Para Sempre
Capítulo 17 — Até breve!
Manuela Agnes.
Liguei para a minha mãe e expliquei toda a história. Ela disse que Isabela tinha voltado para casa com uma desculpa, mas que iria conversar com ela. Na aula senti a falta do Omar também. A Sabrina disse que ele tivera outro compromisso, mas deduzi que tenha ido atrás da Isabela.
— Conseguiu falar com a Isa? — Téo fazia a mesma pergunta durante toda a manhã.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Não Téo, mas minha mãe disse que ela estava em casa quando liguei pra ela... — Olhei em seu rosto. — Mas ainda não entendi porque tanto mistério disso...
— Não é mistério... Os últimos dias têm sido difíceis... Tanto pra você quanto para ela. Aí acabei nem falando nada.
— Pois é... — Ficamos em silêncio. — Você vai ficar quanto tempo lá?
— Não sei... O tempo suficiente para eu me recuperar da cirurgia e voltar com visão.
Isabela Junqueira.
Estava deitada em uma das camas do quarto, abraçada a uma almofada e molhando ela com lágrimas que caíam de meus olhos.
— Isa? — Minha mãe entrou no quarto e fechou a porta. — Posso falar com você?
— Pode... — Disse entre soluços.
— Sei que você fugiu da aula e só deixei porque entrou chorando, e a Manu me explicou o que aconteceu. Bom... Quer desabafar?
— Eu terminei com o Téo... — Isso me fez chorar ainda mais.
— Mas por que, filha? Você e ele são tão lindos juntos!
— Ele prefere a Manuela, mãe. Sempre preferiu.
— Que bobagem, Isa. — Ela soltou um riso tímido.
— Ele anda estranho comigo desde que ela voltou. Isso não é só uma coincidência.
— Filha, você tem que entender que eles são melhores amigos. Quando a Manuela foi sequestrada ele ficou muito mal, até compôs uma música. Quando você voltou, ele se interessou, aprendeu a gostar de você. Você deve estar vendo coisa demais, talvez seja outra coisa!
— E por que ele está me evitando, mãe? Na escola ele gritou comigo, me enfrentou... Foi horrível.
— Como assim te enfrentou?
— Ele escutou uma parte da conversa e achou que eu estava com ele por pena, mas não é isso... Nunca foi. Eu sou uma idiota, ninguém me ama. — Olhei para a minha mãe. — To falando de menino mãe. — Virei de novo.
— Filha, olha pra mim. — Olhei. — Você precisa aceitar o amor dos outros! Eu sei que você sofreu por muito tempo. A Regina fez gato e sapato com você, com seus sentimentos. Mas eu estou aqui... Tenta esquecer o que aconteceu, é para o seu bem. Desde que tudo aconteceu você só chora, se isola fácil e se decepciona com as pessoas. A maioria das brigas é temporária e você leva a sério. Isso te machuca demais!
— Como você sabe?!
— Não importa... Todos te amam, apesar desse seu jeito difícil! Só quero que aprenda a lidar com as suas dores, por favor. Detesto te ver assim.
— Desculpa.
— Não precisa pedir desculpa, eu estou aqui para te ajudar e só quero o seu bem! — Ela secou minhas lágrimas. — Assim que a aula terminar o Téo vai vir aqui e vocês conversam e se entendam...
HORAS DEPOIS...
Manuela e Téo estavam conversando na sala, bem animados e rindo. Fiquei observando eles por um tempo, e ouvi o que falavam.
— Você tem certeza que vai fazer isso? — Manuela perguntou séria.
— Tenho sim Manu! — Ele sorriu.
— Téo? — Perguntei da porta do quarto. Manuela se virou e sorriu.
— Isa! — Ela me abraçou, mas não correspondi. — Vou fazer a lição no quarto, qualquer coisa é só me chamar... Depois passo pra você, tá?
— Aham. — Disse seca.
Ela saiu e fechou a porta. Sentei ao lado do Téo, o olhando. O clima estava estranho, ninguém dizia nada. Até que eu quebrei o silêncio:
— Sobre o que você quer falar?
— Você tem certeza sobre o que disse na escola? — Ele perguntou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fiquei em silêncio.
— Desculpa Isa, eu não queria ter te chateado nem causar tudo isso... Me perdoa por favor. — Colocou a mão em minha cintura e me puxou para o seu ombro. — Gosto de você bravinha, não triste...
— Bobo! — Ele sorriu depois disso. — É claro que eu te perdoo, eu exagerei na dose dessa vez...
— Não tem problema. — Sorri. — Juntos de novo?
Ele balançou a cabeça e dei um beijo em sua bochecha, mas pude perceber que ele estava um pouco desanimado.
— O que aconteceu?
— Amanhã eu vou viajar. Vou ficar umas semanas fora!
— E porque só me disse isso agora?
— Eu ia falar, mas não deu muito certo... Estamos de bem, então?
— Sim...
Téo passou suas mãos pelo meu rosto de forma delicada e foi passando pelo cabelo. Ele fechou os olhos — talvez para se sentir confortável. — e aproximou sua boca a minha e nos beijamos. Um beijo delicado, mas longo. Aos poucos, nos afastamos.
— Não vou deixar de ligar para saber como está! — Disse antes de se levantar.
— Obrigada Téo.
O acompanhei até a porta e ele foi embora. Tínhamos voltado, mas amanhã ele iria viajar...
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