Retrato de Família

Deixando Bianca de Lado


Cobra e Jade já estavam juntos há três meses. Duca, Karina e Vicki estavam sempre os encobrindo e os ajudando a se esconder.

Duca e Cobra acabaram se tornando grandes amigos, os melhores. O que não agradou nada a Bianca que se irritou com o irmão por fazer amizades com seu ex namorado, mas Cobra não se importou e Gael repreendeu Bianca por ser tão controladora.

Duca começou a namorar Nat e Karina estava finalmente o superando.

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Enquanto isso, João continuava desconfiado do relacionamento de Cobra e tentava investir em Bianca, mas ela estava começando a se entender com Henrique.

Cobra, Duca e Karina, estavam apoiados nas cordas do ringue olhando para Gael no escritório.

— Tá pronto? – Perguntou Duca.

— Não. – Admitiu Cobra. – Mas eu não tenho escolha.

— Você tem certeza que quer fazer isso? – Karina mordeu o lábio inferior.

— Eu preciso. – Cobra suspirou e se levantou.

— Você pode fazer isso, irmão. – Duca se levantou também e colocou as mãos no ombro no amigo para apoiá-lo. – Força, parceiro.

— Valeu, parceiro. – Cobra sorriu inseguro.

Karina bateu delicadamente a mão nas costas do irmão.

— Boa sorte, irmão. – Desejou Duca.

Cobra suspirou e saiu do ringue.

Duca e Karina se apoiaram novamente nas cordas enquanto assistiam Cobra entrar no escritório.

Cobra bateu levemente na porta aberta.

— Pai, posso falar com você? – Ele perguntou inseguro.

— Mas é claro, meu filho. – Gael sorriu e apontou a cadeira a sua frente. – Entra, senta, vai.

Cobra fechou a porta, se sentou na cadeira de frente a Gael e olhou para Duca e Karina pela janela de vidro. Os dois sorriram e fizeram gestos positivos com os polegares para incentivar Cobra.

Cobra suspirou de novo e olhou para o pai.

— Então, pai. – Ele começou. – Você sabe que eu estou saindo com uma garota há um tempo, né?

— Eu sabia que você tava saindo, agora que é com uma garota só, é novidade pra mim. – Gael piscou para o filho brincando.

Cobra riu fracamente e abaixou o olhar.

— É, é com uma garota só. – Confirmou o filho.

— Ela deve ser especial. – Gael sorriu orgulhoso.

— Ela é. – Garantiu Cobra.

— Então, como ela é? – Perguntou Gael contente. – Eu conheço?

— Ela é demais, linda, sexy, divertida. – Começou Cobra. – E você conhece sim.

— E quem é? – Gael se animou.

— Esse é o problema. – Confessou Cobra deixando Gael confuso. – É a Jade.

O sorriso de Gael congelou em seu rosto, embora seus olhos demonstrassem pavor.

— Jade? – Ele saiu de seu estado de choque. – Jade, A Jade?

— É. – Assentiu Cobra.

— Jade Gardel? – Continuou Gael. – A dançarina da Ribalta, filha do Ed e da Lucrécia que por acaso odeia a sua irmã?

— Essa mesmo. – Cobra suspirou.

Gael arregalou os olhos chocado.

— Cobra, você ficou maluco? – Preocupou-se Gael.

— Eu sei o que você tá pensando, pai, mas eu gosto mesmo dela. – Defendeu-se Cobra. – E ela gosta de mim também. A gente tá junto tem um tempo já e isso não afetou a Bianca ainda.

— Porque ela ainda não sabe. – Lembrou Gael.

— E não tem que saber por enquanto. – Disse Cobra. – Pelo menos até as coisas estarem sérias mesmo entre a gente e elas fizerem as pazes. A Jade tá tentando se entender com a Bianca.

— Imagina se não estivesse. – Gael riu sarcasticamente.

— Não é fácil pra ela. – Informou Cobra. – Ela tá tentando sozinha, a Bianca não tá tentando e nem ao menos sabe que a Jade está. E elas se detestam há muito tempo, tem muita coisa uma contra a outra, não é fácil pra ela mudar agora, mas ela tá tentando por minha causa. Você tem que admitir que as brigas diminuíram nos últimos meses.

— É. – Concordou Gael sarcasticamente. – Agora elas não são expulsas da aula três vezes por semana, é só uma vez por semana.

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— Vai, já é um avanço.

— Não, Cobra, não é. – Discordou Gael. – É um retrocesso. Isso é o que elas já brigavam antes de você chegar aqui. Antes de você se envolver com a Jade, antes daquele rolo delas com o Paulista e o Duca terminar com a Bianca. Elas tinham aumentado muito a intensidade das brigas e da agressividade uma com a outra depois que isso tudo aconteceu. Agora elas só voltaram ao normal.

— Mas elas podem melhorar. – Iludiu-se Cobra.

Gael suspirou, apoiou o cotovelo na mesa e pressionou as pálpebras com os dedos.

Cobra abaixou a cabeça e disse:

— Eu gosto da Jade, gosto muito mesmo e eu não vou abrir mão dela nem por você e nem pela Bianca.

Gael levantou a cabeça e olhou penoso para o filho.

— Você gosta mesmo dela?

Cobra levantou a cabeça e seus olhos encontraram os do pai.

— Gosto.

— E você acha que ela gosta de você na mesma proporção?

— Eu tenho certeza.

— Então a gente vai dar um jeito nisso. – Gael cedeu e Cobra sorriu. – A Bianca não vai ser a primeira e nem a última garota na Terra a odiar a namorada do irmão. A gente vai dar um jeito nisso.

— Valeu, pai. – Cobra sorriu abertamente. – Eu queria que você conhecesse ela de verdade.

— Tá. – Gael deu de ombros. – Vamos marcar um jantar então.

— Mas a Bianca não pode ir. – Pediu Cobra. – Ela não tá pronta pra saber ainda.

— Claro. – Concordou Gael.

— Valeu mesmo, pai. – Cobriu sorriu ainda mais. – Pode ser no sábado?

Gael confirmou.

Cobra levantou animado.

— Você não vai se arrepender, pai, eu juro. – Ele disse já abrindo a porta. – Você vai amar ela.

— Eu espero que sim. – Balbuciou Gael enquanto o filho saía feliz do escritório.

Ele correu pra Duca e Karina que conversavam com Nat.

— E ai? – Duca e Karina perguntaram assim que ele se aproximou.

— Deu tudo certo. – Cobra comemorou. – Ele concordou.

— UHUUUULL! – Duca e Karina comemoraram também.

— Concordou com o que, gente? – Nat riu.

— Acho que já que nós somos amigos, agora eu já posso te contar. – Cobra começou sorridente. – Mas você tem que prometer que não vai contar pra Bianca.

— Claro, porque eu e a Bianca somos grandes amigas, ela me adora. – Debochou Nat. – Então é óbvio que qualquer segredo que você compartilhasse comigo eu ia correndo contar pra ela.

Cobra riu.

— Nossa, você tá feliz, hein? – Nat sorriu.

— Minha felicidade tem nome e sobrenome. – Confessou Cobra.

— E quem é a garota sortuda? – Nat arqueou as sobrancelhas divertida.

— Eu tô namorando a Jade Gardel.

O queixo de Nat caiu e ela ficou sem ação.

— AI. MEU. DEUS. – Ela conseguiu dizer.

Duca e Karina riram.

— É, achei sua reação bastante apropriada. – Brincou Duca.

— E meu pai concordou em conhecê-la, mas eu preciso de um favor seu. – Cobra voltou-se para Duca.

— Pode falar, parceiro, você sabe que eu tô com você nessa.

—OXOXOXOXOX-

Jade desceu as escadas conversando com Vicki e quando chegou ao fim, Duca a interceptou.

— Jade, posso falar com você? – Ele perguntou.

— Claro, Duca. – Concordou Jade.

Ele a puxou para um canto e Vicki ficou esperando os dois na porta.

—O-

Bianca estava descendo as escadas quando viu Jade se afastar para um canto com Duca enquanto Vicki ficava na porta de sentinela.

Bianca achou a cena toda muito estranha.

“Será que o Duca tá tendo um caso com a Jade?” – Pensou Bianca.

Ela se surpreendeu ao perceber que o pensamento feria mais o seu orgulho do que lhe causava ciúmes. Ela achou isso bom, provavelmente significava que ela finalmente estava superando Duca, embora não gostasse NADA da ideia dele e Jade juntos.

—O-

— O Cobra conseguiu marcar o jantar com o mestre no sábado. – Informou Duca.

Jade ficou dão feliz que sorriu, deu pequenos pulinhos batendo palmas e depois se jogou no pescoço de Duca o abraçando.

Duca deu risada e a abraçou de volta.

— Tá dando tudo certo. – Ele disse. – Você só tem que ficar pronta no horário combinado e eu mesmo vou te buscar.

Jade se separou dele ainda sorrindo.

— Ai, Duca, isso é ótimo. – Ela comentou. – Eu tô tão feliz.

— Eu tô vendo. – Duca riu enquanto ela se balançava.

— Eu também. – Comentou Bianca irritada.

Duca e Jade se voltaram para ela e a viram parada de braços cruzados, com o olhar raivoso e Vicki ao seu lado com o cabelo bagunçado e passando a mão na canela que Bianca havia chutado para chegar até Duca e Jade.

Vicki balbuciou um “desculpa” para os amigos e isso serviu para que a alegria de Jade passasse e ela se voltasse irada para Bianca.

— O que vocês estavam combinando? – Perguntou Bianca.

— Isso não é da sua conta. – Devolveu Jade.

— Jade, deixa pra lá. – Pediu Duca. – Lembra da sua promessa.

— Tá tudo bem, Duca. – Garantiu a bailarina. – Eu e a Bianca só estamos conversando. Além do mais, foi ela que veio até aqui, me seguiu, bateu na minha melhor amiga e interrompeu a nossa conversa.

— Jade, esquece. – Aconselhou Vicki.

— É, esquece, Jade, você sabe que não pode comigo mesmo. – Provocou Bianca.

Jade estava pronta para revidar, mas por trás do ombro de Bianca, ela pode ver Cobra rindo com Karina e seu sorriso a motivou.

Jade fechou os olhos e respirou fundo.

— Vamos, Duca. – Ela puxou Duca pelo braço e se afastou com ele e Vicki deixando Bianca boquiaberta.

Ela ainda lançou um último olhar raivoso para Bianca antes de sair, mas não disse mais nenhuma palavra.

— Jade, eu estou orgulhosa de você. – Elogiou Vicki.

— Eu também. – Duca sorriu.

— Foi muito difícil. – Admitiu Jade.

— Mas você conseguiu. – Vicki segurou os ombros da amiga em apoio. – E isso é o que importa.

Jade suspirou e assentiu.

—OXOXOXOXOX-

João entrou no quarto e encontrou Cobra mexendo em seu notebook.

— Eu ouvi o seu pai falando com a minha mãe sobre um jantar muito importante no sábado. – João comentou com uma falsa inocência fazendo Cobra sorrir debochado. – Eu não entendi direito, mas pelo que percebi tinha alguma coisa haver com você.

— É. – Concordou Cobra imitando a falsa inocência do amigo. – Eu vou apresentar a minha namorada pra vocês.

— Legal. – João tentou conter a animação. – E você finalmente vai me contar quem ela é?

— Vou. – Assentiu Cobra.

Ele fechou o notebook e o guardou.

— Senta aqui. – Ele apontou para a ponta da cama.

João correu e se sentou de frente a Cobra.

— Antes que eu diga o nome dela, você tem que prometer que isso não vai sair daqui. – Disse Cobra.

— Tá, claro, mas no sábado todo mundo vai saber mesmo. – Brincou João.

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— Você não pode contar pra Bianca. – Alertou Cobra.

— Tá, eu só consolo ela no sábado. – João sorriu.

— Ela não vem no sábado. – Avisou Cobra. – Mas a Vicki vem.

— Espera. – Estranhou João. – Por que é tão importante que a Bianca não saiba quem é a sua namorada que ela nem vai estar no seu jantar de apresentação da namorada pra família? E por que a Vicki vai? – João fez uma pausa. – Cobra, quem é a sua namorada?

— A Jade. – Esclareceu Cobra.

João arregalou os olhos e abriu a boca surpreso. Ele olhou ao redor do quarto, se levantou e começou a andar envolta da cama com os braços abertos ainda de olhos arregalados e boca aberta tentando dizer alguma coisa, mas sem conseguir emitir som algum.

Ele finalizou sua cena dramática caindo de joelhos na frente de Cobra, ergueu os braços e abriu ainda mais a boca.

Cobra se limitou a dizer:

— É, essa Jade.

— Como? – João conseguiu dizer se recuperando.

Ele se levantou e voltou a se sentar na cama de frente a Cobra.

— Foi depois que eu dei carona pra ela na noite em que ela terminou com o Paulista. – Explicou Cobra. – A gente meio que começou a sair e rolou.

— Mas tão cedo? – Chocou-se João. – Cobreloa, foi no mesmo dia que você se mudou pra cá. Quer dizer que vocês estão juntos desde que você se mudou pro Rio.

— Tecnicamente não. – Negou Cobra. – A gente não ficou aquela noite, só rolou um clima. A gente foi se pegar alguns dias depois daquilo. E a gente nem tá namorando oficialmente ainda. Só vai ser oficial no final de semana.

— E ainda assim a Bianquinha não pode saber de nada?

— A Bianca não tá pronta pra saber da minha história com a Jade ainda. – Cobra suspirou. – E eu não tô pronto pra aguentar os chiliques de adolescente dela. A Bianca é minha irmã e eu a amo, mas ela é muito mimada e sempre quer as coisas do jeito dela. Só que eu não vou desistir da Jade só pra satisfazer aos caprichos da princesinha.

João assentiu.

— Caramba. – Ele comentou. – Que novela.

— Nem me fale. – Lamentou Cobra.

— Então. – João sorriu malicioso. – A Jade?

Cobriu riu.

— Ela é super gostosa.

— Você nem faz ideia. – Cobra sorriu.

— Ah, mas eu imagino. – João comentou sonhador.

Cobra deu um tapa na cabeça dele.

— Ai. – Reclamou João.

— Agradece que foi na cabeça de cima e não na de baixo. – Ralhou Cobra. – Tá maluco, irmão? Você vai ficar imaginando a minha mina aí. Tá tirando?

— Ah, foi mal. – Desculpou-se João. – Mas é que é a Jade, né. É difícil não imaginar. E além do mais foi você mesmo que disse que ela não é a sua namorada.

— Não é AINDA. – Enfatizou Cobra. – Mas será, e em breve.

— Tá bom. – João deu de ombros e depois sorriu malicioso de novo. – Então quer dizer que a Vicki vem jantar com a gente no sábado?

— Ela e o Duca. – Confirmou Cobra.

— Ai eu gostei. – João sorriu e arqueou as sobrancelhas.

— Por quê? Tá a fim do Duca? – Caçoou Cobra. – Você sabe que ele tem namorada, né?

— Qual é, Cobreloa? Tá me tirando, meu?

Cobra riu e João fez-se de ofendido, mas acabou rindo com o amigo.

—OXOXOXOXOX-

— Lembrem-se que vocês prometeram que seriam legais. – Disse Jade. – Tratem ele bem. Sempre que vocês pensarem em dizer alguma coisa desagradável, lembrem que eu gosto MUITO MESMO desse cara.

— Jade, você já disse isso uma centena de vezes. – Disse Lucrécia cansada.

— Jade, ninguém duvida dos seus sentimentos por esse cara. – Completou Ed. – Você não chegaria tão perto de alguém que é parente da Bianca se não gostasse “MUITO MESMO DESSE CARA” – Ed imitou a filha.

A campainha tocou e Jade foi abrir.

— Lembrem-se: sejam legais, POR FAVOR.

Ed e Lucrécia assentiram e Jade abriu a porta.

Cobra estava mais arrumado do que o normal e bastante nervoso.

— Oi, amor. – Jade sorriu ao vê-lo e lhe deu um selinho.

— Oi. – Ele respondeu nervoso.

Jade o puxou para dentro de casa.

— Mãe, pai, este é o Ricardo Cobreloa Duarte. – Jade fez as apresentações. – Amor, esses são os meus pais, dona Lucrécia e Edgard.

— Muito prazer. – Cobra estendeu a mão.

Ed e Lucrécia aceitaram a mão do garoto meio a contragosto.

— E essas flores, são pra mim? – Jade sorriu olhando para o buquê que Cobra carregava.

— Não. – Cobra olhou para o buquê se lembrando. – São pra senhora.

Ele estendeu o buquê a Lucrécia que aceitou as flores surpresa.

— Muito obrigada, Ricardo, é muita gentileza sua. Não havia necessidade. Elas são lindas, muito obrigada mesmo.

— Imagina, foi um prazer. – Ele sorriu com um pouco mais de sinceridade.

— Por que você não se senta, Cobra? – Ed convidou.

Os quatro foram para a mesa de jantar e se sentaram.

— Então, Ricardo, a Jade me disse que você é de Goiânia. – Começou Lucrécia.

— Exatamente, dona Lucrécia, nascido e criado. – Confirmou Cobra.

— E você ainda tem família lá? – Perguntou Ed.

— Minha mãe e dois irmãos mais novos. – Respondeu Cobra.

— E você se mudou para o Rio pra estudar com o seu pai, o Gael? – Continuou Lucrécia.

— Isso mesmo, dona Lucrécia.

— O seu pai é um grande homem, Cobra. – Comentou Ed. – Um tanto bronco, mas um grande homem.

— É verdade. – Concordou Lucrécia. – Espero que você seja parecido com ele.

— Eu vou ficar feliz se for a metade do homem que meu pai é, dona Lucrécia. – Disse Cobra.

Lucrécia e Ed sorriram em aprovação.

— O Cobra é muito parecido com o Gael sim. – Garantiu Jade. – Os dois são ótimos homens.

— Você e seu pai são muito próximos? – Questionou Lucrécia.

— Somos, sim, senhora.

— O Cobra é muito apegado a família dele, mãe. – Jade sorriu.

— A família toda? – Indagou Ed.

Cobra hesitou um minuto e trocou um olhar significativo com Jade antes de responder:

— Sim, senhor.

— Isso pode ser um problema. – Lembrou Lucrécia.

— Eu não pretendo deixar que se torne um problema, dona Lucrécia, pra ninguém, eu garanto.

Lucrécia assentiu em concordância.

— E você é lutador? – Ela prosseguiu.

— Sim, senhora.

— Como o seu pai. – Comentou Ed.

— Como o meu pai. – Cobra sorriu.

— Eu nunca gostei muito de lutas. – Confessou Lucrécia. – Acho perigoso, agressivo e desnecessariamente violento. Pra mim alguém que pratica um esporte desse tem muita raiva acumulada.

— Mãe. – Repreendeu Jade.

— Tá tudo bem, Jade. Posso garantir que isso não é verdade, dona Lucrécia. – Afirmou Cobra. – É claro que há pessoas que entram nisso, porque tem instintos violentos mesmo, mas a maioria das pessoas está lá realmente pelo amor ao esporte. Como eu. Eu posso garantir que não há nenhuma raiva acumulada em mim, especialmente depois que conheci a sua filha.

Jade alargou o máximo permitido o seu sorriso e seus olhos brilharam.

— Você precisa ver o Cobra lutando, mãe. – Disse ela. – Ele é MUITO bom.

— É. – Concordou Lucrécia. – Quem sabe um dia?

Cobra sorriu para ela.

—X-

O jantar se passou tranquilamente e ao seu decorrer, Cobra se sentiu mais tranquilo e foi mais espontâneo, agindo naturalmente.

No final do jantar, Edgard e Lucrécia já estavam quase tão apaixonados por Cobra como sua filha e até esqueceram que ele era irmão da garota com quem Jade tinha brigas constantemente. Eles acharam Cobra um ótimo garoto, muito parecido com o pai, um pouco bronco, mas de bom coração.

No fim da noite Jade acompanhou seu namorado até a porta e saiu um minuto com ele.

— Eles amaram você. – Ela comentou alegremente.

— Eles são gente boa. – Disse Cobra aliviado.

— Então fim do primeiro ato. – Ela brincou.

— E amanhã tem o round dois. – Ele continuou.

— É. – Jade concordou preocupada.

— Relaxa. – Ele colocou as mãos nos ombros dela.

— E se o resto da sua família gostar de mim tanto quanto a sua irmãzinha querida? – Preocupou-se ela olhando para suas mãos mexendo nervosamente.

— Eles vão te amar tanto quanto eu. – Garantiu Cobra.

Jade olhou imediatamente para ele.

— Você acabou de dizer que me ama? – Ela sorriu.

— Eu não disse não. – Cobra a soltou e deu um passo para trás.

— Você disse sim. – Ela riu.

— Eu não disse não. – Ele negou. – E além do mais você já tem a vantagem de que o João e a Karina te amam e a Dandara também gosta muito de você. E o Miguel não gosta de ninguém e gosta de todo mundo, então você só tem que se preocupar mesmo é com o meu pai. E ele tem bom gosto, então eu sei que ele vai gostar de você.

— Tá bom. – Jade sorriu.

— A gente se vê amanhã. – Cobra se aproximou e a abraçou.

— Até amanhã, Vagabundo. – Ela acariciou o rosto dele.

— Boa noite, Dama. – Ele a beijou e depois saiu.

Jade se encostou ao batente da porta assistindo a partida do namorado.

— Mas ele disse que me ama. – Ela sorriu antes de entrar em casa e fechar a porta.

—OXOXOXOXOX-

Cobra passava nervosamente a mão pelo cabelo. Ele puxou Karina que passou do seu lado.

— Você tem certeza que a Bianca vai ficar fora o final de semana todo? – Ele questionou.

— Já falei. – Karina revirou os olhos. – Eu convenci a Ruiva de que ela tava mal agora que o Duca e a Nat tinham começado a namorar oficialmente e que seria bom ela passar o final de semana com a melhor amiga dela e a Ruiva concordou.

— Tá. – Concordou Cobra nervoso.

— Cobra, relaxa, a Jade só vai conhecer o papai, sem grilo. – Acalmou Karina.

— Tá. – Repetiu Cobra.

Karina revirou os olhos e saiu e a campainha tocou.

— Ela chegou. – Murmurou ele. – Podem deixar que eu atendo.

Mas quando Cobra abriu a porta Pedro e Vicki é que estavam do outro lado.

— Ah, Vicki, que bom que você chegou. – Ele suspirou aliviado.

— Você parece nervoso. – Ela sorriu.

— Eu tô um pouco mesmo. – Confessou ele.

— Não se preocupa não, vai dar tudo certo. – Garantiu Vicki.

Cobra assentiu.

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— Ela ainda não chegou? – Perguntou Vicki.

— Não. – Negou Cobra. – Mas o Duca ligou, eles já estão vindo.

— Então daqui a pouco estão chegando. – Disse Vicki.

— Obrigado por ter vindo. – Agradeceu Cobra.

— Obrigada você pelo convite. – Vicki sorriu.

— Entra. – Cobra abriu espaço para Vicki e Pedro entrarem e os dois passaram por ele.

Assim que Vicki passou pela porta, João a devorou com os olhos e ela sorriu maliciosa para ele, então piscou para Cobra e foi até João.

Cobra riu e olhou para Pedro parado a sua frente.

— Obrigado pelo convite, Mestrinho Cruel. – Brincou Pedro.

— Tá. – Cobra deu de ombros. – Só lembra do que eu te falei e se comporta, Capiroto.

— Podexá. – Pedro fez uma reverência militar e foi até Karina.

Cobra olhou pro lado de fora uma última vez antes de fechar a porta.

— Cobra. – Chamou Gael. – Você me avisou da Vicki e o Duca, mas o que o Pedro tá fazendo aqui?

— Eu convidei ele também.

— Cobra, este jantar é pra eu conhecer a SUA namorada ou todos os possíveis namorados de todos os meus filhos? – Questionou Gael. – Toda essa gente tava ontem à noite quando você foi conhecer os pais da Jade?

— Não. – Respondeu Cobra. – Mas eu ia conhecer só os pais da Jade, ela vem conhecer todo mundo, achei que ficaria mais confortável se a melhor amiga dela estivesse junto.

— Mas e o Duca e o Pedro?

— O Duca vem, porque ele é quem tá me ajudando com essa história toda. – Cobra deu de ombros. – E o Pedro eu chamei por causa da Karina.

— Eu pensei que você fosse proteger a sua irmã. – Lembrou Gael.

— E eu tô. – Garantiu Cobra. – Confia em mim, pai. Eu TÔ protegendo a Karina. O Pedro é um bom garoto e ele gosta mesmo da Karina, ele não vai magoar ela. E além do mais, ele morre de medo da gente, vai pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa que ela não queira.

Gael riu e balançou a cabeça.

— Tá, vou confiar em você nessa.

— Confia mesmo. – Pediu Cobra.

Gael confirmou e colocou a mão no ombro do filho.

—O-

— E então, Johnny. – Vicki sorriu maliciosa.

— E ai, Vicki. – João sorriu sem jeito.

— Bonita a sua casa. – Elogiou Vicki.

— Valeu.

— E onde é o seu quarto? – Ela perguntou.

João abriu a boca e ficou sem fala.

— Hãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. – Ele tentou dizer. – Eu divido o quarto com o Cobra.

— E onde fica? – Repetiu ela.

— É o último daquele corredor. – Apontou ele. – Você quer ver?

— Não. – Jogou ela.

— Ah. – Decepcionou-se ele.

Vicki sorriu divertida.

— Mas você sabe que eu tenho um show na sexta, não sabe? – Começou ela.

— Ah é, o Pedro me disse que vocês vão cantar na Aquazen.

— Se você for, eu posso te mostrar o MEU quarto depois. – Ela sorriu com a malícia que sempre usava com ele. – E eu não divido ele com ninguém.

— Tá. – Concordou João salivando.

— Tá? – Ela sorriu.

— Tá. – João concordou rapidamente animmado fazendo-a rir.

—O-

— Sabe, acho que fiz alguma coisa certa pro seu irmão me convidar pra esse jantar. – Comentou Pedro feliz.

— É, talvez. – Karina deu de ombros.

— Tomara que ele esteja começando a gostar de mim. – Torceu Pedro.

— Tanto faz. – Karina deu de ombros. – Só não esquece que a Bianca não pode saber de nada.

— Pode deixar, meus lábios estão selados. – Pedro fez um gesto de zíper fechando a boca. – Mas sabe, eles ficariam ainda mais colados com outros lábios colados neles.

Ele sorriu e Karina olhou para ele com sua melhor cara de: “Você tá brincando, né?”, embora no fundo sentisse vontade de dar risada.

— Tá. – Ela concordou. – Eu vou mandar o Cobra te dar um beijinho depois.

Pedro suspirou e abaixou a cabeça entristecido. Então Karina decidiu que Pedro já tinha investido demais nela, estava na hora dela retribuir um pouco antes que ele desistisse dela.

— Vocês têm um show na Aquazen sexta, né? – Ela começou.

— Sim. – Pedro voltou a encará-la alegremente. – Você vai, né? Eu te entreguei um convite.

— Eu sei, tá guardado. – Assentiu Karina. – Eu vou sim.

— Legal. – Pedro sorriu.

— E o que você vai fazer depois do show? – Perguntou Karina.

— Ah. – Pedro deu de ombros. – Depois da festa, acho que vou pra casa dormir.

— Mas e se você quiser ficar com fome?

— Daí eu peço pra minha mãe me fazer um sanduíche.

— Mas e se você quiser ver um filme? – Ela continuou.

— Daí eu escolho um no Netflix.

— Pedro, você quer parar de ser idiota. – Irritou-se Karina. – Eu tô aqui tentando chamar você pra sair comigo depois da festa.

— Você quer sair comigo? – Animou-se Pedro.

— Não. – Respondeu Karina. – Mas eu acho que você pode ficar com fome depois do show e eu podia te fazer companhia se você fosse comer alguma coisa.

Pedro sorriu e seus olhos se acenderam.

— Eu gostei muito dessa ideia. – Ele foi se aproximando dela e Karina permitiu.

— Iou. – Gael interrompeu.

Pedro olhou assustado para Gael e Karina olhou para o pai sem graça.

Gael estendeu seu braço entre os dois os separando e olhou significativamente para Pedro.

— Saquei, Mestre Cruel. – Pedro forçou um sorriso.

Gael sorriu irônico para ele.

Então a campainha tocou e todos olharam para a porta.

Cobra foi correndo atender e ajeitou o cabelo antes de abrir a porta.

Jade sorriu exuberante para ele assim que ele abriu a porta e ele devolveu o sorriso.

— Oi. – Ela disse.

— Oi. – Ele respondeu.

Os dois deram um selinho e ele abriu espaço para que ela e Duca entrassem.

— E ai, parceiro. – Duca o cumprimentou passando pela porta.

— E ai, parceiro. – Cobra respondeu apertando a mão dele.

Duca entrou e foi para perto de Gael, enquanto Jade parou perto de Cobra nervosa.

Cobra segurou a mão dela e a puxou para perto dos outros.

— Pai, esta é a Jade Gardel. – Cobra apresentou. – Jade, esse é o meu pai, Gael.

Jade tentou abrir seu sorriso mais esplendoroso, embora estivesse muito nervosa.

Ela estendeu a mão hesitante para ele, embora tentasse passar confiança.

Gael aceitou a mão dela com algum receio.

— É um enorme prazer conhecê-lo de verdade, seu Gael. – Ela sorriu.

— É, acho que a gente nunca conversou de verdade. – Notou Gael. – Normalmente a gente só se encontra quando eu tenho que separar uma briga entre e você e a minha filha.

— É. – Jade concordou sem graça.

— Huuuuuum, Dandara, a Jade chegou. – Cobra chamou tentando acabar com o clima.

Dandara entrou na sala secando as mãos em um pano de prato.

— Oi, querida. – Ela disse abraçando Jade.

— Oi, Dandara. – Jade sorriu sinceramente.

As duas se separaram e sorriram.

— Toma. – Jade entregou uma travessa para Dandara. – Minha mãe me ensinou que não é educado ir jantar na casa de alguém e não levar nada para colaborar. Eu sou um DESASTRE na cozinha, mas modéstia à parte eu faço um suflê de morango maravilhoso.

— Querida, não precisava. – Disse Dandara espiando o suflê. – Parece uma delícia mesmo. Não precisava mesmo se incomodar.

— Não foi incômodo nenhum. – Garantiu Jade. – Eu só espero que ninguém seja alérgico a morango.

As duas riram.

— Não. – Afirmou Dandara. – E aposto que todos vão adorar. O jantar tá quase pronto, fica à vontade.

— Ah, você não precisa de ajuda? – Questionou Jade. – Eu sou péssima na cozinha, mas posso te ajudar colocando a mesa.

— Não se preocupa com nada, meu amor. – Disse Dandara. – O João já colocou a mesa. Tá quase tudo pronto. Senta aí, conversa com o Gael e as crianças, daqui a pouco, eu chamo vocês.

— Tá. – Concordou Jade receosa.

A ideia de conversar com Gael a deixava nervosa.

Dandara sorriu e se virou para voltar a cozinha, mas se virou novamente para o casal em pé no meio da sala com Jade claramente nervosa e Cobra com um braço ao redor de sua cintura tentando lhe passar segurança.

— Sabem de uma coisa? – Disse Dandara. – Vocês ficam realmente lindos juntos.

Os dois sorriram honestamente e agradeceram a ela:

— Valeu, Dandara.

Dandara piscou e sorriu para os dois antes de voltar para a cozinha.

— Senta aí. – Cobra apontou para Jade o lugar no sofá ao lado de Vicki.

Jade assentiu, mas sorriu para Pedro e Karina antes de sentar.

— Oi, Pe, oi, Ka. – Ela acenou discretamente.

— Oi, Jade. – Karina abriu um grande sorriso para ela tentando motivá-la.

— E ai, Jade. – Pedro também sorriu.

Depois Jade voltou-se para João e Vicki.

— Oi, João. – Ela sorriu.

— Jade. – João sorriu e acenou com a cabeça.

Depois Jade se sentou ao lado de Vicki e a abraçou num cumprimento que era mais um pedido de socorro.

Gael separou Karina e Pedro e se sentou no meio dos dois.

Cobra se sentou ao lado de Jade e Duca de Pedro.

Vicki segurou a mão da amiga dando apoio a ela e Cobra colocou o braço no encosto do sofá próximo aos ombros de Jade.

— Então, Jade. – Começou Gael. – Você é dançarina, certo?

— Isso. – Assentiu Jade. – Mas eu atuo um pouco também.

— E você é aluna da Ribalta há muito tempo, né?

— Desde que meu pai começou a trabalhar lá.

— E você já estudou em outras escolas de artes antes? – Continuou o mestre.

— Nunca uma com uma academia de luta no andar de baixo. – Ela brincou.

Gael sorriu.

— Eu estudei em uma antes. – Informou Jade. – Mas eu saí de lá pra ir pra Ribalta.

— E já se arrependeu da decisão? – Indagou ele.

— Não. – Jade respondeu sem hesitar. – Houve momentos em que eu questionei minha decisão, mas a Ribalta é uma escola melhor do que a minha última e os professores são melhores e eu fiz meus melhores amigos lá. – Ela olhou para Vicki e ambas sorriram uma para a outra. – E além do mais, se eu nunca tivesse ido para a Ribalta, jamais teria conhecido seu filho.

Cobra e Jade se olharam e sorriram um para o outro e Cobra a puxou para um abraço e beijou o topo de sua cabeça.

— Ou a minha filha. – Destacou Gael.

Cobra e Jade respiraram fundo e Karina revirou os olhos.

— É. – Concordou Jade.

— Gael, o Miguel acordou. – Disse Dandara entrando na sala com o bebê nos braços. – Você pode ficar com ele um pouquinho só pra eu terminar o jantar, por favor.

— Claro.

Dandara entregou o filho ao marido, sorriu para os presentes e voltou pra cozinha.

— Será que eu posso segurar um pouquinho? – Jade pediu hesitante.

Gael olhou para ela desconfiado, mas lhe entregou o bebê.

Jade pegou o bebê com cuidado e sorriu.

— Oi, Miguel.

— Jade, você sabe que seu relacionamento com a Bianca é um problema, não sabe? – Questionou Gael.

— Pai. – Repreendeu Cobra.

— Pai, para com isso. – Pediu Karina.

— Eu sei. – Admitiu Jade. – O Cobra e a Bianca se adoram e eu e ela nos detestamos. Eu sei, Gael. Mas eu tô resolvendo isso.

— Não parece. – Disse Gael.

— PAI. – Brigou Cobra.

— Pai, por favor. – Murmurou Karina.

— Pega leve, mestre. – Sugeriu João.

— Tá tudo bem, ele tem razão. – Envergonhou-se Jade.

Vicki acariciou o braço da amiga.

— Mestre, a Jade tá tentando. – Garantiu Duca.

— Gael, eu sei que seus filhos são muito importantes pra você e o relacionamento deles também e eu tô atrapalhando isso...

— Eu só não quero que meus filhos que sempre se deram bem, comecem a brigar agora por sua causa. – Interrompeu Gael.

— Eu juro que também não quero isso. – Afirmou Jade. – A última coisa que eu quero é ficar entre os seus filhos, mas eu gosto muito MESMO do seu filho e eu não vou desistir dele por causa da Bianca.

— E o que vocês pretendem fazer? – Perguntou Gael. – Você e a Bianca vão brigar pelo Cobra até que só uma de vocês sobreviva?

— Não seria uma ideia tão ruim. – Caçou Jade fazendo todos exceto Gael rirem.

Gael abaixou a cabeça para disfarçar o sorriso e prendeu um riso.

— Eu acho que isso não vai dar certo. – Confessou Gael.

— Mas eu vou fazer dar certo. – Garantiu Jade.

— Por quê?

— Porque eu quero o seu filho mais do que já quis qualquer outra coisa na minha vida.

— Parece o capricho de uma garota mimada. – Observou Gael.

— Como a sua filha? – Desafiou Jade. – Você pode chamar de capricho, mas eu chamo de outra coisa.

Os dois se encararam profundamente.

— Você chama de que? – Cobra perguntou com um sorriso divertido.

Jade sorriu e o olhou maliciosa.

— Você disse primeiro. – Ela arqueou as sobrancelhas.

— Eu não disse. – Ele respondeu.

Os dois riram fracamente e Jade virou os olhos.

Miguel balbuciou e Jade começou a brincar com ele. Gael olhou para o filho e a namorada com muita atenção.

— Eu juro que não quero fazer nada pra arruinar sua família, Gael. – Ela continuou o discurso. – Mas eu não posso ficar longe do seu filho, é mais forte do que eu.

Cobra sorriu.

Duca, Pedro, João, Karina e Vicki também sorriram comovidos e fizeram:

— Owwwwwn.

Cobra e Jade riram.

— Você gosta de crianças, Jade? – Gael mudou de assunto.

— Desculpa? – Surpreendeu-se ela com a mudança repentina de assunto.

— Crianças. – Gael apontou para Miguel. – Você gosta?

— Ah. – Entendeu Jade. – Claro. Quem não gosta de crianças.

— Você é filha única, certo? – Perguntou Gael.

— Sou sim.

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— E pretende ter filhos?

— Um dia. – Assentiu ela. – Não tão cedo.

Gael sorriu.

— Claro. – Concordou ele.

— Por quê? – Provocou Jade. – Se você está sonhando com netos, o seu filho tem que me pedir em casamento primeiro.

Gael e Jade olharam para Cobra e riram da cara apavorada que ele fazia.

— Você tava brincando, né? – Gaguejou ele.

— Nunca vai saber. – Zombou ela e depois sorriu para Gael.

— E você tem outros interesses além de dança e atuação? – Prosseguiu Gael.

— Eu gosto de ver o seu filho lutar. – Brincou ela e os dois riram. – Acredite ou não, eu também gosto muito de enfermagem.

— Enfermagem? – Surpreendeu-se Gael.

— Sim. – Confirmou Jade. – É a minha segunda opção, se não der certo com a dança. – Ela riu.

— Isso é muito legal, Jade. – Gael sorriu.

— Você nunca me contou isso. – Ofendeu-se Cobra.

— Você nunca perguntou. – Jade deu de ombros sorrindo.

Ela e Gael sorriram.

— O jantar está pronto. – Anunciou Dandara.

— Então vamos. – Gael se levantou.

Todos sorriram e o acompanharam.

—X-

Cobra estacionou na frente da casa de Jade e ela sorriu.

— Fim do segundo round. – Ele brincou.

— E amanhã temos o terceiro ato. – Ela sorriu.

— O último. – Ele suspirou aliviado.

— Não, não. – Discordou ela.

— Não?

— Não. – Ela repetiu. – Você ainda não me apresentou a sua mãe.

— Jade, minha mãe tá em Goiânia. – Lembrou ele.

— E daí?

— Você é impossível, sabia? – Ele sorriu.

— Mas você me ama mesmo assim. – Jogou ela.

— É, amo mesmo. – Confirmou Cobra.

Os olhos de Jade brilharam como nunca e ela sorriu.

— Agora você disse. – Ela brincou.

— É. – Concordou ele. – Agora, eu disse.

Jade sorriu.

— Boa noite, Dama.

— Boa noite, Vagabundo. Até amanhã.

Os dois se beijaram e depois Jade desceu do carro.

Cobra esperou ela entrar e ligou carro. Ele sorriu e olhou para a casa dela mais uma vez antes de partir.