de qualquer maneira, Hagrid ou até mesmo as criaturas da Floresta já teria nos informado – disse a professora. – agora se não se importam eu vou continuar a minha aula. Responderei qualquer duvida depois do horário.

A aula felizmente acabou rápido, Lene sugeriu que fossemos para o Grande Salão. Sentamos próximos e Lily continuava quieta.

— Lily está tudo bem? – perguntou Remo

— Potter onde você foi ontem? – ela perguntou ignorando completamente o que Remo disse.

—Que horas? – perguntei

— À noite, você e Black saíram da cama depois do horário permitido e saíram rumo aos jardins – ela falou – Onde vocês se meteram?

— Então foi isso que aconteceu ontem? – gritou Lene

— Fomos ao Hagrid! Só isso. – respondi e ela balançou os braços – E como sabe que fomos rumo ao jardim, nos seguiu?

— Sim eu os segui! – ela falou ficando séria – E me meti em problemas.

— De qual tipo? – perguntou Sirius

— Do tipo que um lobisomem me atacou, e se não fosse por um cervo ter me tirado de lá eu não sei se nem eu e muito menos o cão que estava lá também teria sobrevivido. – ela falou e as meninas arregalaram os olhos

— Então foi por isso que você ficou falando a noite toda de um tal de cervo magnifico – falou Emmeline – Lils acho que seu sonho foi tão realista que você tá achando que aconteceu.

— EU NÃO ESTOU LOUCA! – ela gritou – Os meninos acabaram de assumir que foram até a cabana do Hagrid. Eu já falei que isso aconteceu, porque não acreditam em mim?

— Eu acredito em você. – falei e ela me encarrou

— Não preciso que você fique com pena. – ela respondeu.

— Lily se lembra da lenda de Hogsmeade? – falei e ela arregalou os olhos – Um cervo, um cão, um lobo e um rato, sempre caminham juntos em noites de Lua Cheia.

— Sim, eu sabia que aquilo não é comum – ela falou parecendo feliz e curiosa – Eu sabia que não podia estar louca, os moradores de Hogsmeade tem razão, os animais realmente existem.

— Mais se eles se comecem... – começou Dorcas – Porque estaria brigando. Eles são amigos, porque o lobo e o cão estariam brigando.

— O cão tentava me proteger. – ela respondeu

— Lobisomens só oferecem perigo para os humanos, e comum o caso de ataque em animais, a não ser que seja por defesa – respondeu Remo.

— Sim, mas o cervo ele era tão... – ela disse – Tão familiar.

— Familiar? – todos exclamaram juntos.

— Sim os olhos dele, eu já os vi em algum lugar – ela falou e eu abaixei o rosto – E ele tinha umas voltinhas em torno dos olhos.

—Qual a cor dos olhos dele? – perguntou Sirius com um tom maroto

— Castanho- esverdeados! – ela respondeu pensativa – Eram lindos, e o modo que ele me olhava parecia que em conhecia.

— Lily acho que você está apaixonada por esse animal – zombou Marlene

— Eu vou voltar a procura-lo – ela falou – Nem que seja a ultima coisa que eu faço na vida, mas eu vou acha-lo.

...

Depois do jantar subimos para o dormitório, e lá ficamos esperando por Sirius. Quando ele deu o ar de sua graça acompanhado da senhorita Mckinnon, nós já tínhamos anotado o que seria necessário para criar o mapa.

— Pegue ai três folhas de pergaminho – pediu Sirius se sentando na cadeira depois de ter se certificado que ninguém estava por perto. – Agora vamos desenhar cada detalhe que conhecemos de Hogwarts.

— E se faltar algum lugar? – perguntou Pedro

— Acrescentamos depois de passearmos com a capa do Jay. – disse Remo

Sirius e eu ficamos longos momentos desenhando cada parte da escola. Logo depois enfeiticei nossas penas para que as coisas fossem um pouco mais rápidas.

— Agora feitiço de detecção! – disse Remo

— Homonculous! – falei e rapidamente – E que tão colocarmos um feitiço pra repelir quem não gostamos.

— Tipo quem? – perguntou Pedro

— O Ranhoso, o bunda mole do Diggory talvez! – respondeu Sirius sorrindo

— O Ranhoso com certeza, já o Diggory não é necessário – respondi – Afinal ele vai se formar esse ano mesmo.

— Beleza! – disse Remo sorrindo.

Ficamos lá terminando de fazer pelo menos o necessário para principio, afinal teríamos que lembrar cada uma das passagens de Hogwarts para Hogsmeade. Embora nem sempre usássemos todas, às vezes era necessário quando o Filch ficava perambulando pelo Castelo.

— E se colocarmos dicas, do que fazer para poder entrar em cada uma das passagens e também para usar o mapa? – sugeri

— Pra quem? – perguntou Sirius

— Todos aqui sabemos que o Pedro é idiota, e com certeza ele vai esquecer algumas coisas, principalmente o que fazer pra usar o mapa – respondi e Pedro ficou vermelho, já Remo e Sirius caíram na gargalhada.

— Se for o caso, eu acho isso uma ótima ideia – confirmou Remo meio a gargalhada.

Continuamos inserindo mais coisas e detalhes no mapa, e a cada passo que dava eu me orgulhava de nossos feitos. Podiam dizer o que quer que fosse de nós, exceto que éramos leigos em questões magicas. Diga- me que tipo de adolescente com 15 anos se torna animago, sem a ajuda do Ministério? E que tipo de adolescente cria um mapa mais incrível que já existiu no mundo? Sim, só podia ser os Marotos mesmo.