The Feeler

Metalinguagem


Metalinguagem

Há palavras em cada linha que escrevo...

Há sentimento em cada verso que gracejo...

Há sofrimento em cada passado que esqueço...

Há esperança em cada poema que vicejo...

Não há canção nas rimas que canto,

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Só o pranto de um texto profano.

Encantado por palavras complicadas,

Ou ilógicas às análises da fala.

Porque em minha canção não há melodia para acompanhar,

Só, talvez, o som da chuva e do vento irregular.

Que seguem aos meus versos como a um estranho charme,

De cor azul celeste, no escuro horizonte escarlate.

Não há métrica nos trocadilhos que descrevo,

Mas sim terras das costas que caem de um relevo,

De encostas íngremes de puro desespero.

Há dúvidas que semeiam o medo,

Ou o imaginário, o perdido, o anseio.

Às faces que leem nesses versos,

A insanidade proferida por uma alma presa a um caixão.

Ouçam a voz do meu grito então...

Que não rima versos de paixão,

Que mais chora pelos dias frios de solidão,

Que encontra em donzelas o clamor da rejeição.

Ouçam, então, a voz que grita do caixão...

Que descreve as dores, as perdas, os amores, a desilusão,

Que critica o banal com sutil aclamação,

Que homenageia os astros, as luzes, a natureza e a escuridão.

Há em meus poemas,

A neve que sempre cai junto ao frio.

Há em meus versos,

A solidão de um jovem coração senil.

Há em minhas palavras,

A garota que ao meu amor sorriu.

Há em meus sentimentos,

A vida que em mim sempre existiu.

A vida das noites frias em que a saudade que você me faz,

Vem a mim em forma de poesia que eu simplesmente...

Preciso escrever!

~Gabriel.