— Lia pare de roer as unhas - Fatinha susurrou no meu ouvido , com uma expressão brava e deu um tapa na minha mão . Massageei o local afetado e a olhei feio . Poxa , tava um tédio .Já passava das 3 da manhã e poucas pessoas se encontravam na boate , algumas já completamente bêbadas e outras ainda tinha pique pra balançar o corpo na pista onde alguns jovens ainda dançavam . A música eletrônica ainda rodava , animando o povo a todo momento . Girei os olhos e usei os mesmos pra ver se encontrava Dinho em algum lugar , quando me deparei com a cena quase vomitei .

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— Aghr , vou matar esse idiota por ter nos abandonado aqui - Eu disse e Fatinha me olhou confusa . Apontei pra onde olhava e ela também arregalou os olhos com a cena patética , sorrindo marota.

— Que pegada eim , Adriano tá de parabéns - disse , observando ele aos beijos com uma qualquer que eu não conhecia , no canto da boate . Os dois tava quase se engolindo ali .

— Eu não digo o mesmo , os outros garotos sumiram , ele o único que restava custava nos fazer companhia ?? - Cruzei os braços , girando os olhos em uma expressão emburrada .

— Eu tô bem com você . Relaxa Lia , olha vamos pegar alguma coisa pra beber e ver no que dá - Fatinha sugeriu.

— Como vamos enganar o Barmam se somos menores de idade ?? - Indaguei - lhe , com receio de dar alguma coisa errada . Eu também não estava mais aguentando aquele tédio , enquanto os outros se divertia a gente tava parada igual poste apenas observando , eu não vim aqui atoa e depois vou matar Adriano por isso .

— Lia , aprenda comigo . Eles não tá nem aí , tem vários adolescentes como nós enchendo a cara . Eles só querem vender e dane - se o resto - Ela explicou , suspirei pesadamente e dei de ombros . Fatinha deu uns pulinhos de alegria e puxou meu braço me arrastando até o bar . Nos encostamos no balcão e ela chamou o cara que aparentava ter uns 25 anos eu acho , ele se aproximou sorrindo .

— E então o que vão querer ?? - Perguntou nos encarando

— A bebida mais forte que você tiver aí - Fatinha respondeu e o barmam assentiu virando as costas pra atender o pedido dela , arregalei os olhos surpresa

— Tá maluca ?? Vamos sair daqui direito pro hospital

— Relaxa rockeira , é só saber se controlar - Ela disse como se não fosse nada

— Acontece Maria de Fátima , eu nunca bebi - Falei preocupada e ela começou a rir da minha cara

— Nem eu !! Tamo junto nessa loira - disse simplismente . Dei de ombros novamente, desviando o olhar do barmam colocando nossas bebidas no copo e parei em Dinho ainda engolindo a boca daquela vaca que não conhecia . Mas já era uma vaca , aliás porque eu tô me importando tanto com isso ?? Rolei os olhos e quando dei por mim o barmam já tinha nos servido . Encarei aquele líquido transparente no copo e olhei pra fatinha que já tinha engolido a bebida de uma só vez , e sua expressão era engraçada devido a careta que tinha feito

— Forte até demais - concluiu , sorrindo - Sua vez - Apontou pro meu copo . Peguei o mesmo e a imitei , tomando o líquido de uma vez só o sentindo atravessar minha garganta quase rasgando - a . Foi impossível não fazer careta . Continuamos nesse ritmo , até que perdi as contas de quantas doses daquela eu tinha tomado . Fatinha já estava na mesma situação que a minha , até que abandonou o copo e foi pra pista de dança se juntar com os outros cambaleando , mal conseguindo ficar de pé . Encarei ela , confusa e a periguete me chamou com o dedo . Rolei os olhos colocando meu copo no balcão e fui até onde ela estava , tropeçando no meus próprios pés . Por pouco não cai e quando parei , tive que me segurar em fatinha pra conseguir manter meu equilibro .

(...)

Meia hora depois , eu já estava mais solta e dançava sensualmente ao lado de fatinha . O dj revezava entre músicas eletrônicas e funk , eu não sabia dançar nenhum dos ritmos apenas me deixei levar pela música e a bebida . Quando dei por mim , já rebolava até o chão

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— LIA - Dinho apareceu no meio da multidão , gritando meu nome . Por conta da música alta , as pessoas na pista nem ligaram .

— Oi parceiro - Sorri , mexendo meu corpo em sintonia com a música . Ele gargalhava enquanto se aproximava , esbarrando nas pessoas até chegar em mim

— O que deu em você ?? Que eu saiba tu odeia funk - Disse surpreso , a voz um pouco alterada para que eu ouvisse

— O que umas dose de vodka e tequila não faz - dei de ombros mas não parava de me mexer , ele arregalou os olhos e Encarou fatinha com a mesma expressão

— Maria de Fátima , o que você fez com ela ?? - Exclamou alterado , agora com raiva .

— Nada fofo , apenas bebemos muitoooo enquanto você tava se atracando em um canto qualquer com sua nova peguete - Maria de Fátima é das minhas . Sorri pra ela , e Dinho rolou os olhos

— Porque não vai lá e volta a engolir a boca dela ?? - Sugeri , ele franziu o senho e gargalhou

— Tudo isso é ciumes ?? - Perguntou convencido como sempre

— Ah vai ver se eu tô na esquina - Esbravejei, parando de dançar e agora encarando o idiota

— Hey hey , o que tá acontecendo aqui ?? - Bruno se aproximou , encarando o trio .

— Essas duas aí - Dinho apontou o dedo em minha direção e pra fatinha - Beberam demais

— Quem manda deixar suas amigas sozinhas - Fatinha disse emburrada , cruzando os braços . O garoto rolou os olhos mais uma vez e encarou Bruno como se perguntasse com o olhar o que fariam com a gente .

— Eu tive uma idéia - Disse meu amigo e o Encarei sem entender . Ele me pegou pela cintura e jogou meu corpo contra suas costas , como se fosse um saco de batata . Algumas pessoas pararam pra observar a confusão , mas quem liga ?? Comecei a me debater contra Adriano na tentativa de voltar pro chão mas era inútil . Ele era mais forte que eu e me carregava até a porta da saída enquanto Bruno fazia o mesmo com fatinha , mas indo em outra direção

— Seu idiota eu não queria sair de lá - Bufei , rolando os olhos . Ele reprimiu o riso e me colocou no chão , sem soltar meus braços

— Lia você não consegue nem mais parar em pé , se continuasse lá sabe Deus o que aconteceria com você

— Dane - se , eu . . . - não consegui terminar de falar . Minha visão começou a rodar , e tive que me segurar em Dinho pra não cair . A ressaca dava dando sinal de vida

— Vem , vou te levar pra minha casa - Envolveu a mão em minha cintura e fez uma careta

— Você tá fedendo , Credo - Disse e o olhei feio . Não precisava de confirmação pro meu estado deplorável

— Agora aguenta . Se você não tivesse me abandonado talvez eu ainda estaria sóbria , apenas me divertindo com você - reclamei , emburrada

— Vamos discutir isso amanhã . Não vou te levar pra casa porque sei que seu pai vai te deixar de castigo pro resto da vida se você chegar nesse estado -

— Valeu pela compreensão - Rolei os olhos , e o assunto se encerrou ali . Eu concordei em ir pra casa dele , afinal o mesmo tinha razão . Aguardamos alguns minutos até que o táxi que Dinho havia chamado chegou , ele me ajudou a entrar no carro já que eu cambaleava e sentia que poderia vomitar a qualquer momento . Rezava mentalmente pra que de fato , não acontecesse no táxi do pobre homem . Dez minutos depois chegamos em sua casa , durante o caminho liguei pro meu pai avisando que dormiria na casa da fatinha , o que era uma enorme mentira mas enfim ele tava meio grogue devido às circunstâncias de te - lo acordado em plena 4 da manhã em um dia de folga porque não faria plantão no hospital hoje , então nem se importou.

Antes de entrar no apartamento do meu amigo , vomitei ali na calçada mesmo enquanto ele olhava pra tudo aquilo com nojo . Riria muito da minha cara amanhã , mas nem liguei . hoje eu só queria dormir e esquecer dessa maldita ressaca.