Não é apenas Uma Aposta é Amor

Nem tudo é o que parece


*Alice*

Minha cabeça estava confortavelmente posicionada sobre meus braços, eu tinha uma vaga noção do que acontecia ao meu redor; Seth ao meu lado batia os dedos na mesa de madeira que dividíamos em um ritmo calmo, o que deixava o sono querendo se manifestar cada vez mais sobre mim. As noites são bem mais complicadas, os traiçoeiros sonhos trazem lembranças que ocasionam mais sofrimento.

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Seth cutucou-me de leve; levantei a cabeça ainda sonolenta encarando os olhos nada agradáveis do Senhor Burton.

-Agora que todos estão presentes... –Lançou um sorriso sarcástico. –Podemos começar. –Virou-se escrevendo em grandes letras no quadro branco: Trabalho valendo 15% da nota final.

Sentou olhando atentamente a tela do computador, provavelmente a lista de frequência.

-Seth Black, Angela Weber, e Jessica Stanley. –Seth sorriu desculpando-se enquanto se levantava para se reunir com o pequeno grupo que o professor havia escolhido. Agora só me restava Eric.

-Emmett Cullen, Eric Yorkie... –Por favor, implorava mentalmente. -E Rosalie Hale. –Droga. Retorci o rosto mostrando meu desagrado.

-Alice Brandon, Isabella Swan... –Virei-me ao encontro de Bella, retribuindo o sorriso amigável que lançava. -E Jasper Hale. –Não! Eu não escutei bem, escutei? Ele?

Não prestava mais atenção nos nomes que o professor chamava, estava pouco me importando com isso. Tentava descobrir se realmente ouvir o que achava ter ouvido. Tive certeza disso ao encontrar os três rostos preocupados de meus amigos encarando-me.

-O que ainda estão esperando. –Senhor Burton exasperou para alguns alunos que assim como eu permaneciam em seus lugares.

Certo! Não a porque se preocupar é apenas um trabalho escolar, repetia para mim mesma enquanto levantava. Caminhei lentamente até a outra ponta da sala, parando enfrente a mesa de Bella a qual pegou em minha mão passando confiança. Sentei ao seu lado no lugar de Edward que estava a umas quatro carteiras a nossa frente sentado com mais duas pessoas.

-Alice. –Cumprimentou enquanto sentava-se a nossa frente. Permaneci calada.

-O trabalho é simples irão entrar em um acordo e criar um texto baseado em... sentimentos, quero ver interação e trabalho de equipe. Quero algo... verdadeiro –Burton Explicou passando para cada equipe uma folha.

Garanto que nem um grupo estava menos sintonizado do que o nosso. Minha mente apenas vagava pela sala tentando ao maximo acalmar-me. Bella estava visivelmente desconfortável com o silencio e a situação.

-Então... vocês tem alguma idéia? –Perguntou quando o silencio se tornou bem mais que incomodo.

-Talvez devêssemos falar de perdão! –Jasper comentou em uma voz fria. Nossos olhares encontrando-se pela primeira.

-Como? –Indaguei cruzando as mãos sobre a mesa.

-Perdão! Claro que você não teria muito o que argumentar, já que não sabe o que é! –Imitou meus movimentos.

-Perdão! Seria uma boa. Mas prefiro falar sobre a mentira algo destrutivo para os relacionamentos, sem falar que é um assunto que você conhece bem, não é Jasper? –Disse indiferente a dor que proporcionava a nós dois. Sua expressão mudou, ficou sério e frio. Agora sim sua face combinava com sua voz.

-Orgulhosa. –Apertou a mandíbula.

-Desleal. –Retruquei indignada com o comentário.

-Arrogante. –Fechou as mãos em punho.

-Traidor. –Deixei todo o ódio, toda a raiva atravessar minhas palavras.

-Presunçosa. –Nossos olhos nunca se desencontrava, nem um de nós dois queríamos demonstrar fraqueza.

-Falso. –Era mais fácil odiá-lo quando ele mostrava realmente quem era.

-Soberba. –Eu? Soberba? Ri sem vontade. Faça-me um favor Jasper.

-Pérfido. –Um sorriso vitorioso, o qual não entendi, encheu seu rosto.

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-Essa palavra nem existi! –Exclamou com um ar superior. Revirei os olhos.

-Jazz? –Bella o chamou, irritada com nossa discussão. –Pérfido quer dizer quem falta à fé jurada, aquele que comete ato de vilania que é qualidade dada a vilão. –A superioridade dele sumia de acordo que a explicação de Bella ficava mais extensa.

-Vilão? É assim? Você acha que eu to sendo o vilão aqui? –Perguntou descaradamente.

-Não! Foi eu quem fiz uma aposta estúpida pra ficar com você! –Disse Irônica. Jasper bagunçou o cabelo irritado.

-Eu já pedi desculpa. Eu praticamente implorei por perdão. Já te expliquei o que aconteceu. Já te disse que fui e continuo sendo completamente apaixonado por você. Mais parece que isso não entra nessa sua cabeça. –Disse pousadamente, seu tom de voz voltando a mudar, ficou mais calmo e ao mesmo tempo rude.

-Você ta insinuando que a culpada, a “vilã” dessa historia sou eu? –Fiz aspas com os dedos.

-Você vai enfim me perdoar e realmente acreditar nos meu sentimento? –O som rude havia sumido. Eu odeio o controle que ele exerce sobre mim e meus sentimentos.

-Não! –Respondi mais para mim mesma.

-Então sim! Você é a vilã! É você que quer por um fim na nossa historia. –Virei o rosto encarando o nada. Ele sempre tem que piorar as coisas, ate parece que ele sabe exatamente onde está à ferida e lhe causa prazer tortura-la e afunda-la cada vez mais.

-Essa historia nunca existiu! –Afirmei encarando-o, lutando para não demonstrar a tristeza que consumia-me por dentro.

-Já chega! Vocês não fizeram nada a não ser discutir. Eu não quero dizer o que é o certo a fazer, até porquê eu não sei! Mas eu sei que os dois ainda se gostam e toda essa discussão ta trazendo um grande sofrimento pra ambas as partes. –Analisei os grandes olhos cor de chocolate repleto de sinceridade.

-Não é nada fácil, não é? –Perguntou cúmplice, como se entendesse tudo o que se passava ali. Tanto ele quanto eu negamos com a cabeça. –Podemos escrever sobre isso... Vai ajudar. Escrevam e relatem o que sentem e eu edito também colocando minha opinião.

Nem tudo é o que parece...

A solidão tomou conta de mim... Não... Tomou conta de nós. É como uma noite sem estrelas, um caminho sem flores, um abismo escuro apenas com gritos, gemidos e murmúrios de um choro silêncios, guardado apenas para mim... Não... Pois o que não sabes é que cada lagrima que percorre as formas de seu rosto, já estão memorizadas e cravadas em meus olhos.

Sinto-me tão aflito, ela não esta aqui, tenho vontade de desisti... Não... Não desista. O que quer que eu faça? O seu sofrimento é o meu próprio. Por que não acredita em mim? Sinto sua falta...Eu também...

Não é o que parece. Nem tudo é o que parece.

Você julga-me a vilã. Como? Se esse sofrimento foi você que proporcionou?... Me desculpe, Me perdoe... Sim! Já o perdoei.

Olhe em meus olhos e diga que sente algo por mim. Que nem tudo está perdido. Que você ainda me ama... Tenho medo... Não tenha, apenas diga, me der apenas mais um motivo para continuar a lutar... Não sei o que fazer...

É difícil acreditar que você sente O que diz sentir... Não duvide. Eu te amo... Então por que mentiu? Por que me traiu? As pequenas facas estão aqui torturando-me por dentro é impossível esquece-las... Não peço que esqueça, apenas que acredite em meus sentimentos.

O que sinto é verdadeiro, Te amo e será assim para sempre. Diga que me quer... É complicado... Eu preciso ouvir... É difícil... Acredite, não duvide... O coração diz algo, Entretanto o cérebro grita o repreendendo! O que é mais forte? ...O coração... E o que ele diz?

...Apesar de tudo continuo te amando...