Heart of stone

Capitulo 10


Katherine Cullen


As três figuras a minha frente caíram levando as mãos a cabeça. Sem entender o que estava acontecendo recuei esbarrando em alguém. Virei-me para encarar a garota que mantinha os olhos nas pessoas que agonizavam no chão. Seus cabelos pretos e compridos iam um pouco abaixo dos ombros, usava um vestido florido, um pouco acima dos joelhos. Mantinha o cenho franzido concentrada. Engoli seco, sem saber direito o que fazer. Devo confessar que me surpreendi por não ser atingida pela dor, afinal estava ligada a Dean, tudo o que acontecia com ele, também aconteceria comigo.

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— Precisa sair daqui – disse a mulher, ainda sem tirar os olhos deles – Corra o mais rápido que puder para o aeroporto, não consigo mantê-los assim por muito tempo.

— Quem é você ? – tive de perguntar, minha curiosidade era maior do que o meu medo – E porque está me ajudando?

— Devo favores à sua família – respondeu, sem desviar os olhos – Sou uma bruxa, isso é tudo que precisa saber. Agora vá!

Talvez isso explicasse o fato de que não estava na mesma situação do que eles, era uma bruxa, e provavelmente conseguia controlar o que poderia ou não acontecer com a ligação. Lancei um ultimo olhar para Dean, que mesmo se contorcendo de dor, tinha os olhos presos em mim. Corri, em velocidade paranormal para fora da escola, chegando no aeroporto quinze minutos depois. Uma senhora se aproximou de mim olhando-me fixamente.

— Tudo bem? – perguntei para a mesma.

— Como é o seu nome? – me perguntou.

— Katherine – franzi o cenho, não entendendo onde queria chegar.

— Seu voo sai em menos de cinco minutos – disse – Sua tia já preparou tudo.

Assenti para ela, não sabendo se poderia confiar. Os alto-falantes anunciaram o voo e tive de correr, agradecendo brevemente a senhora.

A viagem foi realmente um tedio, tive sorte de não demorar mais que duas longas horas. Não pensei em nada do que havia acontecido naquele lugar, pensei apenas na minha família e em como estariam. Sentia muita falta deles, mas não me arrependia de ter viajado à procura de Dean. Eu realmente precisava de explicações, e ainda não as tinha. Não podia desistir tão fácil assim.

(...)

Os braços de Renesmee se alojaram em volta do meu corpo, em um abraço apertado e cheio de saudades. Alice e Jasper foram me pegar no aeroporto e depois viemos até a casa dos meus pais, onde passaria a noite até decidir se continuaria ali, ou na mansão dos Cullen. Todos os olhares estavam presos em mim, tentando achar qualquer tipo de arranhão, mas não havia nenhum. Eu estava bem e sabia que isso era um alivio para eles.

— Eu quero tanto matar você – Alice disse, me abraçando novamente.

— Ela pode fazer isso sozinha, Alice – Renesmee falou – Era isso que estava tentando fazer até agora.

— Não, mãe – rolei os olhos – Estava atrás de respostas.

— Não podia ter nos contado o seu plano? – Jacob perguntou, sabia que estavam me repreendendo.

— Não – falei – Vocês não deixariam.

— Então não deveria ter feito, docinho – ele tocou a ponta do meu nariz, como fazia quando eu ainda era criança. Sorri para isso.

— Alice – chamei – Podemos, dar uma volta?

— Vai tentar se matar? – ela perguntou e eu rolei os olhos novamente – Vamos lá, passeio em família.

— Onde vão? – Bella perguntou.

— No máximo até a praia – respondi indo em direção a porta – Preciso saber mais sobre a bruxa.

Andamos em silencio, até uma distancia onde sabíamos que não nos ouviriam. E então finalmente começamos a falar. A reserva estava vazia, afinal ainda era muito cedo para que as pessoas já começassem com suas atividades rotineiras.

— O nome dela é Camile – ela começou – Nós conhecemos ela a algum tempo e sabemos que tem poderes incríveis.

— Ela disse que deve favores a nossa família. O que isso quer dizer?
— Salvamos Camile da morte algumas vezes – Alice disse, olhando diretamente para o chão – Dos Volturi para ser mais específica.

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— O que os Volturi tem haver com isso? – perguntei, sentindo os meus pés entrarem em contato com a areia da praia.

— Eles a usavam – respondeu – Utilizavam do poder dela e a mantinham prisioneira.

— Ela é uma bruxa, poderia muito bem se livrar deles – franzi o cenho.

— Além de Camile também mantinham a filha dela em cativeiro, uma forma de mantê-la sob o controle deles.

— Hum – suspirei – Alice, Camile conseguiria desfazer a ligação?

— Eu não sei, Katherine – disse – Não sei como funciona, mas podemos perguntar.

— Mayra disse que só ela é capaz, pois ela quem fez o feitiço – falei – Mas não sei se confio.

Ouvimos algumas risadas de longe e aos poucos o barulho foi se aproximando, dando uma visão de duas pessoas saindo da floresta. Ambas riam e conversavam sobre algo que eu não conseguia decifrar. Senti o olhar de Alice pesar sobre mim, e encarei-a.

— É o Paul? – eu sabia a resposta – Quem é a garota?

— Lucy – disse – Nova na matilha.

Me mexe desconfortável voltando a encara-los.

— Muita coisa mudou desde que foi embora, Katherine.