Haru
Eu estava longe, como se minha alma estivesse perdida. Mas ai tudo ficou melhor. Um calor invadiu o nada e me fez ficar mais perto da minha alma.
Eu a chamei, eu gritei para todos os lados naquela imensidão branca, mas ela ainda estava distante.
— Olá! – Alguém falou comigo.
Eu vi a garotinha. Ela tinha um sorriso risonho que me fez pensar. Aonde eu já havia visto isso? Toda a via, eu não me lembrava de nada, só do vazio
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— O que você está fazendo aqui? – Eu perguntei curioso.
— Eu? Eu não sei. Eu estava esperando o meu tio, mas ai um garoto apareceu e me disse que iria me levar até ele, e agora eu estou aqui.
— Isso aconteceu comigo também, eu acho.
— Acha?
— É que eu não me lembro de nada.
A garotinha se sentou no nada e ficou pensativa.
— Isso é estranho, como alguém não pode se lembrar de nada?
Eu também não sabia.
— Qual o seu nome? – Ela me perguntou.
Uma pergunta que me fez vagar, talvez até ter lembranças, eu tentei agarra-las, mas elas se dissolveram no vazio.
— Você não sabe? Bom o meu nome é Nari.
— Muito prazer Nari.
Era tão bom conversar com alguém, sentir estar vivo, ou pelo menos sentir que eu existo.
— Então Nari, me fale mais sobre você?
— Eu? Bem. Eu tenho 7 anos, e sou filha única, meu pai se chama Aarion e minha mãe Nola.
— Que maravilha, e você tem amigos?
— Amigos? Só os meu primos, e eu tenho muitos. Meu avô teve muito filhos.
Falar com ela estava me fazendo ver imagens borradas. Senti-me ligado a ela por essas lembranças.
— E qual o nome do seu avô?
— Meu vovô? Eu o chamo assim. Vovô. Mas ele tem outro nome. Acho que é Meelo, como o meu tio.
Meelo, Meelo, Meelo. Lembranças voaram na minha cara. Eu me lembrava dele, ele me fez mal, muito mal, assim eu pude agarrar o meu nome.
— Nari! Eu me lembrei do meu nome.
— Sério? – Ela perguntou com um legitimo interesse infantil.
— Sim. Eu me chamo Haru.
— Haru? Haru? Eu conheço um Haru.
— Conhece?
— Sim. Meu avô me disse que ele era o Avatar.
Avatar? Isso. É essa a resposta. A resposta de tudo.
Tudo começou a tremer e o vazio deu lugar as memórias. Tudo fazia sentido.
— Você é o Avatar? – Nari disse vendo tudo aquilo. Ela também estava vendo as minhas memórias.
— Sim, Nari eu sou o Avatar e estou voltando.
Sim tudo fazia sentido, finalmente eu sabia qual era o motivo da minha existência. Me senti mais próximo da minha alma.
Fechei o olhos e eu comecei a sentir.
Primeiro eu senti dor, depois frio e por último uma sensação calorosa.
Eu abri os olhos e eu estava deitado, uma garota de cabelos negros e olhos dourados olhava para mim.
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