Segunda, 16 de Novembro. (Continuação)
Georgia engole seco vendo que Tony bate na porta do seu quarto:
- Georgia Emanuelly, abra a porta. Abra logo! - Ele insiste.

Respirando fundo ela desce da cama devagar, tremendo chega perto da porta, tomando coragem para falar:
- O... O que você quer? - Gagueja nervosa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Quero explicar o que aconteceu. - Responde.

- Então explique. - Acentua.

- Não com você do outro lado da porta! - Rebate. - Abra!

- Por que? Por acaso vai me beijar de novo? - Questiona com nervosismo.

- Ora, não seja teimosa. Só quero explicar cara a cara. - Esclarece.

- Você me agarrou! - Destaca batendo com a mão fechada na porta. Ela encosta a testa sem saber o que fazer.

- Você estava falando sem parar, falando sobre tirar a própria vida Georgia Emanuelly! Eu tinha que te calar de alguma forma, te acalmar! - Ressalta.

- Existem outras formas de fazer isso. - Frisa.

- Aquela era a mais rápida e eficiente. Precisava tirar logo aquelas idéias da sua cabeça. - Conta.

- Você realmente acha que eu atentaria contra minha própria vida?! - Indaga. - Realmente acha isso?!

- Estava fora de si! - Realça.

- Tony, eu só estava desabafando. Estava irritada, nervosa e chateada, precisava falar o que sentia, mas eu jamais faria algo contra meu próprio ser. Você me conhece o suficiente para saber disso. - Afirma. - Pense um pouco!

- Desculpe, mas é muito difícil pensar te vendo daquele jeito. É simplesmente impossível! - Sublinha.

- Eu não vou abrir a porta. Me desculpe, mas será que pode me deixar sozinha um momento? - Pede educada.

— Caramba!— Ele resmunga murmurando. - Ok!

Tony respira forte várias vezes ainda em frente ao quarto de Georgia:
- Beijou mesmo ela? - Pergunta Taylor chegando.

- Sim. - Confirma sério.

- Por que? - Questiona.

Ele inclina a cabeça a encarando:
- Não é nada que precise saber Taylor Alyce! - Ressalta e sai.

- Grosso! - Reclama.

Ela entra no quarto e encontra Geor sentada na cama de cabeça baixa:
- Se beijaram, é verdade? - Reponta novamente.

- Si-Sim. - Engole seco.

- Hum. - Se senta na cama a sua frente. - Como foi?

- Foi... Foi estranho. Estou muito assustada, não sei dizer! - Se levanta tocando a boca. - Eu nunca pensei nisso. - A olha. - Em seu irmão me beijar.

- Hum. Georgia... - Chama.

- Sim?

- Não se envolva com o Tony. - Ordena fria.

- O quê? - Fica sem entender. - Taly, você sempre quis nós dois juntos. Eu nunca consegui ver isso, mas você nos têm como um casal desde pequena. - Conta.

- Isso morreu. Apenas fique como está, sendo só uma "amiga"... - Faz aspas com os dedos. - Da família. - Abre a porta. - Okay?! - Sai rude.

Georgia morde a boca e se senta confusa.

Na cozinha Luna conversa com Tony, não parece contente:
- Por que a beijou Tony? - Interroga séria.

- Mamãe, isso só diz respeito à mim. - Tenta não ser grosso. - Por favor, não insista.

- Tony, vocês convivem juntos há 16 anos, nunca mostrou qualquer interesse na Geor, nunca mos... - Trava. - Espera... Aqueles olhares e sorrisos.... Já mostrou sim! - Exclama.

- A Georgia é muito estranha! - Taylor chega gritando. - Céus!

Os dois se calam diante dela.
No jantar Georgia aparece tensa, mal come, diante de todos fica inibida e receosa. Tony a encara algumas vezes sem notarem, percebe bochechas rosadas e expressão tímida em seu rosto jovem.

Terça, 17 de Novembro.
O telefone toca, Luna atende e logo chama Georgia. Ela conversa com a mãe:
— Fico feliz que esteja tudo bem filha!— Diz meiga.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Mamãe, tenho que te contar uma coisa. - Comenta.

— Diga querida.— Acentua.

- O Tony... Ele me beijou... Ontem! - Sente as bochechas vermelhas.

— Beijou?!— Indaga. — Explique.

- Eu estava fora de mim, falando várias asneiras, então ele me beijou do nada. Disse que queria me acalmar, que eu estava muito alterada. - Informa.

— Querida, foi bom? Gostou de beijá-lo?— Questiona.

- Mamãe! - Realça.

— Filha, conheço o Tony desde que ele nasceu, sei que não fará mal à você, e que se a beijou é porque tem seus motivos. Não tenha medo amor, se acalme.— Fala sábia.

- Está... Está bem... - Suspira.

- Olha, vou te mandar um dinheiro. Faça compras e se divirta um pouco, para distrair a mente. — Comunica.

- Não precisa mamãe. - Contradita.

- Vou mandar vinte mil, se precisar de mais me avise. — Informa.

- Aish mamãe. Okay! - Aceita por educação.

- Gaste tudo! — Manda.

- Okay!

Taylor aparece na hora em que Geor encerra a ligação:
- Taly, apareceu bem na hora! - Exclama.

- O que foi? - Indaga.

- Vamos sair, para fazer compras. - Sugere.

- Okay. Vou me arrumar. - Aceita e já sai.

- Nossa, foi fácil. - Sussurra esperançosa.

Com tanta esperança dentro do peito, Georgia nem nota o interesse de Taylor, o fato de que ela só quer usufruir do luxo.

As duas não demoram para sair de casa, pegam o metrô a caminho das compras. Elas entram em várias lojas caras, luxuosas, perfumadas e encantadoras; enquanto tentam se entender durante a programação às horas passam. Na casa, Luna bate na porta do quarto de Tony:
- Filho! - Abre a porta.

Ele está deitado na cama sem camisa, parece pensar:
- Vamos encontrar as meninas agora. - Comunica.

- Ok.

Após sua mãe sair ele se senta de cabeça baixa, remói pensamentos intrigantes na mente, pega uma lata de coca-cola vazia de cima da cômoda e joga na parede:

- Que droga! - Se deita reclamando.

Como marcado eles se encontram e continuam as compras. Lucas e Tony apenas observam as mulheres se divertirem ao experimentarem diversas roupas. Entra em loja, sai de loja, veste roupa, tira roupa, vai ao caixa, enche os braços de sacolas; uma tarde cansativa.
- Senhorita, Senhorita! - Uma moça chama saindo correndo de uma das lojas.

- O que houve? - Tony a pergunta.

- Srta. Rose esqueceu estas sacolas! - Mostra.

- Hum... Eu a entrego. - Pega. - Obrigado.

- Agradeço! - Balança a cabeça e sai.

Ele caminha atrás de todos levando as sacolas esquecidas por Georgia. Mais um cabide de roupas se forma, Taylor veste tudo que vê, enquanto Georgia olha tudo detalhadamente. Sentado com o pai no sofá perto do provador Tony a vê escolher roupas delicada. Ele sorri leve vendo sua simplicidade e beleza pura, até que ela se vira e caminha até onde estão:
- Tio, Tony, comprem algumas roupas também. Tem várias opções de roupas masculinas! - Fala meiga.

- Não querida, obrigado. - Lucas agradece.

- Não compro roupas assim. - Tony a encara.

Georgia fica inibida:
- Hã, está bem. - Sorri doce se retirando.

Saindo da loja, eles conversam sobre o restante da programação:
- Vamos passar só em mais umas lojas e então tomamos um café! - Luna sugere.

- Pode ser tia. - Georgia concorda.

- Pegue! - Tony estende as sacolas para Georgia. - Eu vou andar um pouco.

- Andar? - Sua mãe questiona.

- Sim, caminhar. Encontro vocês na cafeteria. - Informa.

- Ok querido. Tome cuidado! - Fala atenciosa.

Ele balança a cabeça e caminha em direção contrária.

Se movendo pelo parque pensamentos do término voltam em sua mente.

...
- Está louco?! - Catarina indaga alterada. - Quase me atingiu!

- Catarina você está me fazendo perder a cabeça, eu não aguento mais sua imaturidade! - Ressalta nervoso. - VOCÊ É MUITO IRRITANTE.

— NÃO GRITE COMIGO! — Retribui. - É você quem está apaixonado por outra pessoa!

- CARALHO, EU NÃO ESTOU APAIXONADO POR GEORGIA EMANUELLY DROGA. — Grita forte.

- Está, está sim! - Insiste.

- Eu não aguento mais, não consigo nem olhar para você. Está acabado. - Diz grosso saindo da sala.

- Aonde vai?! - Indaga. - Tony! - Grita.

- Eu vou sair daqui. O hotel já está pago, então pode ficar nele, tem seu estágio para tentar, mas eu vou logo para Nova Iorque! - Diz entrando no quarto.

- Vai me deixar resolver isso sozinha?! - Ressalta.

— JÁ ESTÁ RESOLVIDO! — Berra rude.

- Não, não está! - Contradiz.

Enfurecido ele a segura forte nos ombros:
- Sim, está! - Fala muito frio e a solta saindo com sua mala.

Ela o segue:
- Para onde vai!?

- Para o aeroporto. - Responde ríspido.

- E se não tiver voo agora?

- Isso não é problema seu. Eu só não vou ficar aqui com você. - A encara. - Garota mimada e estúpida!

- Filho da puta! - Bate nele.

- Ei! Ei! - A segura insensível. - Eu não permito nem que me abracem, imagina me bater! - Joga suas mãos. - Adeus Maria Catarina! - Abre a porta. - Até nunca mais, boa sorte nos seus testes. Ah! - Encara ela forte. - Tropique na rua e quebre uma unha! - Fala sarcástico batendo a porta.

Tony se senta num banco bagunçando o cabelo:
- Acabou. - Resmunga. - Acabou do modo mais difícil que eu imaginei, mas acabou!

Mais tarde, na cafeteria, todos se encontram e lancham calmos.

Em casa, Luna pede comida de um restaurante para o jantar, ele é muito saboroso e completo.

Neve começa a cair na chegada das dez horas, no jardim Georgia admira distraída os flocos que caem cobrindo a grama, de vez em quando bebe um gole de coca-cola da latinha que segura. De repente sente algo nas costas e vira assustada:
- Está frio! - Tony diz a cobrindo com um cobertor.

- Hum. - Resmunga neutra.

Ele se senta ao lado dela:
- O que faz aqui afinal? - Questiona.

- Admirando os flocos de neve cair! - Exclama com os olhos brilhantes.

- Hum. - Acentua e a vê beber coca. - Me dê um pouco! - Pede.

- Hã... - Fica tímida. - Sim! - O dá.

Tony toma uns goles. Georgia se perde do mundo admirando cada floco cair suavemente; uma menina doce.
- Obrigado. - Agradece.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Hã? - Sai do transe. - De nada! - Toca a lata.

As mãos deles se tocam, e eles se olham imediatamente. Os olhares se alinham fixamente, as respirações entram em sincronia e os corações aceleram gradativamente. Por impulso Georgia puxa a lata quebrando a harmonia. Ela fecha a expressão olhando séria para frente:
- O que há criança? - Ele a pergunta sério.

- Eu não sou mais criança Tony! - Rebate o encarando imediatamente.

Tony encara a sua boca instantaneamente, ela percebe para onde ele direciona a atenção e respira lentamente; rosto com rosto!

Georgia on.
O que é isso?! Meu coração parece que vai explodir. Tony paralisou, não para de encarar minha boca.
Eu... Eu não sei o que fazer.

Tony on.
Quanta vontade de te beijar criança. Quero sentir seus inocentes lábios doces!