Caminhos

Perfeita para mim - Regina


Emma estava longe de ser um ser humano perfeito, mas contraditoriamente ela era perfeita para mim, como se antes mesmo de nascemos tivéssemos sidos feitas uma para a outra, havia um encaixe em tudo... então mesmo sendo cheia de defeitos, Emma era sim perfeita para mim.

Eu beijei seu rosto com calma... beijei o canto dos seus lábios do mesmo jeito... entreabri os olhos apenas para encarar sua boca, que estava ali perfeitamente me esperando para mais um perfeito beijo... mas eu não estava com pressa, queria apenas sentir tudo aquilo com muita calma, queria saborear todo que aquele primeiro encontro poderia nos proporcionar, então em vez de beijar sua boca com toda a minha vontade que estava transbordando por todos os lados, eu apenas a selei e me afastei.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Emma sorriu me fazendo sorrir... aquela coisa de sorrir o tempo todo era tão... tão louca para mim... era tão estranho me sentir tão bem em sorrir e sorrir e sorrir... eu amava sorrir para ela e amava vê-la sorrir.

— Vem! – Emma levantou em um pulo e estendeu a mão para mim, eu sorri ainda mais, peguei em sua mão e levantei. – Vamos dançar... – Me puxou para longe das almofadas.

— E você sabe dançar, Emma?

— Isso importa? – Ela me envolveu pela cintura colando nossos corpos.

— Se vamos dançar... sim?!

— Ah, mas é fácil... é só balançar para lá e para cá – Ela começou a me guiar sem jeito. – Como nos filmes.

— Claro... estamos fazendo igualzinho, Emma... – Eu ri do jeito desengonçado que estávamos nos balançando. – Vamos tentar assim... – Eu coloquei sua mão em meu ombro e tomei seu lugar segurando em sua cintura para lhe conduzir. – Eu não sou a pessoa mais indicada para isso, mas pode funcionar... – a apertei mais forte colando ainda mais nossos corpos. – Seja eu, Emma... – Falei em seu ouvido ao começar a conduzi-la.

Eu estava longe de ser uma dançarina, mas dava para fingir que sabia pelo menos um pouco.

E como em tudo que fizemos, ali não foi diferente, o encaixe foi perfeito e como eu havia pedido, Emma tinha se tornado eu, eu tinha me tornado Emma... erámos apenas uma enquanto dançávamos ao som que tocava ao fundo.

O silêncio das palavras deu liberdade a uma simples conversa de nossos corpos, onde a cada passo, a cada encaixe, a cada atrito meu corpo esquentava ainda mais. Eu queria aproveitar sem pressa, mas ao mesmo tempo meu corpo pedia pressa... e aquele desequilíbrio entre a vontade de ter Emma junto a vontade de prolongar as cosias, só me deixavam ainda mais feliz e encantada com tudo aquilo.

Beijei a curva do seu ombro a fazendo soltar o ar com força... e tive que sorrir ao ver seus pelos arrepiarem. Sem puder, querendo ainda mais, passei minha língua pelo seu pescoço até chegar em seu ouvido. Nada tinha acontecido, nem a beijado eu tinha ainda e eu já estava completamente encharcada de desejo.

Emma era a única que fazia meu coração bater desregulado daquele jeito, mas não era só aquilo, existiam outros efeitos que somente ela causava... e um deles era a minha excitação, que se eu não me controlasse eu sabia que transbordaria apenas com um beijo.

Em meio a dança peguei a mão de Emma e posicionei na lateral de minha coxa, afastei um pouco meu rosto e encarei seus verdes que estavam em chamas. Sem dizer nada em palavras fui subindo sua mão enquanto subia também o meu vestido.

Minha calma era tão contraditória ao meu corpo que pulsava e pulsava. E a maneira com que Emma me encarava era de dar água na boca.

Guiei sua mão até abaixo do meu umbigo na entrada de minha calcinha. Molhei meus lábios e encarei os seus, ela tinha a boca levemente aberta junto com sua respiração tão alterada quanto a minha, o que fazia nossos hálitos se misturarem em apenas um.

Todas as suas vontades refletidas em seus olhos... na verdade era como se Emma fosse o reflexo de tudo que eu estava sentindo... a tal perfeição sendo esfregada na minha cara.

Fechei meus olhos e enfiei sua mão dentro da minha calcinha, fazendo tanto eu quanto ela soltarmos o ar em um gemido sincronizado.

— Está sentindo? – Perguntei em seu ouvido completamente tomada de prazer. – Só você me deixa desse jeito... – fechei os olhos ao sentir seus dedos se moverem lentamente – como você consegue isso, Emma? – seu nome saiu como um gemido de minha boca.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ela molhou os próprios lábios enquanto tentava manter os olhos abertos ao escorregar seus dedos em mim... sua cara de prazer ao me sentir era a coisa mais deliciosa do mundo... e aquilo era meu, somente meu.

Com calma ela retirou sua mão da minha calcinha, me fazendo olhar em seus olhos que sorriam para mim, segurou nas barras do meu vestido que estava levantado até minha cintura e o tirou pela minha cabeça.

Emma se afastou levemente e encarou meu corpo, com luxúria e carinho, sorriu tão gostoso que me deixou ainda mais excitada. Ela voltou a se aproximar, segurou em minha cintura e fui me levando para trás.

— Deita. – Ordenou sedutoramente em meu ouvido.

Deitei sobre as almofadas ao chão a espera de Emma, que por sua vez não veio até mim de imediato. Com a mesma calma que ela tirou sua mão de minha calcinha e o meu vestido em seguida... ela tirou o seu também, deixando-me completamente encharcada ao tentar decorar todo o seu corpo em apenas segundos... que foi o que levou para ela vir até mim, se deitar ao meu lado e me encarar por alguns longos e maravilhosos segundos.

Como eu havia feito, ela olhou em meus olhos e vagarosamente conduziu minha mão pelo seu corpo até sua calcinha. Emma foi até meu ouvido e o lambeu no mesmo instante em que colocou minha mão em seu sexo, me fazendo ter a certeza que ela estava tão transbordada quanto eu.

— Você também é a única que me deixa desse jeito... – Sussurro em meu ouvido.

Senti seu prazer latejar em minha mão junto ao seu gemido abafado, sorri com aquele som perfeito, tirei minha mão e segurei em sua nuca... encarei sua boca e a beijei como a queria ter beijado desde o momento em que chegamos naquele local.

Um beijo que junto a tudo em mim transbordava sentimentos e sensações... aquele beijo era meu e era perfeitamente delicioso. Seu gosto era meu. Seus sons eram meus. Suas mordidas eram minhas. Suas mãos passeando em meu corpo eram minhas. Suas emoções eram minhas... Emma era minha... e eu a amava... sim eu a amava.

Cheguei a gemer entre o beijo ao ter a certeza que amava Emma Swan... e aquela certeza me deixou ainda mais forte... me deu o vigor para lutar por ela e pela família que já éramos... eu ia amar aquela mulher por completa, corpo, alma e coração.

Emma subiu em cima de mim e sem parar de me beijar, tirou meu sutiã e o seu em seguida. Ela desceu seus beijos por meu pescoço, tórax até chegar em meus seios e se deliciar... me deliciar... nos deliciar...

Seus beijos molhados e quentes foram descendo cada vez mais... sem pressa, com vontade, com desejo, com tesão... me tirando gemidos e me fazendo aperta-la quase o tempo todo.

Emma beijou meu sexo sobre a calcinha e olhou para mim com aquela cara gostosa que quase me fez desabar... tirou minha calcinha com tanta calma que eu cheguei a encara-la com a cara levemente fechando fazendo-a rir de mim.

Eu queria aproveitar tudo ao máximo, mas eu já não estava mais aguentando. Me sentei, puxei Emma para perto, troquei de lugar com ela a deitando, tirei sua calcinha de uma só vez e fui para cima dela já beijando sua boca do mesmo jeito que antes... sentindo a textura e o sabor, que me faziam querer aquilo para todo o sempre.

Minhas mãos intimas do seu corpo, assim como as suas do meu, tudo que tocávamos nos deixava ainda mais entregues, seu corpo era perfeito, seu gosto era perfeito, sua pele na minha era perfeita, seus rebolados eram perfeitos, seus gemidos eram perfeitos, seu olhar era perfeito... estar com Emma era perfeito.

Entre todos os beijos, mordidas e lambidas, encaixamos nossos sexos um ao outro de uma forma tão única, que eu cheguei a ficar sem ar... Emma chegou a ficar sem ar... eu havia imagino que seria algo mais que especial, mas não chegou nem perto de ser como eu achei... a forma com que nos conectamos... a forma com que nossos sexos dançavam em maestria... foi indescritível... foi... como magia. Não tinha como ser outra coisa além de magicamente perfeitas uma para a outra. Eu conseguia sentir o que ela sentia junto a tudo que eu estava sentindo... foi uma conexão tão... tão extraordinária que eu juro ter experimentado sermos uma só, literalmente uma só naquele vai e vem mais que gostoso.

Suor escorrendo por todos os lados, nossos sexos escorrendo algo além de prazer, beijos selados, beijos demorados, beijos pelo rosto, beijos pelo corpo... gemidos hipnotizares, gemidos abafados, gemidos falados... junto as expressões de Emma que eu jamais esqueceria em minha vida.

A sensação que eu tinha era que estávamos imersas em magia, magia poderosa... prazerosa. Nossos movimentos eram captados por mim de uma forma irreal... seu vai e vem junto ao meu parecia quase câmera lenta, mas ao mesmo tempo era sentido em aceleração.

Emma me abraçou tão forte quanto eu a abracei no instante em que chegamos juntas ao extremo no nosso momento de amor... que foi também no mesmo instante em que algo de dissipou de nós... algo mágico... foi como quebrar uma maldição... foi como se o que sentimos no ápice no prazer tivesse explodido para fora de nós.

— Eu te amo. – Falamos juntas no segundo seguinte ao êxtase.

Não soltamos do abraço, apenas nos aconchegamos para ficamos ali, sentindo uma a outra enquanto recuperávamos minimamente nossas respirações.

Enquanto eu ouvia as batidas do coração de Emma, eu apenas pensava o quanto ela parecia o meu lar, mas de uma forma que nem mesmo quando criança eu havia sentido aquilo, era mais que confortável, era como estar deitada em um mar de amor, estar sendo abraçada por um universo inteiro de amor.

— Você sentiu... aquilo... – Emma perguntou ao olhar em meus olhos e me encher ainda mais de amor.

— Eu senti muitas coisas, querida... – Falei em tom de brincadeira ao passar a mão em seu rosto.

— Quando... – Ela fez um movimento com as mãos que imitavam algo como uma bomba, o que me fez rir. – Foi tipo... uma explosão...

— Sim... – Minha voz estava tão mansa que nem sabia que existia.

— Foi... – Ela olhou para o teto com seu sorriso lindo, mas voltou a me olhar – foi tipo, magia... – eu apenas afirmei com a cabeça, o que a fez me encarar por alguns segundos e mostrar em seus olhos todo o seu amor por mim. – Você é tão linda, Regina, tão perfeita... e eu te amo tanto... – beijou minha testa e apertou o abraço.

— Eu também te amo, Emma... muito... – Selei seus lábios com vontade.

Emma me amava, eu a amava, nós nos amávamos e aquilo era mais que magico, éramos nós.

O que começou com meu selinho demorado se transformou em um beijo quente e cheio de intenções maravilhosas. Eu tinha acabado de experimentar a melhor coisa da minha vida e tudo que eu queria era provar mais e mais, repetidas vezes.

Ao lamber e chupar todo meu pescoço, Emma foi até meu ouvido e falou tão sedutora o quanto queria me lamber inteira, que eu apenas soltei um gemido e me entreguei completa a ela.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

E mais uma vez em uma conexão perfeita, Emma me fez ir as estrelas, eu fiz Emma ir as estrelas. Fizemos aquilo, uma, duas, três vezes... não tinha como querer parar, era maravilhoso demais para pensarmos na possibilidade de dar uma pausa. Se o mundo lá fora não soubesse que existíamos, eu tinha certeza que faríamos aquilo por dias e dias.

— Eu... – Emma começou a falar deitada ao meu lado com a respiração completamente alterada. – estou com tanta sede... – ela me olhou com aquele sorriso torto – e com tanta fome...

— Eu também... – Confessei com o mesmo sorriso que o dela e sentei – acho que podemos parar um pouco para nos alimentarmos. – Estendi a mão para ela, que aceitou e sentou junto a mim. – O que quer comer?

— Além de você?!... – Ela deu de ombros ao falar com naturalidade, descontraída e tão fofa que eu mordi de leve o seu ombro que estava próximo a mim. – Sanduiche? Pizza? Macarrão? Lasanha?... eu comeria qualquer coisa...

— Tá... – Sorri ao pensar em algo. – São que horas? – Perguntei no mesmo instante em que fiz meu próprio celular aparecer em minha mão. – Quatro e quarenta da manhã... – Nos olhamos surpresas com a hora, para mim ainda eram no máximo uma e meia. – O que acha de comermos algo leve como... – Eu fiz uma cesta de frutas surgirem.

— Frutas? – Ela me olhou levemente decepcionada.

— Não faz essa cara! – Sorri ao ver que ela fez um bico ainda maior. – É serio! – Peguei em seu rosto e beijei sua boca, mas logo soltei. – Se comermos muito agora não vamos conseguir tomar café da manhã com todos aqueles que nos esperam em casa.

— É verdade... – Ela suspirou a contragosto. – Então arruma pelo menos um chantilly

Fiz o chantilly surgir junto a jarra de água.

Bebemos quase toda a jarra e começamos a comer...

O que era para ser uma pausa para um lanche se tornou algo ainda mais gostoso. Nos sentamos uma de frente para outra, suas pernas entrelaçadas em mim, assim como as minhas em Emma.

Em um momento completamente nosso, divertido e único, demos frutas uma na boca da outra... Emma encheu sua boca com chantilly e me beijou me sujando todo o rosto. Riamos enquanto nos beijávamos, nos beijamos enquanto riamos... Ficamos ali apenas contemplando aquele momento até começar a esquentar tudo novamente.

Dentro daquele lugar era difícil ter noção de tempo e espaço, então depois de nos amarmos mais algumas vezes eu tive que ir ver a hora... Eu era sim dona da cidade, eu estava sim tendo o melhor momento da minha vida, mas era segunda-feira, eu precisava ter o mínimo de responsabilidade.

Olhei a tela do celular que marcavam seis e seis. Mostrei a tela para a Emma que resmungou ao virar de costas.

— Vamos, querida, precisávamos ir. – Falei ao me aproximar e beijar seu ombro.

— Não quero! – Ela se virou rapidamente ao me abraçar com firmeza – Eu quero ficar aqui...

— Eu também! É tudo que eu mais quero!

— Então pronto, a gente falta o trabalho hoje e ficamos aqui até amanhã de manhã. – Eu ri da forma que ela falou e me soltei com carinho.

— É serio, Emma... precisamos trabalhar, precisamos dar atenção ao nosso filho, precisamos voltar para casa...ou você esqueceu a quantidade de hospedes que temos?

— Voltar para casa porque temos hospedes... – Ela repediu com um sorriso tão fofo que me segurei para não deitar ao lado dela novamente. – Falou como se eu morasse com você. – Seu jeito foi ainda mais encantador, o que me fez levantar, dar as costas, soltar o ar com meu sorriso estampado e voltar a encara-la.

— Levanta! – Eu exigi com amor já procurando por minha roupa.

Nos vestimos entre beijos e ameaças em tirar a roupa, mas conseguimos sai do cofre um pouco antes das sete.

— Calma! – Emma pediu ao ver que eu nos levaria para casa com magia. – O que acha de irmos andando, comprar o café da manhã no Granny’s e levar para eles em casa?

— Mas é longe... vai demorar.

— Então leva a gente até ali... – ela pensou – perto da loja do Gold.

— Porque não direto no Granny’s?

— Perto da loja do Gold! – Insistiu sorrindo.

— Está bem, Emma! – Revirei os olhos, mas sorri e nos levei direto para lá.

Emma olhou ao redor me fazendo fazer o mesmo. Algumas lojas abrindo, pessoas andando... ainda não era o horário que mais tinha gente na rua, mas já havia um bom movimento.

Ela me olhou com tanta tranquilidade e carinho, que eu sorri e prendi minha vontade de beija-la. Emma sorriu de volta e pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos fazendo meu coração ir a boca.

— Você quer mesmo fazer isso? – Perguntei ao olhar para nossas mãos e logo voltei aos seus olhos. Ela afirmou com a cabeça, beijou minha mão, sorriu me passando tranquilidade e me puxou para andarmos.

As borboletas em meu estomago voavam com tudo dentro de mim. Eu estava nervosa por estar de mãos dadas com Emma, feliz por estar com ela e encantada com aquele sentimento de ter o mundo inteiro em mim. A segurança que vinha de Emma era tão grande que eu estava mais que orgulhosa ao ter todos aqueles olhares em nós.

Todos pararam para nos olhar, literalmente pararam... por onde passamos as pessoas pararam e nos encararam de bocas abertas, algum apontando, outros cochichando... não era a primeira vez que eu tinha todos os olhares, mas era a primeira vez que eu me sentia tão maravilhada com tal situação... era a primeira vez que eu passeava com o meu amor pelas ruas da minha cidade.

— Ora, ora... – Rumple nos parou na porta do Granny’s, nos analisou e sorriu – Vejo que finalmente a Salvadora cumpriu seu papel.

— O que? – Perguntei sem entender.

— De quebrar a maldição... – Eu e Emma o olhamos sem entender, o que o fez dar a volta por nós com aquele sorriso idiota dele, parar ao nosso lado e dizer em tom baixo. – A real maldição, queridas... a que estava em seu coração... – Falou diretamente comigo – Seu coração negro...

Emma tinha o olhar confuso, mas ao mesmo tempo me dizia que estava tudo bem, que agora tudo ia ficar bem. Sorrimos uma para outra e ameaçamos entrar quando Rumple chamou nossa atenção novamente.

— Ah! Parabéns! – E deu as costas indo embora.

Emma ia perguntar algo sobre o que ele tinha dito, mas eu a interrompi negando com a cabeça que deu de ombros com aquele sorriso gostoso nos lábios.

Abri a porta o Granny’s e mais uma vez todos que estavam lá pararam de fazer o que estavam fazendo para nos olharem com aqueles olhos arregalados por terem Regina Mills e Emma Swan de mãos dadas e sorridentes.

— Bom dia! – Emma cumprimentou a todos completamente descontraída e me puxou para o balcão.

Eu estava envergonhada, mas era aquela vergonha gostosa de quando a gente está apaixonado e a pessoa diz o quanto você é linda... e suas bochechas ficam quentes e você tem vontade de beijar a pessoa, mas não tem coragem mesmo sabendo que a pessoa te beijaria o tempo todo... era daquele jeito completamente bobo que eu estava me sentindo.

— Me corrija se eu estiver errada... – Ruby começou ao se aproximar com seu bloco em mãos. – Mas vocês não são as da outra realidade e sim as daqui, certo? – Nós apenas afirmamos felizes com a cabeça. – Uau! – Ela sorriu feliz! – Operação Coruja concluída com sucesso! – Sorrimos e afirmamos, eu estava mesmo muito feliz e queria que todo mundo soubesse daquilo. – Bem o que vão querer?

— Café da manhã completo para sete pessoas! – Emma quem respondeu.

— Vão dar uma festa!? – A voz de Charming veio de trás de nós – E não nos chamaram?

— David! Mary Margaret! – Emma os cumprimentou feliz ao abraça-los, o que fez ambos acharem aquele afeto estranho. – Bom dia! – Ela disse após o abraço.

— Bom dia! – Snow e Charming falaram juntos para nós duas, eu apenas sorri em cumprimento.

— Vamos levar o café para os que ficaram em casa, querem ir comer com a gente? – Emma perguntou espontânea e feliz fazendo o casal maravilha me encarar com duvidas.

— Querem? – Sorri em paz para eles.

— Vocês estão na rua desde ontem... – Snow começou ao nos analisar, mas sorriu engraçado se cortando. – Não, não preciso saber dos detalhes... Mas fico feliz em saber que mesmo depois da confusão que Emma se meteu ontem o encontro tenha sido bom.

— Mais que bom, pela cara de delas. – Charming comentou brincando. – Deveríamos ter apostado isso! – Ele falou diretamente com Snow.

— Para você perder de novo?! Eu ia adorar!

— Vocês podem parar, por favor? – Emma perguntou quase rindo. – Estamos aqui, na frente de vocês!

— Desculpa. – Eles pediram como crianças.

— E ai, vocês vão querer tomar café da manhã com a gente? – Eu perguntei.

Aquela coisa de ser feliz era mesmo muito estranha e ao mesmo tempo muito maravilhosa. Onde e em que mundo eu chamaria os Charmings para tomarem café da manhã comigo em minha casa... na verdade o momento era aquele e o mundo era o meu... o mundo onde eu amava Emma e estava começando a aceitar que talvez... só talvez os Charmings não fossem tão chatos assim.

— Será um prazer! – Snow quem respondeu sorrindo diretamente para mim. Um sorriso cheio de carinho e afeto, um sorriso que eu não tinha dela havia muitos e muitos anos. – Mas antes preciso ir ao banheiro, não aguento mais fazer xixi o tempo todo... – Reclamou feliz ao passar a mão em sua barriga que nem dava para ver ainda.

Enquanto Emma pediu mais dois cafés da manhã para viagem, Snow se retirou para ir ao banheiro, já David pediu licença para ir até a mesa de um conhecido.

Olhei ao redor e mesmo que em disfarce todos ainda prestavam atenção em nós, e aquilo não me incomodou, não me deixou aflita, ou ansiosa... eu estava feliz e em paz... uma paz tão grande que eu poderia abraçar o universo com todo o meu amor.

— Acho que posso me acostumar com isso. – Falei ao lado de Emma próximo ao seu ouvido.

— Com o que, exatamente? – Ela se virou para mim.

— Ser feliz com você. – Respondi daquele jeito meio tímido a fazendo sorrir grande e linda.

— Eu te amo! – Emma sorria largo e negou levemente com a cabeça como quem não acredita em algo bom. – Eu te amo! – Repetiu ao pegar em minha nuca, me puxar e selar minha boca. – Eu te amo... – Falou mais uma vez com a testa colada na minha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Nove cafés da manhã completos! – Ruby falou com um sorriso na voz ao colocar tudo na bancada ao nosso lado, nos fazendo encara-la e rir. – Tenham um bom dia!

Olhei rapidamente para as pessoas que dessa vez ficaram em total silencio, mas ao me verem encara-las voltaram a fingir que não estavam prestando atenção em nós. Eu ri daquilo e me aproximei de Emma lhe abraçando pela cintura e colando minha boca em seu ouvido.

— Eu também te amo, querida. – A encarei com carinho e selei sua boca como ela havia feito comigo, aquilo era a melhor coisa do mundo e eu estava orgulhosa de mim, orgulhosa de Emma, orgulhosa da gente.

Ao chegarmos em minha casa, achei que todos já estariam de pé, mas o silencio só provou o contrário.

Encaminhei Snow e Charming para a sala de jantar, mostrei onde ficavam as coisas além do que havíamos trazido para comer e subimos para acordar os outros e trocar de roupa.

Fomos até o quarto onde Sarah e Elise estavam e ele estava vazio. Emma me olhou confusa.

— Ué?! – Ela questionou.

— Podem estar no outro quarto. – Fomos até ele abrirmos e nada.

— Talvez no de Henry? – Fomos até lá e nada, não tinha ninguém, meu coração apertou, mas lembrei que eles já haviam dormido na sala de TV antes.

— A sala de TV! – Fui quase correndo até lá.

Ao abrir a porta havia uma grande cama improvisada ao chão, mas diferente da outra vez, apenas Henry dormia nela.

Emma me olhou aflita e meu coração foi a boca, elas poderiam estar no outro quarto de hospedes com as mães ou poderiam ter ido dar uma volta... eu tentei pensar em qualquer coisa que não fosse o fim... tentei manter a calma e respirei fundo. Ao me acalmar peguei na mão de Emma apenas para lhe mostrar que eu estava ali, que estávamos juntas de verdade, sorri para ela, soltei o ar e fui até Henry, nosso pequeno príncipe dormido no meio daquela grande cama improvisava.

- Henry, querido... – Eu me ajoelhei ao seu lado colocando a mão em seu braço. Emma por sua vez se ajoelhou do outro lado e passou levemente a mão em seus cabelos, mas nada disse. – Vamos, Henry, está na hora de acordar. – Acariciei seu braço para que despertasse.

Aos poucos ele foi abrindo os olhos e se espreguiçando, fazendo Emma e eu sorrir com aquilo... ele era mesmo nosso.

— Bom dia, garoto. – Emma o cumprimentou assim que ele a viu. – Dormiu bem? – Ele resmungou junto a um sorriso e mais uma espreguiçada.

— Já passou da hora de levantar, querido...

— Bom dia, mães! – Henry disse manhoso fazendo meu coração se encher ainda mais de amor.

— Bom dia, pequeno príncipe. – Passei a mão em seus cabelos.

— As meninas já levantaram? – Perguntou ao sentar.

— Bem, aqui elas não estão... e nem nos outros quartos... na verdade ainda não vimos no meu, nem no que as mães estavam hospedadas.

— Estranho... – Henry fez a mesma cara aflita que Emma, fazendo meu coração se apertar ainda mais. – Dormimos todos aqui, incluindo Emma e Regina... e antes de dormimos, Sarah, Elise e eu combinamos de quem acordasse primeiro acordaria o outro... será que?... – Ele não completou ficando ainda mais preocupado.

— Vamos... – Emma quem levantou primeiro nos encorajando. – Vamos procurar por elas... – Sorriu para nós dois ao estender ambas as mãos.

Fomos até o outro quarto de hospedes e não havia ninguém... só restava o meu para conferir e como todos os outros estava vazio.

— Elas...elas... – Henry estava verdadeiramente triste.

— Eu não sei, querido... – Peguei em seu queixo – Não vamos nos precipitar, ok? Vamos descer que seus avós estão ai... lá em baixo eu ligo para elas... vamos...

Snow e Charming estavam sentados a mesa, mas ela não estava posta como achei que estaria.

— Aconteceu alguma coisa? – Emma ao ver que os dois sérios.

— Achamos isso na cozinha... – Snow empurrou o pequeno Globo de Neve sem nada dentro em nossa direção. – Com esse envelope e... – Colocou junto ao Globo.

Emma quem pegou o envelope já retirando o que tinha dentro, se aproximo de mim e abriu a carta para lermos juntas.

“Balance o Globo”

Sem pensar duas vezes, peguei o Globo de Neve sobre a mesa e o sacudi.

É claro que não era um Globo comum... luzes começaram a sair de dentro dele, o que me fez o colocar sobre a mesa a espera do resultado final.

Aquele pequeno objeto era nada menos que um portador de um holograma magico, que aos poucos deu forma e cor a primeira vez que eu as vi. Não tinha som e nem era exatamente tudo, mas eu pude ver com clareza a minha cara ao ter aquelas duas intrusas a minha frente. A imagem logo mudou para elas vendo Emma pela primeira vez. Depois pulou para Henry... e assim várias e várias imagens sem sons foram contando toda a trajetória daquelas duas semanas.

Rever tudo aquilo foi... doloroso e ao mesmo tempo maravilhoso... e eu chorei... é claro que eu chorei... chorei sem vergonha, chorei sem medo, chorei de alegria e de saudades que elas deixariam.

As imagens das lembranças se foram dando lugar a uma Sarah e uma Elise meio transparentes sentadas a nossa frente.

— Eu queria tanto ter tido a oportunidade de me despedir descentemente. – Sarah tinha a voz levemente chorosa, já Elise estava com a cabeça afundada em seus braços sobre a mesa. – Mas confesso que achei que teríamos mais tempo, pelo menos mais um dia... – Sarah afagou as costas da irmã, que respirou fundo e levantou o rosto limpando as lagrimas.

— Não tem porque chorar! – Elise falou mais para si do que para nós. – Nós sentimos a magia... – Ela fez igual a Emma com as mãos imitando uma bomba. – E está tudo bem agora... vocês estão bem... e nós... nós temos que ir... – Ela prendeu o choro.

— Eu amei tudo que vivemos... nós amamos tudo que vivemos... E jamais vamos esquecer vocês...

— Porque não é todo mundo que tem a oportunidade de juntar as próprias mães. – Elas se olharam cumplices e sorriram.

— Não é todo mundo que tem o privilégio de acompanhar e ajudar essa linda história de amor que vocês são... – Sarah completou Elise.

— E não é todo mundo que tem a chance de participar de uma real operação com seu irmão mais velho, só que mais novo e ainda ver tudo dando certo! – Elise sorriu, mas deixou uma lagrima descer.

— Então... se a porta surgiu e nós temos que partir, é porque nós duas agora somos sementes aqui...

— Eu disse que só iriamos quando vocês estivessem prontas e mesmo sem uma confirmação em palavras e um ultimo abraço de todos vocês... eu sinto em mim, que o final feliz está aqui.

— Eu amo vocês. – Sarah sorriu confiante.

— Eu também... eu amo vocês. – Elise abraçou a irmã de lado, juntas elas deram tchau e sumiram fazendo o Globo de Neve voltar a ser apenas um pequeno objeto.

Henry veio até nós e nos abraçou... um momento único, magico e inesquecível, algo que apenas eles minha família poderia me proporcionar. Eu amei aquelas meninas como se fossem minhas e o que vivemos naquelas duas semanas jamais seria esquecido, mas diferente de como achei que seria, eu não estava devastada e triste por elas terem partido, eu estava me sentindo completa e feliz. Porque eu tinha Emma e Henry e eles eram minha família, o meu final feliz.

Henry separou do abraço com os olhos marejados... na verdade todos naquela sala estavam emocionados, o que deu a Emma a liberdade de abrir os braços para Snow e Charming fazendo eles também se juntarem a nós... É... meu final feliz incluía aquele casal maravilha e eu sorri ao me sentir feliz com aquilo.

— Bem... – Emma começou assim que todos se separaram – Vamos tomar café que eu estou faminta! – Ela passou a mão em seu rosto limpando qualquer vestígio de lágrimas e sorriu para todos.

— Vamos. – Eu peguei em sua mão e encarei seus olhos que diziam o mesmo que os meus “eu te amo” sorrimos uma para outra e trocamos um beijo rápido que fez nossa pequena plateia nos aplaudir.

Henry que já tinha se separado do abraço voltou rapidamente a nos abraçar.

— Eu amo muito vocês!

— Nós também, garoto! – Emma beijou sua testa.

— Muito! – Eu fiz o mesmo.

— E-e... eu estou muito feliz por sermos uma família de verdade agora! – Ele apertou o abraço, mas voltou a nos olhar – Obrigada por serem as melhores mães do mundo! – Apertou novamente, mas soltou já indo em direção a uma cadeira.

Eu queria chorar, mas não chorar de tristeza ou de dor, eu queria chorar de alegria de amor... Eu queria que o mundo pudesse sentir toda aquela maravilha que estava dentro de mim, meu coração nunca esteve tão feliz como naquele momento em que tive a certeza que ali era o meu lugar, o meu lar... o meu real final feliz...

Sentamos a mesa, juntos de verdade pela primeira vez... e tivemos o nosso primeiro café da manhã em família... o primeiro de muitos que viriam pela frente.

— Agora que seus pais foram deixar Henry na escola e já estamos atrasadas para o trabalho, o que acha nos atrasarmos só mais um pouquinho? – Perguntei ao abraça-la por trás e beijar seu pescoço.

— Querida, nós temos que ter responsabilidade, não é porque somos prefeita e xerife que podemos ser negligentes assim... – Ele fez uma voz engraçada, repetindo o que eu tinha dito em meu cofre, riu em seguida e se virou me abraçando de frente. – É claro que eu quero em atrasar um pouco mais. – Sorriu feliz ao distribuir vários beijos em meu rosto.

— Eu te amo, Emma. – Falei baixinho em seu ouvido.

— Eu te amo, Regina. – Disse antes de beijar minha boca fazendo todo aquele turbilhão surgir.

FIM