— Quem te ligou?

— Não importa!

— Sabia que ela está tomando medicamentos pra dormir? Sabia que ontem a noite encontramos no sangue dela uma dose cavalar de álcool e medicamentos calmantes?

— Não o vi perguntando nada a respeito disso a ela. - Afirma Grissom ignorando a acusação camuflada que Nick faz.

— Não precisei, eu tenho os resultados dos testes e o motivo pelo qual ela veio agindo assim. Desde que Doug apareceu que Sara vinha afastada de nós, evitando sair conosco ou ficar muito tempo próximo a nós e na primeira suspeita a julgamos infiel quando na verdade Doug vinha sendo o único que sabia da real situação dela Gil!

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— O que quer dizer?

— Sara esteve depressiva e tanto quanto sei a instabilidade dela pode ter levado ela a uma tentativa de overdose.

— Sara jamais tiraria uma vida, seja dela ou de outros!

— É o que eu pensei Grissom, mas veja por si mesmo.

Nick entrega a ele os resultados e vê que realmente a quantidade de calmantes e álcool presentes no sistema de Sara seriam suficiente para deixá-la apagada por horas ou mesmo por matá-la de uma overdose, porém mais uma vez como não acontecia a anos ele teve uma conclusão.

— Preciso mostrar isso a ela. – E foi se encaminhando pra sair da sala.

— Uou uou uou! Você não vai perturbá-la mais ainda!

— Não Nick! Eu acho que talvez tenha resolvido o caso para você, não se preocupe, eu sei como lidar com ela.

— Não creio nisso. – Disse Nick e saiu da frente a contra gosto. Se postou no vidro junto de Brass para ver o que ele iria fazer.

Sara estava com o rosto entre as mãos, extremamente cansada, porém mais ainda preocupada com seu amigo que precisava de sua ajuda.

— Sara? – Ela ouve aquela voz e levanta o rosto assustada, em toda aquela confusão desejou diversas vezes que ele estivesse lá, sabia que ele LHE traria a calma necessária e que lhe ajudaria a superar aquilo, mas agora que o via a única coisa que conseguia pensar era...

— Mas que diabos faz aqui Gilbert?

Grissom se assusta com a reação dela e solta sem perceber:

— Calma! Eu vim te ajudar amor!

Sara se levanta da mesa e se coloca na frente da vidraça que ela sabia que provavelmente estariam Nick e Brass que não mais havia voltado.

— Brass? Tira ele daqui por favor? - Pede ela visivelmente irritada.

Do outro lado do vidro Nick toca no ombro de Brass e faz uma negativa com a cabeça.

— Deixa ele...

— Não era você que até agora a pouco não queria deixar ele entrar lá?

— Sim, mas ao mesmo tempo esperava que ela finalmente deixasse a mascara cair.

— Mascara?

— Bras, conheço Sara a 15 anos e desde então nunca vi ela reagir de forma tão calma a uma situação tão tensa. Vi ela faltar com desrespeito e até partir pra cima de pessoas por razões menores, mas nunca sentar comigo e detalhar de forma calma e metódica a noite em que ela está sendo acusada de tentativa de assassinato.

— Então acha que a explosão dela é bom? – Pergunta Brass sem entender o ponto de vista de Nick.

— Não, mas significa que eu posso tentar ajudar ela. – Dá um sorriso e ambos voltam o olhar para Sara que agora estava com a cabeça encostada no vidro, evitando olhar para Grissom.

Dentro da sala.

— Sara por favor? Sente-se, preciso que me responda algumas perguntas, pode ser que consigamos tirar você daqui o mais rápido que imagina.

— Diga! Eu preciso ficar em pé. - Disse e se voltou de frente para ele.

Grissom sentou de frente pra ela e colocou em cima da mesa o teste toxicológico dela.

— Você está tomando calmantes para dormir?

— Não ti interessa! - Exclamou ríspida.

— Isso não é verdade, e pergunto não por mim, mas por isso. – Empurra o envelope para ela.

— O que é isso?

— Aqui diz que você ingeriu o que seria aproximadamente uma garrafa de vinho e o equivalente a pelo menos três comprimidos calmantes. As substâncias foram encontradas no seu sangue.

— O que? – Pergunta surpresa e senta, abre o envelope e lê o conteúdo. – Isso é impossível, eu dividi uma garrafa de vinho com Doug e uma taça antes de dormir, uma meia hora depois do vinho, tomei um comprimido. Esse toxicológico está errado! Henry deve ter feito testes errados.

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— Você teria algum motivo para se matar?

— Claro que não Gil! Já tive momentos mais obscuros na minha vida, você sabe bem disso e nunca precisei cogitar essa possibilidade.

— A que horas acordou hoje?

— As onze horas mais ou menos. – Diz e entende onde Grissom quer chegar. – Eu fui dopada! Meu Deus, me doparam e estiveram dentro do meu quarto de hotel? – Começou então a se desesperar com a ideia de vulnerabilidade. – Acha que devo fazer um teste de agressão? – Começa a entrar em desespero. – Meu Deus! Eu não percebi que fui dopada? Como pode isso? E se tivessem feito algo mais? E se Doug tivesse morrido?

Por fim ela põe a mão no rosto e começa a chorar sem saber exatamente o porque, vinha esse tempo todo se controlando tão bem. Agora do nada ela simplesmente estava se sentindo violada, usada, e indefesa. Sente Grissom estendendo a mão por cima da mesa e tocando a sua.

— Querida! Por favor se acalme, não existem sinais de que tenha sofrido qualquer tipo de agressão, se sim, você estaria sentindo dores. Se te conforta falo com Brass e arranjo para que você seja examinada mais minuciosamente, mas não creio que seja necessário. O que precisamos agora é achar o comprimido que você tomou e o vinho que provavelmente te forçaram a ingerir depois de ter apagado.

— Eu não lembro!

— Faça um esforço!

— Hum, o que lembro é que entrei no quarto e peguei o frasco de comprimidos na minha bolsa, tirei uma capsula e a ingeri com um copo de água e depois dormi.

— Esse frasco ainda está com você?

— Acredito que sim.

— Ok! Preciso falar com Greg agora!

Diz Grissom e levanta-se para sair vendo Sara ficar sentada ainda muito abalada com a ideia de terem a dopado, Grissom se aproxima dela sem se importar com as câmeras dentro da sala ou com seus amigos do outro lado do vidro os observando e lhe da um rápido selinho, tinha medo de uma rejeição, por isso não arriscou lhe dar a oportunidade.

— Confia em mim Sara, vai ficar tudo bem!

Ela o olhava um pouco atordoada e sem ter tempo de reagir ele sai da sala, depois de alguns minutos Nick entra novamente na sala.

— Nick?

— Só vim pra ti avisar que vou precisar que fique um pouco mais aqui, tudo bem?

— Sim, mas vou precisar de um favor seu.

— Se eu puder farei!

Sara tira o celular do bolso e o entrega.

— A ultima ligação recebida foi de Carlos, médico que está cuidando de Doug, ele é meu amigo e me informou que precisará contatar a família. Me faça o favor de entrar em contato com ele e saber se já conseguiu e se não por favor Nick providencie. Ao que entendi Doug pode precisar de uma doação de rim.

— Farei isso, não se preocupe. – Foi se virando para sair.

— Mais uma coisa Nick. O que Grissom ouviu sobre nossa conversa?

— Brass saiu da sala para recebê-lo.

— Ou seja, tudo!

— Não é hora para birras Sara, sei que vocês não estão bem um com o outro, mas agora o foco é esclarecermos tudo isso e te livrarmos dessa roubada. Vou te trazer um café, parece cansada.

— Obrigada Nick.

— Não põe essa mascara Sara!

— Oi? - Pergunta confusa.

— Você vem se escondendo atrás de uma mascara esse tempo todo e só vi você tirá-la na frente de Grissom. Quanto mais você esconde seus sentimentos e problemas, mas complicado fica para te ajudarmos. – Nick sai da sala deixando Sara só.