Temos Coxinha
Lysergsäurediethylamid
— Ainda não entendi porque estamos aqui. - Diz Ale ao se aproximar do bar.
— Vai beber o que senhor? - Diz o barman.
— Vodka, sem gelo.
— São 15 reais a dose.
— 15 Reais!? Com a dose eu também ganho a pulseirinha de Open Bar. - Pergunta Alexandre mas o barman não o responde e apenas olha com cara de confuso. - Esquece, me traz água. - Continua ele até que o barman se vira e ele grita. - Da bica!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Tá vendo, é por isso que te trouxe aqui. Você precisa relaxar. - Diz Rafa.
— Como posso relaxar se não consigo nem beber? - Indaga Ale, e chega o barman com a água. Ele a bebe devolvendo o copo.
— Você não precisa de álcool para se divertir! Venha, vamos curtir à noite. - Diz Rafa puxando-o pelo braço para a pista de dança onde eles encontram Myria e Jack que dançavam ao som de Lady Gaga. Rafaela entra no ritmo e logo as três estão dançando loucamente. Alexandre apenas mexe os ombros e os joelhos, com o tempo vai se deixando envolver pela música e em poucos minutos já está no meio das meninas tirando a camisa e dançando freneticamente.
— Rafaela! - Grita ele.
— Diga! - Ela responde.
— Por que estamos em formato de desenho animado? - Indaga ele e então para de dançar ao notar que seu corpo está azul e em sua cabeça tem um capuz branco.
— Não estávamos até você fazer o leitor perceber. - Responde Rafa enquanto para de dançar e se transforma em um cachorro amarelo com membros elásticos. Logo Ale olha para Myria e ela parece um arco íris com madeixas loiras, ele olha para Jack que se transforma em uma nuvem rosa com uma estrela na testa, e logo ele percebe que todos a sua volta parecem ter saído de um canal infantil.
— Por que você é um cachorro? - Pergunta Ale.
— Sério que essa é a coisa mais estranha que está vendo? - Responde Rafa.
— Eu tô ignorando o restante porque essa mistura de cores tá me dando dor de cabeça. - Responde ele.
— Isso é efeito do LSD. - Responde Myria
— Vocês me drogaram? - Ele se exalta mas logo sente sua cabeça latejar.
— Tava na sua água, aliás, você deve 10 dólares ao barman que também é meu traficante.
— Por que dólar? - Indaga ele.
— Porque o Real tá muito caro.
— Primeiramente, Fora Temer, segundamente, como vocês me drogaram assim? E se eu for alérgico? Nossa eu já estou sentindo minha garganta fechando.
— Para de frescura garoto, curte a balada. - Diz Rafa ao voltar a dançar.
— É sério, tá tudo ficando escuro, preciso sair daqui. - E então ele sai correndo para a saída, chegando lá, se escora na parede de um beco onde senta e começa a ver tudo girar em cores psicodélicas. Até que Rafaela chega acompanhada de Myria e Jack.
— Você está bem? - Pergunta Myria preocupada.
— Depende, você sempre teve menos de 1,50 de altura?
— Ele tá bem. - Conclui Myria.
— Por que você saiu? Deixa de ser careta e vamos curtir.
— Na boa, vocês me arrastam para uma balada gay, onde a bebida tá mais cara que o meu aluguel, me drogam e ainda quer me bater? - Indaga Ale.
— Não te batemos. - Diz Myria.
— Foi mal, tô pensando nas próximas cenas.
— E aí, vamos voltar? - Indaga Jack ainda dançando.
— Vocês eu não sei, mas eu estou voltando para casa. - Diz Alexandre se levantando com cuidado e se encaminhando para o início do beco de cabeça baixa.
— Ale! - Grita Myria.
— Deixa ele, talvez ar fresco e caminhar sozinho lhe deixe melhor. - Disse Rafa e então as meninas voltaram à balada. Mas ela estava errada, o ar puro de São Paulo junto daquele LSD fez com que ele fantasiasse coisas que jamais imaginaria existir, sua mente viajou por lugares exóticos e por mais que tentasse assimilar o que estava vendo, seu subconsciente e sua paranoia o fizeram ir além e o deixaram tão atordoado que mal conseguia olhar por onde andava. Mal notara os becos e ruas estranhas que estava entrando, quando se deu conta, estava no bairro chinês, mais precisamente no beco Chintuei. Alguns chineses e membros de gangues começaram a lhe cercar, Alexandre ainda meio tonto apenas disse:
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Vim em paz! - E fez um sinal com sua mão direita e começou a rir. Os homens mal encarados começaram a se entreolhar e cochichar sacando suas armas. Alexandre olhou aquela situação e começou a gargalhar, os chineses se entreolham e começam a atirar contra Alexandre. Uma rajada de projéteis passam por ele, porém nenhum o acerta e então ele começa a rir novamente. - Eu sou o protagonista, vocês não podem me matar! Agora, me levem até seu líder. - Diz Alexandre e levanta sua mão novamente. Os homens pegaram-no pelo braço e o levam para dentro de uma das portas de onde eles haviam saído. Eles passam pelos fundos de um restaurante e entram em um porão onde alguns homens se reúnem em torno de uma mesa, jogando um jogo de cartas.
— Chefe, ele quer falar com o senhor! - Disse um dos homens quando chegou perto da mesa. Um homem mal encarado se levanta da mesa e olha fixamente para Alexandre.
— Você não é o chefe. - Diz Alexandre e os homens se entreolharam confusos, de repente de trás desse homem enorme surge um outro bem baixinho. - Você sim é o chefe! Da pra ver pela trilha sonora que mudou e ficou mais sombria e realista. - Os homens ficam mais confusos ainda e enquanto ele continua. - E a julgar pelo seu tamanho, você deve ser um vilão da DC/Warner. - Alexandre olha para a câmera e conclui. - Se vocês que estão lendo pegaram a referência, deixa aí nos comentários. - E pisca.
— Já chega desse falatório. - Diz o homem baixinho com uma voz bem grossa.
— Claro, até porque isso aqui não é um monólogo. - Responde Alexandre.
— Você queria falar comigo, ande, diga logo o que quer e para de segurar seu público.
— Credo, a pessoa não pode nem dar uma apeladinha na audiência. Então, dá pra perceber que você é um bom negociante, sendo assim eu tenho um negócio para propor. - Diz Alexandre olhando fixamente para o homem baixinho com um sorriso no rosto.
Logo em seguida a cena corta para o apartamento de Ale e Rafa, onde a mesma acaba de chegar da balada quando seu telefone toca.
— Onde você está seu idiota!? - Indaga Rafa ao perceber a casa vazia.
— Então, eu acho que um pouquinho longe. - E então a câmera se afasta e vemos Alexandre algemado a uma cabine telefônica no meio de Las Vegas e então começa uma música: “Somebody save meeeeee!” (Myria aqui: - Música errada Alexandre)
Fale com o autor