Mudanças Para Continuar

Chapter Twenty Six


Levanto com um pulo, calço minhas pantufas e desço as escadas. Na cozinha, pego a ração de Cookie e saio de casa. Sinto o frio da noite.

Por que coloquei um pijama curto mesmo?

— Cookie — digo quando chego até sua casinha. Ele sai e ‘’sorri’’ para mim - ou pelo fato de eu estar carregando o pacote de ração dele; talvez tenha sorrido para a comida mesmo. Vejo que seu pote está vazio. — Desculpe, amigão. Estou muito esquecida. Você está bem, não?

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Coloco a ração em seu pote e faço um sinal com a cabeça para ele comer. O mesmo entende e começa a saborear sua refeição noturna que vale pelo almoço. Um jantoço, almotar ou refeição noturna jantar almoço. Não sei qual a definição exata (e me sinto muito idiota pensando nisso), mas não importa. Pelo menos Cookie está bem.

Quando termina, eu o abraço – na intenção de me esquentar porque estou com o pijama curto e também como forma de pedir desculpas.

— Espero que esteja bem mesmo — ele lambe minha mão, como se dissesse: ‘’Eu estou bem, Manu.’’

Para garantir que realmente esteja bem, deposito mais ração em seu pote. Ele bate a cauda no chão em sinal de felicidade e lambe minha mão novamente.

— Boa noite e boa refeição. Obrigada, amigão — afago seu pêlo e deixo-o comer. Sinto novamente a brisa fria da noite.

Nota mental: Da próxima vez que sair de casa no meio da noite, se agasalhar para não congelar e também porque não deve-se sair assim em pleno escuro.

Legal, não devo sair assim no meio da noite, mas aqui estou eu. Parabéns, Manuela!, penso.

Dou uma olhada em volta para ver se alguém me viu e percebo uma caminhonete cinza chegando na casa vizinha (em frente à minha) em alta velocidade e com o volume do rádio alto. Com um movimento rápido, me escondo atrás de um arbusto/planta e observo a cena. Sei que é feio espionar os outros, mas é mais horrível ainda deixá-los me verem com um pijama curto, fora de casa, numa noite ‘’fria’’.

Uma garota com um vestido mais curto que meu pijama sai da casa, acompanhada por um garoto do estilo bad boy com amor próprio, quase ‘’mauricinho’’. Os dois são um pouco parecidos, mas não posso dizer se são irmãos ou não por conta da escuridão da noite. Na carroceria da caminhonete, existem duas garotas – uma delas acabou de sair de dentro da caminhonete para se juntar a outra na carroceria e dar espaço para a garota (que parece ser minha vizinha) ficar ao lado do motorista – e um garoto. Por fim, reparo no motorista. Ele é loiro. Então ele se vira para a janela e posso ver seu rosto.

Alex. Ele tem amigos aqui? Seus amigos são meus... vizinhos?

A garota – minha vizinha que curte roupas curtíssimas – entra no carro, sentando-se ao lado de Alex e, o garoto, sobe na caminhonete, ficando junto das duas garotas e do garoto. Após isso, a caminhonete vai embora do mesmo jeito que chegou.

Saio de trás do arbusto, entro em casa e vou diretamente para meu quarto, depois de fechar e trancar a porta. Jogo-me na cama e me cubro com a coberta rapidamente, ignorando essa cena que vi e esquentando-me.

Ufa! Agora sim!, penso. Tão quentinho...

Depois de um tempo, pego no sono.