Trevas

IV - O demônio manda lembranças


Ele olhava o céu, tempestuoso e selvagem de cima de sua montanha, tão alta que atravessava o céu, seu cume não podia ser visto, apenas a camada de nuvens raivosas que formavam e desabavam a tempestade que logo chegaria, ele fechou os olhos, sentando-se em posição de Lótus, sentiu a presença de sua companheira e amiga perto de si depois de um tempo, relaxando o corpo e a mente, enquanto a ruiva sentava-se a sua frente, observando-o.

-Por mais que eu seja tão antiga quanto este mundo, nunca vi alguém com tanto controle sobre sua emoções como você - Disse ela, enigmática sobre si, curiosa e ao mesmo tempo maravilhada, ele a encarou com olhos em fenda negros como o fundo abissal dos oceanos, ou como o céu sem estrelas do outono, o inverno chegara, e com ele, as tempestades de neve.

-Você mesma me ensinou a importância do controle sobre si mesmo - disse ele, curvando seus lábios em um sorriso dócil.

- Lição está que você dominou rapidamente, ainda lembro-me de quando você era criança, deprimido, destrutivo, impulsivo, olhe só agora, já és um homem, forte, corajoso, bonito e até mesmo sexy - Ele quase ficou vermelho com a fala da ruiva, que parou ao ver a tal vampira se aproximar, está, que era imune aos raios do sol em alguns períodos do dia, durante o meio dia, era quando se sentia mais fraca e precisava dormir, de preferência no escuro.

- Pare de dar em cima dele, ele é meu, ele e toda a pureza que este corpo e mente ainda possuem, por mais que seja uma mensageira dos deuses, não pode simplesmente amar - Disse ela, sentando-se ao lado do louro, abraçando seu braço esquerdo, debruçando-se sobre seu ombro, com um sorriso sacana e um olhar raivoso.

- Ah, sim, é verdade, não podemos realmente amar, mas isso não quer dizer que não possamos nos divertir - Ela falou em tom infantil, que irritou a morena um pouco mais, que estava quase pulando em cima da ruiva para dar-lhe uns socos.

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- A virgindade dele pertence, mesmo que eu não seja mais "pura", ele é só meu e de mais ninguém - Levantou-se, irada, furiosa, enquanto suas presas cresciam lentamente e seus olhos se tornavam ferozes.

- Não estou vendo seu nome marcado na pele dele, nada dele pertence a você, além de que ele poderia arrumar alguém muito melhor do que uma sangue suga mal acabada que nem você - Também se levantou, encarando-a furiosa, Naruto suspirou, para a ruiva, isso não passava de divertimento, já a outra... Era tão sério quanto sua vida.

-Chega garotas, por favor - Disse ele sereno, enquanto as duas o olhavam e deixavam a briga de lado para lhe dar atenção.

— Partirei em breve para Konoha, irei investigar essa ordem de massacre, eu mesmo quero ver o que será decidido nesta noite - As nuvens ficaram mais escuras sob o olhar do loiro.

- O que pretende fazer lá? - Perguntou a de olhos escarlates para ele, um tanto preocupada com sua decisão, mas não importava qual fosse, o apoiaria de todas as formas possíveis, eu mesmo valia para a outra.

-Sabe, olhando agora, é divertido ficar com vocês duas - Disse ele, se levantando lentamente, se preparando para o que viria, as duas o abraçara, uma o amava, e a outra, apesar de ser a personificação do ódio, não era impedida de sentir alegria.
A ex-rainha dos vampiros, Aeryn, beijou-lhe a bochecha, enquanto a ruiva, Kurama, sim, Kurama, enlaçou seu pescoço com os seus braços, e assim ficaram por alguns segundos, até seus estômagos roncarem, riram juntos e entraram para almoçar.

[...]

O dia era branco, nevava muito em Konoha, todos andavam agasalhados, uma em especial, vestia uma camisa de mangas longas, calças negras, botas de neve, brancas e um casaco grosso, roupas tipicamente finas de um nobre, e, em sua mão esquerda, uma marca, que nunca foi esquecida.
Cabelos curtos, olhos perolados, feição meiga e gentil, rosto angelical, está era Hinata Hyuuga, acompanhada de dois guardas, acompanhada de sua irmã, dois anos mais nova, pele um pouco mais escura, cabelos longos e amarronzados, vestida igual a irmã mais velha, essa era Hanabi Hyuuga, segunda na linha de liderança do clã Hyuuga.
Caminhavam calmamente enquanto olhavam o céu derramar a neve aos montes lentamente, iam para a sala do trono quando viram Kakashi, junto de uma loura de sua idade, Aya, princesa Namikaze, filha do quarto rei, Minato Namikaze e da pimenta sanguinária da folha, Kushina Uzumaki, gênio da família real.
Era amigas íntimas, e ficou irada ao saber de seu estado, causado, ao que parece, por um fugitivo, o que estranhara, era o quão abalada estava mentalmente, ela sempre fora fria, direta e decidida, mas agora, estava tão vulnerável quanto um gatinho na neve.
Pensou em falar com ela, mas calou-se ao passar ao seu lado e ouvir uma frase

-"Eu falhei com meu irmão Kakashi" -

Irmão? Nunca soube que ela tivera um, sempre achou que era filha única, sabia que, mais cedo ou mais tarde, se abriria com ela, apenas não era o momento certo para perguntas...

[...]

Aya estava em seu quarto, um cômodo bastante luxuoso, com vários quadros de sua família, seus pais, mas, tinha um, que ela escondia, que não se lembrava de ter guardado, era um quadro pequeno, tanto que dava para guardar em um bolso, era uma pintura em miniatura de um garoto, junto de uma pequena raposa, também filhote, não parecia ter mais de quatro anos, quando olhava, a única coisa que lembrava, era uma frase.

-"Esse garoto é agitado e curioso, esperto ao ponto de enganar a todos, até ele mesmo, por isso a raposa, ele é como uma raposa vermelha"-

Essa frase foi dita por um homem estrangeiro, um pintor que se apegou ao garoto, muito famoso, que já morrera, seu último desejo era ver esse garoto mais uma vez, ver seu sorriso, seus olhos brilhantes, seus cabelos dourados, ver sua peque a raposa de novo, porém, poréns qual sua decepção ao saber que o garoto fugirá de seu reino, e, no fim, morreu sem ter seu último desejo concedido, Naruto soube, e chorou sua morte, por uma noite inteira.
Aya sentiu seus olhos ficarem úmidos, tão pouco sabia sobre ele, tão pouco ouvira dele, consultar a a biblioteca e até mesmo a árvore genealógica da família, que era esculpida em uma grande parede na sala do trono, porém, nada dele, apenas esse pequeno pedaço de lembrança.
"Por que tanto ódio?" perguntava-se ela, com seus ferimentos e fadiga já curados de sua batalha contra ele, ai qual fora humilhada, perguntava-se a si mesma se estava mesmo em condições de enfrenta-lo futuramente.
Ainda lembrava-se da sensação de molhado em suas roupas, molhado de seu próprio sangue, a vontade de se matar, de morrer.
Ela aí da tinha vagas lembranças do passado, de um louro um pouco mais alto do que ela, de olhos tristes e vazios, que sumiu da noite pro dia de sua vida.
Agora, ele havia voltado, diferente demais, por mais que soubesse que estava sendo vigiada por Kakashi e Yamato, ele não hesitou em machuca-la mesmo que se leve, mas a maior ferida foi em seu orgulho, ser derrotada tão facilmente por alguém pouco mais velha que ela, apenas Neji o fizera.
Mesmo assim, Neji já era um grão mestre, uma das mais altas classes de magos existente, mas Naruto, quando criança não manifestou talento ou din algum para combate, seu condicionamento físico era regular, sua mira era péssima, seu raciocínio pior ainda, então... Como havia ficado forte daquele jeito?
Era um dos mistérios a se descobrir, mas por hora, se ficaria em apenas uma pergunta, e jamais a faria aos seus pais, por sabia que jamais responderiam com sinceridade.

"Por que ele havia desaparecido da noite para o dia?"

Foi até a biblioteca, pesquisar sobre fatos históricos, alguma pista sobre o desaparecimento repentino de seu irmão.
Ficou lá por horas, lendo livros e mais livros, mas não achou nada de importante, porém, decidiu invadir a seção restrita, restrita até mesmo pra ela, teria que esperar até de noite.

[...]

Anoiteceu, ela saiu sem ser notada pelos pais ou por qualquer outro, usando o ar para se deslocar rapidamente e silenciosamente até a biblioteca, onde entrou pelo telhado pois havia uma janela aberta.
Abaixada, com uma pequenina vela, flutuou silenciosamente até a zona restrita, procurando algo livro em específico.
Todas as informações cruciais do reino estavam ali, mas o que ela queria, era apenas uma informação a interessava, algo que tivesse uma pista para o motivo da fuga de seu irmão.
E passaram-se as horas, livro após livro ela procurou, procurou e procurou, até achar algo no mínimo curioso, um relato de um ataque de um monstro há quatorze anos atrás, um ano antes de nascer.
"O monstro, denominada Kyuubi no youko, a lendária raposa de nove caudas, líder dos dos nove monstros imperadores, mais poderosa destes, incontrolável.
Ela se libertou de sua prisão no reino e destruiu grande parte deste, prisão está feita pelo primeiro rei, Hashirama Senju.
Muitos morreram, inclusive dois conselheiros, a única solução, proposta pelo quarto rei, Minato Namikaze, seu pai, foi prender novamente a raposa, o terceiro e aposentado rei, Hiruzen Sarutobi, sacrificou sua vida para enfraquece-la e destrui-la, porém, na tentativa de sobreviver e se salvar, ela auto selou-se em uma criança humana recem-nascida.
É completamente proibido, com pena passível de morte, relacionar essa criança com este dia em específico, pois o dia se seu nascimento, foi o dia em que ele foi sacrificado para prender a raposa em seu próprio corpo e salvar o reino, o nome deste garoto, é Naruto."
Ela largou o livro no chão, fazendo barulho, mas não se preocupou, pois não havia ninguém, tratou de guardar os livros como os achou e encobrir suas pistas, e fugiu, por onde tinha entrado, ficou desesperada, arrasada, em choque, fugiu para sua casa e para seu quarto rapidamente, sem ser percebida.
Chegou rápido em casa e se jogou na cama, tentando parecer que dormia, logo sua mãe a chamaria, quanto as olheiras, poderia apenas dizer que dormiu mal a noite.
Porém, sua mente estava imersa nas informações daquele livro, enfim soubera a verdade, enfim descobrirá o porque de tanto ódio, de tanta raiva e ira, ele não era um monstro, foi transformado em um.
Os verdadeiros monstros estavam ao redor dela todos os dias, envenenando-a aos poucos.
Kushina veio chama-la, fingiu responder sonolenta, quando na verdade queria questiona-la até a alma pelo que fez com seu irmão e, portanto, próprio filho, teria que se controlar a partir de agora, mas, no momento certo, iria questiona-los.
Não tentaria mais trazer seu irmão de volta, não apenas para ser odiado e ignorado novamente, e, se até mesmo tivesse a chance, fugiria para ir a seu encontro, sem pestanejar, para conseguir seu perdão.
Mal imaginava o quanto deveria ter sofrido, sendo odiado e ignorado desde pequeno, como sabia que havia sido, ignorado até conseguir se alimentar por conta própria, sem ir a escola, ou ser ensinado por ninguém.
Assim que o encontrasse, mesmo que fosse inútil, pediria seu perdão, tentaria alcança-lo de todas as formas possíveis.
Deu bom dia ao pai, que levantava a essa hora é já saia, em direção á sala do trono, acompanhado de Danzou Shinura, um dos conselheiros que sobreviveu ai "ataque" da raposa.
Seu café foi silencioso, típico dela, logo em seguida saiu, para ir aos treinos com Neji, seu instrutor de magia.
Seu treinamento era rígido, além de preciso, Neji era um dos melhores que o reino tinha a oferecer, e melhoraria mais ainda com o tempo.
Neji era o único mago que não precisava dizer palavras para utilizar magia, já que as palavras, junto do manejo da energia natural do corpo em contato com a natureza, forma o gatilho para que a mágoa seja descarregada com força.

-Está atrasada- Disse ele, enquanto to via a garota chegando, seus olhos eram perolados, cabelos longos amarronzados, expressão séria, usava uma camisa de manga longa branca, calças negras, sandálias da mesma cor, com uma fita amarrando a ponta de seus cabelos, na testa uma bandana branca, o braço direito enfaixado, e na esquerda, tatuagens de diversos símbolos que alcançavam seu antebraço.

-Perdão... - Rapidamente criou uma barreira de ar, desviando do raio lançado pelo Hyuuga, este que o fez sem mexer as mãos, apenas com o olhar.

-Vendo que está tão afiada, está perdoada, agora vamos, temos muito o que praticar- Disse ele, andando a frente, sendo seguido de perto pela loura, queque sabia que ele havia percebido as olheiras e os olhos vermelhos, mas não questionara, ele era o tipo de pessoa que não gostava de interferir na vida pessoal dos outros.
Chegaram em um campo aberto, plano, sem árvores, e logo começaram, Aya sabia que não tinha chance de vencer, mas tinha que fazer seu melhor, para alcançar seu irmão, tinha que se esforçar ainda mais.
Desviou de um raio, sem flutuar, queria guardar o máximo de mana possível, comprimiu o ar em sua mão, lançando-a rapidamente, porém, uma parede de terra surgiu a frente do Hyuuga, o protegendo-o do impacto, rachando.

—Boa resposta, vejamos como reage a isso- A parede avançou em direção a Aya, está rolou para o lado, correndo em direção ao Hyuuga, está saltou, flutuando, girando horizontalmente, tentando-lhe acertar um chute, porém, este desviou, o golpe atingiu o chão, causando uma explosão que cegou-os.
Assim que recuperou a visão, Neji sentiu um deslocamento de ar acima dele.

-Não irá me enganar!- estendendo sua mão, várias raízes brotaram do chão, tentando alcançar a garota, porém, sentiu outra deslocação de ar ao seu redor, ergueu quadro paredes de terra ao seu redor, mais uma vez, aquela mesma deslocação acima dele, até perceber, tinha pouco tempo para reagir.
Rapidamente fechou-se em uma caixa de terra, protegendo-o, o ar comprimido acima dele se jogou contra o chão como uma cascata, destroçando a caixa é uma grande área ao seu redor.
Ela se ajoelhou, mover revelando-se longe da área de impacto, manejar grandes massas de ar a distância se provava desafio, agora duas, isso a esgotava.
Logo raízes amarraram seus pés e braços, para sua surpresa, enquanto via Neji surgir debaixo da terra, intacto, com um sorriso no rosto.

-Me enganou duas vezes - disse, ele, vendo a garota ainda tentar se libertar

-Descanse, acabou, você perdeu... -

Ele falou ao ver a garota tentar ainda mais se libertar, uma pequena rajada de vento cortou as raízes, a libertando, saltou para trás, para longe de Neji, ofegante.
Avançou novamente, armando um soco, as mesmas raizes avançaram contra ela, porém, materializando uma parede se ar, continuou a avançar.
Armou um soco, socou o ar, e um pedaço da parede de vento foi em sua direção, rapida, mas lenta o suficiente para Neji desviar e contra atacar com as raízes mais uma vez.
Rodeou a carga com as raízes, metade da parede se partiu, formando um pequeno tornado ao seu redor, cortando as raízes.
Ainda correndo, Neji abriu um buraco a sua frente, saltou, porém, do buraco, mais raízes surgiram, agarrando-a, mais uma vez a parede de ar se dividiu, cortando as raizes.
Porém, em um movimento em falso, se desequilibrou do ar, sendo pega por uma grande não de terra.

-Desista, não pode me vencer -

Mais uma vez ela se recusou a recuar, usando tudo o que ainda lhe restara de mana, destroçou a mão de pedra, concentrando o ar em suas mãos, usando-o para criar uma espada de vendo, com a lâmina invisível, surpreendendo Neji.
Ela avançou, cortando as raízes e desviando dos ataques de pedra e raios de Neji, que sempre mantinha distância dela.
Correu ainda mais rápido, não lhe dando tempo de concentrar maba e se defender, tentava golpes rápidos e precisos, pescoço e peito, socos e chutes, chegou até mesmo a encostar nele, porém, ele contra atacou, girando o corpo e lhe aplicando uma rasteira.
Ela caiu, pega de surpresa, nunca soubera que Neji tinha habilidades de luta.
Ele se posicionou, pronto para atacar ao menor movimento de Aya. Que estava esgotada.

-Você ainda gasta mana muito rápido em ataques sob os quais não tem controle, e seu repertório de estratégias é extremamente limitado, por isso o com até durou pouco tempo, mas você foi bem, você...-

-Não é o suficiente -

Essa frase o calou, enquanto a olhava, pensava no quão obstinada estava em derrota-lo hoje, mesmo sendo quase impossível, bem, ela encostou nele, já é alguma coisa, mas ainda falta muito para se quer acertar-lhe um golpe direto.

-Quando frui para Suna, encontrei alguém, esse alguém me derrotou quase sem nem sair do lugar, eu não vou ser derrotada assim, nunca mais. - Disse ela, começando a se levantar, ignorando o olhar atento se Neji...

...Ela realmente queria ficar mais forte...

-Venha comigo - Disse ele, simplesmente saindo dali, do campo quase que completamente destruído pelo "treino" dos dois.
Com um pouco de dificuldade ela se leva tou e o segui, próxima dele, até chegarem a uma torre, no centro da cidade, lá, havia um cristal, ao tocarem o cristal, desapareceram em relâmpagos.
Teletransporte é um vantajoso modo de viagem, mas apenas para curtas distâncias, algo em torno de 25 quilômetros, esse era o limite.
Ambos estavam agora em um túnel, andavam e andavam, até chegarem em uma caverna.

-Se quiser mesmo ficar mais forte, passe, no mínimo, um dia inteiro aqui, ou seja, vinte e quatro horas, seu pai conseguiu passar um mês inteiro, e duas semanas na vez anterior, você só pode entrar três vezes, ali, o local irá sugar constantemente sua mana, obrigando seu corpo a produzir cada vez mais - Explicou ele, enquanto ela tentava imagina ar o quão difícil deveria ser passar um mês ali.

-Mais uma coisa, não tente usar mana quando tiver saído, o poder que seu corpo irá obter será tremendo, que, sem o controle necessário, que você não terá no momento, pode morrer por se sobrecarregar com o próprio poder, entendeu? - Ela assentiu em positivo, prestando atenção nas palavras, ele sorriu.

—Só pra constar, na minha primeira vez, eu passei cinco dias inteiro, ainda não tentei uma segunda, boa sorte, vai precisar...-

Dito isso ela caminhou para dentro da caverna...

[...]

Ao entrar, perceber sua noção se tempo se perder, ali não existia nada além de um grande vão, mas sentia que, mesmo que fosse até o infinito, saberia como voltar, viu várias criaturas estranhas nas ilhas ao longe, notando que algumas tentavam ataca-la, porém, uma barreira a protegia dos ataques.

-Deve ter sido criada para poder me acostumar ao ambiente na minha primeira vez - Passados dez segundos se sentiu exausta, quase não conseguia mais ficar de pé, suas pernas fraquejaram e foi obrigada a se ajoelhar pela força da gravidade, que parecia ser maior.

-Eu vou alcançar você Naruto, você verá, irei fazê-los pagarem pelo que fizeram com você -

Com essa frase em sua mente, lembrou do rosto de sua mãe e de seu pai, sempre neutros ao encararem o louro mais velho, e ela, sem fazer nada além de olhar, não se lembrava de alguma vês ter lhe dirigido a palavra, e sentia raiva de si mesmo.

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Não desistiria facilmente, iria alcança-lo e conseguir seu perdão por tudo o que não fizera por ele.
Chegou a hora de provar a si mesmo, e a todos os outros que a rodeavam, que ela não era mais criança.

[...]

Uma semana se passara, era inverno, a neve caia lentamente, quase como se acabasse seus cabelos louros como o sol, encobertos pelo capuz amarronzado, deixará as dias aguardando o templo, Aeryn ainda não suportava as luzes do sol, por mais que as nuvens o cobrissem, alguma hora ele iria sair.
O estranho que andava solitário pela neve logo viu os portões de Konoha, mais altos do que se lembrava, sentiu ódio, mas também sentiu Kurama ali com ele, o ajudando a controlar-se, suspirou e sorriu por dentro, tamanha a sorte de, neste inferno, encontrar um anjo como esse, que velava por sua segurança e felicidade.
Se aproximou dos portões, dois guardas foram ao seu encontro, saindo de seus postos.

-Alto lá viajante! Identifique-se!- falou este, com a voz alta, a armadura de metal grosso brilhando em prata, junto com as botas e braçadeiras de pele grossa os ajudavam a suportar o frio e as mãos nas bainhas de suas espadas demonstravam sua seriedade em atacar caso fosse preciso.
O encapuzado sorriu e pisou fortemente sobre a neve, causando uma explosão, quando o vendo a soprou para longe, nada puderam ver, fora tudo muito rápido.
Enquanto cegos, Naruto saltou pela muralha, pulando de rachadura em rachadura, a nevasca não os deixavam enxergar longe, em cerca de dez minutos, Naruto já estava em cima da muralha, a descendo silenciosamente pelas escadas, sem encontrar nenhum guarda.
Quanto aos guardas do portão, pensaram em soar o alarme, porém, lhe convieram de que havia sido apenas uma alucinação e voltaram aos seus postos.
Haviam poucas pessoas na rua, a maioria em suas casas, passou longe do palácio, sabia que em climas assim a segurança era muito mais reforçada pela baixa visibilidade.
Mas era isso que lhe interessava no momento, estava ali para se infiltrar na sala de Danzou e descobrir sobre seis planos, nunca confiou nele, e sabia que ele era o tipo de pessoa que mataria a própria mãe por poder, não que o caso de Naruto fosse diferente, mas ele não tinha intenção de troca-la, ah não, não mesmo.
Sabia que a sala de Danzou ficava dentro do castelo, então, teria que entrar lá, era cedo, por volta de cinco da manhã, quase todos dormiam, e os que não dormiam estavam perto disso.
Passou despercebido pelos guardas do portão, o pulando rapidamente, entrando veloz e silenciosamente por uma janela entre aberta, a qual uma empregada, que fazia a limpeza, usava para tirar o pó para fora.
percebendo que ela não estava no cômodo, foi fácil sair dali, agora tudo iria complicar.
Logo seria a troca de turno, e guardas mais descansados e mais difíceis de despistar chegariam.
Foi o mais rápido que pode, até chegar em uma escadaria, que ia para baixo, sentia uma aura estranha ali, desceu, abrindo a porta forçando lentamente o tronco usando uma gazua.
Ao abri-la, mais uma porta, está com ima fechadura diferente, um selo de sangue, apenas as pessoas da mais alta patente seriam permitidos a entrar.

-Finalmente um uso para este sangue maldito que carrego - Falou consigo mesmo, mordendo o polegar e passando-o por sobre o selo, a marca de sangue foi absorvida pelo papel rodeado de símbolos preso no centro da porta, logo, as marcas se alongaram e cobriram a porta inteira, até sumirem...

... o trinco se abriu...

Naruto sorriu, em escárnio e adentrou, fechando a porta atrás de si, e se deparou com algo que jamais achou que iria ver.

...Um laboratório...

Vario tubos, preenchidos com um líquido esverdeado com algumas criaturas dentro dele, criaturas estas que pareciam ser seres humanos, em um destes, um menor, havia um olho vermelho, com três tomoes ligados por um círculo fino.
O Doijutsu, ou dom visual de uma das famílias mais poderosas de Konoha, o Sharingan, da família Uchiha.
Provavelmente Danzou estava tentando reproduzi-lo artificialmente, aparentemente não tendo sucesso.
Viu mesas de metal com amarras de couro e algemas de metal presas em correntes, com instrumentos que conhecia bem. Instrumentos cirúrgicos, e logo atrás, um corredor para várias celas.
Ele ouviu um gemido, um barulho de algo se movendo no escuro, correu para ver o que era, até ver uma garota, uma criança de sete, outo anos, cabelos brancos, olhos azuis, pele clara, havia uma corrente prendendo seus pés, seu corpo, frágil e magro, tinha como vestimenta roupas rasgadas e gastas, seu corpo, marcado com vergões e roxos, além de alguns cortes que se fechavam.
Essa visão aumentou o ódio de Naruto além do que qualquer outro já o fizera, queria tira-la dali, mas, no estado que estava, não sobreviveria.
Então, decidiu tentar falar com ela, apenas para ter certeza de algo.

- Eu posso te tirar daqui, torna-la livre, apenas aguente firme e me espere -

-... Eu não devo desobedecer as ordens do senhor Danzou, se não, ele irá me punir, uma vez por semana ele me faz lutar por minha vida, com a punição, terei que ligar contra dois ao mesmo tempo-

Dito isso se calou, e parecia que não falaria mais, Naruto a olhava com tristeza, queria tira-la dali, mas, no momento, não podia.
Sentiu Kurama tentar acalma-lo por dentro, com a mente dela conectada a sua, podia ver, ouvir e sentir o que ele sentia.
Seu ódio foi a tal ponto que chegou a arrepiar Kurama.

-Eu vou matar Danzou, definitivamente eu vou mata-lo, lixo podre desprezível -

Ele ouviu passos, virou-se, atacando o ar com suas garras, sentiu sua mãos molhadas, logo, um soldado se fez visível, eram poucos os que habilidades de se camuflar assim, mesmo assim não conseguia encanar os sensos animalescos de Naruto, que ouviu sua respiração, seus batimentos e seus passos, sua mão estava enterrada em seu peito, ele se aproximou, enquanto os olhos do soldado, já opacos e quase sem vida, quase não puderam enxerga-lo.

-Onde... Está... Danzou...? -

[...]

Minato sabia que aquela semana seria cansativa, e que o festival estava quase completo, acabava de receber a notícia de que Aya foi treinar no "outro lado", quase funciona como uma outra dimensão, criada pelo segundo rei nas épocas de guerra para acelerar os resultados do treinamento dos soldados.
Sabia que ela voltaria no final do dia, era por volta de nove da manhã, ele suspirara, organizando papéis em seu escritório, papéis e mais papéis que se amontoavam.
Levantou-se, decidindo ir esticar as pernas, as calças azuis, assim como as sandálias, faziam pouco barulho, a camisa de manga preta, e o sobretudo branco de manga curta, com bordas em chamas, que balançavam ao movimento de sei corpo.
Is cabelos loiros e grandes, alcançando os ombros, mexiam e voltavam para o lugar.
Ele era o único rei que não gostava de usar coroa, por isso o sobretudo, com uma inscrição atrás dizendo " quarto rei" feito de um tecido que não se podia copiar.
Andou pelos corredores até encontrar Danzou, um homem de meia idade, cabelos castanhos escuros, olho da mesma cor, o olho direito encaixado, uma cicatriz em forma de X em sei queixo, uma capa que escondia seu braço direito, vestia uma camisa de manga longa branca algo como uma capa cobrindo-lhe as pernas, botas fechadas de cano alto, e uma capa marrom por sobre o corpo, ambos se encararam por um tempo, tomando a mesma direção ao andarem.

-Senhor, gostaria de informar que fizemos avanços nos testes, podemos até mesmo duplicar os resultados do treino no "outro lado" - Disse ele com um olhar analítico, Minato sorriu.

-Excelente Danzou, parece que tudo corre como o planejado, nossas pistas de que Orochimaru tentará invadir a aldeia estavam mesmo corretas, deixe que venha, aquela cobra não sabe o que o aguarda-

-E quanto ao moleque-raposa? ele ainda está desaparecido, por mais vergonhoso que seja, essa criança é inteligente demais, e deve ser capturada o quanto antes, imagine se a Kyuubi no youko caísse nas mãos erradas -

-Não se preocupe, mais cedo ou mais tarde ele virá, temos Kakashi, que pode copiar qualquer técnica que eu puder usar, mesmo que tenha ficado forte de uma maneira misteriosa, não se pode ganhar de alguém que pode prever seus pensamentos, e, se não for o suficiente, tenho uma surpresa para ele - Minato sorriu, Danzou continuou com sua expressão séria.
Com certeza ele iria querer usar o poder do "moleque-raposa" para si mesmo, por pior que fosse admitir, Danzou era extremamente leal ao reino, mas era muito extremista em tudo o que lhe dizia respeito, indo até as últimas consequências.

-Existe algo que pode suprimir o poder da raposa, um selo específico, e a única coisa que pode quebra-lo, está em minha posse, trancado as sete chaves no local mais seguro deste castelo- O sorriso, já vitorioso, dançava em seus lábios.
Porém, seu único erro, foi não ter descoberto que certo louro tinha ouvido toda a conversa.
Era hora de sair dali, mas não antes de levar algumas coisinhas com ele.

[...]

Alguns minutos depois de escutar a conversa, rumou para uma das torres, onde ficava o quarto de seus "pais", mas não antes, levando consigo o corpo do guarda que havia matado, certificando-se de que não fora ouvido ou detectado de forma alguma, incluindo as manchas de sangue que evitará cair no chão, largou o corpo ali mesmo, Kushina não estava, provavelmente sairá para ensinar sua aluna, Yugao Uzuki, sempre fora perita no uso das mais variadas armas e Yugao tinha talento neste campo.
Afundou sua mão no buraco que havia feito em seu peito, e, com um grande sorriso no rosto, começou a escrever nas pareces do cômodo fino e detalhado de " vossa majestade".

[...]

Sairá rápido, com a garota de cabelos albinos em mente, mas não antes de destruir o laboratório de Danzou com uma bomba que criara lá mesmo, cuidando para que esta não afetasse a garota de cabelos brancos roubará alguns pergaminhos, quase todos, selando-os, roubará também todas as informações sobre o Sharingan e sobre as técnicas da família real, por mais que não pudesse usa-las, informação nunca é demais.
Agora, apena suma coisa faltava, pulou os muros rapidamente enquanto os guardas eram alertados de um incêndio.
Correu até o distrito Uchiha, rapidamente, sem ser percebido enquanto os guardas se movimentavam, depois de dez minutos, chegou ao seu destino, logo encontrando um jovem, este usava uma camisa cinza, calças da mesma cor, sandálias negras de dedos fechados e um sobretudo aberto, cabelos e olhos negros, expressão entediada, marcas de expressão visíveis no rosto, se aproximou cautelosamente, mas, ainda assim, rápido.
Ele chegou a ficar em guarda, até Naruto começar a falar.

-Vim conversar sobre a ordem de Danzou... Itachi Uchiha...

[...]

Trinta minutos depois ele estava fora, porém, quando saiu, e já estava mais ou menos longe, teve uma surpresa agradável...

-Ora o que temos aqui...-

Ele olhou os cabelos curtos negro-azulados voarem com o vento forte da nevasca, que estava ainda mais forte, os olhos perolados surpresos, seu rosto em um misto indecifrável de emoções, seu corpo, que a esta altura começava a ganhar curvas, indicando que quando crescesse seria muito desejada por muitos.
Vestia um casado grosso e fino, de cor beige, com o símbolo da família em cada braço, calças negras, botas da mesma cor, ele estranhou ela estar sem seus guardas, mas não se importou, se estivessem escondidos e o atacassem, os mataria.

-...Hinata Hyuuga...- Disse ele com cinismo, enquanto a via fixar em guarda, porém, Naruto não avançou, não tinha planos de fazer tal coisa.

-Quando éramos crianças, você salvou minha vida, então estarei pagando o favor apenas indo embora e deixando-a, mas que se lembre disso, se nos encontrarmos de novo, e entrar no meu caminho...-

Ele sorriu, aos poucos, mostrando todos os dentes, cujas presas se alongaram lentamente, sua unhas viraram garras, seus olhos vermelhos ficaram ainda mais brilhantes e ameaçadores, como os de um animal selvagem e as marcas em seu rosto ficaram ressaltadas.

-...Você não será a única de sua família que irei matar - Ele disse, enquanto caminhava lentamente em direção oposta a ela, indo em direção a tempestade de neve, enquanto ele sentia dali o arrepio que a fizera senti, e, em instantes, ele desapareceu na neve grossa, deixa do a Hyuuga para trás, paralisada.

[...]

Os guardas rapidamente se movimentavam, aqueles com particularidades relacionados a água foram rapidamente par ao local do incêndio para controla-lo, enquanto isso, Danzou e Minato se perguntavam a mesma coisa.

"quem, como e por que"

Poucos são aqueles que conhecem realmente a estrutura do castelo, e todos eram de sua confiança.
Andava em direção às chamas, acompanhado de Danzou e outros conselheiros, que estavam cientes do assunto na sala.
Se perguntavam como foi que suas defesas foram quebradas, claramente não fora uma ação de dentro, já que todos concordavam em todas as ações até agora, tirando a ideia de massacrar a família Uchiha, cujo único voto de oposição era o do próprio Minato.

[...]

-Inaceitável! Inadmissível! Como foi que isso aconteceu Danzou !? - Minato estava furioso, completamente furioso, Danzou ainda se perguntava "como".

-Não fomos relatados de nada anormal na cidade, nem mesmo um detalhe, a não ser um encapuzado, visto ao longe, este que, de acordo com um relato de um soldado, desaparecera em meio a tempestade de neve- Disse Danzou, nenhuma pista, nenhuma, estavam andando cegos.

-Irei investigar mais a fundo e encontrarei o culpado por isto- Disse ele, se dirigindo até as celas, vendo a garota de cabelos albinos...

[...]

Era de noite, Aya não havia voltado, ainda não, continuava na caverna, treinando, se desenvolvendo, Minato chutava quanto tempo ela demoraria até não aguentar mais, no maximo, uma semana, a primeira vez sempre era a mais rigorosa e mais esgota te de todas, estava com sua esposa, indo em direção ao quarto.
Quando chegara m, viram o trinco um pouco abaixado, Minato entrou rapidamente, abrindo a porta e iluminando o local, tanto Kushina quanto ele ficaram apavorados com o que viram, tanto, que Kushina gritou.
No meio do quarto, o corpo se um soldado com um grande rombo no peito sentado, escorado em sua cama, os olhos abertos sem vida os encaravam, o grande sorriso morto em sua boca, a expressão morta em seu rosto causou arrepios nos doisls, nas paredes, escrito com sangue, haviam várias frases como "Eu sei da verdade", " Vocês irão pagar", "Irei destrui-los", "Irei me vingar", mas o que mais os perturbaram foi " Finalmente vocês têm o monstro que queriam, "pai", "mãe"".
Kushina desmaiou, Minato quase não respirava, sua visão estava turva, sentia uma imensa intenção assassina no ar, se ajoelhou, recuperando o ar, enquanto ouvia passos rápidos de soldados.
Agora sabia quem havia entrado e frustrado seus planos, teria que ser cauteloso, ou Naruto o destroçaria por completo, e com razão.

[...]

Naruto fazia o caminho de volta para a montanha, havia conseguido tudo o que queria, e um pouco mais, estava mais do que satisfeito.
A técnica que havia usado naquele quarto já devia ter surtido efeito ao ser aberta, seus sentidos aguçados conseguiram até mesmo ouvir o grito de sua " mãe", ficara ali, esperando, apenas para ter esse grande prazer em ouvir o terror e o medo em sua voz, Sabia que não seria muito efetivo em Minato, mas servia para mandar a mensagem.
A intenção assassina reverta, consistia em libertar toda a sua intenção assassina em apenas um cômodo que, junto com os elementos certos, podiam "armazenar" a intenção assassina, chegando até mesmo a itensifica-la, e, ao menos sinal de que a porta seria aberta, está pela pessoa ao qual a intenção assassina se direcionava, a técnica de intimidação seria ativada com força total.
Muito poucos dominam essa técnica com perfeição, técnica está que ampliava sua força com o passar do tempo.
Queria ter visto a cara deles, o medo em seu rosto, sua expressão retorcida em pavor do que via, e, por fim, o desmaio da ruiva, mas nem tudo era perfeito na vida, se virou e continuou a andar, tinha uma montanha para escalar muito mais a frente.

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[...]



[...]

Fazia mais de quatro dias, estava ali mais de quatro dias pelo que podia lembrar, sua lutas ficavam mais intensas e longas, cada vez mais perigosas, estava na hora de sair dali, seu corpo não aguentava mais, ter sempre sua mana levada até o limite a forçava usar mais seu corpo para lutar e, sem mana para criar qualquer tipo de arma, sua única alternativa era tentar criar armadilhas.
Nunca eram muito eficazes, mas serviam como distração, além de conseguir atrasar as feras que viviam ali caso a perseguissem.
Estava perto da saída, mais alguns quilômetros, correu em direção á um barranco e saltou, enquanto várias águias gigantes, estas com dois pares de asas, decolavam, agarrando-se em uma, usando-a como carona.
Chegando ao outro lado, se encontrou com alguem que não esperava ver ali... Minato Namikaze, seu pai, com um pequeno sorriso em seu rosto.
Aya fez a águia pousar e saltou, caindo e em seguida ajoelhando pelo cansaço.

—Vejo que fez progresso, meus parabéns, mas espero que ainda possa ficar acordada, aconteceu uma coisa...

[...]

Naruto olhava a neve voando, furiosos, raivosa, enquanto sentia algo queimar em seu peito, era bom, mas não controlava perfeitamente, era algo que ele precisava aprender a domar, caso contrário, outros iriam querê-lo.
Tocou seu coração e se concentrou, se ajoelhou na neve, suando, ofegante.

-"Respira, Respira, devagar, controle, controle, não tente parar o rio, apenas mude seu curso"-

Pela boca e narinas, ele expeliu uma pequena névoa vermelha, que desapareceu no ar, a neve ao seu redor derreteu, ele ficou quente, suou bastante, quase desmaiou, mas tinha uma viagem a seguir.
Ele ainda não estava pronto para usar todo o seu poder com liberdade completa...

[...]

Aya olhava o sangue nas paredes, enjoada, quase passando mal, era a primeira vez que via tanta brutalidade em uma morte, os avisos nas paredes, as marcas de garras, o corpo que já não estava mais ali, o sangue começava a ser limpo pelos empregados, mas a lembrança e a intenção assassina ainda estava fresca naquele lugar.

-Qu... Quem ousaria... - Até mesmo falar era difícil para ela, Minato suspirou, Aya se quer havia visto, ou entendido o que restava das frases nas paredes, queria esconder o máximo possível dela.

-Não sabemos, apenas que burlou a segurança de uma maneira nunca feita antes, fez isto é fugiu, sem levantar suspeitas, mas ele foi descuidado e um dos guardas viu seu rosto - Minato acreditava que, graças ao pouco convívio que tivera com Naruto, não se lembraria da aparência do mesmo, então estava seguro.

- Cabelos curtos, louros, olhos azuis, três riscos em cada bochecha, não é algo que dê pra disfarçar facilmente - Aya escondeu sua surpresa, apesar de a única coisa não bater são as cores de seus olhos, sabia que tinha sido Naruto, seu irmão.
Ela ficou séria, e saiu do quarto, ainda enjoada, sua mãe continuava desmaiada, e seu pai ainda observava as paredes.

"Ainda estou bem longe dele..."

Ao sair, olhou o céu escuro, em seguida foi para seu quarto, sentando-se na cama, olhando as próprias mãos, levou-as aos olhos e começou a chorar...

[...]

Naruto sentiu certo desconforto, fazia três dias desde que invadirá Konoha, e algo o incomoda desde então tem ficado com seus pensamentos tos enevoados, a conversa com Itachi havia aberto várias dúvidas em sua mente.

[...]

-Itachi Uchiha- Disse o jovem, iniciando o diálogo para com o mais velho, que percebeu o tom de seriedade fora do comum em sua voz.

-Tenho algo a te falar sobre Danzou, e o que ele pretende- Itachi analizou o garoto, ou a segurança de informações de Danzou era realmente um lixo, ou ele deveria REALMENTE ouvir o loiro.

- A família Uchiha é poderosa demais para ele controlar, então, ele quer cortar a raiz, você sabe que será tachado como criminoso por toda a vida, e amaldiçoado na sua morte, mas sabia que Danzou quer, na verdade, os olhos de sua família?- Itachi ficou atônito.

-Mais cedo, invadi o castelo, e encontrei um laboratório secreto dele, ele tenta reproduzir artificialmente - Itachi ficou olhando, podia ser mestre em ocultar ou até matar seus sentimentos, mas Naruto viu, indignação.

-Se ele conseguir, imagine as monstruosidade que este homem criará, ele substituirá toda a família Uchiha, para roubar seus olhos, então, tenho uma proposta para você -

Ele olhou o louro, sabendo que já o havia visto antes, já muito tempo atrás, "estou ouvindo" disse ele, um pouco descrente de que Naruto realmente podia ajuda-lo, mas não é qualquer um que tinha aquela informação.

-junte aqueles que não são a favor do golpe de estado, e os leve, as escondidas, para uma vila, a quase cinco dias de viagem daqui, tem um lugar em que posso mantê-los a salvo, até achar um lugar definitivo... Eu posso salva-los Itachi, sua mãe e seu irmão, eu sei que pretendia matar a todos menos ele, para que ele fosse o "heroi" que irá limpar o nome da família...- Ele fechou seus olhos. Abrindo-os novamente, vermelhos.
-Ele não irá fazer isso! Não irá limpar o nome da família! Ele vai descobrir a verdade! E destroçaria Konoha como folhas secas em meio ao fogo negro de seu amaterasu! - O seu olhar, intimidador e animalesco, selvagem, uma sensação esquisita percorria o corpo de Itachi, ele nunca havia sentido nada igual.

-De toda maneira, eu ganho, se você escolher a vila, com os anos, seu irmão Ora atrás de você, mata-lo e descobrir a verdade, terei um aliado, se escolher a mim, terei você, um aliado poderoso da mesma forma, de toda maneira, a única coisa que muda é o peso que você carregará- O Uchiha olhou-o longamente.

Xeque mate

—Do que precisa...?

[...]

Poucos dias se passaram, faltava alguns meses para que o plano de Danzou fosse arquitetado e executado.
Naruto entrou nas nova moradia, era quase no pico de uma montanha relativamente baixa, longe de Konoha, cerca de uma semana de viagem.
Uma pequena vila em ruínas, devastada pela guerra passada e abandonada desde então, Naruto tirou todos os corpos dali, mascas de sangue também, se eles fossem até lá, para ficar claro, teriam que reformar maioria das casas, mas o necessário estava ali, algumas casas estavam intactas, então as crianças, idosos e grávidas teriam lugar.
Entrou na casa, estava satisfeito ao ponto de sorrir, Aeryn estava na casa, era noite, as luzes estavam apagadas, Naruto entrará na maior casa do local, quase intacta, a ruiva também estava ali, dentro de si, de outra maneira não viria.
Naruto viu uma silhueta nas sobras, sua visão era tão bagunçada que co seguia enxergar no escuro, viu os cabelos negros balançarem com a cabeça.
Estavam no quarto, onde havia uma única cama grande, uma porta que dava para o banheiro, com encanamento já restaurado, inclusive no chuveiro.
Ela se virou, sorrindo, ele, sorrindo de volta, a surpreendeu de uma maneira que apenas ele sabia fazer, ele a beijou fervorosamente, com desejo é luxúria, de uma maneira que ela nunca sentiu.
Suas mãos deslizavam pelo seu corpo, por cima do tecido que era sua roupa no momento, que era uma camisa sem mangas negra, bermudas da mesma cor, completamente descalça.
Enlaçou sua cintura com força enquanto a beijava, uma de suas mãos repousou em sua bunda, a apertando com força, ela gemeu, seus braços enlaçados em seu pescoço, as línguas nervosas, ansiavam por espaço, os gemidos, sensuais e sexys, não ajudavam Naruto a manter o controle.
Ele não estava se segurando, seus beijos desceram pelo pescoço de Aeryn, ela gemeu seu nome, ele sorriu e a empurrou.
Ela caiu deitada sobre a cama, olhando-o, seis olhos brilhavam na escuridão, seu azul safira, beirando o azul gelo, encontrou os olhos vermelhos e ardentes de uma fera sem controle sobre seus instintos, ele sorriu, a lua brilhou, mostra do seus dentes, suas presas e garras brilharam intensamente, enquanto que, em seu rosto, permanecia aquela mesma expressão de excitação.
Ele se jogou acima dela, ficando bem próximos.

-Eu disse... "Quando você menos esperar"...-

Ele beijou-a novamente, com mais desejo, com mais loucura e selvageria do que antes, beijou seu pescoço, enquanto sua sua unha passeava por sua roupa, rasgando-a lentamente enquanto arranhava levemente a pele da vampira… Seria uma longa noite…



[...]

Ele se levantou lentamente, o sol raiava, cobriu todas as janelas enquanto que embebedava-se com o cheiro do ar puro ao sair para fora, antes de sair, vestiu-se apropriadamente, dando uma ultima olhada para a cama, vendo Aeryn ali, completamente nua, coberta apenas com aquele fino cobertor, demonstrando as curvas perfeitas de seu corpo, uma cena que faria qualquer pervertido ter um sangramento nasal, Naruto sorriu, ai sair, sentiu uma presença tomar conta do loca, algo forte que chamou sua atenção.

Ele viu, nos muros de madeira da vila, uma silhueta pequena, um corpo aparentemente pequeno e frágil, como uma criança, os olhos sem vida olhavam para ele, o rosto coberto por uma máscara, como Kakashi, vestia preto, uma camisa sem mangas, calças negras e sandálias, com uma katana presa nas costas, o cabelo branco esvoaçava com o vento, quando ela piscou, desapareceu, Naruto arrancou velozmente, chegando rapidamente ao muro, onde a jovem surgiu em suas costas, Naruto saltou por cima desta, que tentou acerta-lo com sua katana, caindo atras desta, que saltou para frente, encarando-o.

—Eu não quero ter que mata-la - Suas garras cresciam, seus caninos também, seus olhos vermelhos ameaçavam o derramamento de sangue, ela avançou, tentando estocar seu peito, ele segurou a espada com as duas mão, mas o que ele não esperava, foi vê-la se dividir em dois e quase golpea-lo no pescoço.

Ele desviou, chutanto a verdadeira e apunhalando o clone com sua mão, arrancando um pedaço deste, que se desfez em neve.

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Ele parecia olha-lo, embainhou a espada, finalmente parecia que iria querer conversar...