Aqui estou,
Perdido num tempo indeciso
Desvaneio no bel sabor das memórias,
Estremeço-me ao ver meu próprio olhar

Deverás um dia impetuoso,
Brilhante e charmoso
Hoje decadente,
Assim como o apagar da cadente

Oh! Poderoso Chronos,
Se puder ao menos resetar o meu tempo.
Mas nada disso importa-lhe.
Tempo perdido jamais é preciso.

Segundos se passam,
E danço a sinfonia da insônia
Orquestrada pelos ponteiros que ressoam
Por que teimo a me magoar?

Ei Afrodite, faço lhe mal ao apetite?
Ou deverás o aço do Olimpo
Ousa a partir meu peito
Eis ao gole do vinho me sirvo

Amais ao próximo
Ou perdereis os dentes
Mas que valsa tediosa
Assim como minha atuação sobre o palco

Eis a vida
Todo segundo lhe importa
Não cegue-se pelo fosco brilho da brasa
Afinal, as brasas são apenas o final

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