Dummkopf

Honestidade Italiana


Era um dia importante, era um dia para se esforçar. Sabia que haveria reuniões cansativas e que seria um dia pesado, então deveria dar o melhor que pudesse para que tudo em seu poder saísse bem.

Espreguiçou-se sentindo os lençóis escorregarem pela sua pele, sensação agradável de que não abria mão, e rolou até ficar com a barriga para baixo. De alguma forma olhou em volta, mesmo que seus olhos costumassem ficar fechados, e suspirou.

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– Veee~

Itália sentou na cama macia bocejou com toda preguiça de que dispunha, mas se esforçou para levantar logo. Esforçou-se para sair da cama e andou até o banheiro onde tomou seu demorado banho. Tudo ia bem, fazia apenas duas horas que acordara, ainda devia ser uma hora da tarde, então tudo estava bem.

Vestiu seu uniforme azul e penteou o cabelo. Saltitou alegremente até o lugar em que podia realmente ser útil: a cozinha.

Precisava dar o seu melhor. Preparou a massa, esmagou e temperou os tomates, usou água e verduras frescas. Levou um bom tempo, mas finalmente conseguira terminar sua pasta. Então pegou batatas e fez como Alemanha o ensinara. Descascou as batatas, preparou as linguiças e fez o currywurst que o melhor amigo tanto gostava.

Aproveitou toda a sua disposição e caprichou o máximo que pôde. Japão estava com questões internas no momento, então não deveria voltar até o final da semana. Itália ficou aliviado, não conseguia fazer aquele arroz pegajoso de forma alguma e Japão sempre dava um jeito de não experimentar.

Aproveitou que ainda tinha algum tempo e pegou o gato que costumava passear por lá no colo. Ele era gordo, macio e temperamental, mas fazia barulhos adoráveis e costumava entreter Itália quando este estava só.

– Vee~

– Meow!

– Veeeee~

– ... MEOW.

– Veeeeeeeeee~

O problema daquele gato era ser tão rápido. No momento em que Itália ouviu a porta o gato o arranhou tão rápido que nem percebeu. Sentiu a macia pele de seu rosto arder e um pouco de sangue escorrer quando o gato pulou e fugiu pela porta recém-aberta.

Itália tremeu ao erguer a mão em direção ao rosto por medo de doer mais e apenas começou a chorar. Interrompeu brevemente ao sentir a conhecida - e pesada - mão sobre seu ombro.

– Itália, o que você fez? Para de chorar, ei, deixa eu ver!

– Doitsu, Doitsu! - Choramingou - O gatinho... Ele me venceu...

– Você tem que parar de provocar esse gato, Itália.

Como sempre, a voz dele era firme e ele parecia irritado, mas Itália sabia que estava preocupado, apenas se expressava muito mal. Como ele mesmo às vezes. Alemanha foi até o banheiro e voltou com um quite de primeiros-socorros em mãos, já preparando água oxigenada e algodão para limpar o pequeno machucado no rosto do pequeno Itália.

– Você tem que parar de chorar, suas lágrimas vão piorar o machucado! - Falou claramente aborrecido.

– V-vão? - Por incrível que pareça, dizer que ficaria pior de fato piorou a situação. Por medo de piorar Itália começou a chorar mais, e por saber que isso pioraria o choro tomou ar de culpa e continuou ainda pior que antes.

– ... Verdammt. *

Usando um algodão para conter as lágrimas do menor, e outro para limpar o machucado (arrancando do ferido exclamações de dor em meio aos soluços tristonhos), Alemanha conseguiu enfim fazer um curativo. Suspirou cansado encarando o garoto com seus olhos azuis e então afagou seus cabelos com a mão direita. Era um caso perdido.

— D-desculpa, o gato era mais forte! - Choramingou.

— ...

Suspirou ainda mais pesadamente que antes, apenas repetindo o gesto de afagar os cabelos escuros de Itália. Puxou o garoto e, desajeitadamente, o abraçou mantendo o afago. O menor quase sumia em seus braços e se ajeitava confortavelmente ali, era agradável.

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— Já foi. Pare de aborrecer aquela droga de gato, Itália.

— T-tá bom... - Abraçou Alemanha de volta ainda choroso - Eu fiz pasta... E aquela coisa de linguiça que você me ensinou...

— Fez? Então vamos comer, Itália.

Veneziano olhou para cima e viu o maior sorrir brevemente antes que sua expressão se forçasse de volta àquela emburrada de sempre. Riu mais animado perdendo a vontade de chorar e levantou, abrindo os olhos âmbares para o alemão.

— Doitsu, Doitsu, você é o melhor e eu amo você!

Não sabia se era pela surpresa de ver o italiano com os olhos abertos ou pelo que dissera, mas o maior ficou com o rosto vermelho e levantou abruptamente segurando o menor pela parte de trás do casaco azul para que o erguesse e carregasse até a cozinha.

— Você fala coisas estranhas Itália! - Rosnou, mas parou ainda com o garoto suspenso no ar e o aproximou de seu rosto, dando um breve beijo em sua testa - Mas eu também amo você, dummkopf.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.