Piratas espaciais na Vila Pinguim

Durante os eventos em que os piratas do espaço buscavam reunir as sete esferas do dragão, Goku arranjou um trabalho depois de anos treinando e lutando, para a felicidade de sua esposa Chichi. O cara que já lutou contra Vegeta, humilhou Freeza, ajudou Gohan no treino para encarar Cell e que matou Kid Buu agora vivia pacatamente como agricultor. Bom, por incrível que pareça ele se sentia mais cansado trabalhando do que lutando.

— Goku, Goku! Hora do almoço. Querido!

O homem abriu os olhos e saiu do trator. Foi correndo feito uma criança pegar doce, ou seja, comer muito. Ele estava vestido como homem do campo e não usava o seu uniforme laranja.

— Ah ainda bem. Eu estava morrendo de fome!

Goten saboreava o prato feito com atum, legumes, sopa e muito mais. Observava o pai devorar a quarta remessa em poucos minutos. Com certeza Goku levaria um restaurante à falência em pouquíssimo tempo.

— Nossa, estou satisfeito. Amor, obrigado pela comida. Estou satisfeito.

— Agora volte para o trabalho e não perca mais tempo.

— Chichi tenha calma. Acabei de comer. Vai me dar uma indigestão.

— Alguém vem vindo — disse Goten saindo da mesa e indo para fora da casa. Os pais do garoto o acompanharam para fora. Realmente viram uma pessoa se aproximar. Piccolo chegou depois de voar quilômetros. O homem verde decidiu se encontrar com Goku depois da breve luta com os alienígenas. Era um recado a ser dado para o sayajin.

— Quer dizer que esses caras vieram reunir as esferas do dragão e que eles são da mesma raça do Freeza? Não me importo nem um pouco. Deixe que eles reunam e vão embora.

— Goku, você fala bobagens. Como podemos ficar tranquilos enquanto piratas espaciais vagam pelo planeta em busca das esferas? Não pensa que eles podem ter os mesmos desejos que Freeza?

— Isso não posso afirmar. Não os conheço e não sei as intenções deles.

— Goku, o Kuririn ligou. Disse que está vindo — disse sua esposa.

Goku achou melhor esperar o amigo chegar para falar a respeito disso. A princípio não estava disposto a confrontar os visitantes, mas quem sabe mais pra frente.

...

Frozen, Hail e Sarboc finalmente chegaram ao local da próxima esfera. Era um local bem diferente da Terra e mais parecia ter saído de uma história de desenhos animados. Viam animais como gatos, cachorros etc falarem como os humanos, objetos como um pedaço de cocô com vida... Era a Vila Pinguim.

— Vamos nos separar. Assim ficará mais fácil encontrar a esfera nesta cidade — disse Frozen que já havia ficado menor de tamanho.

— Se alguém encontrar, qual será o aviso para os outros dois? — perguntou Sarboc.

— Só jogar um raio de energia para o céu. Espero que encontremos isso logo de uma vez.

Os três se espalharam pelos cantos da cidade.

Sarboc entrou num bar onde haviam vários clientes. Eles observaram a mulher por algum tempo. Ela era bem diferente do que estavam acostumados, pois sua pele não lembrava a pele de uma humana, e até sua maneira de se vestir era diferente. A pirata observou os clientes às mesas e viu o barman logo na frente. Um homem gordo vestido de Superman abriu caminho.

— O que deseja, senhorita? — perguntou o barman.

— Desejo algo parecido com isto. Um objeto igual a esta esfera caiu nesta cidade. Estou procurando — ela segurava uma das esferas.

— Uma esfera? Nunca vi algo assim. Desculpa, infelizmente não posso ajudar.

— Ué, por que não pergunta ao doutor Slump? Ele é o maior cientista que já vi. Vai ver ele viu algo assim nesta vila — disse o homem fantasiado.

— Obrigada.

— Agradeça ao grande Suppaman... — Sarboc foi embora deixando Suppaman falando sozinho.

Frozen caminhou numa pista enquanto passava entre os carros. Segundo o radar, a esfera estava em alguma daquelas casas. Não dava uma localização exata e isso era muito estranho para ele.

Hail nunca viu um lugar tão estranho, mas ao mesmo tempo divertido. Como irmão mais novo de Frozen, ele não tinha a personalidade forte dele. Hail era mais amistoso e paciente. Nunca precisou lutar a sério ou matar injustamente. O que ele queria era pelo menos ter um tempo para se descontrair. Durante a sua procura, esbarrou com animais falantes e objetos vivos. Havia acabado de receber um algodão doce de um coelho e provou pela primeira vez. Um desses falou a respeito do Dr Slump e seu grande conhecimento. Alguém vinha correndo muito rápido na direção dele. Hail esbarrou na pessoa. Era uma garota ruiva, pequena e que usava óculos. Ela se levantou e ficou olhando para o visitante.

— Você não é daqui.

— Garotinha, como você esbarrou em mim naquela velocidade sem se machucar?

— É que sou muito forte. E aí, de onde você veio?

— Sou viajante do espaço. Procuro um objeto redondo igual uma bola com estrelinhas dentro. Você viu?

— Hum, acho que sim. Antes de tudo prazer eu sou Arale.

— Pode me chamar de Hail Snow.

— Nome gozado. Enfim, Hail, eu vi um sim. Tá no laboratório do doutor Senbei Norimaki. Você pode vir comigo até ele.

Os dois foram até o laboratório do douor Slump. Senbei viu Arale acompanhada do visitante e quase teve um treco. Hail avisou sobre o trabalho que estava fazendo para procurar as esferas e que soube que o cientista tinha uma delas.

— Arale e os irmãos Gatchan encontraram a esfera. Não sei bem para que serve, por isso não vou hesitar em dá-la.

Senbei retirou de uma caixa a Esfera do Dragão de cinco estrelas. Hail ficou feliz por ter sido o primeiro a encontrá-la. Senbei entregou para o visitante e pediu que ele ficasse mais um pouco para o chá com os biscoitos.

Arale bebeu na mamadeira o que parecia ser óleo e os dois anjinhos comiam objetos metálicos como porcas e parafusos. Hail comeu os biscoitos e bebeu o chá, também adorou aquilo. Nunca mais esqueceria aquela terra divertida. Despediu-se deles e foi embora.

— O que achou dele, douor?

— Ah, Arale. Ele me parece ser uma boa pessoa. Apesar de eu achar que não é desse mundo.

Hail fez o sinal com o aviso. Sarboc foi a primeira a chegar e logo em seguida Frozen. O líder e irmão mais velho recebeu a esfera de cinco estrelas. Agora estavam com três e a próxima estava no norte, nas montanhas geladas. Foram para lá que decidiram ir.

...

De volta à casa de Goku...

O avião que Kuririn estava começou a pousar. Kuririn, Número 18 com a filha e Mestre Kame saíram da aeronave. Eles vieram depois de sentirem a forte presença dos piratas espaciais. Assim que chegaram, viram Piccolo encostado na parede exterior da casa com olhos fechados.

— Piccolo, você também sentiu? — perguntou Kuririn.

— Não só senti como também lutei com um deles.

— O quê?

— Kuririn, que surpresa! — berrou Goku. — Hahahaha e trouxe a família. Mestre Kame também veio.

Nessa reunião decidiriam se lutariam ou não com os alienígenas.

Nas montanhas do norte, a esfera de 1 estrela encontrava-se congelada na neve. Mas esse não era o detalhe. O que chamava mais atenção mesmo era que aquele local era de treinamento de Tenshinhan.