O Amigo Gay Do Meu Irmão

O Amigo (Não Tão) Gay Do Meu Irmão


—Por favor, me diz que eu ouvi errado. – ele botou a mão na testa como quem se decepcionou com alguma coisa. Muito obrigada cérebro, você é realmente muito útil.

—Desculpa, Andy ! É que você sempre foi tão grudado com o Morfino e era o que mais ia lá em casa. Então eu achei que você gostava do meu irmão... – eu estava tão desesperada que falava rápido e gesticulava sem parar.

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—E nunca te passou pela cabeça que eu ia lá pra ver você ?

—Mas os meninos estavam falando de mim e...

—Pra me irritar. – e foi nessa hora que eu me senti a garota mais idiota do mundo.

E é nessa hora que a sua vida passa diante dos seus olhos e as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar. Você começa a entender que os cegos são (realmente!!) os que não querem ver. E pior: descobre que você era cega ! Eu era...

—Andy, eu... E-Eu... – eu não tinha ideia do que dizer pra ele. Na verdade, a ficha do que estava acontecendo ainda não tinha caído.

—Olha Angel, eu sei que deve ser muita novidade junta pra você, sei que você não deve sentir nada especial por mim. E entendo isso. A gente não se falou durante todos esses anos de amizade entre o seu irmão e eu... – Pausa. Aqui eu já estava com os olhos marejados. – Mas eu também sei que todas as vezes que eu olhava pra você e os meus olhos brilhavam não foram à toa. – Aqui eu já estava chorando. – E que quando o meu coração bate mais rápido só por você me olhar não é à toa. – Aqui eu já estava em prantos. – E que eu só preciso de uma chance pra provar que, se você quiser, você vai ser a Otaku estranha mais feliz que o mundo terá o prazer de conhecer. – Aqui eu tive um infarto.

Achou que eu estava brincando ? Eu realmente passei mal. Infartei ? Não, porém cheguei perto. Dei uma pseudo-desmaiada. Daquelas que a Hina dava quando o nome “NARUTO” aparecia na conversa.

AI MEU DEUS !!! ELES CASARAM !!!!!

Quando percebi, já estava nos braços do meu mais novo pretendente (Ai. Meu Deus.) com o mesmo perguntando se eu estava bem... Kawaiiii...

Depois de alguns segundos admirando aquela linda paisagem (eu nunca disse que não o achava bonito!), levei uma de minhas mãos ao seu rosto, o que mudou sua expressão de preocupada para confusa.

—Ei, little baka, vou ter que fazer um vale-beijo pra você tomar uma atitude ? – um tom de falsa irritação foi usado aqui, junto, é claro, com um sorriso de lado digno de um Uchiha.

Ele me respondeu com um sorriso doce e me ajudou a melhorar minhas habilidades de beijo... Afinal, a prática leva à perfeição ~piscada de olho~

E o momento podia ficar mais vergonhoso ? Claro que sim !!! E foi por isso que ouvimos palmas.

Me separei do amigo não gay do meu irmão para tentar entender o que estava havendo. Me arrependi no mesmo momento que vi que metade da festa tinha se teletransfortado pro meu quarto. E pior, descobri que realmente era cega: toda aquela gente era a minha família !!!

—Feliz aniversário ! – todos gritaram em uníssono.

—Deus, é meu aniversário !! – exclamei surpresa, levando as mãos à boca. Todos riram (incluindo eu) enquanto meu pai se aproximava de mim.

—Parabéns, pequeno anjo. – ele usou o apelido que inventou quando eu era pequena... Quanto tudo ainda fazia sentido.

—De nada, papai-urso. – ele abriu um sorriso tão sincero que poderia ser dado apenas com os olhos. Um sorriso que eu não via há muito tempo e do qual eu sentia muita saudade.

E naquele clima nostálgico continuou a minha mini-festa-surpresa. Naquele clima eu descobri que tudo estava ocorrendo de acordo com o plano desde o momento no qual ouvi “Seu pai está chegando.”. Descobri que a Jessie não foi à minha casa com o meu pai, que o Andy não foi no carro comigo por acaso. Óbvio que a parte da minha mini-discussão com o papai não foi programada, mas acabou ajudando no final. Nem o meu novo amigo estava nos planos, por isso o pessoal ficou nos vigiando.

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Ah, o segurança também não deixou o Andrew subir só porque ele estava sóbrio. Ele subiu junto com todos os outros que, por algum milagre não notado exceto por mim, couberam dentro do meu quarto.

A verdade é que, literalmente, todo mundo sabia menos eu. Este momento estava sendo planejado há meses. Andrew fez questão de pedir a permissão de meu pai e de falar com minha mãe antes de... Bem, tudo isso !! Óbvio que eles não precisariam de mais que um mês pra isso. O tempo restante foi usado pra conseguir juntar todo mundo. Afinal, a maioria trabalhava e todos têm seus compromissos. Arrumar uma data em que a maioria (pois alguns, fiquei sabendo, desistiram de alguma tarefa) estivesse livre demorou, literalmente, meses !!! E ser meu aniversário foi lucro.

Depois de tudo esclarecido, tive uma conversa séria e sincera com meu pai enquanto Morfino apresentava Andrew para a família. Não posso dizer que nos resolvemos pois é meio impossível isso acontecer em tão pouco tempo. Porém também não posso dizer que estamos na mesma... Estamos tentando ! Ainda não me dou bem com a Úrsula e não acredito que isso vai acontecer, mas, se ela ficar no quadrado dela, podemos conviver sem balas e bombas por todo lado. Basta ele cumprir sua parte e ter uma conversa com a madrasta sobre limite...

No final, lá pras cinco da manhã, estávamos eu e meu novo namorado contando para os doidos dos meus amigos (que ao invés de dormir estavam fofocando sobre minha pessoa via call) a história de como desencalhei !

Zueiras à parte, eles ficaram super felizes por nós ! ~super sorriso~

Por volta das sete horas fomos dormir. É bom que fique claro: eu no meu quarto com minha mamis, o resto espalhado pelos quartos ou salões da casa branca. (Nada de dormir junto ! Acalma a piriquita !)

O dia seguinte foi engraçado. Todos se juntaram à mesa para um almoço às 18hs e, como já era de se esperar, nada de bom saiu dali. Piadas, indiretas, diretas, provocações... Tudo em um tom divertido demais para ser levado a sério.

Porém uma coisa fez a história ficar ainda mais doida: por volta das 20hs, recebi uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido dizendo:

“Oi, Angel ! Finalmente consegui pegar o seu número !! Sou eu, Draco. Apesar de você poder ver isso pela foto, né ? kk

(Então, o idiota que está comigo nela é o meu namorado. Eu falei de você pra ele e ele está doido pra te conhecer KKKKKKKKK)”

Pois é, eu também não acreditei. Abri correndo a foto e, realmente, lá estava o dito cujo dando um beijo na bochecha do Dobby.

Sem muita reação, fiz a primeira coisa que veio à mente: abri a conversa e mandei:

—Espera aí, você é gay ?!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.