Je t'aime

S'agapo


A chuva caía forte lá fora enquanto ela examinava os papéis jogados ao chão, iluminados pela luz de uma vela. Mesmo sem energia, não podia esperar para ler aquelas palavras novamente. Não que de fato precisasse, já que havia lido tantas vezes a ponto de quase decorá-las.

“Eu te amo”

Se a amava, por que foi embora? Era uma maneira um tanto contraditória de terminar aquela carta, que não deixava nenhuma dúvida: ele não voltaria. Ela, conhecendo bem a si mesma, sabia que tantas lágrimas cairiam naquela folha de papel, que deixaria marcas. Porém, se algo ela não sabe, é quais sentimentos misturam-se àquelas gotas salgadas que escorrem por seus olhos. Não está de fato chateada, em certo ponto até consegue entendê-lo; mas é incapaz de sentir-se bem, mesmo depois de tantos dias.

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Eu te amo”

Agora, sentada no escuro, saber que um dia ele a amou – ainda ama – já basta.