Stronger feeling

Capítulo 48


POV Natasha

Depois de um sexo intenso com o homem maravilhoso por quem me apaixonei, fico um minuto deitada em seu peito tentado recuperar o fôlego.

—Você não está começando a dormir- acusa meu caçador enquanto faz um carinho desajeitado em minhas costas.

Sorrio, gostando do fato de que ele me conhece como ninguém.

—Prometi ir na casa do Glenn agora- respondo buscando força de vontade em meu interior.

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—Está tarde, Loira- resmunga girando e ficando por cima de mim.

—Glenn está em ronda, deve estar voltando para casa agora, e a Maggs não dorme até ele chegar- digo perdendo parte do foco enquanto ele começa a beijar meu pescoço.

—Sei.- diz não dando a mínima para o que estou dizendo. Suas mãos descem por meu corpo e quando dou por mim ele pegou meus dois braços e prendeu sobre minha cabeça.

—Daryl- resmungo, mas sai quase como um gemido. Ele sorri sacana.

—Sim?- pergunta sem me olhar, ainda muito ocupado com meu pescoço, beijando, chupando e arranhando com a barba

—Hã- não sai nada muito concreto de meus pensamentos, estou totalmente perdida nas sensações e apenas tento me livrar de seu aperto, mas falho miseravelmente porque estou sem forças.

—Quer que eu te solte?- pergunta se afastando um pouco e me encarando nos olhos. Uma de suas mãos continua me segurando e a outra desce pela lateral de meu corpo.

—Uhum- respondo sem conseguir me expressar direito, e principalmente sem saber se é porque quero sair ou porque quero passar as mãos por seu corpo também.

—Vai ter que fazer por merecer- diz em meu ouvido e arrepio até o ultimo fio de cabelo.

Tento beija-lo, mas ele desvia. Depois da segunda tentativa estou frustrada, então o agarro com as pernas e puxo contra meu corpo, o que faz com que ele perca a concentração por um segundo, que é tudo o que preciso para conseguir capturar seus lábios.

Me perco naquele beijo intenso, de tirar o fôlego e os sentidos por um minuto, mas me lembro de que tenho que ir e o empurro bruscamente para longe.

Ele cai ao meu lado na cama e ri.

—Vamos terminar isso quando eu voltar- aviso me levantando rapidamente, fugindo de suas mãos habilidosas e espertas.

Visto minha lingerie o mais rápido possível, assim como minha calça jeans. Não encontro minha blusa em lugar algum, então pego sua camisa. Calço as botas longe da cama, pego minhas saís e saio apressada do quarto, ouvindo sua risada rouca e livre ( o que acontece raramente) ecoar em meus ouvidos. Lavo meu rosto no banheiro social, tentando organizar meus pensamentos.

Desço as escadas de dois em dois degraus e sigo em direção a casa de Glenn, esperando que ele já tenha chegado e esteja jantando, porque estou mesmo com pressa de voltar para casa. Tenho sensações maravilhosas me esperando. Passo pela casa de Rick e noto que a luz do hall está acesa, mas a da sala não, o que é incomum.

Penso que Judy pode estar enjuadinha, ou algo assim e Carl pode usar uma ajuda, então entro na varandinha da casa. Ouço barulho e acho que é na cozinha, então dou uma batidinha na porta e abro sem pedir licença ( sabendo que não vou correr o risco de ver o que não quero já que ele tem filhos que moram aqui).

Noto movimento a minha esquerda, e então vejo o homem que vi mais cedo desacordado saindo do hall e indo em direção a escada.É razoavelmente alto, tem barba e cabelos longos, e mesmo assim é meio que charmoso. Seus olhos são de um azul claro, diferente. Ele me olha surpreso por um momento, e retribuo esse olhar por meio segundo antes de reagir.

Me jogo contra o estranho, meus pensamentos só se focando em Carl e principalmente Judy, e meu primeiro soco pega a lateral de seu rosto em cheio, porem o segundo só encontra ar.

O cara definitivamente sabe artes marciais. Começamos uma briga onde ninguém consegue acertar ninguém, golpes e mais golpes defendidos, até que ele me gira eficientemente e tenta me imobilizar pelas costas. Jogo minha cabeça contra a sua e piso em seu pé ao mesmo tempo.

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Aproveito o momento de atordoamento para dar um chute alto, que faz ele cair contra as escadas e me olhar totalmente surpreso. Puxo as saís, pronta para acabar com sua vidinha.

POV Jesus.

Depois de surpreender o líder do lugar com sua mulher na cama e ter que lidar com uma katana e uma arma apontadas para mim, desço as escadas e vou até a cozinha beber água, enquanto aguardo o garoto voltar com o resto do grupo.

Penso em todas as vantagens que uma aliança com esse grupo pode trazer, em como podemos nos ajudar da melhor forma possível e me distraio perdido em meus próprios pensamentos.

Alguém dá uma batinha na porta e a abre em seguida, então acho que é um dos que o garoto foi buscar, mas sou surpreendido por uma loira linda. Fico parado por um momento inteiro, atordoado. Os cabelos cor de ouro caem sobre as costas, é dona de curvas hipnotizantes e ela fixa os olhos verdes em mim, desconfiada.

A próxima coisa de que me dou conta é de um soco. Para alguém desse tamanho ela é forte e definitivamente sabe usar seu peso a seu favor, sendo ágil. Desvio do segundo e tento um golpe de contenção, que ela desvia com facilidade. Isso me surpreende, não luto com alguém que realmente saiba fazer isso desde que o apocalipse começou.

Ela age rapidamente, sem hesitação, e tem uma técnica absurda. Consigo gira-la em um momento e começo a imobilização quando ela joga a cabeça contra a minha e pisa no meu pé simultaneamente. Faço uma careta e seguro um grunhido de dor. Então recebo um chute potente e caio para trás.

A mulher é uma mistura absurda de golpes precisos e só consigo olhar admirado e, talvez um pouco assustado, enquanto ela leva as mãos as costas e puxa duas saís.

—Natasha não- grita o tal Rick do topo da escada e ela não move as saís, mas também não as guarda.

—O que diabos, Rick?- pergunta sem tirar os olhos de mim. Ela é mesmo muito bonita.

—Vamos ouvi-lo primeiro, ok?- responde descendo as escadas e me puxando pela gola para me levantar, então se vira para mim- Acho bem feito que tenha levado uma surra.

—E quem disse que levei uma surra?-pergunto me aprumando.

—Você caído no chão foi uma dica e tanto- responde a loirinha finalmente guardando as saís.

—Sou Paul Moroe- digo me virando para ela e fazendo uma quase reverência, de forma galanteadora- Mas meus amigos me chamam de Jesus.

—Natasha Wayland, e como meus amigos me chamam não é da sua conta porque você não é um deles- responde dando de ombros.

—Querida, assim você me seduz.- digo dando uma piscadinha, ela rola os olhos totalmente desinteressada. – E odeio te dizer isso, mas seduzir Jesus é pecado.

—Vá se ferrar- resmunga, e eu quase me sinto ofendido por não ter feito nenhum sobre ela.

—Natasha é um nome muito grande, acho que vou te chamar de Nat.

—Você pode me chamar de Dixon, ou Wayland, e parou por ai- avisa séria e fico pensando porque diabos Dixon.

A porta se abre e um asiático e uma morena entram.

—Então você está aqui- resmunga o cara, se aproximando dela e dando um meio abraço. Opa, parece que ela tem dono.

—Nah, eu estava indo para a casa de vocês mas acabei saindo do caminho- responde bagunçando o cabelo dele e apontando para mim com a cabeça. Hmmm, fraternal demais para serem amantes.

—Olá, sou Jesus- digo sorrindo e os dois olham para mim como se eu fosse louco.

Pouco depois outro chega, uma loirinha também muito bonitinha e um moreno alto, meio armário. Um ruivo e mais umas pessoas logo em seguida. Por ultimo o caipira que me apagou mais cedo o garoto.

—Natasha- resmunga assim que entra e vai em direção a ela, que está entre o asiático e a morena.

—Eu- diz levantando a mão de brincadeira e abrindo um sorriso lindo. E é ali que minhas esperanças acabam, porque o jeito que ela olha para ele, o sorriso que lhe dá...Ah, ela definitivamente está apaixonada.

Não posso ser julgado por acha-la bonita, e achar o seu jeito interessante e querer conhece-la melhor no meio do apocalipse. Não é fácil achar uma mulher bonita e interessante no fim do mundo.

—O que diabos estava fazendo aqui?- pergunta parando próximo dela, e apesar de ser meio brusco tem carinho ali.

—Vi a luz do hall acesa, achei estranho vim ver.

—E acabou me encontrando- me intrometo sorrindo- E foi mesmo muito intenso.

O olhos dele escurecem e sua postura fica mais dura. Sinto a ameaça no ar, e meio que espero por um pulo em minha garganta ou uma flechada na cara.

—Tem razão, bater em Jesus foi uma experiência única- me intenrrompe com descaso e passa um dos braços pela cintura dele aparentemente sem perceber.- Você acha que vou para o inferno por isso?

—Acho.- respondo mesmo sabendo que ela não fala comigo

—Cala a boca- resmunga o caipira, os dentes cerrados de ódio e ciúme. Ah, isso vai ser interessante.

Sentamos todos em uma mesa grande da cozinha, e então começo a contar sobre Hilltop. Acho que podemos fazer algum tipo de troca aqui.

—Você tem muito armamento e munição- digo depois de um momento- Mas a dispensa de vocês está uma merda.

—Como sabe disso?-pergunta a morena que agora acho que é mulher do asiático.

—Não é um lugar exatamente protegido- acuso e eles se entreolham preocupados.- Mas a questão é que minha comunidade, Hilltop, tem bastante mantimentos, embora pouco armamento. Podemos fazer uma troca e nos ajudar mutualmente.

—Que tipo de troca?-pergunta Rick interessado, porém cauteloso.

—Alguma munição por comida, o que nós temos que vocês não tem por algo que vocês tem e nós não. Nos ajudar.

—Não mesmo. O que nos garante que não vai usar nossa munição contra nós mesmo?- contra argumenta o caipira e ele tem um ponto. Um bom ponto, que pesa para todos os demais.

—Quão grande é a sua comunidade?-pergunta Natasha- Quão longe? Como estão as defesas?

—Você pode ser linda, mas não vou te dar todas as informações desse jeito não- digo sorrindo cafajeste, me divertindo com a irritação do caipira mais que qualquer coisa.

—Se não medir suas palavras você não vai dar nada para mais ninguém- rosna batendo na mesa e me encarando. Alerta de perigo, alerta de perigo.

Ela o puxa pelo braço e tenta acalma-lo.

—Se você não responder nossas perguntas vamos ficar em um empasse aqui pelo resto da noite- diz cheia de certeza e irritação.

—Não muito longe, posso levar vocês até lá. Temos muros e portão. Uma boa quantidade de gente e um sistema de alimentos que funciona.

—Não precisamos de vocês, nossa horta logo vai produzir e vamos seguir bem.- diz a morena cheia de convicção.

—Mesmo que isso aconteça, até lá vão passar fome? Vai levar tempo até que a horta de vocês roduza, e o faça na escala que precisam.

—É um bom ponto- concorda o coreano- Mas ainda temos muito o que discutir sobre esse acordo.

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—Não vamos sair concordando ou acreditando em você- esclarece Rick- Estamos vendo opções aqui. O que vocês tem a oferecer?

—Carne, legumes, produzimos nosso próprio pão também...- digo pensando no que não temos que dar aos Salvadores.

Segue-se uma longa discussão sobre me acompanhar ou não. O cara ruivo dá a ideia de ir um grupo de reconhecimento, e Rick considera a ideia. Eles não vão discutir tudo na minha frente, e respeito isso. Acabo respondendo algumas outras perguntas de Natasha, o asiático que descobri chamar Glenn e Rick, que são muito inteligentes e necessárias.

O caipira se ocupa em não me matar, mas as vezes faz uma observação inteligente e me deixa contra a parede. É um bom homem apesar de parecer pronto para matar qualquer um. Talvez esteja.

Ao final de tudo, alguns dizem seus nomes por vontade própria, outros Rick apresenta, e eu finalmente entendo sobre “ Dixon”. Natasha é casada com o caçador. Sorrio, admitindo para mim mesmo que são um casal lindo e realizado, mesmo que em uma realidade onde ele não existisse eu iria adorar conhece-la melhor. Balanço a cabeça, sabendo que conhecer alguém vai ficar para a próxima.

Fica- se decidido que iremos no dia seguinte, pela manhã. As pessoas começam a se dispersar e alguém me avisa que vou voltar pro tal quartinho. Tenho certeza de que dessa vez não vão ter falhas. Alguém se oferece para ficar de guarda, o que é totalmente desnecessário.

Tenho uma sensação estranha sobre esse grupo e o que ele pode fazer.