Domingo, 22 de Novembro. (Continuação)
- Mãe, não acredito que chamou o Mex para ficar conosco. - Tony diz indignado.

- Filho, ele estava num hotel, pagando por um quarto. Não há mal em ele ficar conosco, já o conhecemos. - Responde.

- Não, a senhora não o conhece. - Se irrita. - Está cega, que saco! - Sai da cozinha batendo a porta.

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- Tony! - Sua mãe grita. - Está estressado! - Resmunga terminando de arrumar o jantar.

Mex aparece na cozinha assim que Tony sobe:
- O que há com ele? - Pergunta tentando se fazer de desentendido.

- Só estresse da viagem. - Omite.

- Hum.

- Chame todos para jantar. Está pronto. - Informa.

- Ok. - Vai até a sala e os chama.

Durante a refeição pouco se ouve Tony, ou Georgia falando, enquanto isso Taylor ri com piadas (sem graça), de Mex, Sr. Wood o observa, e sua esposa se mostra entrar na conversa.

Após a refeição eles se juntam na sala novamente, Geor continua calada demais.
- Vamos sair, estamos no México. Tem tantas festas para se ir. - Mex ressalta.

- Sim, é verdade. - Luna concorda. - O que acham? Vamos dançar?

- Desculpem-me, mas se não se importam vou me deitar no meu quarto. - Diz pálida e voz mansa. Caminha até a escadaria.

- Está bem, querida? - Sua tia preocupa-se.

- Estou. Só dor de cabeça. - Conta e sobe.

Algumas horas passam, Georgia acorda depois de apagar com dor, prende o cabelo bagunçado, lava o rosto no banheiro e desce, não vê ninguém. Caminha até a cozinha, sala, quartos, sem achar um vestígio de gente.
- Olá? - Chama receosa. - Será que todos saíram!? - Murmura.

- Venha na varanda. - Ouve alguém dizer distante.

Vai até lá como pedem:
- Ah! Oi tio. - Se senta no banco.

- Olá, querida. - Responde. - Está melhor?

- Estou. - Olha ao redor. - Onde estão todos?

- Saíram, foram para uma festa. Não quis ir, já está tarde. - Comenta.

- Ah. Acho que não iria também... Sabe? O Mex, a Taly...

- O que tem eles? - Tenta conversar com ela.

- O Mex é um rapaz no mínimo.... Que você sente receio em alguns momentos; aparece do nada, educado, bom moço... - Sublinha irônica. - E a Taly está tão diferente... Não é mais àquela minha melhor amiga. - Lamenta.

- Não está se divertindo nessa viagem, não é mesmo? - Questiona.

- Não... - Concorda.

- Acho que deveria deixar a Taylor um pouco de lado, falar mais "dane-se" para ela e se divertir. - Acentua.

- Tio?! - Arregala os olhos.

- Querida... Ela está chata mesmo, não é a mesma. Eu sinto muito por lembrar que a minha filha é outra totalmente diferente. Olha, sou seu tio, faça o que digo. Se divirta e aproveite, ou essa viagem vai se tornar a pior lembrança da sua vida. - Realça.

- Depois que meu pai morreu, você cuidou de mim como sua filha. - Lembra. - Obrigada por isso. - Agradece meiga.

Ele vai até ela, se senta ao seu lado:
- De nada, querida. - Beija sua testa. - Seu pai era um grande homem, um grande amigo. Cuido de você como minha filha, assim como Luna.

- E Tony. - Menciona.

- Não... Tony tem uma preocupação diferente. - Insinua.

- Diferente? - Indaga.

- Sim, e não é de hoje.

Ela o encara:
- Esqueceu quantas vezes ele te ajudou? Mais você do que a irmã. - Relembra. - Ele se preocupa muito com você, lembra do dia da apendicite?

- Como esquecer?! - Suspira.

- Foi um dia que marcou o tipo de preocupação dele. - Afirma. - Bom... Vou preparar um lanche para a gente. - Se levanta saindo.

- Okay. - O vê sair.

Georgia fica sentada, observando as estrelas:
- O tipo de preocupação dele... - Repassa na cabeça.

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—__

Toronto.

Sendo mais um dia normal na escola, Georgia e Taylor entram no intervalo:

- Vamos para nosso canto? - Geor pergunta.

- Claro! - Taly exclama.

A caminho de seu lugar preferido, elas vêem Tony na área de leitura estudando:
- Tony! - Vai até o irmão.

- Oi, moça. - A abraça. - Olá, Georgia Emanuelly.

- Oi, Tony! - Sorri leve.

- O que faz aqui?

- Vim estudar. - Mostra os livros. - Aqui é um ótimo lugar para fazer isso, ainda bem que sua escola tem ligação com a minha faculdade. Posso estudar aqui e lá. - Brinca bagunçando seu cabelo.

- Sim. - Ajeita o cabelo. - Vamos para lá.

- Ok. Vou embora daqui a pouco. - Conta.

- Está bem. Até em casa. - O abraça.

- Até! Até, Georgia Emanuelly. - A olha.

- Até já já, Tony. - Retribui doce.

Elas se escoram na parede do corredor:
- Com certeza ele deve estar fugindo de Catarina... - Taylor comenta.

- Humrum... - Geor concorda calada.

- Geor, o que foi? - Vai até ela.

Georgia aperta a barriga escorada na parede:
- Estou com uma cólica horrível. - Conta. - Está ficando pior.

- Geor, tem certeza que é cólica? - Questiona preocupada.

- Não. Nunca senti dor tão forte. - Respira fundo.

- Taylor, estou indo... - Tony aparece. - O que está acontecendo?

- A Geor, está com dor. Não sabemos o que é. - Conta ficando aflita.

- Hum. - Se aproxima. - Onde está doendo Georgia Emanuelly?

- Eu não sei dizer. Mas é bem forte. - A dor se intensifica mais e ela vai perdendo a firmeza. - Está muito forte. - Levanta o rosto pálida.

- Segure minha bolsa. - Dá para Taylor. - Georgia Emanuelly, vou tocar em seu abdômen, me diga onde dói.

- O... Okay. - Gagueja com dor.

Ele vai tocando devagar, passando por todo seu abdômen:
- Está doendo, doendo muito. - Quase chora.

- Ok. - Tira a mão.

- Tony, o que ela tem? - Taylor observa aflita.

- Eu acho que...

De repente a dor piora desgovernada, Georgia perde a voz para gritar, fica sem força e cai:
— Geor!— Taly grita.

Tony a segura antes que bata no chão, a coloca rápido no colo:
- Taylor, precisamos ir para o hospital agora! - Exclama.

- Vamos para diretoria. - Fica sem saber o que fazer.

Tony quase corre com Georgia nos braços, enquanto Taylor pega suas bolsas e o encontra na diretoria:
- O que aconteceu com ela? - Indagam.

- Precisamos ir ao hospital agora. - Ele informa. - Agora, ou ela morre. - Frisa sério.

- Vou pegar minhas chaves.- A diretora corre. - Vamos para meu carro.

Eles correm até o estacionamento:
- Temos que ir até o hospital mais próximo. - Destaca.

- Eu não conheço os hospitais do bairro. - A diretora conta confusa.

- Que droga! Estamos perdendo tempo! - Se irrita. - Eu dirijo! - Arranca as chaves da mão dela. - Taylor, entra.

Coloca Georgia no colo de Taly e entra no carro rápido. Ele sai da escola voando:
- Taylor, ligue para Laura e depois para nossa mãe. - Pede.

- Está bem. - Pega o celular tremendo. - Tony.... - O chama assustada. - Ela está com febre, e não acorda. O que está acontecendo? - Seus olhos enchem de lágrimas.

- Tenha calma. Apenas ligue. - Dirige.

- Okay. - Respira fundo e liga. - Tia Laura? Estamos levando Geor ao hospital, ela não está bem... - Começa a contar.

Pelo retrovisor Tony olha Georgia adormecida, volta a olhar a rua e respira lentamente.

Chegam no hospital e correm:
- O que houve? - Enfermeiros perguntam ao vê-los.

- Eu acho que é apendicite... - A coloca numa maca. - Ela está apresentando alguns sintomas.

- Vamos fazer alguns exames.

- Não há tempo, ela precisa ir para a cirurgia agora. - Se altera.

O seguram:
- Calma rapaz. Doutor?

O médico encara Tony:
- A preparem para a cirurgia. - Manda.

- Ok.

- Vamos cuidar dela. - Diz para eles.

- Obrigada. - Taylor agradece. - Tony, ela vai ficar bem, né? !

- Vamos esperar os outros chegarem. - Fala sério caminhando até a sala de espera.

Com alguns minutos Laura e Luna chegam, Taylor fica nervosa, batendo os pés e roendo as unhas:
- Mamãe, ela vai ficar bem, né? - Indaga.

- Se acalme, filha. - Pede se levantando para beber água.

- Mãe, já é o sexto copo de água que toma. - Tony relembra sério.

- Estou nervosa. - Acentua.

- Também vou beber. - Laura treme preocupada.

O relógio bate, e cada segundo parece um século:
- Há quanto tempo ela está na cirurgia? - Pergunta ao irmão.

- Uns 30 minutos. - Responde.

- Aish! - Bagunça o cabelo. - Tia Laura, ela vai ficar bem, né?

- Estamos todos torcendo. - O celular toca. - É a mãe dela, vou atender.

- O meu Deus! Geor... - Resmunga atormentada.

- Venha aqui, sente-se. - Tony a chama. - Se acalme. - A abraça passando o braço ao seu redor.

- É tão difícil! - Deita o rosto no seu ombro.

- Eu sei. Mas daqui a pouco a cirurgia acaba e o médico nos trará notícias. - Beija sua testa.

O celular dele toca, vê e desliga:
- Não vai atender?

- Não. - Guarda.

Mais alguns minutos passam e o médico aparece. Todos se levantam:
- A cirurgia foi muito bem.

Tony respira aliviado no canto da sala.

- Ela vai ficar bem, né? - Indaga Taly.

- Sim, vai. - Concorda.

- Podemos a ver? - Laura pergunta.

- Agora ela está descansando, mas podem quando acordar. Mas de preferência duas pessoas de cada vez. - Avisa.

- Está bem, Doutor.

- Muito obrigada por cuidar da Geor. - Taylor agradece aliviada.

Ele balança a cabeça e sai.
- Vou avisar a mãe dela. - Laura liga.


Esperando dar a hora de falar com sua melhor amiga, Taylor conversa com Tony na frente do quarto dela.
- Por que deixamos mamãe e Laura irem primeiro mesmo?

- Porque elas são.... Não sei. - A olha e sorri. - Está mais calma?

- Estou. Ela está bem. - Assegura. - E é muito bom falar isso.

- Sim. Eu sei.

- Também ficou preocupado. - Insinua.

- Talvez. - Abaixa o rosto pegando o celular.

- Você se preocupa com ela, eu sei. Confirme para mim. - Pede.

- AFF! Sim, eu me preocupo com a Georgia Emanuelly, Taylor. - Afirma.

- Eu sabia! - Exclama. - Vocês ficam tão fofos juntos!

- O quê? - Levanta o rosto. - Está gravando?! - Indaga.

- Vou mostrar à ela. Eu sabia que estava certa. - Pula de alegria.

- Que estava certa? - Fica confuso. - Bom.... apague isso. - Pede.

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- Desculpe, irmão. Mas não vou apagar. Esperei tanto por isso, uma prova. - Conta.

- Taylor Alyce, apague! - Manda.

- Não.

- Taylor... - A encara.

- Só apago, se conseguir me pegar. - Sai correndo pelo corredor.

Ele corre atrás dela, a alcança na entrada e a segura na cintura:
- Apague isso. - Tenta pegar o celular.

- Nunca. - Ri.

"Brigam" e brincam como típicos irmãos.
- O que é isso? - Catarina aparece.

- Catarina... - Tony a solta. - Apague. - Cochicha para a irmã.

- Hum. Vou deixá-los a sós.

- Não me atendeu, te liguei várias vezes e desligou. - Reclama.

- Estamos em um hospital, óbvio que ocorreram problemas. - Frisa.

- Dê mais prioridade à mim, Thomas! - Quase grita.

- Fale baixo. - Manda. - E a Georgia Emanuelly, a minha irmã, minha mãe.... Precisavam de mim. - Começam a discutir.

Finalmente Taylor consegue falar com Georgia:
- Olá! - Geor diz calma.

- Olá, moça! - Exclama. - Céus, que susto nos deu.

Geor ri levemente:
- Desculpe. - Pede.

- Bobagem. - Brinca. - Ainda bem que passou. Perguntei para todos: "ela vai ficar bem, né?", mas ninguém dizia "sim, vai". Comecei a ficar louca, passando mil coisas na minha cabeça. - Conta. - Mas você está bem, está aqui!

- Estou. Sou forte. - Brinca.

- É sim. - Concorda. - Como é? Dói muito mesmo?

- Sim. Lembro que deu uma dor muito forte, e depois não lembro mais de nada.

- Você desmaiou. Foi uma correria. - Comenta. - Todos nós preocupados.

- Imagino que sim. Principalmente você, do jeito que é sensível. - Ironiza.

- É, está muito bem. Está até brincando já. - Deduz.

- Estou bem sim. Vou ser liberada com uns 2 dias no máximo, e depois repouso. - Comemora.

- Não faça mais isso, não me mate mais de preocupação. - Pede amável.

- Está bem. Vou ter mais cuidado.

- Obrigada. - Beija sua testa.

Passam 2 dias, Georgia é liberada para ir para casa sem hesito. Lucas vem buscá-la junto com Taylor:
- Como pediu, vai passar a noite aqui. - Lucas coloca as coisas no quarto de Taylor.

- Obrigada, tio. - Agradece.

- De nada, querida. - As deixa só.

- Vou avisar a titia que cheguei, melhor né?

- Sim. - Se joga na cama. - Meu irmão ficou muito preocupado contigo. - Conta de propósito.

- Ficou? - Desliga e se senta com ela.

- Sim. Ele te colocou nos braços e correu com você, não ficou sossegado até o médico dizer que estava bem. Foi tão fofo! - Exclama.

- Ah! Aish, você torce demais para que fiquemos juntos. - Levanta a sobrancelha.

- Eu vejo algo interessante quando ele te olha, quando é em relação à você. - Comenta. - Não é coisa da minha cabeça.

Batem na porta:
- Meninas, o lanche está pronto. - Luna avisa.

- Está bem, mamãe. Já vamos.

Ela sai.
- Olha, vou continuar imaginando vocês dois juntos. - Avisa.

- Não devia, Taly. Ele é seu irmão, é mais velho e... eu não sinto nada por ele. - Completa. - Não desse jeito, somos basicamente da mesma família. Somos amigos. - Explica.

- Eu sei... Mas amigos se apaixonam! - Sonha romântica.

- Aish... Boba! - Se levanta e a empurra.

- Você também é. - Pula em cima dela.

- Ai! - Geor sente os pontos.

- Aish, desculpa! - Pede arrependida. - Está bem?!

- Estou, estou sim. Não se preocupe. - Sorri leve.

Taylor a abraça:
- Eu te amo, Geor! - Exclama carinhosa.

- Também te amo, Taly. - Retribui. - Bastante...

—__

Georgia caminha pela casa:
- São mais de meia-noite e não chegam... - Resmunga. - Vou ver se tio está acordado.

Ela vai até seu quarto:
- Não, está dormindo. - Fecha a porta. - Huum.. - Resmunga pelo corredor. - Vou comer! - Decide.

Desce a escadaria distraída, vira para ir até a cozinha, e é presa na parede. Se assusta:
- Mex! - Ele tampa sua boca.

- Finalmente posso fazer o que quero há muito tempo, Georgia. - Informa. - Beijar sua boca linda. - Alisa seus lábios.

- Hum... - Ele segura seus braços.

- Vai ser delicioso. - Morde a boca.

Mex se aproxima para beijá-la, quase toca sua boca, mas Georgia chuta seu tornozelo e se solta:
- Fique longe de mim, Mex. - O encara.

Ela sai rápido indo até a sala, olha para trás e esbarra em Tony:
- Desculpe! - Pede rápido.

Ele a observa, olha para a direção da cozinha e vê Mex vindo. Sério ele nota detalhadamente as expressões deles. Estrala o pescoço:
- Devia estar dormindo. - A diz frio.