Mais que amizade

Decimo segundo capitulo:


Pov. Conrad:

Havia se passado um mês desde que beijei Ang e tudo depois daquele dia mudou. Ela não me atendia mais no celular e nem no restaurante, então decide que devia deixa-la em paz, só que já não estava mais aguentando.

Era como se meus pulmões tivessem parado de fazer seu trabalho, como se o ar que precisasse para a minha existência tivesse acabado.

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E hoje estava mil vezes pior, afinal hoje é o aniversário de Ang.

E nunca havia passado um aniversário dela sem estar ao seu lado.

—Que bom que veio Hayley. - agradeci assim que ela se sentou ao meu lado no banco da praça que costumávamos frequentar quando crianças.

— Jamais deixaria você. Quando estava doente, você e Ang foram os que mais me apoiaram e não vou te deixar na mão. - ela prometeu e sorri enquanto olhava minha filha brincar com outras crianças.

—Queria que você entregasse isso para a Ang, é o aniversário dela e sei o quanto ela queria isso. - disse lhe entregando uma sacola da joalheria.

—Entregarei a ela. Mas e você, como está?

—Me sinto estranho. Desde aquele dia algo mudou dentro de mim, não consigo olhar para outras mulheres. É como se eu não as enxergassem, só existe a Ang agora. - disse triste. - Terminei com a Michele e agora somos apenas amigos.

—Sinto muito Conrad, sei que ela também se senti assim, mas ela é cabeça dura.

—Eu sei, diga a ela que espero que seja feliz. - disse e ela sorriu.

—Vou dizer, agora vem cá. - ela disse e me puxou para um abraço. - Sabia que você estava precisando de um desses. Não chega a ser igual ao dá Ang, mas deve servir.

—É maravilhoso Hayley, obrigado. - sussurrei no seu cabelo antes de nos separarmos.

—Preciso ir, tenho que terminar de arrumar as coisas para o aniversario da Ang.

—Tudo bem, boa festa. - desejei e ela sorriu antes de sair e fui chamar Connie para irmos para a casa dos meus avôs fazer uma visita a eles.

—Conrad, Connie. Que surpresa boa. - vovó disse assim que abriu a porta.

—Estávamos com saudades do seu bolinho de chuva bisa. - Connie disse e sorrimos.

—Não se preocupe querida, vou fazer uma fornada quentinha para meus dois netos maravilhosos. - vovó disse enquanto entravamos.

—Filha, por que você não brinca com o seu avô enquanto ajudo a vovó.

—Tá papai. - ela disse e começou a chamar meu avô pelo apartamento.

—Vem, vou fazer um café e ai você me conta qual foi o problema. - ela disse me levando para a cozinha.

—Não houve nada. - menti vergonhosamente e minha avó sorriu suave.

—Houve sim Conrad, você não sabe fritar nem um ovo, imagina me ajudar na cozinha. - ela disse rindo enquanto separava os ingredientes para o bolinho de chuva.

—Tudo bem. Há um mês atrás eu beijei a Ang, e ela terminou a amizade que tínhamos por causa disso. Agora me sinto sozinho sem ela. É como se faltasse algo vovó, entende?

—Demorou muito para vocês perceberem que o que tinham era algo mais que amizade. Até que fim. Quando se casam?

—Vó, esse beijo acabou com a minha amizade de 20 anos, e a senhora comemora?!

—Claro, sempre soube que vocês eram perfeitos um para o outro.

—Só que minha amiga me odeia e também está noiva de um idiota.

—Tenho certeza que no final Ang fará a escolha certa.

—E a nossa amizade? - questionei preocupado e vovó sorriu.

—Vocês ainda podem ser amigos, só que com o beneficio do sexo. - ela segredou e piscou para mim.

—Vovó. - disse corado e ela sorriu.

—Por favor, sei que você não é nenhum santo para ficar todo puritano. Hoje é o aniversario dela, por que você não vai lá vê-la.

—Por que não fui convidado. E além do mais, ela é noiva e não ia pegar bem se todos vissem o ex padrinho beijando a noiva

—Puxa está tão incontrolável assim?!

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—Está, se eu vê-la não sei se vou me controlar e isso não iria acabar bem. - disse olhando para minhas mãos.

—Sei. Quer dizer que pode acabar com vocês na mesma cama pelados?!- ela sugeriu e lhe olhei chocado.

—Vovó. - disse constrangido.

—Você tem 25 anos e pelo que ouvi do prédio inteiro, você sabe muito bem do que estou falando, seu menino levado. Bolinho? - ela questionou me empurrando uma travessa cheia de bolinhos de chuva quentinhos.

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—Conrad. - vovó chamou enquanto eu jogava vídeo game com Connie e meu avô.

—Já vou vó. - disse deixando o controle de lado e indo até a cozinha, mas fiquei surpreso assim que vi vovó com Hayley, Daniel e Ang que chorava sem parar.

—O que houve? - questionei confuso e Ang correu para meus braços em prantos.

—Ela não disse nada do caminho até aqui. - Hayley disse suave enquanto Ang soluçava sem parar.

—Tudo bem, estou aqui com você querida. - disse carinhoso enquanto fazia carinho em seus cabelos loiros.

—Ela queria ver você de qualquer jeito, e nos oferecemos para trazê-la, afinal ela está nervosa demais para dirigir.- Daniel disse e balancei a cabeça entendendo tudo.

—Não se preocupem, vou cuidar dela. - prometi pegando-a no colo.

— Sei que vai, por isso a trouxe aqui. - Hayley disse suave.

—Vó vou para o meu apartamento, Connie pode ficar com você? Não quero que ela veja a tia desse jeito. - pedi e ela concordou.

Logo eu, Hayley e Daniel saímos da casa da minha avó pela cozinha, eles foram para casa e eu para o meu apartamento.

—É um belo vestido.- disse assim que lhe entreguei a xícara de chocolate quente.

—Obrigada. Meu grande amigo disse que fico bem de vermelho, e resolvi usar essa cor no meu aniversário.

—Espero que tenha acertado o ponto do chocolate quente por que sou uma negação na cozinha. - me desculpei enquanto ela tomava seu chocolate.

—Tudo bem, está ótimo. - Ang disse colocando a xícara em cima da mesa de centro e olhando para o cobertor vermelho que lhe cobria.

Era a primeira vez que ficávamos frente a frente e não tínhamos nada a dizer, o que era estranho e constrangedor.

—Obrigada pelos brincos, eu adorei. - ela disse suave e sorri assim que a vi usando.

—De nada, eles ficaram bem em você. - disse sem jeito enquanto me sentava ao seu lado o mais longe possível, pois não queria fazer algo que pudesse me arrepender.

—Sente-se aqui do meu lado, por favor. Preciso de colo. - Ang pediu carente.

Hesitante me sentei do seu lado no sofá, logo ela colocou sua cabeça em meu colo chorando suave enquanto acariciava seu cabelo de leve.