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Era uma tarde fria e chuvosa. No prédio fachada, quase todos estavam de folga. As investigações em cima do caso Kira não iam bem. Há um tempo Kira não atacava, e por isso quase não possuíam novas pistas. Já haviam descoberto como Kira agia, através do Death Note. Um caderno aparentemente comum, exceto pelas palavras brancas contrastando com o negro que envolvia a capa do caderno. Era tudo o que eles sabiam, por mero descuido do segundo Kira (que havia suspeitas sérias de que fosse Amane Misa). No prédio, restavam apenas L, melhor detetive do mundo e atual ‘cabeça’ do caso, junto ao seu ‘parceiro’ no caso. Yagami Raito. Estavam na sala principal do prédio, lado a lado nos computadores, pesquisando. L com suas roupas de costume, uma blusa branca de mangas compridas e uma calça jeans azul clara. E excepcionalmente um par de meias brancas. Raito estava com uma blusa preta de mangas longas, porém mais justa que a de L, uma calça jeans e um par de meias pretas. Estavam lá há algumas horas, apenas com o som das teclas e de papéis folheados. L então se levanta, dizendo enquanto coçava a perna esquerda com o pé direito, e apoiava as mãos na cintura fina.

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– Raito-kun... Vou subir e beber um chocolate quente...

– Eu vou lá com você então... – Raito olhou para ele com um sorriso sutil – É meio chato ficar sozinho aqui...

– Hum... Certo...

Raito se levantou indo ao encontro do detetive, que já havia começado andar se muita vontade de esperar pelo outro garoto. O Yagami seguia com os braços cruzados, em silêncio pelos corredores azulados e com pontos escuros devido as pesadas gotas de chuva que colidiam contra o vidro. Este era o único e absoluto som. O som da chuva. Eles andaram até a cozinha. Um ambiente – absolutamente sem graça – como o resto do prédio. Com exceção dos quartos, mais customizados. Era branca com móveis da mesma cor, embora hoje estivesse azul devido à iluminação. O garoto de cabelos negros foi até a geladeira, pegando uma caixa de leite e algumas barras de chocolate, e deixando sobre o balcão. Após um pigarro, Raito sentou em uma cadeira e passou a observar L.

– Precisa de ajuda? – Dizia como que por obrigação, não que realmente quisesse ajudá-lo. Claro.

– Aham, preciso sim. – L apontou para o armário enquanto colocava o leite em uma máquina estranha – Pegue os marshmallows e... Deixe-me ver... Ah, sei lá, escolhe alguma coisa legal... E doce pra colocar...

– Ok...

Com certa relutância Raito levantou e parou ao lado de L, pegando no armário um pacote colorido com alguns bichinhos muito feios desenhados, e com marshmallows no interior e uma lata de leite condensado, deixando ao lado de L. O garoto olhou e abriu o pacote de doces e despejou uma quantidade... Exagerada na máquina estranha.

– Abra. – Disse apontando para a lata.

– Tá. – Raito começava a se aborrecer, mesmo já acostumado com o jeito do detetive.

Começou a procurar um abridor de latas nas gavetas e armários. Quando quase atirava a maldita lata contra a cabeça do garoto, este o olhou com certo desdém. Os orbes negros o refletiam, e sua mão se ergueu, e um de seus pálidos e finos dedos apontou um abridor mecânico de latas.