Hermione observou a menininha de cabelos escuros e armados se enfiar debaixo das cobertas, antes de se sentar ao lado dela na cama. A mulher ajeitou as cobertas sobre a menina e sorriu para ela.

- Tom vai voltar pra passar o Natal aqui? – a garota perguntou, encarando a mãe por um tempo.

- Claro que sim, Rose.

- E nós vamos passar o Natal na casa da Vó Molly?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A mais velha riu. Ela adorava ver como os filhos chamavam Molly Weasley de “vó”, mesmo que os Weasley não fossem realmente parte da família.

- Sim, nós sempre passamos o Natal lá, não é mesmo? – Rose concordou com a cabeça – Mas as festas ainda estão longe...

A bruxa afagou os cabelos da menina e sorriu. As duas ouviram o barulho de passos vindos do andar de baixo e o rosto da garota se iluminou.

- Papai voltou!

Não demorou muito para que o pai da menina aparecesse na porta do quarto. O homem sorriu para as duas e se aproximou, tentando tirar a sujeira que se prendia em suas vestes.

- Usou o Floo?

- Sim – o bruxo passou a mão pelo rosto, tirando o excesso de fuligem – Mas é horrível viajar pelo Floo, a gente sempre acaba se sujando – ele se virou para a menina que estava deitada na cama - Oi, Rose.

A garota sorriu e encarou os pais.

- Mamãe?

- Sim?

- Tio Ron e Tio Harry são o que nossos?

-São nossos amigos – Hermione sorriu.

- Mas... Esses dias o James estava explicando que a mãe dele é irmã do Tio Ron, por isso ele é tio deles – Rose explicou – Tio Ron é irmão de algum de vocês?

Tom soltou uma risada debochada, mas ficou quieto ao receber uma cotovelada da mulher.

- Não, querida - Hermione respondeu.

- E o Tio Harry?

- Também não.

- Então... A Vó Molly não é minha avó?

- Não... Quero dizer, não literalmente – Tom começou.

- O que o seu pai quer dizer, é que a Sra.Weasley faz parte da nossa família, mesmo que ela não seja diretamente ligada a nós...

A garota ficou quieta, com a testa franzida em uma expressão que lembrava muito Tom quando ele estava pensativo.

- E quem são os meus avós?

- Ora, meus pais...Vovô e Vovó Granger – Hermione sorriu enquanto passava a mão pelo rosto da filha e tirava uma mecha dos cabelos escuros da frente do rosto dela.

- E os pais do papai?

A mulher sentiu Tom ficar tenso ao seu lado e tentou achar uma resposta coerente.

- Os pais dele... – ela se virou para olhar o marido, que estava com o rosto completamente pálido – Eles... Sabe os avós da Lily? James e Lily Potter? – a menina concordou – Seus avós estão com eles.

Novamente, Rose ficou quieta por um tempo antes de voltar a falar.

- Eles estão bem? – Hermione acenou positivamente com a cabeça e a garota encarou o pai – Você sente falta deles?

Silêncio.O bruxo abriu e fechou a boca várias vezes e olhou em volta do quarto, pensando no que poderia responder... Ele mesmo nunca tinha feito aquela pergunta a si mesmo... Ele sentia falta dos seus pais? Se arrependera de ter matado o próprio pai?

- Eu não os conheci – o homem sorriu tristemente – Não tenho como sentir muita falta deles.

- Como assim?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Seu pai... – a mulher voltou a falar, vendo que o marido parecia estar perdido nos próprios pensamentos – Cresceu em um orfanato.

- Você não conheceu eles mesmo?

- Minha mãe eu acabei não conhecendo – Tom respirou fundo antes de continuar – Mas conheci o meu pai e meus avós... Não muito, mas... – o homem sorriu e tocou o rosto da filha de leve – Você tem os mesmos olhos que a minha avó.

Rose sorriu, fazendo com que um sorriso aparecesse no rosto do bruxo. Ele se inclinou para beijar o topo da cabeça da filha e murmurar-lhe um “boa noite”, antes de sair do quarto. Hermione fez o mesmo e seguiu o marido.

- Tom? – a bruxa chamou-o assim que fechou a porta do quarto da menina e viu o outro encostado na parede do corredor com os olhos fixos no nada – O que foi?

- Nada – ele sussurrou e a mulher se lembrou da primeira vez que vira Tom Riddle naquele estado... Fazia muito tempo que aquilo acontecera.

- Desculpe perguntar, mas... Ela realmente tem os olhos da sua avó?

Riddle riu baixinho e concordou com a cabeça.

- Sim... Os olhos dela eram azuis escuro, como os da Rose – ele mordeu o lábio, nervoso, antes de voltar a falar – Meu avô e meu pai tinham os olhos mais claros.

Hermione sorriu, segurando o rosto do homem entre as mãos e beijando-lhe os lábios delicadamente.

- Mas... E então, como está Hogwarts?

Dessa vez, o rosto de Tom se iluminou e aquele sorriso que a mulher tanto gostava se desenhou no rosto do outro.

- Advinha em qual casa o Tom parou?

- Hmmm – a bruxa balançou a cabeça – Grifinória?

- Sonhe, Hermione, sonhe – o homem riu e beijou a esposa – Você terá que aguentar dois sonserinos em casa de agora em diante...