My sister

Katherine tinha os olhos vidrados no horizonte enquanto o carro se movia, o trio havia parado diversas vezes durante a viagem que já se seguia por 22 horas. Sam e Dean revezavam no volante evitando que Katherine se prontificasse para tal ato, afinal ela estava aérea demais e isso vinha os preocupando.

Dean começara a correr para o mais longe possível do Kansas e de Riley ignorando os pedidos de Sam e Katherine para que continuassem com a viagem e parassem logo a gêmea.

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— Dean pare o carro, agora. – a voz de Castiel soou pelo local e ele se fez presente ao lado de Katherine assustando o loiro que parou imediatamente tentando controlar o carro que deslizou pela estrada.

— Castiel eu já avisei para não fazer isso! – Dean gritou irritado enquanto se recuperava do susto.

— Queria que eu aparecesse na frente do carro? – questionou confuso e Therry viu Dean tremer.

— Parar o carro? – questionou ele.

— Sabem que mudaram a rota e já estão os esperando.- o anjo avisou com um suspiro.

— Ok, pede pra ela mandar a porcaria das passagens. Do jeito que estamos não iremos chegar nunca!- a garota reclamou da demora de Dean em manobrar o carro.

— Garota se você continuar reclamando, vai pra lá andando!

— Eles estão planejando interceptar a viagem, querem levar Katherine. Volte.- insistiu sentindo o perigo se aproximar rapidamente.

— Katherine? – Sam questionou, somente ela?

— Eu sou a irmã de um demônio andando com dois caçadores e um anjo. Eu e Riley temos uma ligação, estamos sempre ligadas. O tempo inteiro, talvez seja um risco que eu saiba demais. Nos sentimos o tempo inteiro, nos ouvimos e podemos conversar entre nós... na realidade ela pode falar comigo. Muita gente pode me querer, ainda mais sendo....um... – o carro ficou completamente silencioso quando Dean freou em frente a centenas de corpos parados no meio da pista.

— Sem tempo.

— É, mais pra que tanta preocupação?- Katherine se questionava se não possuiria nenhum poder mágico para intervir, Sam também poderia ser levado .

Dean grunhiu quando viu que estavam encurralados em uma ponte, não havia para onde ir. O carro havia sido completamente cercado os deixando sem escolha, só o restava passar por cima de todos.

— Porque não sou eu quem eles vão matar, vocês são a minha única família e eu não vou deixar demônio nenhum acabar com isso.- gritou.

O vidro próximo a cabeça de Dean estourou o desorientando, Sam fora arremessado para fora do carro e bateu o corpo contra a grade enquanto Katherine era arrancada com brutalidade pela janela, Castiel se encarregava de tentar eliminar os demônios com rapidez, mas eram muitos.

Você precisa vir irmã. Precisa vir, estão todos te procurando. - a voz de Riley soou em sua mente.

— Vai se ferrar sua vadia! - Katherine jogou o corpo para trás com brutalidade e puxou o demônio pelos cabelos o jogando para frente e enfiando um punhal no demônio que se desfez completamente em suas mãos.

— Katherine! - Sam gritou quando a viu levar uma pancada na cabeça, mas entrou em choque quando ela se virou com o rosto transtornado e enfiou o punhal no pescoço de um demônio. - Katherine! - ela o olhou vendo-o jogado no chão e se aproximou o ajudando a se levantar e entregando o punhal para ele - Saia daqui, eles estão a querendo.

A jovem negou com a cabeça sentindo as gotas frias da chuva, os olhos se fecharam por um breve e quando ela os abriu se virou recebendo um chute forte na barriga que a fez bater contra a grade e cair para trás perdendo o equilíbrio e segurando a grade com força evitando de cair no rio gelado.

Sam se desesperou e se esticou ao lado de Dean que entrou em desespero ao ver a jovem pendurada, as mãos escorregavam e a blusa que Thery usava não os ajudava a segurar com mais força e nem a puxar. Os dois irmãos foram jogados para o lado pelo demônio loiro que sorriu para a jovem sem expressão que ainda tentava se erguer.

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— Por que se preocupar? O rio não é fundo. - riu - Vai me poupar trabalho, não gosto de seguir ordens da vadia da sua irmã.

O demônio apertou os dedos de Katherine fazendo ela perder as forças neles e sorriu quando viu o corpo se soltar da ponte e cair no vazio sumindo na água escura e gelada.

...

— Katherine pode estar morta. – Dean já sabia dessa possibilidade, mas o fato de Bobby falar isso a cada cinco segundos o irritava profundamente.

— Eu acredito que nós saberíamos, e se estivesse morta já teríamos encontrado seu corpo. – coisa que ainda não aconteceu.

— Ainda não chegamos até o fim do rio. – o loiro suspirou irritado e continuou descendo pela margem o ignorando, maldita hora em que pensou em chamar Bobby. Ele mais atrapalhava do que ajudava – Escute garoto, vamos ser realistas, Katherine é esperta e jovem... mas ela não cresceu vendo esse outro lado do mundo. Garotas de 16 anos que caem de pontes não sobrevivem a uma queda de mais de 15 metros, principalmente se elas não sabem nadar.

Dean se virou para ele o olhando transtornado, em nenhum momento acreditou que isso aconteceria com ela, que os dois iriam se separar mesmo sabendo que isso era possível. Era doloroso imaginar que Katherine havia morrido diante de seus olhos e que seu corpo poderia ser jamais encontrado, pois até mesmo os demônios poderiam ter a levado apenas pelo prazer de o ver sofrer.

— Não me peça para desistir da minha filha depois de ter insistido por tanto tempo para eu a aceitar. – ele o olhou vendo Bobby engolir em seco – Se fosse meu pai, a mim ou Sam... você nos daria as costas sem procurar uma resposta?- Dean o deixou sozinho e tornou a avançar.

— Dean! – Sam gritou e o loiro se virou para o olhar, ele carregava o casaco branco de Katherine manchado de sangue e terra.

Dean o pegou das mãos do irmão e analisou, o sangue poderia significar que Katherine se machucara muito na queda, ou que tivera uma luta corporal - o que era mais provável devido ao fato da ausência de um corpo e o fato do casaco ter sido achado em meio a mata. Bobby se aproximou olhando o casaco.

— Parece estar viva. – Sam apontou para o W desenhado no casaco com terra.

— Mas muito machucada.

...

Katherine suspirou e abriu os olhos inchados vendo os fios loiros cobrirem completamente seu rosto permitindo que ela olhasse para frente focalizando nos rostos dos homens que a cercavam. Seu corpo estava completamente dolorido e Katherine nunca se sentira tão inútil como neste momento.

— Pequena Katherine. – ela sentiu o rosto ser tocado e logo a cortina de fios loiros desaparecia de sua visão – Acho que não preciso te acorrentar ou coisa parecida, me faria parecer um monstro. – ela ignorou completamente o homem e focou no restante que estava dentro da limusine, não precisava de muito pra saber que provavelmente aqueles homens eram caçadores, assim como aqueles que ela havia matado na beira do rio.

Mas... porquê ajudando eles?— pensou chateada enquanto se sentava sentindo o corpo dolorido, o painel solar aberto fazendo com que o vento entrasse pelo local ardendo seus ferimentos.

— Tira a mão de mim coisa nojenta. – ela estapeou o demônio na mão o olhando pela primeira vez vendo-o bem vestido e perfumado, os olhos tão escuros e brilhantes que Katherine via seu próprio reflexo.

— Eu espero que as coisas melhorem a partir de agora, Katherine.. seu pai é um homem muito difícil, o que nos conforta é termos Riley ao nosso lado. Fora isso... não seria tão fácil como vem sendo. – o demônio zombou da garota e se surpreendeu quando viu a lâmina reluzir nas mãos dela antes de o acertar no corpo, fora milésimos de segundos para ele se retorcer, gritar e então abandonar o corpo.

Katherine não deu tempo para que ninguém agisse no local, ela simplesmente apoiara o corpo na pequena passagem do painel solar e então se segurara esticando as pernas e chutando o rosto do caçador diversas vezes até a janela se quebrar e a cabeça dele pender para o lado de fora. A jovem loira lançara o outro homem para fora do veículo pela estreita janela e então quando estava prestes a passar finalmente pelo painel solar apenas sentira o intenso choque elétrico passar por todo seu corpo a derrubando e a deixando inconsciente.

Quando acordou estava em uma lanchonete escura, as enormes janelas tampadas com madeiras, as paredes descascando e o local completamente empoeirado e escurecido. O local fedia a mofo e Katherine teve quase certeza que eles não pretendiam a manter viva por muito tempo, era um bom local para deixar um corpo apodrecer por décadas. A jovem se esforçou para sair do local, mas seus pulsos estavam presos acima de sua cabeça, só então ela percebeu que estava presa em uma imensa mesa de madeira pura e grossa, presa como se estivesse prestes a ser sacrificada.

O barulho a atordoou e ela viu as figuras passarem pela pequena porta do estabelecimento que quase despencou, Katherine se manteve séria a encarando profundamente, sabia que ela estava ali a um bom tempo a vigiando. Não mostraria a mesma figura frágil que ela havia visto por anos.

— Katherine. – a outra loira abriu um sorriso imenso olhando para a jovem completamente ferida sobre a mesa.

— Olá Riley. Que péssima surpresa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.