I

Clary bateu na porta de Isabella com cuidado, o mapa no bolso de trás da calça pesado. A garota esperava que Izzy estivesse ali dentro; se não, ela teria de ir pedir para Alec, e ela realmente não queria aquilo.

Por sorte, Isabelle disse para ela entrar, e Clary obedeceu, encontrando a morena jogada na cama, passando os olhos por cima de revistas, pés em saltos no ar, como uma princesa vestida de negro de contos de fada.

— E aí, Clary? - Izzy perguntou, sem levantar olhos escuros para encarar a ruiva. ótimo, aquilo faria o pedido dela mais fácil de falar. Clary brincou com a manga de sua jaqueta por um segundo antes de falar, procurando suas palavras.

— A gente pode fingir ser noivas para conseguir amostras grátis de bolo? - Ela perguntou, e somente então Isabelle olhou para ela, uma sobrancelha levantada. - Ouve só, algumas confeitarias fazem bolos de casamento, tá? E eles oferecem amostras para os casais, de graça, antes deles comprarem. Eu realmente quero comer bolo agora, e já que o Jace saiu com o Simon, eu tenho que pedir ou para você ir comigo, ou para o Alec, e eu realmente não queiro deixar ele desconfortável.

Isabelle se levantou, passando os dedos pelo cabelo, sorrindo para Clary, aproximando-se da ruiva com passos lentos.

— Por mais que eu ache que seria divertido assistir a você e Alec fingirem serem noivos, a oferta de bolo é interessante. Aonde estamos indo, querida?

Clary tinha certeza que estava corando quando Isabelle segurou sua mão. Ela pegou o mapa com a mão livre, abrindo em frente a elas.

— Os riscados são os que eu já fui, e os circulados são os que a gente pode ir e sair sem problemas. - Ela apontou, e Izzy olhou para Clary com riso no olhar. - Ei, eu levo esse negócio bem a sério.

— Eu estou vendo. - Isabelle riu, um sorriso tomando os lábios dela, e Clary podia sentir o vermelho em suas bochechas, a paixonite de Clary aparecendo. Isabelle apontou para uma confeitaria perto do Instituto. - Talvez esta?

— Soa como um plano para mim. - Clary respondeu, considerando o percurso por um momento. - Acho que dá pra andar até lá. Quer ir agora?

Izzy assentiu e puxou Clary para frente enquanto a ruiva tocava o mapa na cama de Izzy, fazendo uma nota mental de pegar depois, as duas garotas furtivamente saindo do Instituto e rindo juntas quando elas foram capazes de escapar Maryse, após uma manobra arriscada de fingir ser duas estátuas estranhamente realísticas.

— Eu não acredito que sua mãe acreditou naquilo! - Clary riu, enquanto Izzy girava ela na rua surpreendentemente vazia. - Quero dizer, qual é!

Isabelle sorriu, continuando a segurar sua mão. Clary evitou ter esperanças de ter seus sentimentos retornados.

— Minha mãe compra um número surpreendente de coisas quando ela está distraída. - Isabelle respondeu, oferecendo uma piscadela. - Agora vamos ser românticas e bobinhas, a gente tem bolo pra conseguir, certo?

Clary assentiu, entrelaçando seus dedos com os de Izzy enquanto elas andavam pela rua até a confeitaria, uma pequena lojinha que ela tinha passado em frente milhões de vezes em seu caminho até o Instituto.

— Mas como é que isso começou? Quero dizer, você tinha um mapa. Um detalhado, por sinal. Isso aqui não foi uma vez só, não. - Ela perguntou, curiosidade brilhando em seus olhos, e Clary falsificou um suspiro.

— Tudo começou quando eu queria bolo, mas não tinha ovos na geladeira. Simon então me levou numa confeitaria, alguém achou que a gente estava lá pelas amostras de bolo, e tudo meio que cresceu a partir daí, acho.

Isabelle sorriu com suavidade, saltos batendo no concreto abaixo delas de maneira rítmica.

— Isso é tão simples. E aqui estava eu, esperando mais explosões e comida queimada.

Clary deu de ombros.

— Nem tudo tem que explodir ou queimar, sabe. - Ela replicou, e Isabelle riu.

— Eu tenho certeza que nosso casamento vai pegar fogo, meu amor. - Izzy ofereceu mais uma piscadela, e Clary riu, dedos brincando suavemente com os de Isabelle.

— Mas é claro, querida.

Izzy girou ela de novo.

— Esse casamento vai ser fácil. - Ela disse, e Clary riu de novo.