Pacto Secreto

Prólogo


O desespero tomava conta de seu corpo, Merlin olhava para a criança de forma atônita, ele não sentia a magia, não sentia o poder.

— Ele é...

— Lindo, perfeito – Morgana interrompeu, um sorriso doce e sincero atravessava o rosto da bruxa.

— Não... Ele é normal – o bruxo possuía uma voz fria e irritadiça – ELE É A DROGA DE UM BEBÊ NOMAL! – gritou nervoso, o ódio tomando conta de seu corpo, o sorriso de Morgana morrendo e sua boca sendo molhada por salgadas e tristes lágrimas.

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Merlin virou de costas e saiu pisando duro transtornado com o que acabara de acontecer.

Ele sempre sonhou em continuar seu legado e que o mundo bruxo viesse a existir agora por culpa dessa criança tudo foi por água abaixo.

De repente uma idéia passa pela mente de Merlin e ele dá um sorriso satisfeito.

Merlin vai para um lugar um pouco escuro da floresta e começa a dizer umas coisas de olhos fechados.

—Non dico vos vita insanis veneficus sapidum Domino da mihi obsecro paululum oscula*

O tempo que estava calmo começa a mudar e ficar ventoso, folhas e galhos voam por toda parte e quando Merlin abre os olhos vê a figura de um homem.

Alto, forte, loiro com olhos castanhos e um sorriso obsceno brincando em seus lábios.

— Quem ousa despertar-me de meu descanso? – sua voz era tão sensual quanto sua aparência, seus olhos voltam-se para Merlin como que se esperasse uma resposta.

— Chamo-me Merlin vossa excelência— o demônio deixou passar a ironia usada pelo homem no final da frase.

— E o que deseja de mim? – ao ouvir tal frase milhares de pensamentos proibidos inundaram a cabeça do jovem bruxo, mas tudo o que ele disse foi:

— Gostaria de um herdeiro.

— Você tem um herdeiro, Merlin — o demônio disse dando ênfase a palavra herdeiro.

— Não quero um herdeiro sangue ruim como aquele, quero um que tenha sangue puro! – disse já alterado.

— Acalme-se, vamos, diga-me o que exatamente você quer? – o demônio era calmo, calmo demais.

— Quero que possibilite minha esposa de gerar magos, assim como eu sou – disse, ainda alterado, porém mais calmo.

— Assim seria criada toda uma geração, toda uma raça – o demônio disse, o sorriso obsceno, malicioso, voltando ao seu rosto.

— Si.. sim – a voz do mago saiu tremida, porém ele continuo com seu plano.

— Algo grande assim custaria mais que... sua alma – o demônio preveniu.

— Mais? – o belo e amaldiçoado homem assentiu – Mais quanto?

— Uma grande dívida, de bem mais que míseros 10 anos – Merlin estremeceu visivelmente, quase que desistindo.

— Quanto? – repetiu.

— Por hora? Sua alma apenas, o resto é resto – disse o demônio – É claro, se ainda quiser fazer o trato, se não quiser desistir. — provocou.

— Claro que não, nunca desisto! – ofendeu-se Merlin.

— Aproxime-se então – a passos hesitantes o mago foi até o demônio.

— Qual seu nome? – ele precisava saber.

— Ianatroy – disse o demônio que agora possuía um nome – beije-me.

— O que?!

— Precisa beijar-me para terminar o pacto, ande logo – Merlin fechou os olhos, afinal vale tudo pelo sangue.

Ambos os lábios encostaram-se, uma corrente elétrica passou pelo corpo de Merlin, um forte desejo preencheu os sentidos de Iantroy. O mago passou seus braços ao redor do pescoço do demônio que por si só prendeu suas mãos na cintura do mago. Suas línguas encontraram-se e iniciou-se assim um beijo urgente e rápido, a saliva de ambos se misturando.

Quando o ar fez falta ambos se separaram, um último aperto na cintura do mago e depois mais nada, Merlin abriu seus olhos e tudo o que encontrou foi a floresta vazia.

Dois mil anos depois

— O que ele fez? – Pergunta o rei do inferno sentado em seu trono com uma mão no queixo e sua maior cara de tédio. O homem vestido em seu terno preto olha com repugnância para o outro que está de joelho em frente ao rei.

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— Ele o traiu senhor, estava dando informações suas para os rebeldes. – Responde sério, Crowley oferece seu olhar frio, porém tedioso para o homem de joelhos que começa a tremer.

— Isso é verdade? – Pergunta para o homem.

— Não senhor, eu ape... – Antes de terminar sua frase o celular de Crowley começa a tocar, ele olha para o visor do telefone e quando vê quem é, manda todos saírem.
— Depois resolvo seu caso, por enquanto o mantenha preso. – Diz e o homem de terno leva o de joelhos para fora junto com todos os outros que estavam na sala.

O Rei do Inferno se ajeita no trono e atende o celular.

— Achei que nunca mais me ligaria. - Diz com um tom provocante.

— Preciso falar com você, urgentemente. – A voz diz e seu tom está preocupado – Onde está?

— Em minha sala do trono, mas onde você está eu pos... – Antes de terminar sua frase um homem aparece em sua frente. Alto, com uma longa barba branca e longos cabelos da mesma cor, olhos azuis por de trás de seus óculos meia-lua, mas sem o sorriso de sempre.

— Você aparatou em minha sala do trono, no inferno? – Pergunta Crowley incrédulo, ele odiava quando o outro fazia isso.

— Sim, algo aconteceu e eu preciso de sua ajuda. – Responde Dumbledore nervoso, Crowley percebeu que algo sério havia acontecido, pois Dumbledore nunca ficava nervoso.

— Conte-me. – Crowley pede levantando de seu trono, Dumbledore começa a contar e a cada palavra Crowley ia ficando nervoso também.

— Isso poderá afetar tanto o mundo bruxo como todos os outros seres sobrenaturais e os humanos também - Termina Dumbledore.

— Algo grande assim precisará de medidas drásticas, mas eu conheço duas pessoas que podem resolver esse problema. – Diz Crowley pegando o celular e discando um número já conhecido por ele.

— Mesmo querendo resolver o problema, algo assim é impossível de evitar, podemos impedir por um tempo, mas acabar... Impossível. – Diz Dumbledore não entendendo o demônio.

— Vai por mim, nada é impossível para os Winchesters. – Responde com um sorriso no rosto. – Esquilo quanto tempo chame o Alce, tenho um trabalho para vocês.

Continua