Um Caminho Para Dois Anjos

Indigesto encontro


– Está na escola.

– Ótimo, faremos a segurança dela e da professora. Se essa mulher Kree pensar em chegar perto nós saberemos. - disse o diretor Colson. Loki ainda se sentia desconfortável de estar na presença de vingadores e do próprio Phil, ainda mais precisando deles.

– Bem, ainda não entendi o por quê de precisar de nós. Ou por que devemos confiar em alguém como você? - Wanda indagou.

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Loki se levantou calmo e silenciosamente. A mesa olográfica fora ligada, e com alguns movimentos ele mostrou a máscara. Após isso, mostrou o Obelisco, e na ponta, foto de um Kree.

– Não estou pedindo ajuda de vocês, estou os ajudando também. Não têm nível para saberem de tudo isso, mas essa máscara, - mostrou-a - essa pedra, e essa raça... Definitivamente não estão prontos para uma luta desse porte. Então, por que não evitar?

– Homem rena, o Colson já nos explicou que você quer ajudar. Só está vivo porque Thor nos convenceu. Até alguns dias a coisa mais estranha era ver o agente Colson vivo, mas agora estou tendo que trabalhar com nosso maior inimigo... Você, no caso. Mas isso não importa porque temos que defender nossa casa.

– Quero defender a minha também, não quero mal para Midgard novamente.

– Loki. - o capitão América chamou. - Qual o plano, do quê e de quem precisa?

– Preciso que escolham um lugar primeiro. O menos óbvio e se quiserem poupar vidas... Depois, preciso de Thor, Stark, Wanda, você, - apontou para Visão -. Todos próximos a mim em batalha. Os outros, cuidarão das partes laterais, Kira cria exércitos por onde passa. Quanto mais longe dela ficarem os seus agentes, mais seguro o plano estará.

– E eu? - o capitão pergunta. Bucky ao seu lado.

– Fisicamente vocês são os mais fortes. Ficarão cuidando de Annia e Sarah. Quando eu ficar longe delas, serão as primeiras a serem atacada por Kira. E isso é bom, pois é como planejamos. Não demonstrem que querem entregar o colar, mas não demorem muito.

– Está bem, entendemos essa parte. Mas gente, esse cara tá se baseando na lógica de uma criança de sete anos, é meio surreal. - alguém da equipe de Colson disse. Skye.

– Kira quer o Obelisco... mas ela não tem poder para tê-lo e sair daqui. Mas a máscara pode tirá-la daqui e lhe conferir um pode sobrenatural. Algo mais forte do que vocês, e até mesmo eu já vimos. Com os dois em mãos... nada a segurará.

– Juntos somos imbatíveis. - bradou Steve.

– Então estamos resolvidos. Kira não sabe como rastrear O divino, mas ela tem meios para chegar até ele. Mova-o, como se fossem protegê-lo em algum outro lugar, no dia, Thor irá junto comigo e o agente Colson. Não contatem mais ninguém a respeito disso. Se alguém mais souber, será mais fácil para ela.

– A criança, ela tem mesmo que estar entre nós na luta?

– Não estará. Mas Kira irá atrás. E irá com toda sua ira, por isso vocês a receberão. Annia está protegida contra Kira, seu colar não. O plano é que ela pegue o colar, pois irá atrás do Obelisco em seguida. Aí atacaremos.

– E se ela capturar a menina? - Bucky perguntou quando Loki saía da sala.

– Isso não vai acontecer, mas se ela encontrar um meio... Eu faço você implorar para morrer. Pergunte ao Colson, sou bom nisso. - olhou com descaso para o diretor.

– Como assim?

– Thor, conte a eles o plano completo, ninguém aqui entende seu irmão. - disse Phil, e saiu.

[...]

As aulas estavam quase ao fim, e Loki agradecia mentalmente por isso. Teria um bom álibi para enganar Kira. Se tudo desse certo, a atrairia até o Obelisco, que pouco lhe importava, enquanto munia ainda mais a si e a Annia. Em seguida juntariam a todos num só lugar, eliminando de uma vez a raiz das visitas alienígenas à Terra.

Annia estava no pátio, brincando com outras crianças. Ela não o viu, mas alguém com o olhar mais atento sim. Sarah ali se sentou, sem o olhar.

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– Bom dia, Lady Havengreen.

– Bom dia, Loki. - disse sem rodeios.

– Como está Annia, nas aulas?

– Ela é uma excelente menina, ótima aluna. E já lê muito bem. - a observou pular corda. - O que lhe trás aqui tão cedo?

– Costumo vir aqui as vezes, saber se está tudo bem. Estamos num tempo em que devemos desconfiar de todos. - olhava todos os lados. - Algum aluno ou empregado novo?

– Os dois. Aquele menino ali - apontou para o garoto loiro a pular corda com Annia. - E aquela professora. Mas ela já está aqui há duas semanas, em média. O menino que chegou ontem.

– Quanto tempo até Annia ter férias?

– Ela e os outros de minha turma só estão aqui ainda para cumprir dias. Em menos de uma semana e já estarão de férias.

– E o que faz um aluno se mudar no final? - ele se levantou, ágil como um felino, na direção de Annia. Quando ela o viu, correu em sua direção, ignorando o menino que pedia permissão para tocar em seu colar.

– Não aguentou de saudade, foi? - ele a olhou severamente.

– Quando eu disse que não deveria permitir ninguém de tocar em seu colar, Annia, estava sendo literal.

– Para de brigar, Loki. É meu ami... - ele a interrompe.

– Procure seu tal amiguinho agora, Annia. - ela olhou de novo para lá, não encontrando mais o menino. - Vou deixar você com Sarah. Vamos.

Ela foi reclamando, enquanto ele a arrastava. Sarah ria da cena, achando graça do cuidado dele e da impaciência dela.

– Loki, você precisa de uma barbie na sua vida pra amolecer seu coração e deixar de ser tão ruim. - Annia disse.

O moreno havia sentado no banco novamente, recordando do desenho infantil.

– Não preciso de uma boneca aparentemente perfeita e impossível, Annia. Gosto de pecados... de ver a beleza escondida. - disse normalmente, sabendo que ela era pequena demais para notar a malícia ali.

– Então você prefere princesas? - ela provocou, fazendo a professora rir ao lembrar do novo apelido.

– Não encontrei tantas assim ao longo da minha vida. Mas asseguro que sempre tem aquela que cativa mais.

– E você é feliz desde que horas? - ela saltitava sozinha, com a corda.

Loki se levantou, respondendo.

– Poderia dizer desde as três... mas só venho às cinco para cá.

Fez referência à frase do Pequeno Príncipe e saiu. Annia já havia se acostumado com a forma de Loki, então nem reclamou. Sarah disse para a menina esperar e foi até ele.

– Pelo visto aprendeu a gostar de nossa literatura também, não?

– Aprendi a gostar de coisas bem mais interessantes que os livros que leio para Annia.

– Que coisas?

– Muitas. Uma você encontra mais tarde, depois do jantar. 19h00 sem falta. Eu e Annia aguardamos ansiosamente.

Aquilo parecia mais uma intimação que um convite. E de qualquer forma, ela não o perderia. Saiu sorridente dali, levando a criança negra e mais algumas para dentro. Ainda havia mais tempo ali.

Com o passar das horas, mesmo que tentasse se conter, Sarah continuava curiosa. O que afinal, que Loki gostava na Terra, veria depois do jantar? Mais um motivo para não o perder.